Blog Marcos L. Mucheroni Filosofia, Noosfera e cibercultura

Noticiados no britânico The Guardian, o americano New York Times e na revista semanal alemã Der Spiegel, a organização online de denúncias WikiLeaks divulgou mais de 91 mil documentos, que incluem as movimentações de Bin Laden, até documentos secreto das tropas da Otan na região.

O WikiLeaks é um projeto online que se dedica à recolha e publicação de documentos secretos, onde qualquer pessoa pode alojar anonimamente informações que denunciam situações injustas.

Segundo o The Guardian os documentos “fazem um retrato devastador da guerra no Afeganistão”, enquanto o New York Times afirmou: “com riqueza de detalhes as razões pelas quais, depois que os Estados Unidos gastaram cerca de 300 milhões de dólares nesta guerra, os talibãs estão mais fortes do que em qualquer outro momento desde 2001”, ou seja, a guerra ajuda o terrorismo a crescer ao contrário da propaganda americana.

O vazamento vem a tona no momento em que a Otan investiga a morte de 45 civis em uma ataque na província de Helmand  na ultima sexta feira, onde um jornalista da BBC que estive no povoado de Regey na região do ataque, conversou com testemunhas do incidente.

O governo americano condenou a divulgação dos documentos que diz “ameaçar a segurança nacional”, e surge num momento em que o presidente Barack Obama anuncia “uma nova estratégia com um aumento substancial dos recursos para o Afeganistão”.

Um funcionário americano disse que a Wikileaks não é fonte segura de informações mas que a organização se opõe a política americano naquela região de conflitos que incluem o Afeganistão, o Paquistão e o Irá.

Enquanto isto o fundador do site WikiLeaks , Julian Assange, responsável pela divulgação de dados sensíveis sobre o conflito no Afeganistão, disse esta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Londres, que no material recolhido há indícios de terem sido praticados crimes de guerra.