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O Natal e o Inverno

05 dez

O Natal é diferente na Europa, o contraste entre o calor dos corações e o gelado das ruas dá um clima de recolhimento muito especial, diferente de países tropicais.

Pensava ser mais triste, mas não é, há corações atentos às luzes, ao burburinho das ruas, mesmo que alguém critique o consumismo ou o exagero, as pessoas querem se cumprimentar, querem fazer alguma coisa quase da mesma forma que no Brasil, sinto aqui até mais quente.

Fizemos um almoço com os colegas de meu ambiente de trabalho, e era mesmo festa, colocaram até as músicas de Natal de minha infância, não as convencionais, mas aquelas de criança como “deixei meu sapatinho”, é um clima gostoso, ao menos em Portugal.

Fui as ruas do centro iluminadas, uma bela árvore de Natal num dos lados da Praça do Comercio, a conversa nas ruas é curiosa, até mesmo islâmicos ou evangélicos, talvez seja só em Portugal, mas aqueceu meu coração.

Não estarei aqui na noite de Natal, nem no final de ano, mas ganhei uma visão mais otimista.

Difícil imaginar que em meio a tantas inclusive as religiosas, as políticas são fruto de uma volta a sentimentos nacionais e xenófobos, ainda há espaço para o aconchego, o amor e a amizade.

No meu cantinho festejei, certo de que será um pouco mais difícil no Brasil, mas não impossível, é preciso tentar mantar laços e evitar armar mais bombas do que as que estão ai.

Tempo de advento, que significa algo virá, ainda que seja contrário ao que desejamos é preciso manter a esperança, o espírito atento a injustiças e não fazer com os outros, o que não queremos que façam a nós.

Ainda que o Natal seja frio pelo clima natural ou pelo clima político, mantenhamos o calor.

 

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