Posts Tagged ‘peace’
Guerra e o fim do inverno
A estratégia russa era “congelar” os ucranianos e seus aliados da Europa no inverno, assim não só limitou o envio de gás como também bombardeou várias fontes energéticas na Ucrânia, com a Europa estoca gás antes e sabendo da estratégia russa, foi buscar gás natural em outras fontes, como na África, e agora estamos no fim do inverno lá (e verão aqui no hemisfério sul).
Uma possível tática de guerra agora seria uso de armas biológicas, já há denuncias que isto tenha ocorrido na Ucrânia, elas são proibidas por acordos internacionais, porém um confronto direto com a Otan traria um desgaste enorme além da possibilidade de uma catástrofe nuclear.
A votação e a intervenção do Brasil para a paz tiveram reação negativa na Rússia, que já alertou o Brasil para uma posição de confronto, o Brasil foi o único país a votar contra a intervenção russa na ultima votação que aumentou a rejeição a intervenção russa, não há outro nome para o fato.
O final do inverno trás um período de grandes alagamentos e terrenos movediços e o avanço de forças terrestres não é possível, os jovens recrutados para a guerra na Rússia não tem habilidades para armamentos pesados e aviação em sua grande maioria.
Qual o caminho para a paz no momento, o Brasil tenta formar um bloco “neutro” que dialogue com os dois lados, porém a OTAN é parte fundamental da guerra na Ucrânia e aí está a dificuldade.
O jornal alemão Der Spiegel afirmou que a chefe da Comissão Européia, Ursula von der Leyen disse que o tempo de paz acabou na Europa, é uma declaração grave, que veio em resposta as ameaças russas, também já há um movimento visível (tenho conhecimento de alguns casos) de serviços que podem ser feitos home office estarem se deslocando para fora da Europa.
No caso de uma guerra biológica, claro esperamos que jamais chegue a este ponto, a evacuação de muitos serviços seria inevitável e um clima totalmente bélico se instalaria no continente.
Esperamos e sempre acreditamos que a paz possível, e os homens desejarem.
Uma chance para a paz
Ao contrário de tudo que se imaginava para um ano de guerra, completados neste fim de semana, o confronto Rússia x Ucrânia pode ter um desfecho diferente, finalmente há uma chance para a paz.
O Brasil fez uma proposta nova de moção na ONU, além de se oferecer para mediação das negociações, a China também parece disposta, mesmo que sobre desconfiança de uma possível ajuda militar à Rússia e tudo isto mudou o cenário de votação de uma nova moção na ONU, mais branda, de condenação da invasão russa.
A moção aprovada com alguma inclusão do texto brasileiro, teve uma votação foi muito significativa, votaram a favor 141 votos (mais países que a anterior), 32 abstenções, sendo a da China significativa, e sete contra: Coréia do Norte, Nicarágua, Eritréia, Belarus, Síria, Mali e a própria Rússia.
A Rússia diz que aceita eventual mediação do Brasil, e a China é óbvio seria bem, mas já neste caso há desconfiança do ocidente, pois o texto proposto pela China fala em “descanso” russo, se a China enviar armas a Rússia, mesmo com a ajuda da Otan a Ucrânia, esta estaria muito fragilizada.
Foram feitas propostas de emendas, a Belarus por exemplo queria retirar a parte do texto que responsabilizava a Rússia pelo início do conflito, porém o texto brasileiro mesmo sendo mais brando, deixava claro a agressão russa.
Assim agora há uma maior possibilidade de um bloco para negociações de paz bilateral do ponto de vista ideológico, e uma maior consciência do desgaste e dos prejuízos humanitários da guerra.
A paz começa finalmente a ser pensada de modo realista e por ambos lados em conflito.
Na semana de um ano de guerra
Há intensos bombardeios nas frentes de combate na Ucrânia e misseis sobre o país, não há perspectiva de cessar foto, internamente a Ucrânia teve uma queda de sua produção em 30%, enquanto a Rússia consegue driblar as sanções internacionais, mas não a insatisfação interna.
