A primeira mulher Nobel de Economia
Elinor Ostrom foi a primeira mulher economista a receber o Nobel de Ciências Econômicas junto com Oliver E. Williamson, em 2009, por “sua análise da governança econômica, especialmente com os bens comuns”, os chamados “Commons” que hoje dominam também o mundo da difusão científica, tais como os Creative Commons, onde mantem-se direitos do autor com permissões de uso.
Mas é claro, a teoria de Elinor é muito mais geral, e visava principalmente desmentir a ideia que era então “consagrada” do “Tragedy of Commons”, que ficou conhecido pelo artigo escrito pelo filósofo e biólogo americano Garret Hardin em 1968.
O conceito moderno que Elinor explorou de “Commons”, são os bens comuns universais tais como água, oceanos, rios, unidades populacionais de peixes, estradas e rodovias (privatizadas quase no mundo todo), e até mesmo uma geladeira de escritório ou um espaço público compartilhado.
Elinor Ostrom demonstrou em seu livro “Governing of Commons” dando exemplo de comunidades que se autogeriram se regulações de cima para baixo ou privatizações, com sucesso econômico.
Em 1973 fundou com o marido Vincent Ostrom, o Workshop de Teorias e Análise Política na Universidade de Indiana, e uma de suas últimas atividades foi a preparação para a conferência Rio+20 na chefia do comitê científico da Planet Under Pression, que exerceu forte influência na conferência, embora Elinor tenha falecido em 2012.
Seu último livro Working together : Collective Action, The Commons, and Multiple Methods in Practice, escrito em conjunto com A. Poteete e M.A. Janssen, dá lições praticas de ações coletivas que podem potencializar o trabalho em torno dos “bens comuns”.