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Estética, cultura e espiritualidade

31 jan

A desordem que a sociedade contemporânea avança não é só a econômica, social e cultural, o reflexo estético é uma sociedade que pretende eliminar o imperfeito, a dor e a co-imunidade (busca-se a todo custo todo tipo de imunidade retirando a diversidade da natureza), é a tentativa da ausência da tragédia, no sentido cultural e estético, da mudança, mas a vida passa pela morte.
O resultado ao contrário da estética que admite a tragédia é justamente caminhar para aquilo que tenta eliminar, é a sociedade da morte, da obscuridade, enquanto se pretende a perfeição, a estética do liso do perfeito e retilíneo, mas eles são contrários a natureza, e ao homem que é parte dela.
A expansão do corona vírus, outros vírus já vieram como a gripe asiática a pouco tempo atrás, é uma mostra que devemos conviver com isto, recentes descobertas nas geleiras de vírus que não conhecíamos significam que eles sempre existiram e sempre tiveram mutações.
Mas as mutações transgênicas, de plantas e animais que não tem nenhum tipo de doença, tem o paradoxo de serem justamente elas que geram doenças potentes ao mesmo tempo que destroem a diversidade natural do complexo sistema natural, aliás, a simplificação também é isto.
No plano social e religioso significa abolir a divergência, caminhar para uma identidade que não é outra coisa que a negação do Outro, do diverso e a imposição de sistemas autoritários, assim ao mesmo tempo que faz um discurso contra o individualismo e o autoritarismo, favorece-os, veja-se a lei da Entropia (foto).
O contraditório, assim como o diverso caminha e continua evoluindo em meio as crises, porque sabe que a tragédia é parte da vida e pode ser superada se encarada com preocupação e com naturalidade de quem conduz a vida e a sociedade para o futuro.
A passagem bíblica na qual fala da vida natural de Jesus, o tempo de pregação dele foi de 3 anos, e durante 30 viveu uma vida normal, vejam a relação de 10 para 1, os fariseus e fundamentalistas de nosso tempo vivem o inverso, está assim narrado pelo evangelista Lucas (Lc 2,39-40):
“Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.
Aliás lei neste caso eram as leis do judaísmo, ou seja, sua relação com a tradição de sua época.

 

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