Arquivo para a ‘Recursos comuns’ Categoria
Entre a clareira e a escuridão
É preciso que hajam forças eficazes lutando pela paz, infelizmente boa parte da mídia ocidental está polarizada e é incapaz de fazer uma reflexão sensata sobre os horrores e insensatez da guerra, não por desconhecimento dos seus efeitos, as duas guerras já mostraram, mas por causa de um comportamento infantil e fanático em ambos os polos.
A ameaça de fechar embaixadas na Rússia, os mísseis já disparados na Coréia do Norte, a guerra que é cada dia mais sangrenta na Ucrânia, com armamento mais pesado e letal, é engrossada pela mídia que chega a distorcer os fatos para polarizar ainda mais a guerra, já quase sem trégua.
Sobre as embaixadas o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken fez uma brincadeira (de mal gosto ao meu ver) de dedicar a Putin a música “We are Never Ever Getting Back Together”, de Taylor Swift, querendo dizer que nunca se separarão completamente.
É claro que a Rússia se voltou para o leste Europeu e sonha com uma federação russa ampliada, já a China nunca deixou de sonhar com a recuperação de Taiwan, e a Coréia do Norte pode ser mais uma peça nessa guerra que avança com “cuidados”, mas parece ter um objetivo sombrio.
A clareira, no contexto em que foi desenvolvida por Heidegger significa uma abertura em meio a floresta, em meio a escuridão, onde deve emergir o ser, e isto que é apropriado para a modernidade é também apropriado para um momento de uma guerra mundial avistada num horizonte, porque é oposto ao ente, as materialidades econômicas, sociais e até mesmo políticas, assim aparece o Ser, a vida e sua lógica, seu “lebenswelt” como diria Husserl.
Há uma sombra, ou uma escuridão que percorre as mentes da humanidade, a guerra parece não ser o que é: um grave perigo civilizatório, o fim das argumentações e dos diálogos, a negação do Outro como Ser, da sua cultura e de suas opções e convicções, e esta é a escuridão.
Diz a leitura bíblica: se o sal se torna insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens (Mt 5,13), é preciso que haja luz e sensatez.
A paz é sempre possível e desejável se tivermos tolerância e compreensão com o Outro.
Covid em queda mundial e nova doença
A OMS anunciou uma queda mundial de 21% das infecções mundiais, no Brasil permanece em leve alta e já preocupa, mas a maior preocupação sanitária é o aparecimento da varíola do macaco.
No caso da Covid 19 no Brasil ainda são necessários cuidados higiênicos e protocolos da doença.
A endemia começou na República Democrática do Congo, em 2016, também ocorreram casos em Serra Leoa, Libéria, República Centro Africana e Nigéria, que sofreu o maior surto recente, os dados indicam que um aumento recente na incidência foi a interrupção da vacinação contra a varíola em 1980, e agora apareceram casos na Europa, já com infecções locais e os primeiros casos nos EUA.
Um brasileiro de 26 anos que passou por Portugal e Espanha, países que já tem vários casos de infecções, foi diagnosticado na Alemanha, está isolado numa clínica e tem sintomas leves.
A diferenciação clínica entre a varíola do macaco e a varíola e varicela (um hepervírus e não um vírus pox) é difícil conforme relatos médicos, o exame PCR (polymerase chainreaction) ou uma microscopia eletrônica são necessárias para detectar a infecção, não há tratamento seguro, porém, a doença não é letal, a rápida expansão na Europa já é preocupação sanitária mundial.
O tratamento indicado é o da varíola símia, de suporte, dados dos casos na África indicam que a vacina contra a varíola é eficaz em 85% dos casos já que a doença é ligada ao vírus da varíola.
A imagem publicada acima é cortesia da Public Healt Image Library of the Centers for Disease Controle and Prevention (PHIL), Biblioteca de Imagens do Centro de Prevenções Americano.
Os mapuches, a ontologia e a paz
Um dos povos originários mais resilientes da colonização das Américas é o povo Mapuche, são mais de um milhão de pessoas e se estudem pelo sul do Chile e Argentina, e se veem mais uma vez traídos por governos que prometem liberdade para viverem como nação e serem respeitados.
