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O que é clarificação para Charles H. Hinton

13 nov

O escrito que antecedeu a física quântica, a filosofia hermenêutica e uma nova (ou antiga no sentido de verdadeira) espiritualidade, trazia raciocínios novos e curiosos.
Ao falar de uma dimensão maior do espaço (Higher Space) e maior do Ser (Heigher Being):
Estamos sujeitos a uma limitação de características mais absurdas. vamos abrir nossos olhos e ver os fatos.” (Hinton, 1888), parece simples mas requer treino: “Eu trabalhei no assunto sem o menor sucesso. Tudo era mero formalismo. Mas ao adotar os meios mais simples e por um conhecimento mais completo do espaço, o todo brilhou claramente. ”(Idem)
Já falamos no tópico anterior, mas agora desenvolve o estágio de ser “conscientes de um mais que cada homem individual quando olhamos para os homens. Em alguns, essa consciência atinge um tom extremo e se torna uma apreensão religiosa” (Hinton, 1888), como foi dito no post anterior, “Mas em nenhum é diferente de instintivo. A apreensão é suficientemente definida para ter certeza. Mas isso não é expressável para nós em termos de razão …” (idem)
Parte do aspecto físico, a ideia que “nosso isolamento aparente como corpos um do outro não é de modo algum tão necessário pra assumir como pareceria”, aqui sua relação intuitiva com a física quântica que só tornaria realidade no início do século XX que admite que naquele momento era só uma possibilidade, mas acrescenta mais um ponto: “e viéssemos examinar o assunto de perto, deveríamos encontrar uma relação natural que explicava nossa consciência ser limitada como atualmente é” (Hinton, 1888)
Afirma Hinton: “nosso isolamento aparente como corpos um do outro não é de modo algum tão necessário para assumir como pareceria”, podemos dizer estamos relacionados ao todo, faz um argumento matemático para isto.
Se as formas espaciais só podem ser simbólicas de formas quadridimensionais: e se não lidamos diretamente com as formas espaciais, mas a tratamos apenas por símbolos no plano – como na geometria analítica – estamos tentando obter a percepção do espaço superior através de símbolos de símbolos, e a tarefa é sem esperança” (Hinton, 1888).
Dirá num todo quase místico, mas compatível com o pensamento de Teilhard Chardin por exemplo, “Em vez de uma abstração, o que temos que servir é uma realidade, para a qual até nossas coisas reais são apenas sombras. Somos partes de um grande ser, em cujo serviço e com o amor de quem, as maiores exigências do dever são satisfeitas.” (Hilton, 1888)
Então dará a sentença: “O poder de ver com nosso olho corporal é limitado à seção tridimensional” (Hinton, 188) e será a partir daí que criará sua visão da 4ª. dimensão: o Tesseracto.

HINTON, Charles H. The new era of thought. Lonson: S. Connenschein & Co., 1888. (Chapters 7, 9, 10, and 11)

 

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