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Porque o pragmatismo é idealista

18 abr

Postamos ontem sobre o pragmatismo como política e suas consequências, agoraPragmatismo queremos analisar suas origens e demonstrar sua fidelidade ao idealismo e portanto a modernidade.

Um dos expoentes do pragmatismo foi John Dewey, que viveu quase um século e faleceu em 1952, exercendo enorme influência assim até os dias de hoje, sua tese de doutorado foi sobre a “psicologia” de Kant, e isto já bastaria para comprovar seu idealismo e não a praticidade.

Sua carreira universitária tem um impulso quando em 1884 vai lecionar Filosofia na Universidade de Michigan, e três anos depois publica seu “sistema filosófico” em Psychology.

Este sistema filosófico que conjugava o estudo científico da psicologia com a filosofia clássica alemã, profundamente influenciada pelo idealismo, mas foi William James quem popularizou a concepção pragmatista e a desenvolveu após uma grande influencia da filosofia francesa da época articulando-a com o pensamento de Stuart Mill, é, portanto, utilitarista, embora Dewey preferia o termo “instrumentalista”.

Na base, Dewey nunca negou isto, a influência fortemente neo-hegeliana, mas também, como no caso dos outros dois pais fundadores sendo um Pierce, de influência empirista e utilitarista.

Separamos aqui Charles Sanders Peirce pois este  re-significou o termo, após um re-leitura da antropologia prática de Immanuel Kant, aquilo que Dewey chamava de psicologia, afinal sabe- se que a semiótica é muito mais uma filosofia da linguagem do que da psicologia, embora elas possam ser colocadas em relação, mas não direta.

O pragmatismo ganhou impulso na década de 70, com pensadores como Richard Rorty, Richard Bernstein e Hans Jonas, tendo influencia também em Putnam e Habermas.

 

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