Razões para a guerra
As razões da primeira e segunda guerra foram interesses nacionais, na primeira a tentativa alemã de isolar a França, aliando-se ao império Austro-Húngaro com o qual os laços culturais são mais fortes e ainda cortejou a Itália, a França por outro lado reagiu ao isolamento fazendo um acordo militar com a Rússia já que esta tinha interesses e de fato o fez, avançando sobre parte da Alemanha e Hungria.
A segunda, é mais presente na cabeça de todos, o eixo formado por visões ultranacionalistas de estado, Alemanha que avançou sobre a Áustria e subjugou a Polônia, alia-se ao eixo com a Itália fascista e o Japão, mas os interesses não eram outros senão os econômicos nacionais.
Vemos com preocupação os mesmos modelos ultranacionalistas renascerem, mas por trás deste modelo, um pouco já superado por um mundo globalizado, temos a indústria bélica.
Um documentário não tão recente, sobre As razões para a guerra é bastante esclarecedor, produzido nos EUA em 2005 poderia ser uma defesa do país, mas tanto quanto o sentimento nacional, o sentimento contra a guerra lá é igualmente forte, lembre-se a guerra do Vietnã, quanto protesto gerou nas camadas mais esclarecidas da população.
Mas o documentário não deixa de lado a pergunta da pessoa comum: “porque lutamos?”.
O documentário, em inglês Why the Fight, lançado em janeiro de 2006 lá e um pouco mais tarde no Brasil faz uma revisão dos investimentos militares nos EUA nos últimos 50 anos, mas traz também entrevistas desde acadêmicos e membros do governo até soldados e pessoas que sofreram as consequências da guerra.
O documento dirigido por Eugene Jarecki, com produção dele e de Susannah Shipman ganhou diversos prêmios e é uma análise sensata num momento de possiblidades de nova guerra.
Outro aspecto importante do filme é a fidelidade aos fatos, além de uma ousada análise de tudo que está por trás da indústria bélica americana.
Vale uma boa análise crítica sobre os problemas atuais com a Coréia do Norte e a Síria.