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Agentes inteligentes estão acontecendo
Em recente reportagem na revista CIO da Austrália, muitas novas tarefas estão sendo proposta para incrementar os serviços onde possam ser utilizados agentes inteligentes, eles incluem: serviços para marcar fotos e verificar se estas marcações interessam aos usuários no Facebook, o Baidu está trabalhando em uma tecnologia para colocar uma capacidade adjacente de voz para seu motor de busca possibilitando os usuários conversar via smartphones ou outros dispositivos, o departamento de Defesa e Tecnologia de Organização da Austrália está tentando uma tecnologia com agentes inteligentes para controlar drones autônomos que operam em mar, terra e ar usando mapeamento por satélites e o que parece particularmente interessante a IBM está treinando seu supercomputador Watson para fazer perguntas a especialistas humanos e ajuda-los em tarefas como descobertas de medicamentos e classificação de documentos.
A reportagem não esclarece muito de cada uma destas pesquisas, mas em talk show do tipo perguntas e respostas, chamado Jeopardy nos EUA, o computador Watson ganhou de humanos.
A ideia que podemos classificar documentos e ajudar a organização justamente em um universo com bastante desordem é uma ideia muito simples porque todo caos tem uma ordem, e complexa porque exige o tratamento de bilhões de dados, e portanto de informação, a entropia que é um fato desde o início da história não trata senão de outra coisa que a própria ideia de que é possível organizar como também é possível de desenvolver um processo de auto-organização, não automático mas passível de ser sugestionável e controlável.
Tom Simonite, autor de um artigo no MIT Technology Review, descreveu um teste do novo recurso Watson, feito no Ambiente Cognitivo Lab da IBM em Yorktown Heights, Nova York, com um laboratório com uma sala de conferência equipada com microfones para ouvir e transmitir tudo o que dizem os participantes da reunião, o software ali usado aparentemente, leva todas as entradas de fala e transcreve-as em tempo real para alimentá-lo para o computador Watson e fizeram isto com diversos especialistas.
A área de agentes inteligentes promete ser a nova grande tecnologia disruptiva do década.
Economia em baixa: hora de economizar
Vários sites ajudam o consumidor a fazer economia, comparam produtos, lojas, passagens aéreas, e há ainda aqueles que dão cupons de descontos para lojas virtuais, e mostram como praticar os melhores preços.
O Buscapé é sem dúvida um dos melhores sites para economizar, nele você encontra as ofertas organizadas por categoria, se quer os melhores preços é bom olhar este site.
Os sites Zoom e Bondfaro são concorrentes fortes do Buscapé na comparação de preços, um menos conhecido mas não menos eficiente é o JáCotei.
Com objetivo de oferecer preços comparativos em supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e alguns locais de Santa Catarina o aplicativo Meu Carrinho do grupo Buscapé, compara preços de 25 redes de supermercados cadastrados, entre elas: Extra, Varanda Zona sul, Pão de Açucar, Delivery, Sonda, Princesa, Mercaorama, Angeloni e outras,
Para ajudar as finanças pessoas com problemas financeiros, dívidas, seguros, cartões e consórcios, também com saúde e educação, o Konkero é um portal que pode ajudar muito os usuários.
Para comprar e vender carros, verificar preços de tabela, analisar diversas regiões do país o site iCarro é um dos mais versáteis.
Há inúmeros sites para viagens, passeios e voos, o melhor é verificar qual o melhor para região, ou seja, que empresas fazem voos, quais os possíveis locais de hospedagem e verificar se os pacotes não ficam mais baratos.
Mas não esqueça cartões de crédito só em último caso de necessidade, uso de cheque especial é quase uma agiotagem (chega a mais de 200% ao ano) e veja o que cabe no orçamento não esquecendo de deixar reservas para as emergências: pé no freio.
5 mitos sobre a tecnologia
Embora a tecnologia possa ter perigos, isto não é exclusivo dela, todos os meios que o homem usa podem provocar desvios de comportamento, vícios e consumismo, mas quase tudo que usamos é meio, desde roupas, livros e alimentos, até celulares, tablets e computadores.
