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Resultados da busca ‘Stonehenge’

Stonehenge e a antropotécnica

26 jan

Antropotécnica é o nome dado a ideia que é possível ligar a antropologia e seus Stonehenge2desenvolvimentos humanos ao desenvolvimento de técnicas que influenciaram mudança civilizatórias e até mesmo estruturais na forma de organização humana, o termo é devido a Peter Sloterdijk que tenta explicar os processos atuais de tecnologia na modernidade.

Stonehenge é um monumento do período neolítico, que se acredita ter surgido num período chamado por arqueólogos de mesolítico, entre 8500 a 7000 a.C. (Vatcher e Vatcher, 1973) e descobriu-se recentemente que faz parte de círculos maiores (figura 1)

Não se sabe como os primeiros monumentos de pedras (post-holes) apareceram ali, mas uma hipótese razoável é que alguns já existiam e depois outros foram sendo trazidos por um longo período de cerca de mil anos, alguns vindos de muito longe de regiões como o País de Gales.

Uma possibilidade estudada é que a paisagem da região de Stonehenge no passado pode ter sido especialmente aberta, que aperta de exigir alguma tecnologia para transportar as enormes pedras, haveria uma espécie de terraplanagens retangulares (a Maior chamada de Stonehenge e a menor de Cursus) que permitiu a movimentação das pedras em troncos de árvores ou mesmo em geleiras glaciares que possibilitaram o movimento das pedras (French, 2012), conforme a figura 2.

Duas pedras conhecidas como Heel Stone (calcanhar) e North Barrow foram as componentes iniciais de Stonehenge, mas a vala circular com bancos internos e externos foram construídas em 3000 a.C. e foram trazidas de fora para lá (figura 3)

É possível que características como a Pedra do Calcanhar eo montículo baixo conhecido como o Barrow Norte fossem componentes iniciais de Stonehenge, mas o evento principal mais antigo conhecido foi a construção de uma vala circular com um banco interno e externo, construído sobre 3000 aC (Field e Pearson, 2010). Esta área fechada cerca de 100 metros de diâmetro, e tinha duas entradas. Era uma forma adiantada do monumento do henge (LAST, 2011)

Dentro dos bancos e de cerca de 60 valas foram encontrados vários instrumentos de madeira, de pedras e alguns deles que chamaram a atenção por serem de cobre, como aquele que foram chamados de valas de Aubrey, as pessoas enterradas ali eram cerca de 150 individuos, sendo o maior cemitério neolítico (PEARSON, 2012).

Uma pedra (gneiss) e pinos de osso encontrados associados com restos humanos cremados nos furos de Aubrey em Stonehenge, dizem que lá foi um cemitério.

VATCHER, G e VATCHER, M., ‘Excavation of three post-holes in Stonehenge car park’, Wiltshire Archaeological and History Magazine, 68 (1973), 57–63.

FRENCH, C. et al, ‘Durrington Walls to West Amesbury by way of Stonehenge: a major transformation of the Holocene landscape’, Antiquaries Journal, 92 (2012), 1–36.

FIELD, D. and PEARSON, T. World Heritage Site Landscape Project: Stonehenge, Amesbury, Wiltshire Archaeological Survey Report, English Heritage Research Department Report 109-2010 (Swindon, 2010).

LAST, J., Introduction to Heritage Assets: Prehistoric Henges and Circles (English Heritage, 2011).

PARKER, M.; CHAMBERLAIN,  A., MARSHALL, M. J., POLLARD, RICHARDS, C. THOMAS, J., TILLEY, C. e WELHAM, K., ‘Who was buried at Stonehenge?Antiquity, 83, 2009, 23–39.

PEARSON, M Parker, Stonehenge: Exploring the Greatest Stone Age Mystery (London, 2012), 193.

 

Um acaso ajuda explicar Stonehenge

04 set

Um monumento no centro da Inglaterra, mas data entre 4 e 5 mil anos, ou seja, no início do períodoStonehenge Neolítico, é um dos locais mais estudados, em função de sua importância história e de seu formato instigante, seria ele um circulo completo ou semi-círculo.

Esta distinção influencia diretamente as teorias que explicam a razão desta construção, e dois funcionários que mantém o monumento ajudaram a dar mais um passo em desvendar esta “catedral neolítica” como é chamada por muitos pesquisadores, pois se trataria de um local de culto do homem primitivo.