Porém a interpretação mais verdadeira, que remete a uma espécie de ontologia originária, é Mapúmche, que significa todos os seres que habitam o cosmos: os seres vivos, as árvores, as pedras, a água, o vento etc. é provável que a chegada dos espanhóis reduziu a palavra para Mapuche, que significa apenas povos da terra.
Li com tristeza que o novo governo Boric que prometeu em campanha suspender as medidas restritivas na região que recebe o nome colonizado de “La araucanía” (nome dado pelos colonizadores espanhóis) voltou a ser militarizada por causa das reivindicações de terras indígenas.
Disse a ministro do Interior, Izkia Siches, ao enviar militares a região: “Decidimos fazer uso de todas as ferramentas para fornecer segurança” à região e o longa saga dos mapuches continua.
Os mapuches sempre souberam que a língua os unifica, diz a ontologia ocidental que a linguagem é morada do ser, e rejeitavam o nome araucanos, que lembra as araucárias e os transformam em povos aborígenes, também a exótica ideia que mapuche seria derivada do grego, de um historiador Kilapan Lonko, que escreveu “El origen greco de los Araucanos”, uma falsificação da história.
Muitas palavras Mapuches entraram na língua chilena, choclo (milho), huacho (filho ilegítimo), laucha (rato pequeno), quiltro (cachorro), ruca (casa), etc. e uma interpretação popular de mapuche é mapu (terra), che (gente no sentido de povo), assim vários locais e cidades do chile possuem o prefixo hue: Carahue, Colhue, Pencahue e outras.
O extrato do documentário “Los araucanos”, intitulado “Mapuches: idioma o espelho da alma” de 1978, que equivocadamente os chama de povos araucanos, mostra a importância do idioma que os mapuches sempre tiveram que remete a ontologia dos povos originários.
Também o historiador e professor pela Universidade do Chile, o mapuche Rodrigo Huenchún explica que a cultura tem sido cada vez mais apropriada como manifestação política, desde a ditadura de Pinochet, além dele outros nomes conhecidos na cultuar são os de David Aniñir, Roxana Miranda e Elisa Loncon e muitos outros.
O reconhecimento da cultura dos povos, se suas raízes originárias estão na raiz da paz verdadeira, este é o drama do homem moderno, do esquecimento do ser, de suas vivências e de suas raízes.
(18) Mapuches no Chile: idioma, o espelho da alma – YouTube
Tendência de elevação da Covid 19
Em número publicados pelo próprio ministério da saúde, de variação nos dias 4 para 5 de maio, sábado e domingo em geral há subnotificação, o boletim epidemiológico já registra uma alta em torno de 8,9% com 21.682 novas infecções e 137 mortes pela doença.
Esta tendência vem se mantendo desde o início do mês e atingindo a taxa de 15% será considerada uma nova alta e uma nova onda, embora o número de mortes seja menor e se mantém uma média móvel abaixo de 100 mortes diárias, sendo média e tendo número acima de 100 poderá tornar a elevar-se, já que a média das infecções é maior e de mortes menor porque a cepa é menos letal que as anteriores.
O cálculo de médias móveis é feito por especialistas usando os registros dos últimos 14 dias e dividindo o total por 14, é possível assim ter uma visão mais ampla do atual momento da Covid.
Não há uma análise clara desta leve alta, talvez um efeito sazonal da chegada do frio que favorece as infecções respiratória, porém isto seria muito prematuro porque está acontecendo no hemisfério sul a menor de uma semana, talvez a maior capacidade de infecções da ômicron de segunda linhagem, a BA.2, o preocupante é que favorece a circulação do vírus e o perigo de novas variantes.
Exceto setores especializados que alertam para a questão, pouca atenção é dada a informação mais precisa sobre este futuro da SARS-Covid, apenas a situação da China que segue grave e agora até mesmo com denúncias de desumanidades devido a uma #lockdown excessivo e rigoroso.
Também o início do período eleitoral não favorece uma maior transparência da situação.
