1968, o ano que não acabou e uma proposta
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mai
Era em plena guerra fria, os jovens queriam mudanças em Paris era maio de 68, em 30
dias, os jovens ergueram barricadas, formando verdadeiras trincheiras de guerra nas ruas românticas da cidade, para confrontar a polícia. Criaram as frases tidas como as mais “ousadas” da segunda metade do século 20, mas depois nada mudou.
Nos Estados Unidos, em 4 de abril morria assassinado Martin Luther King, no 23 de abril estudantes ocupam 5 prédios da Universidade de Columbia em Nova York e em 28 de abril, 60 mil pedem o fim da Guerra do Vietnam no Central Park.
No Brasil ocorreu a invasão de Brasília e da UFMG, a passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro e muitos protestos por todo o país, mas a repressão endureceu, em 1970 o Brasil ganhou a Copa do Mundo e um certo ar de patriotismo tomou conta do país.
Depois aos poucos o regime foi se abrindo até a democratização na década de 80.
Era a “Revolução da Esperança” (livro de Eric Fromm de 1968) que pedia uma tecnologia e uma economia humanizada (os jovens protestavam contra o consumo, a guerra e rejeitavam a chamada “indústria cultural” do consumo), Cohen Bendit um dos líderes de 68 na França, hoje deputado no parlamento europeu disse que grito de milhares de pessoas nas manifestações “todos nós somos judeus alemães”, sejam negros, judeus, árabes, brancos; era um grito que pedia um sentimento de liberdade e de comunidade.
Essencialmente mudamos muito pouco, o muro de Berlim caiu, o regime soviético se abriu e ainda vivemos inúmeras crises financeiras e da humanidade.
Em meio a novas crises procuram-se soluções e respostas, a grande questão do nosso tempo é a fragmentação, a ausência de uma proposta clara, há algum alento ?
Jurgen Habermas fala de um “salto antropológico”, mas os problemas ecológicos, econômicos e principalmente humanitários estão aí para nos desafiando. E o que pensa a geração atual inflenciada pelas novas mídias ? será nosso próximo post.
Foi em maio de 1991, uma mística italiana chamada Chiara Lubich numa visita ao Brasil, após uma conversa com o Cardeal Evaristo Arns de São Paulo, vendo a cidade do alto intui que é preciso distribuir os bens e lança a Economia de Comunhão.
No domingo que vem esta proposta será apresentada no Memorial da América Latina.
