RSS
 

Dois achados: tecnologia e religião

13 fev

Devemos ler a história do momento presente para trás, ou seja, no sentido inverso, embora ChaveautStonehengesempre seja importante uma dose de “desantropomorfização”, ou seja, atribuir todo o fundamento dos conceitos estudados unicamente ao homem, sem considerar seu meio em volta, e com isto o uso de tecnologia para seu manuseio.

Isto significa que o homem é o que ele faz com a natureza e com os seus semelhantes a sua volta, a importante relação com o Outro que a filosofia atual enfatiza.

Dando um salto na história, voltando a 7 mil antes de Cristo, encontramos o monumento Stonehenge no centro da Inglaterra, e recentemente (nos anos 90) foi encontrada uma caverna com pinturas datadas de 30 mil antes de Cristo, a Caverna de Chauvet.

Diversos estudos de arqueologia, Stonehenge está mais avançado, apontam dois fatos interessantes: a importância tecnológica, as pedras de Stonehenge foram movimentada pela Inglaterra vindas do Pais de Gales, e o aspecto religioso: sabe-se que aquele circulo é parte de círculos maiores de onde vinham diversos habitantes para algum tipo de rito “religioso”.

A segunda descoberta é mais intrigante, uma verdadeira galeria de arte foi encontrada em Chauvet, mostrando uma técnica já refinada de pintura e aquilo que Werner Herzog chamou de “homo spiritualis”, em seu filme “A Caverna dos sonhos esquecidos”, única filmagem permitida até hoje desta galeria de arte pré-histórica.

É importante saber que tanto os pesquisadores e arqueólogos ingleses que pesquisa Stonehenge  (veja nosso post) quanto Werner Herzog que filmou Chauvet não são pessoas religiosas, mas a constatação que havia algo de “espiritual” em ambos os monumentos nos faz pensar.

O homem sempre viveu mergulhado numa esfera espiritual, que Teilhard Chardin chamou de Noosfera e usou tecnologia, portanto o princípio antropomórfico é falso, somos natureza.

 

Comentários estão fechados.