Estudo revela perigo em novas variantes
O número mundial de mortes pela Covid 19 diminui,mas com resistência para dizer que as variantes possam ser menos letais e fazer o número cair a zero, enquanto a crise sanitária atinge fortemente as maiores cidades da China incluindo agora capital Pequim, sem diagnóstico claro.
No Brasil o número em queda agora parece entrar em estabilidade já com pequenos aumentos, em alguns momentos ultrapassa a 100 mortes diárias da média móvel, chegando a 200 e o número de infecções não cai chegando a subir perto dos 20 mil casos, qual o cenário futuro?
Um estudo brasileiro, feito por pesquisadores da USP do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) além de pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês do Brasil, revela que as novas variantes do SARS-COV-2 tem mais probabilidade de driblar as defesas imunes da população e devem surgir nos próximos meses.
O trabalho foi publicado pela revista Viruses e faz uma revisão de mais de 150 artigos, investigou a capacidade de evasão do sistema imune, a transmissibilidade e eficácia com a vacinação além do potencial de mutação e o resultado serve de alerta.
O artigo diz textualmente “Evidências crescentes têm mostrado que as mutações estão sendo selecionadas em favor de variantes que são mais capazes de evadir a ação de anticorpos neutralizantes” (em inglês no original: Growing evidence has shown that mutations are being selected in favor of variants that are more capable of evading the action of neutralizing antibodies”) e mostra que a despreocupação de autoridades com a pandemia é política.
No aspecto dos protocolos seguem as preocupações individuais, não há política públicas claras.
Média móvel de Covid cai, mas variante já aparece
Segundo dados da FioCruz no mês de março os genomas de casos de Covid avaliados em pacientes infectados pela mutação BA.2 (segunda linhagem da ômicron) cresceu de 1,1% em fevereiro para 3,4% em março, ela é 63% mais transmissível e na Europa e Oriente ela já é dominante.
A média móvel tanto das infecções como de mortes vem caindo (veja o quadro ao lado) porém não há no Brasil nada além de monitoramento, a política de testagem inexiste e os protocolos já estão relaxados, para complicar chegou o frio e o carnaval fora de época que favorece aglomerações.
O frio favorece doenças pulmonares e consequentemente a Covid que causa infecções deste tipo é favorecida, além de outras doenças respiratórias típicas desta época, a campanha de vacinação da gripe ainda está em marcha lenta.
O governo federal diz que faz monitoramento, os estaduais nem isto, a discussão sobre a liberação ou não agora é irrelevante, uma vez que a população por sua conta e risco já relaxou as medidas preventivas e as festas de carnaval, completamente fora de época, vão acontecer, privadas ou públicas.
Resta-nos o cuidado especial privado e a esperança que a taxa de vacinação no país que é bastante alta freie definitivamente o avanço da Covid 19, em meio a outras crises de abastecimento e de preços que surgem no horizonte já bastante preocupantes.
Assim fica na consciência de cada um, uma vez que não é só o problema individual, a pandemia nos ensinou que é um problema de todos, alguém que não se cuida infecta alguém próximo.
Agora os horrores da guerra
A retirada de Kiev longe de ser pacífica e encaminhar para uma cessar-fogo parece ter colocado mais gasolina numa guerra que aos poucos retoma os horrores e a barbárie da 2ª. guerra mundial.
As fotos e os fatos de Butcha, um dos distritos em torno de Kiev revela cenas de mortes de civis com crueldade e genocídio, dirigentes de toda Europa já se pronunciaram, e o próprio presidente da Ucrania Zelensky foi verificar em loco as valas comuns e civis mortos com as mãos amarradas, além de casos de estupros delatados.
Enquanto agências internacionais falam em 280 corpos, a Ucrânia afirma ter encontrado 410 corpos de civis, em valas comuns ou abandonados nas ruas, muitos com as mãos amarradas, enquanto a Rússia nega estas atrocidades, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov disse que houve “falsificação de vídeo”, no entanto não apresentou nenhuma evidência para comprovar.
