O otimismo, na Naruega
Este em São Paulo, a ex-primeira ministra da Noruega Gro Brundtland, que havia sido ministra do meio ambiente em seu país, e seu nome está associado ao relatório Nosso Futuro Comum apresentado na ONU em 1987 de onde saíram as linhas principais para a Rio 92.
Ela esteve em palestra no projeto Fronteiras do Pensamento, no dia 1º. de outubro deste ano, e o jornal da USP traz uma reportagem em destaque sobre seu otimismo em relação ao meio ambiente, embora reconheça que são necessário mais avanços sobre o conceito de “desenvolvimento sustentável”, diga-se de passagem que foi o conceito emergente na Rio 92.
Perguntada se o avanço deveria ter uma razão “política, social ou técnica”, respondeu com lucidez: “Acredito que são os três … estamos frente a desafios maiores que os nossos atuais sistemas de governos são capazes de enfrentar adequadamente”, mas ela justifica nas parcerias do setor público com o privado, que ocorrem em várias partes do mundo, seu otimismo.
Ela vê o mundo numa condição de risco, fazendo uma projeção de emissões globais e mudanças climática, prevê que para 2040 o mundo saltará para 9 bilhões de pessoas, sendo 3 bilhões pessoas de classes médias em países emergentes, que precisarão de mais 50% de alimentos, 45% a mais de energia e 30% a mais de água.
Depois de falar da necessidade de engajamento na sustentabilidade dos Estados Unidos e dos países emergentes desmonta o mito do fim do desenvolvimento, para ela “a escolha entre meio ambiente e desenvolvimento não é verdadeira. A Noruega tem a política de clima mais avançada do mundo e a taxação de CO2 mais alta da Europa, e prova que é possível que os dois caminhem juntos”, mas ressaltou que é preciso “fazer com que as coisas aconteçam para todos, ou não acontecerão de forma nenhuma” concluiu.