O temor de uma guerra mais intensa é tão grande, que uma parte das mulheres grávidas russas, que podem viajar foram para a Argentina, pela simpatia do governo de lá e ela custo, já que a Argentina tem uma grave crise econômica que desvalorizou a moeda.
As manobras militares no Atlântico Sul geraram protestos no Ocidente, Rússia, África do Sul e China realizaram exercícios militares conjuntos, dos países que com põe o bloco econômico dos Brics, o Brasil mantém a neutralidade e deve conversar esta semana com Zelensky, enquanto a Índia faz esforços ela paz.
O governo brasileiro se negou a entregar munição ara os tanques que a Alemanha envio para a Ucrânia, porém a conversa entre Zelensky e Lula pode modificar o cenário, já que há um pedido expresso do governo americano, e Lula se encontrou com Biden recentemente.
Isto tudo mostra que não há apenas um contexto ideológico, o contexto geopolítico é pensado, havendo inclusive um acordo não-declarado entre Rússia e Israel, o que joga o mundo árabe para o lado soviético, entre estas forças o temível Irã que tem enviado drones para a Rússia.
Tudo isto é uma análise fria da guerra, porém algumas fontes a pontam 60 mil mortos em confrontos do lado russo, e mais de 100 mil do lado Ucrânio, milhares de mutilados, um número absurdo de pessoas ucranianos exilados, além dos danos materiais.
No Estado de São Paulo, o governador decretou o fim da obrigatoriedade das vacinas (ele próprio testou positivo dia 12/02) em ambientes públicos e o governo federal não divulgará mais relatórios diários da pandemia.
A ira e a paz
É verdade que a história da humanidade está pontuada por guerras, porem o que aconteceria se fosse ao contrário e os homens buscassem em todas as circunstâncias encontrar um caminho mais solidário e menos tenebroso para seus conflitos.
Porem um conflito internacional neste momento seria uma tragédia que pode por em cheque o próprio processo civilizatório e cujas consequências seriam números inimagináveis de perdas de vidas humanas, de contaminação da natureza e de estragos materiais.
Enquanto isso o conflito no leste europeu vai tomando contorno cada vez mais internacional, uma fragata russa carregada de misseis hipersônicos imparáveis e com alcance de mil quilômetro caminha no atlântico sul em direção a costa leste americana.
O filósofo estoico Sêneca (4 a.C–65 D.C) que escreveu um tratado sobre a Ira, que ao contrário de muitos outros diz que não há sabedoria nela, escreveu em sua obra: “Nenhum homem se torna mais corajoso por meio da ira, exceto alguém que, sem ira, não teria sido corajoso: a ira, portanto, não vem para ajudar a coragem, mas para tomar seu lugar” (I.13).
Assim a guerra não apenas é má conselheira, ela toma o lugar da coragem e do verdadeiro heroísmo, aquele que conduz a humanidade â concórdia, â tolerância e a verdadeira civilidade.
Pode parecer altruísmo, mas o verdadeiro ensinamento cristão e que está presente em muitas religiões, lembre do hinduísmo de Ghandi que defendia intransigentemente a paz, então diz o a leitura atenta da Bíblica: “Vós ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Eu, porém vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!” (Mt 5,38-39).
Podemos evitar uma catástrofe civilizatória, mas não sem perdão e concessões. Ainda dá tempo.
Pestes, ira e guerras
Porque estes fenômenos são cíclicos e parecem estar relacionados, uma análise mais profunda do contexto do livro de Steinbeck as vinhas da Ira pode ajudar esta análise.
Além da grande depressão de 29, também as consequências da I guerra mundial e da peste negra influenciaram indiretamente a questão da exploração da mão de obra no Oeste os EUA, porém além destas questões sociais mundiais, um fenômeno natural aconteceu na região central americana, uma espécie de tempestades de poeira duradoura chamada “Dust bowls” que atingiu a região (foto).