Seguem acusações dos biolaboratórios na Ucrânia, também sem provas, se verdadeiro também são condenáveis, mas não servem para justificar a morte brutal de civis que deixa a guerra em outro patamar, onde os acordos ficam mais difíceis e distantes.
Há uma nova ordem mundial, ou pelo menos uma tentativa de implantá-la, os polos econômicos e políticos se deslocaram e uma grave crise econômica e alimentar se aproxima, como enfrentá-la?
Será preciso rever valores, se a barbárie não nos despertar as esperanças ficam mais difíceis, a própria pandemia já deveria ter nos alertado para uma nova onda de solidariedade e de preocupação, não se trata apenas de um vírus, mas de atitudes que seriam esperadas das lideranças e da população, quantas pequenas guerras ainda subsistem sem abertura ao diálogo.
Se em si já é horrorosa esta guerra e a pandemia, mais horrorosas são as atitudes de indiferença e descaso, até mesmo torcidas que se organizam ou que desprezam a desgraça que ocorre ao lado.
Que os horrores da guerra sirvam ao menos para despertar um humanismo sincero, a preocupação e a responsabilidade pelo Outro, o respeito mútuo e o diálogo, ou caminhamos para uma realidade ainda pior a qual não fizemos nada para tentar evitar, ou fizemos pouco.
Paz, paz e esperança, é o grito de quem olha com amor pela humanidade e para o Outro.
A pandemia não acabou
Além do Estado de São Paulo, outros sete estados já estão abolindo o uso de máscaras: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Goiás e agora Minas Gerais, alguns estados já preparam as escolas de Samba para o Carnaval, em plena quaresma cristã.
Embora o ritmo de propagação do coronavírus no Brasil não seja mais tão intenso, os índices não são tão baixos e especialistas consideram que a medida pode trazer impactos indesejáveis no controle da doença no Brasil, mas a máscara deve subir da boca para os olhos para ter carnaval.
Além das autoridades mundiais da OMS, como a líder técnica Maria van Kerkhove, também a pneumologista Margareth Dalcolmo, um nome de destaque da FioCruz no enfrentamento da covid-19 consideram a medida um tanto precipitada e alerta para os perigos.
Autoridades monitoram a variante Deltacron na Europa, que é uma variante entre a Delta e a Omicron, países como Dinamarca, França e Holanda e a OMS já monitora a variante.
Uma região da China de 9 milhões de habitantes, onde está a cidade de Changchun autoridades ordenaram nesta sexta-feira (11) o confinamento rigoroso, com o surgimento de um surto de variante da ômicron (foto), lá há disciplina e controle da Pandemia.
Changchun, é a capital da província de Jilin, que faz fronteira da Coreia do Norte, estando, portanto, também próxima da Coréia do Sul e de países fora da China.
Como as autoridades políticas estão menos cautelosas que em períodos anteriores, depende-se agora de atitudes locais e gestores públicos e privados para que o sinal passado ao público em geral não prospere, a ideia que a Pandemia já acabou passa uma mensagem errada.
Até mesmo os números que havia controles pelas secretarias municipais de saúde parecem já ter relaxado e em muitos locais tornaram-se pouco confiáveis, sem dados não há política certa.
Além de passar uma mensagem errada ao público, é preciso ter claro que a circulação de qualquer variante pode levar a outras e não há garantia que as variantes serão menos letais.
Obs: Até o final da noite de ontem também a região da cidade Industrial Shenzhen (como previsto mais ao sul) também havia sido infectada e o lockdown chegou a 40 milhões de pessoas.
Covid: Sistema de saúde pressionado e aumento de casos
O aumento registrado nas primeiras semanas de janeiro no Brasil dos casos de Covid, com predominância da variante ômicron é muito alto e não há tendência de estabilização, o sistema de saúde está pressionado pelo aumento das internações e pela presença da gripe H3N2 que também já apareceu, em geral é esperando só no começo do inverno por volta de abril e maio, mas este ano chegou mais cedo.
