Arquivo para novembro 27th, 2017
Que crise é esta
Assim precisamos ir além, Edgar Morin em palestra afirmou que está além da crise da economia (não diz mas diria além da crise política), é “uma crise do pensamento, da civilização ocidental”, Mário Ferreira também faz esta distinção já que a oriental e ainda a árabe (pouco citada) são diferentes, se é que estão em crise, penso que estão.
Afirmou em sua palestra “O caminho para o futuro da humanidade” que a crise da atualidade “é a crise desta humanidade que não consegue se tornar humanidade”, e, portanto, não está “fora dela”, nos objetos e nos esquemas política, mas “dentro dela” porque os processos que são conduzidos hoje nos conduzem “a uma catástrofe futura”, no vídeo pode ser compreendido.
Afirma que a mundialização é a pior e a melhor das coisas que poderiam acontecer, pior porque produziu-se armas em escala mundial capazes de destruir o planeta e os diversos tipos de fanatismos e fundamentalismo podem nos conduzir a guerra, e é melhor porque “todos os seres humanos de todos os continentes se encontram reunidos, sem que eles saibam, reunidos em uma mesma comunidade de destino.”
Sabemos que a “economia mundial não tem nenhuma verdadeira regulamentação”, e a crescente degradação da biosfera, além da má distribuição de renda pode nos conduzir a uma crise ainda maior que a que vivemos em 2008 e que parece latente.
Es se estamos “reunidos na mesma comunidade de destino”, estamos diante da possibilidade de que “nasça um novo mundo”, e será um novo tempo que há de vir, um advento, uma nova “chegada”.
É preciso desenvolver uma sociedade em escala mundial, na qual “a internet possa desempenhar um papel especial nesta democracia”, pois não se trata de criar um mega estado mundial, mas um novo modelo de cidadania global.
Temos um problema fundamental que esta comunidade mundial nos “revela”, eu diria que se desvela, pois não será mais possível nada permanecer “velado” nem re-“velado”, que neste caso seria como alguns querem tornar o mundo “desglobalizado”, em sua palestra Morin lembra-nos dos efeitos positivos da “interdependência”, “dos intercâmbios” e de se chegar a um “mundo novo”, onde as culturas locais sobrevivam.
Explica que é possível conciliar o positivo da “globalização” o positivo das “culturas regionais”, mas é preciso um “pensamento novo” para isto, sem radicalismos.