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Imaginário e mitologia

19 abr

Fora do âmbito do cristianismo, e de certa forma do islamismo, renascem mitologiasFantastic e uma nova e poderosa literatura que desperta, em especial nos jovens, algo de fantástico, por isto, é chamada de literatura fantástica.

A literatura fantástica é um gênero no qual narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não “reconhecidos” na realidade, no tempo em que a obra foi escrita.

Isto porque não se podem pensar em Macunaíma, sem pensar nos símbolos regionais brasileiros, em Naruto, sem pensar na sociedade japonesa, e nem pensar em Senhor dos Anéis sem pensar nos elfos, duendes e outras figuras da literatura celta e nórdica, eque foi escrito J. R. R. Tolkien, que embora seja visto como inglês era nascido na África do Sul.

Pensando em Macunaíma, de onde podemos extrair aspectos da cultura contemporânea recente do Brasil, penso nas definições ou incertezas dadas por Todorov:

“O fantástico ocupa o tempo desta incerteza. Assim que se escolhe uma das duas respostas, deixa-se o terreno do fantástico para entrar em um gênero vizinho: o estranho ou o maravilhoso. O fantástico é a vacilação experimentada por um ser que não conhece mais que as leis naturais, frente a um acontecimento aparentemente sobrenatural. (Todorov, 1980, p. 15-16).

Ou vamos para as categorias da ilusão ou o ser existe realmente, como indaga Todorov.

Todorov afirmando que só dará uma definição no final e o faz depois de analisar algumas obras de envergadura como O diabo apaixonado de Cazotte, Manuscrito de Saragoça de Jan Potocki e o exemplo singular de Aurelia de Nerval, mas ao mesmo tempo antecipa uma primeira definição:  “O conceito de fantástico se define pois com relação ao real e imaginário, e estes últimos merecem algo mais que uma simples menção.” (Todorov, 1980, p. 16).

O que não se pode confundir é esta literatura com as fábulas cristãs das “Cronicas de Nárnia”, que foi escrita pelo autor irlandês C. S. Lewis, escritos na década de 50, e no caso da literatura nacional poderíamos citar O auto da compadecia de Ariano Suassuna, cuja primeira edição é de 1956.

Os limites entre a mitologia e o imaginário são claros, é possível no segundo caso estabelecer uma análise sociológica no qual se encontram elementos sociais reais aos qual os personagens imaginários.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica, Espanha: PREMIA  (v. Brasileira digital) 1980.

 

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