Informativos on-line como Infomoney e Olhar Digital divulgaram seus mitos, apenas um eu repito aqui, a ideia que uso de celulares causem câncer de cérebro, não há nenhuma evidencia disto, apenas coincidências de pessoas que usaram muito celular e tiveram câncer, o que é diferente de provar que isto seja a causa.
Os outros 5 importantes são: que o uso de computador dificulta a leitura, de fato fazemos uma leitura diferente no computador, é um pouco cansativo ler continuamente no computador, mas páginas inteiras devem ser evitadas, porém a leitura de e-books é prática de muitos leitores, mas também há os que prefiram livros e os que usem os dois.
Outro mito é que os jovens estariam indo menos a bibliotecas por causa do mundo digital, fizemos um post com dados do site PewResearch Internet Project mostrando que isto é falso.
O terceiro mito, é que através do mundo virtual opõe-se ao real, isto infelizmente até sociólogos e pensadores sérios espalham, primeiro isto é um erro lógico, porque o virtual não se opõe ao real, não é irreal, mas apenas “potencial” no sentido de possível, sendo uma falta de conhecimento do significado da palavra que vem de virtus, que é a mesma rais de virtude.
O quarto mito é que a tecnologia de alguma forma se opõe a construção do humano, ou mesmo do humanismo ou de qualquer coisa positiva para o homem, isto é desconhecer que em toda a história humana a tecnologia sempre foi buscada para auxiliar o homem, claro há os instrumentos de guerra, a bomba atômica etc, isto é tecnologia destrutiva, mas cuidado com as generalizações, quase tudo que usamos de roupa a instrumentos de trabalho, quase tudo sofre e sofre constante mudança tecnológica no sentido de aperfeiçoar o instrumento.
O quinto é um mito filosófico do ocidente, a ideia que tudo que é objeto é desprezível e não deve impedir a relação humana direta, ora basta pensar em coisas do dia-a-dia: roupas, objetos de nossa casa, de nosso trabalho, os livros e é claro o próprio dinheiro e os objetos tecnológicos, eles estão “impregnados” de humanidade porque são parte da nossa relação os Outros, claro podem ser usados de forma positiva ou não, mas este decisão cabe ao homem.
Empresa anuncia energia limpa
A empresa Tesla já havia anunciado no ano passado a construção no estado americano de Nevada uma super bateria de lítio-íon capaz de abastecer energia de várias cidades, pelo investimento de 5 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de real) em parceria com a japonesa Panasonic, agora anuncia um novo passo na energia limpa, o Powerwall que já está sendo desenvolvido em um armazém nos arredores de Los Angeles, anunciado na semana passada.
O equipamento Tesla Powerwall é para abastecer residências domiciliares a partir de painéis solares, e pode funcionar a noite, além de propiciar um backup seguro no caso de uma queda de energia, conforme notícia na Business Insider.
Em teoria o dispositivo pode ser montado em uma parede de garagem poderá tornar as casas completamente independentes de energia elétrica tradicional, usando só energia solar.
A ideia de energia solar pode mudar o padrão energético em todo globo, dispensando as anti-ecológicas (e muitas vezes antissociais) energia das hidroelétricas e as perigosas energias nucleares, e no anúncio feito no dia 1º. de maio, o fundador da empresa o norte-americano Elon Musk afirmou que o objetivo é transformar toda infraestrutura de energia do mundo inteiro até conseguirmos o ‘carbono-zero’ sustentável, resta se governos e empresas de energia vão deixar.
No final deste ano acontece em Paris a prestigiada UNFCCC ou Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climática que promete uma presença efetiva e uma pressão real em governos e empresas.
Tecnologia, ciência e renascimento
A arquitetura dos monges cirtercienses, foi seguida da gótica das catedrais medievais e os avanços técnico com uso de arco (sustentação de vão livre de telhados e até de pontes) foi produto da idade média, a invenção da prensa móvel (os tipos móveis chineses já existiam) e mais tarde a compreensão interiorizada (o silêncio da leitura era novidade) foi importante como o primeiro passo para a democratização da escrita e o aprendizado “scholar”, cuja palavra tem a raiz latina “escolástica”.