Este circulo influencia as teorias que explicam a razão de ser desta estrutura de pedra, próxima à cidade de Salisbury, esta do sudoeste da Inglaterra.

Um funcionário responsável pela manutenção, Tim Daw, afirmou que estava andando a pé e olhando para a grama próxima às pedras e pensando que deveria comprar uma mangueira mais longa, pois havia uma parte ressecada e parecia que ali poderia ter algo que os especialistas estavam buscando: “Chamei um colega e ele também percebeu que isso poderia ter uma importância. Como não somos arqueólogos, chamamos os profissionais”, disse Daw a BBC News, e observando depois do alto fico mais claro (foto).

Sim a observação do solo naqueles locais foi fundamental para entender que realmente o monumento era um círculo, e as conclusão foram publicadas na revista Antiguity.

 

Novos caminhos e novo Natal

10 dez

O homem passou por muitas etapas históricas, cada uma com seu drama e como sua mística, como aquela que se revela no monumento neolítico Stonehenge (foto).

Os tempos de pandemia nos fizeram nos recolher mais tanto na proximidade de familiares quanto na vida interior (que o pensamento ocidental chama de subjetividade), porém para onde caminhamos, que tipo de Natal será o deste ano, as festas do final de ano já sabemos pela nova onda pandêmica será reduzida.

De qualquer forma comemoramos uma passagem, seja para os cristãos a espera da parusia (as duas primeiras semanas) seja daqui até o Natal a intervenção de Deus na história através do nascimento do menino-Deus em Belém, o que aos poucos vai sendo apagado da festa e substituída por consumismo, neve e outros ritos alheios ao fato histórico.

Sim histórico, porque Maria e José vão a Belém justamente para um recenseamento, isto é, para serem contados entre os homens e registrados eles deviam ir a cidade Natal de José e por um capricho e cuidado divino nasce Jesus e já é recenseado entre os homens, isto não é portanto simbólico, mas dado histórico registrado.

O que esperar deste Natal, o clima de “festa” está reduzido, ainda estamos envoltos com a pandemia, há um clima de apreensão e já um certo desânimo, para alguns envolve em ansiedade e algum tipo de angústia, nada melhor do que acreditar num tempo novo, diz o ditado popular: depois da tempestade vem a bonança, ela virá.

Talvez não como esperamos, por exemplo, uma enorme euforia ou uma explosão de alegria, mas a sensação de que devemos reconstruir a vida com luta e por trás dos escombros, o tempo natalício em sua raiz é isto, algo divino interveio na história humana para mudá-la para sempre, é certo querem apagar o Natal e com ele a esperança de um mundo novo, no entanto justamente pelo sofrimento que passamos, não sabemos quanto tempo pode durar e até onde poderá ir, é prenuncio de um tempo novo, uma bonança.

João Batista, que era primo de Jesus, batizava as pessoas com água (Batista por causa disto), e o povo pensava ser ele o Messias, mas explicava que o tipo de batismo que faria Jesus seria muito mais forte: “Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro, mas a palha ele a queimará na foto que não se apaga” diz o evangelista Lucas (Lc 3,16-18) e João “anunciava de muitos outros modos” a Boa Nova.

Podemos esperar isso para um futuro breve, certamente que sim, há também em nosso tempo esta expectativa, de muitas formas, e certamente será algo imprevisível.

 

Dois achados: tecnologia e religião

13 fev

Devemos ler a história do momento presente para trás, ou seja, no sentido inverso, embora ChaveautStonehengesempre seja importante uma dose de “desantropomorfização”, ou seja, atribuir todo o fundamento dos conceitos estudados unicamente ao homem, sem considerar seu meio em volta, e com isto o uso de tecnologia para seu manuseio.

Isto significa que o homem é o que ele faz com a natureza e com os seus semelhantes a sua volta, a importante relação com o Outro que a filosofia atual enfatiza.

Dando um salto na história, voltando a 7 mil antes de Cristo, encontramos o monumento Stonehenge no centro da Inglaterra, e recentemente (nos anos 90) foi encontrada uma caverna com pinturas datadas de 30 mil antes de Cristo, a Caverna de Chauvet.