Assim lembremos que a destruição da I guerra mundial e a gripe espanhola destruiu a economia europeia e os americanos foram os grandes financiadores da recuperação, isto gerou um boom de produção, consumo de matéria prima e riqueza nos EUA, porem a especulação financeira (pois eles financiavam a reconstrução da Europa) seguiu-se a uma enorme bolha que depois explodiu.
Assim os agricultores endividados em bancos dos estados centrais americanos, justamente onde o fenômeno Dust bolws ocorreu, se viram obrigados a deixar suas terras e bens penhorados e ir se oferecer como mão de obra barata e temporária no oeste americano, os boias frias americanos.
Este é o cenário de denuncia e ira de Steinbeck, e a desolação que o ex-presidiário Tom Joad encontra ao procurar sua casa e parentes, porém o pano de fundo é maior que o explorado por muitos críticos e comentaristas.
É de se perguntar o que faz um fenômeno tão estranho em meio a este cenário, teriam as causas naturais ligação com a maldade humana e também ela traria este tipo de consequências, é difícil analisar sem uma nenhuma crença em forças divinas superiores às humanas, porém sempre dependentes delas, por exemplo, sabe-se que as perfurações de minas, de petróleo influenciam as placas tectônicas, as agressões a natureza influenciam os climas, etc.
O importante é que não nos fixemos numa análise simplista por parâmetros exclusivos e alarguemos às análises para encontrar as verdadeiras raízes e causas de nossos problemas que a ira, as guerras e o ódio geralmente ignoram.
Assim a ira, a guerra e a análises simplistas e unilaterais não são apenas um erro políticos, mas fogem da racionalidade e das verdadeiras causas dos problemas onde se encontram as soluções.
STEINBECK, J. As vinhas da ira. Trad. Herbert Caro e Ernesto Vanhaes. 10ª. Ed. SP: Record, 2012.
A ira e as questões sociais
Um dos argumentos fortes para a ira é a questão social, antes econômica, agora cultural, étnica e de genero.
O livro do americano John Steinbeck, causou um grande mal-estar na sociedade, foi citado com certa reverência quando ganhou o premio Nobel de Literatura em 1962 embora o livro seja de 1939, o livro foi bem recebido no leste europeu soviético da época e nos países escandinavos.
Na época o livro chegou a queimado em praça pública e banido das escolas, foi o inicio da guerra fria e do macartismo (perseguição aos comunistas nos EUA), embora o autor nunca teve afiliação.
O livro começa com Tom Joad, o personagem central do livro, pedindo uma carona após 7 anos de prisão que foi sua sentença por ter assassinado uma pessoa em decorrência de uma briga de bar, mesmo tendo sido em sua autodefesa acabou sendo declarado culpado.
Não encontra nada em sua antiga casa e acaba descobrindo que tinham vendido todos os pertences e indo para a casa do Tio John e chegando lá percebe que todos estão preparados para sair e descobrem que as grandes empresas e as fazendas estão fechadas e os agricultores indo embora para a Califórnia para procurar trabalho.
É período da grande depressão americana, e as questões sociais são emergentes, o livro mostra as condições de trabalho e exploração nos campos de plantações de frutas na Califórnia, Steinbeck é da região de Salinas, onde se passa o romance que embora ficção tem ligação com a região.
O questionamento é até onde podem ir os limites deste tipo de revolta, é justo violências e lutas ideológicas quando estas condições se apresentam, quais são as alternativas para os problemas, é provável que entremos em nova recessão, além do risco da guerra, o livro de Steinbeck nos dá um cenário parecido (recessão e guerra) e podem nos apontar não um retorno ao passado, mas numa nova possibilidade para o futuro sombrio que nos aguarda.