Os números são incertos porém há um significativo aumento (veja o gráfico), há pouca testagem e uma pane nos dados do Ministério da Saúde que se arrasta por mais de um mês, isto prejudica a adoção de política e o controle efetivo da pandemia, conforme explicou aos órgãos de imprensa o infectologista e pesquisador da Fiocruz: “A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior” e os números deverão crescer no mês de fevereiro.
É um fato que a infecção desta variante é menos grave, porém não é certo que esta seria um indicativo de final pandêmico e os cuidados deveriam se manter, as festas de final de ano e a liberação de eventos públicos, já há algum retrocesso nestas medidas, foram vetores de propagação da variante que é mais infecciosa que as anteriores.
O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis negou que a variante ômicron possa ser o final da pandemia salientando que probabilisticamente as mutações são caóticas e não é possível prever a próxima variante ou algum ponto de enfraquecimento linear do vírus, o provável é que tenhamos que conviver com ele ainda por um bom tempo, e o neurocientista alerta o que já está acontecendo na Inglaterra e Estados Unidos onde o sistema de Saúde pode colapsar a qualquer momento, uma vez que está pressionado. e alerta que é possível chegarmos a um ponto de Covid crônica, isto é um estado que o sistema hospitalar não pode mais dar conta do volume de casos que acontecem e com tratamentos paliativos apenas sem conseguir tratar efetivamente a doença.
Com os números deste final de semana no Brasil, chegou-se a próximo de 50 mil casos diários, a expectativa é devem crescer até o final de fevereiro e o sistema de saúde já pressionado poderá entrar em colapso, enquanto as autoridades monitoram sem dados realmente válidos e confiáveis da pandemia.
A vacinação de crianças começou no Brasil, na idade de 5 a 11 anos, com a vacina Comirnaty ( Pfizer/BioNTech) porém o número de doses disponíveis é incerto, as secretarias de saúde tem aberto inscrições para agendamento que além de evitar aglomerações poderá fazer uma previsão na medida que tiverem doses disponíveis.
O que esperar de 2022
Não há nenhum salto quântico de um ano para outro, é um dia de um ano que sucesso ao primeiro dia do ano seguinte, embora para efeito fiscal, político o último dia do ano seja de balanços econômicos e fiscais, e de início de um novo orçamento para o ano que se inicia.
Tradicionalmente o primeiro ano é também o dia da Paz, e na cosmogonia cristã a visita dos reis magos (não cristãos) que visitam o menino-Deus que nasceu e fogem das ameaças de Nero, é também uma referência ao diálogo entre os povos.
O dia de ontem foi marcado por uma conversa bilateral entre Joe Biden e Vladimir Putin, solicitada por este segundo a CNN, na pauta embora tenha sido falado que são as “relações diplomáticas bilaterais”, está a tensão na Ucrânia devido a concentração de tropas na fronteira e a chamada Bucareste Nine, nove nações da OTAN (Romênia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Bulgária, Estônia, Letônia e Lituânia).
Qualquer avanço sobre a Ucrânia significaria uma resposta da OTAN através da Bucareste Nine, porém o envolvimento global no conflito não é impossível, assim este diálogo tem uma importância fundamental para se manter a paz.
A nossa maior esperança é o fim da pandemia, mas temos a ameaça da nova cepa e ainda da gripe H2N3 cuja vacina já está pronta e funciona, assim é fundamental uma boa campanha de vacinação que abranja toda a população, agora numa perspectiva de co-imunidade, isto é, que todos os países tenham vacina disponível, com ajuda da OMS.
A variante ômicron avança, porém, as medidas preventivas não estão sendo tomadas, quer seja pelo esgotamento das forças de contenção (a população está cansada das restrições) quer seja pela fragilidade política dos governos, quer seja por um negacionismo, agora estrutural, que avança, uma vez que “as vacinas não funcionam”, em parte é verdade, mas elas restringem a gravidade das infecções.
Não se pode esquecer o equilíbrio ecológico, é preciso um avanço significativo nesta direção, não basta a mudança política, é preciso que elas promovam mudanças estruturais.
Com tudo isto é preciso ter esperança, é preciso lutar e ter sempre em frente alguma coisa boa para pensar, agir e solidarizar com os que sofrem.