Diversos estudos de arqueologia, Stonehenge está mais avançado, apontam dois fatos interessantes: a importância tecnológica, as pedras de Stonehenge foram movimentada pela Inglaterra vindas do Pais de Gales, e o aspecto religioso: sabe-se que aquele circulo é parte de círculos maiores de onde vinham diversos habitantes para algum tipo de rito “religioso”.

A segunda descoberta é mais intrigante, uma verdadeira galeria de arte foi encontrada em Chauvet, mostrando uma técnica já refinada de pintura e aquilo que Werner Herzog chamou de “homo spiritualis”, em seu filme “A Caverna dos sonhos esquecidos”, única filmagem permitida até hoje desta galeria de arte pré-histórica.

É importante saber que tanto os pesquisadores e arqueólogos ingleses que pesquisa Stonehenge  (veja nosso post) quanto Werner Herzog que filmou Chauvet não são pessoas religiosas, mas a constatação que havia algo de “espiritual” em ambos os monumentos nos faz pensar.

O homem sempre viveu mergulhado numa esfera espiritual, que Teilhard Chardin chamou de Noosfera e usou tecnologia, portanto o princípio antropomórfico é falso, somos natureza.

 

Descoberto um “super-henge”

08 set

Stonehenge é um monumento no centro da Inglaterra, onde diversas pesquisasSuperHenge arqueológicas se desenvolvem, com avanços já se descobriu que era mesmo um lugar sagrado visto que foram encontrados os locais de moradia temporária ao redor, mas fora da “catedral neolítica”.

Agora foi encontrar um momento ainda maior, mas enterrado com cerca de 90 enormes pedras, cada uma com cerca de 4,5 metros de comprimento, embora só 30 intactas, formando um círculo ainda maior, em “uma escala extraordinária” dizem os investigados do projeto.

Os pesquisadores do projeto de pesquisa chamado Stonehenge Hidden Landscapes afirmam: “Achamos que não há nada como isto noutro local do mundo. É completamente novo e a escala é extraordinária”, disse Vince Gaffney, da Universidade de Bradford, citado pela BBC.

As pedras ficaram soterradas no solo de Durrington Walls, escondidas aparentemente de propósito durante milénios, desvela uma realidade ainda maior, elas estão dispostas num semicírculo virado para o rio Avon.

Já no filme de Werner Herzog, “A caverna dos sonhos esquecidos” sobre a recém-descoberta caverna de Chaveaux, Herzog afirma ter encontrado ali um “homo espiritualis”, vejam o filme acima feito pelo laboratório de pesquisa LBI Arch Pro.

 

O nascimento do homem e o espiritual

12 ago

Acredita-se que o homem tenha nascido entre Chaveaux400 e 100 mil anos atrás, ou melhor, para os que acreditam que evoluíram a partir dos primatas, seria este o período do Homo Sapiens.

É ao menos curioso, que apesar de nossa rejeição da técnica, a classificação e sua evolução seja justamente em função do uso de determinadas técnicas, foi o dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836 que classificou nossa “pré-história” em: pedra lascada, pedra polida, bronze e ferro.

Dois estudos são bastante indicadores que talvez esta “pré-história” não seja exatamente como pensamos: os estudos de Stonehenge e a descoberta recente da caverna de Chaveaux.

Tanto o monumento de Stonehenge quanto Chaveaux, demonstram que o homem primitivo já tinha concepções estéticas e espirituais maiores do que pensamos, o jornal inglês The Guardian fez uma reportagem para dizer que a realidade da história de Stonehenge, segundo pesquisas atuais é muito maior do que se pensava.

A caverna de Chaveaux, filmada pelo cético Werner Herzog em um documentário chamado A Caverna dos Sonhos Esquecidos, mostra uma realidade ainda maior, calcula-se que seja datada de 30 mil anos atrás e além da beleza estética das pinturas encontradas ali, também uma realidade subjetiva de espiritualidade aparece ali, chamada no filme de Herzog de Homo Spirituales e que está documentado pelo History Channel.

 

 

Oráculos, profetas, copistas e bibliotecários: guardiões da informação

12 mar

O homem tem necessidade de preservar a informação desde sua origem, Leia o resto deste Post »