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Identidade, diálogo e transparência

22 jun

 

Três elementos que parecem distintos estão em profunda conexão numDiálogoParentesis tempo mundializado, o que se reflete na incompreensão da emergência de certa forma de nacionalismo, vejam as eleições dos EUA e França, o Brexit na Inglaterra, mas que no aspecto positivo do diálogo é exatamente a compreensão de que culturas têm raízes em sociedades originárias.

A confusão que podemos ver no Brexit agora que os primeiros acordos começam a ser negociados, é que do ponto de vista econômico é um elemento complicador enquanto no aspecto da imigração e relacionamento entre nações é um fato de tensão muito elevado.

Identidade significa ter consciência de identidade, e já fizemos em vários posts a análise que é preciso para esta consciência o diálogo com o diferente, já que diálogo com iguais é monólogo, pode-se dizer que quanto mais profundo é o diálogo com o Outro, mais se tem consciência da própria identidade.

A transparência é o elemento complicador, por isso dissemos acima que há “certo tipo de nacionalismo” que vê apenas os pares e nunca o diferente, é um tipo de fechamento que não conduz a maior identidade porque não é transparente e autentico consigo e com o Outro.

É necessário distorcer fatos, trabalhar com o relativismo da verdade e principalmente quase sempre recorrer ao preconceito, e tudo isto leva a uma ausência de transparência tanto no campo individual quanto no social, o que se deseja é moldar a sociedade a um espelho nacional, inconcebível numa era já mundializada, com pessoas andando por todo globo.

O que assistimos coma falta de transparência é uma inevitável polarização em preconceitos e ideologias, o que é concebível numa fase inicial do diálogo, mas impossível de construir relações num tempo que exige relações cada vez mais alargadas e abertas.

Pode-se fazer o discurso que o conflito é necessário, mas aonde ele deverá caminhar, para o fechamento em grupos e bolhas, pois a fragilidade deste discurso é evidente, claro que é possível que num ponto do diálogo os ânimos fiquem acalorados, sem a fusão de horizontes e um caminhar para frente um epoché (colocar entre parênteses), abrir os ouvidos para a escuta do Outro.

 

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