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Vida nua e vertigem digital de Keen

31 out

Não há dúvida que vivemos uma “vida nua”, categoria de Giorgio Agamben que significa também queDaJanelaDoMeuQuarto há um homem comum que é o “homo sacer” este ignorado pelo estado e pelas leis, que vivem em favelas, mocambos, a quem não chegam os benefícios da sociedade atual.

Vida nua, ao contrário de quem possa pensar que é a vida que seria “transparente” nas redes sociais, ou outra categoria sócio-política, é para Agamben um espaço altamente artificial que as estruturas de poder geram ao excluir da proteção jurídica as formas de vida que não se submetam à sua ordem.

O “homo sacer” é este homem comum condenado à banição pelo direito romano, passando pelos campos de concentração nazistas, mas presente nas prisões de guantanamo e espalhadas pelo mundo árabe, usando um recurso de Andrew Keen ao escrever Vertigem Digital, pode-se usar o curta brasileiro Da Janela do Meu Quarto (2004), de Cao Guimarães, onde mostra dois corpos em combate, numa coreografia sensual e agressiva.

Com a imaginação influenciada pelo cineasta Alfred Hitchcock, Keen usa o filme, Um corpo que cai, como ponto de partida, Keen tenta nos levar a crer que a mídia social, com sua imensa geração de dados pessoais, nos levaria  a pensar que nossas verdadeiras identidades hoje só estariam presentes pela internet, claro pensando que as pessoas não se encontram e não se conhecem.

A superexposição, segundo ele feita pela internet, mas ele não fala de “vida nua” e do “homo sacer”, é um excesso de transparência que Keen chama de “publicalidade”, uma mistura de publicação e publicidade, onde todos saberiam tudo dos outros, sim se não souberem usar os grupos e as restrições de privacidade, o que é muito diferente é o uso da informação privada por organizações e órgãos governamentais, que é a “segurança”.

 

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