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MacronLeaks e eleições na França

08 mai

Mesmo com a vitória de Macron no segundo turno das eleições francesas, e a derrota MacronLeaksptda ultra-direitista Marine Le Pen, não deixou ser notado um caso que foi o mais sério de ataque Hacker já conhecido para tentar influenciar uma uma eleição.

Tempos de pós-verdade, após a urgência na manhã do sábado do Comitê Nacional de Controle da Campanha Presidencial na França que implorou que a imprensa não divulgassem as informações sobre Macron, o fato no universo digital que é que não há controle à rigor de como controlar uma informação falsa, a única possibilidade é desmenti-la publicamente.

Após reunião de urgência na manhã deste sábado (6) para examinar o caso, a comissão estendeu o aviso a toda a população e usuários de redes sociais alertando que a divulgação desses documentos (o “MacronLeaks”, como já vem sendo chamado na França) pode envolver “responsabilidade penal” de seus autores.

Ainda não esforço de desespero, pois as pessoas que fazem este tipo de ação não tem uma consciência ética sobre o fato, o organismo pediu que “os atores presentes em sites da internet e nas redes sociais, em primeiro lugar os meios, mas também todos os cidadãos, a ter responsabilidade e não transmitir esses conteúdos, com o intuito de não alterar a transparência da eleição, não infringir a lei e não se expor a uma infração penal”.

Além disto alertou fato de  terem sido “misturados com informações falsas”, assim a retransmissão destes fatos está “suscetível a receber uma qualificação penal de muitos tipos e de acarretar a responsabilidade de seus autores”.

O partido Em Movimento (En marche), fundado por Macron após romper com o governo Holland de esquerda, informou na noite de sexta que foi vítima de um ataque hacker “em massa e coordenado” que levou ao vazamento “nas redes sociais de informações internas de diversas naturezas”, estamos aguardando o resultado final das eleições para análise.

Mas um fato irreversível é que será necessário, daqui para frente, alguma forma de controle sobre informações falsas em campanhas eleitorais porque o efeito rede pode torna-las fatos incontroláveis de versões mentirosas sobre os candidatos invertendo opinião e as forças em uma campanha.

Os jornais europeus falam em “alívio”, “obrigado a França” e fortalecimento da união europeia, mas forças “ocultas” podem favorecer posições autoritárias e conservadoras.

 

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