STEINBECK, J. As vinhas da ira. Trad. Herbert Caro e Ernesto Vanhaes. 10ª. Ed. SP: Record, 2012.
Sobre a Ira e a Guerra
Há quem defenda que a Ira e sua expressão máxima a guerra são necessárias e em muitas situações inevitáveis, o filósofo romano Sêneca além de teorizar a questão e a escrever um tratado “Sobre a Ira”, em três livros, no primeiro teorizar, no segundo trata de conselhos e exemplos para evita-la, já que pare ele a ira é sempre prejudicial.
O trabalho conclui com dicas de como acalmar a si e outras pessoas e faz uma síntese da obra, segundo o filósofo um grande homem nunca deve irar-se.
Uma leitura obrigatória para os dias atuais, é a leitura de Ira e Tempo: ensaios psico-políticos, de Peter Sloterdijk em que ele trata além de um panorama da questão no pensamento ocidental, acrescentamos Sêneca de propósito como contraponto, o autor mostra que ela é apreciada por ser força motriz de heróis e guerreiros, e diz que esta força se perdeu com a repressão da ira, mas será que é mesmo assim, ou ela foi transferida ao Estado que a monopolizou.]
O Amor nos tempos do cólera é um livro de Gabriel Garcia Marques de 1985, onde o cenário de fundo é a America Latina, o gênero é o realismo fantástico e fala de um triângulo amoroso que durou por mais de 50 anos, ao contrário do que parece e sugere, há um amor verdadeiro por trás do triângulo.
Durante toda a sua vida Florentino Ariza amou e esperou, por mais de cinquenta anos, Fermina Daza, o romance pode lembrar e é um bom paralelo com Candido ou o otimismo, de Voltaire (que é de 1759) e que ironiza o espírito provinciano de Candido na espera eterna de sua amada Cunegundes, que ao fim da vida finalmente a conquista, neste caso não há triângulo, mas um impedimento pela nobreza da donzela e a vulgaridade do plebeu.
O romance se passa na passagem do século XIX para XX, e tanto havia a peste da cólera e da guerra, e isto trás uma realidade muito atual, não é um amor idealizado em um contexto contraditório (cólera e guerra), Fermina foi casada com médico renomado Dr. Juvenal Urbino, a narrativa é inteligente porque já no início do livro o médico falece, e então o autor vai colocar a história de ambos e um amor reprimido, e como é o amor numa fase madura.
Esta maturidade e apesar do realismo fantástico, segundo o próprio autor teria muito a ver com a história de amor dos próprios pais, e embora fale apenas de um amor humano, traz uma reflexão positiva sobre o que é o amor, o quanto pode ser verdadeiro e maduro quando a vida toda ele é provado.
Em 2007 foi filmado e dirigido por Mike Newell, confesso que não vi, mas acredito que o pouco interesse da crítica é um termômetro de que é tão bom.
MARQUEZ, Gabriel Garcia. O Amor nos tempos do cólera. Trad. Antonio Callado. Ed. Especial capa dura, SP: Editora Record, 2016.
SENECA. Sobre a ira: sobre a tranquilidade da alma, Trad. José Eduardo S. Lohner, SP: Ed. Penguin-Cia. 2014.
SLOTERDIJK, P. Ira e tempo: ensaio político-psicológico. SP: Estação Liberdade, 2012.
Geopolítica da guerra e “viroses”
Nem o grave terremoto na Turquia e Síria, já com mais de 25 mil vítimas fatais, conseguiram aplacar o espírito de ira e vingança que sacode o planeta.
A guerra sofre uma escala em uma geopolítica mundial, o navio russo Almirante Gorshkov (apoiado pelo cargueiro de abastecimento Kama) passa pela costa da Europa e vai em direção aos EUA (lembra a crise de Pearl Harbour (1941) e mísseis em Cuba (1962)), depois de balões “espiões” agora há uma onda de Objetos Voadores não identificados abatidos, que não são alienígenas, mas apenas aparelhos não conhecidos.
