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Clareira e revelação

04 mai

Haverá no turbilhão de respostas e angústias do homem do nosso tempo, presentes mais do que nunca no nosso pensamento cotidiano e também naqueles que procuram as raízes de nossas dificuldades contemporâneas ? qual é o labirinto sem saída que entramos ?

As respostas não são as mesmas, mas o diagnósticos quase sempre são os mesmos, além da liquidez baumaniana pessimista, o diagnóstico são as necessidades de educação para a vida, o respeito à diversidade, a distribuição de renda e a capacitação do homem para este futuro.

Embora a maioria já sinta e veja o despertar desta nova época, as reações as mudanças que são mais do que necessárias, são urgentes, estão aí maior equilíbrio no planeta, controle dos paraísos fiscais, eliminação das armas atômicas, e, principalmente o respeito à diversidade.

O que nos impedem ainda são os fechamentos em bolhas, que apesar da “liquidez” não podem ter solidez, uma vez que são efêmeras e basta olhar a sua volta encontrará pessoas de outras visões de mundo, de outras culturas e de outras religiões, isto é sólido e definitivo.

O que nos chama atenção Byung-Chul Han em a Expulsão do Outro, creio que é seu livro mais recente, é que a tendência a uniformização, até mesmo o desejo disto parte de valores não tão sólidos, a exigência de um estado centralizador e “forte”, a falta de diálogo realmente aberto entre religiões, culturas e principalmente correntes ideologicamente centralizadas, não levará a bom termo a tarefa de uma nova sociedade mais coletiva, mais dialógica e fraterna.

Não há mais resposta única, partido único, Portugal por exemplo, criou a Gerigonça, mas ainda somos escravos de convicções e apostas em correntes únicas totalitárias que falharam a muito.

A mensagem bíblica é antiga, mas parece ainda pouco praticada, o tempo da servidão passou, diz a passagem bíblica, de Jesus aos seus convivas Jo (15,15) “Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai”, mas a escravidão está aí, diz Chul Han: “a comunicação global e dos likes só tolera os mais iguais; o igual não dói!”, eis a escravidão de hoje.

 

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