No aspecto da pandemia, algumas mudanças de comportamento do vírus sincicial (nome complicado para massa multinucleada de citoplasma formada pela fusão de células originalmente separadas) que acontecem em viroses sazonais, agora parecem ter um comportamento atípico e fora de época, no hemisférico sul, por exemplo, ainda estamos no final do verão.
Voltando a guerra, a fragata Almirante Gorshkov navegava em direção a África, era acompanhada por um navio de abastecimento que seguiu este percurso, mas a fragata mudou de rumo e agora vai em direção aos Estados Unidos o que provoca um aumento de tensão na guerra que já não era só da Ucrânia e Rússia, também alguns mísseis russos ultrapassaram a fronteira sul da Ucrânia e foram em direção a Moldávia, cresce o sentimento de uma guerra total.
É bom lembrar que a fragata em direção aos EUA tem os temíveis e imbatíveis misseis hipersónicos Zircon, mesmo estando em aguas internacionais, pode chegar a uma distância para que a costa leste americana seja atingida com segurança, o que certamente agravará a crise internacional e eminente conflito.
Depois do evento dos balões, aquele acusado de espião no espaço aéreo americano, outros dois “objetos não identificados” (que não tem alienígenas) foram abatidos, e neste domingo (12/02) um destes objetos foi abatido na China, tudo indica espionagem e contraespionagem em curso.
No plano da Pandemia, estas viroses extra sazonais preocupam pela gravidade e volume, Marcelo Gomes coordenador do InfoGripe (da Fiocrus), afirma que estas viroses chamadas de VSR (Virus sincicial respiratório) podem ser atribuídas a dois fatores: a mitigação dos cuidados com a pandemia que também coibia outros vírus e a falta de controle em ambientes coletivos, que impedia maior contato e circulação de vírus socialmente.
Tanto na guerra crescem a preocupação tanto com a paz, como com a possibilidade de novas pandemias, o clima internacional segue tenso, recentemente houve toca de farpas entre o premiê francês Makron e a primeira ministra italiana Giorgia Meloni, que foi excluída da reunião com Zelensky.
A paz está ameaçada e o descuido com a pandemia (ou mesmo a pós-pandemia) pode gerar uma onda de viroses e efeitos colaterais.
Novas tensões e pandemia
Além da guerra entre Rússia e Ucrânia, onde crescem as tensões, a tensão entre Estados Unidos e China aumentaram em função de um suposto balão espião que entrou no céu americano e uma nova tensão entre Azerbaijão e Armênia onde há 130 mil armênios isolados em condições sub-humanas na região de Nagorno-Kabarakh, reivindicada pelos dois países (mapa) e com histórico de conflitos.
Na guerra após a entrega dos tanques alemães para a Ucrânia e a ajuda americana, a Rússia reagiu com fúria prometendo uma ofensiva arrasadora, dia 24 de fevereiro completará um ano de guerra e espera-se até lá uma forte ofensiva russa, além disto há ameaças ao Ocidente e uma ofensiva na Moldávia, que faz fronteira sul com a Ucrânia e assim criar nova frente de combate.
O balão que invadiu território americano, vindo do Canadá e segundo a China se perdeu, uma vez que será tomado pelos americanos (a derrubada poderia ser perigosa), entrou pela região de Montana, norte dos EUA e com possíveis armamentos nucleares o que levou a suspeita, porém a China alega que a medida americana foi precipitada e que se trata apenas de um balão atmosférico, porém a tensão se elevou.
Os líderes de Pequim declararam que “não aceitariam nenhuma conjectura ou exagero infundado” e acusam “alguns políticos e a mídia dos Estados Unidos” de usar o incidente “como pretexto para atacar e difamar a China”, apesar da tensão o clima não é de uma guerra e a questão de Taiwan é um pano de fundo.
A covid-19 segue um roteiro de indefinições, agora há indicações que o Japão enfrenta um crescimento da pandemia, isolado durante as etapas anteriores, o país se abriu para o turismo e isto parece ser um dos indicativos deste inesperado crescimento, o uso de mascaras lá por exemplo, é anterior à Pandemia.
Segundo o site da BBC, o país atingiu um recorde histórico no dia 20 de janeiro com 425 mortes em um único dia, proporcionalmente maior que a América Latina, Estados Unidos e Coreia do Sul, entre outros, os dados são do Our World in Data, que é compilado pela Universidade de Oxford.
Seguem também temores sobre efeitos colaterais da vacina bivalente da Pfizer (imuniza a variante inicial e as novas cepas), segundo o órgão de controle americano de saúde, o FDA, a análise feita em milhões de idosos não identificou risco de AVC, mas especialistas pedem estudo mais aprofundado.
Encruzilhada da guerra e pandemia em análise
Analisando estes dois temas de grande relevância mundial, elementos complicadores da grande crise civilizatória, que já analisamos o aspecto político e cultural que é seu fundo, vemos uma guerra em escalada mundial e uma pandemia em análise pela OMS, quanto ao uso do termo.
São dois eufemismos, pois a guerra já tem proporções mundiais com o envio de tanques Leopard por parte da Alemanha e Polônia, enquanto a Russia envia seu navio chamado “do fim do mundo” para águas internacionais no Atlântico Norte, não há perspectiva de Paz, a Pandemia continua o que se discute é só se a palavra deve continuar a ser usada, a infecção pela variante kraker já é vista mundialmente como de rápida e fácil transmissão.
Após o anuncio de entrega de tanques Leopard a Ucrânia, a Rússia já bombardeou o país com misseis hipersônicos que ficam fora do alcance do radar e anunciou o desenvolvimento em escala da arma nuclear Poseidon (imagem), um torpedo Autônomo Nuclear com capacidade intercontinental, como depende de submarinos pode atingir cidades costeiras praticamente em todos continentes.
O Vice-Presidente do Conselho de Segurança e ex-presidente da Rússia Medvedev afirmou que quem tem armas nucleares não perde uma guerra, e a declaração é vista como uma ameaça ao envolvimento de países europeus e dos Estados Unidos, agora vistos como envolvimento direto pelo envio declarado de armas, embora o presidente da Alemanha afirme que a escalada não envolverá a OTAN.
Analistas de todo mundo, entre eles o chamado “relógio Juízo Final” (Doomsday Clock) simbólico, que começou após o fim da segunda guerra, adiantaram o “relógio” para 90 segundos da meia noite, devido a guerra na Ucrânia e a escalada de ameaças entre o Ocidente e a Rússia.
Em 1945, criado pelo biofísico Eugene Rabinovitch e organizado pelo Bulletin of Atomic Scientists, o Doomsday Clock contou com cientistas como Albert Einstein, J. Robbert Oppencheimer e Marx Born, até hoje são cientistas renomados que mantem esta análise, o horário 23:58:30 é o mais próximo desde sua criação.
A OMS também analisa suspender o estado de “emergência de saúde pública de interesse internacional”, eufemismo para declarar o fim da pandemia, o que é preocupante porque só na China foi resultado mais de 170 mil mortes nas últimas semanas, e a variante kraken segue em expansão, com isto o socorro de nações com dificuldades sanitárias e uma política global de combate ao vírus fica debilitada.
Não acredito que a atual crise, que inclui e se fundamenta em valores culturais, possa se dissipar, porém atitudes de paz e cuidado com a vida podem nos dar algum alerta, as autoridades devem ter isto presente.
Após a publicação deste post, veio a declaração oficial da OMS: “Não podemos controlar o vírus da covid-19, mas podemos fazer mais para lidar com as vulnerabilidades das populações e dos sistemas de saúde”, disse seu diretor Geral Tedros Adhanom esta segunda-feira (30/01/2023).