Entre as bibliotecas mais belas do mundo (veja a lista das top 10) está a da Abadia de Admont funda em Admont na Áustria em 1074 e embelezada 1776 com tons dourados, e a biblioteca e a biblioteca do monastério de Strahov na república Tcheca além da 1143, e fato pouco citado, os monges construída cerca de 3.500 bibliotecas no mundo medieval, o saber não era popular era verdade, mas foi um período de construção que culminou com a prensa escrita.
A disseminação da cultura escrita através de livros, vai iniciar um processo de democratização do aprendizado, que não era possível sem a reprodução de livros e inclusive a invenção dos óculos já que grande parte da população era míope, e permitiu uma propagação mais rápida das ideias, que facilitará o caminho para a expansão da razão, das ideias e da cultura.
tecnologia das grandes navegações permitirá não apenas a expansão marítimo-comercial Europeia, porém serão os avanços científicos que descobrirão um número extraordinário de novas espécies de animais e plantas, além de novas formações geológicas e climáticas.
Tudo isto está em cheque incluindo a própria tecnologia, devo mudar para um pensamento complexo e olhar para o planeta como uma pátria de todos, mas não se pode jogar fora o progresso e o avanço que o renascimento deu origem, talvez um novo re-renascimento.
No afresco do teto de Strahov (foto) feito no século XVIII foi chamado de O esforço da humanidade para obter a verdadeira sabedoria, penso que é este nosso esforço.
Eclipse da razão, indivíduo e humanismo
O homem pode pela primeira vez na sua história assistir de maneira consciente e intencional uma mudança de época, assim como se tivéssemos a consciência de hoje mas assistíssemos o final da idade média, agora não com a razão.
O que é a razão, um dos escritos mais brilhantes é de Max Horkheimer “Eclipse da Razão” li-o em um exílio voluntário, num período para uma reflexão sobre nossos objetivos, afetos e apegos, li naquela época: “repetidas vezes, quando a raça cultura urbana atingiu seu cume, como, por exemplo, em Florença no século XV, realizou-se um equilíbrio semelhante ao das forças psicológicas” (Horkheimer, 2002, p. 136).
É por esta questão social, e não individual, que tantas pessoas estão em busca de uma força salvadora, de manuais de autoajudas, de doutrinas que sejam de alguma forma algo que aponte para o equilíbrio, mas não encontrarão no individual e apenas em alguns grupos.
O indivíduo sujeito ao estado, dotado de poderes quase divinos sobre o indivíduo do qual deveria ser seu protetor, é seu espoliador e não consegue sustentar seus direitos mínimos, de saúde, de educação e sobretudo de paz.
Acusar este indivíduo de individualismo, é tomar a parte pelo todo, este indivíduo desprotegido e isolado vê-se obrigado a buscar refúgios para subsistência e vida digna e o individualismo daí decorrente é efeito e não causa da “eclipse” que a sociedade vive.
O eclipse da razão provém também do ser em pedaços: ser social, ser individual e ser espiritual, a fragmentação dos saberes também e fragmenta o homem em partes, esquecendo –se de sua unidade de Ser projetado ao infinito, como ser essencial, e mutável e finito apenas na aparência daquilo que se transforma no acordo das necessidade contextuais e provisórias, mas são para as necessidades essenciais que fomos projetados: sociabilidade, amor e paz.
Trocamos o essencial pelo emergencial, trocamos as estruturas e entes pelo Ser, e nele o indivíduo perece e pena por uma existência sempre sujeita ao “eclipse” de um fim de época.
Fórum mundial e as tecnologias
Além das discussões econômicas, dos sérios problemas políticos e sociais que muitas regiões do planeta atravessam, também as tecnologias tem seu lugar, o forum apontou tecnologias que não param de crescer: carros sem fio, alimentação molecular, uso de sensores que nos fazem comunicar com “coisas” a nossa volta (ubiquidade), sensores para monitorar a saúde o tempo todo que podem ser incluídos no corpo e algumas outras.
Uma das tecnologias que podem ajudar muito a humanidade, estamos vivendo uma crise hídrica em muitos lugares, uma tecnbologia para dessalinizar a água a baixo custo foi discutida e pode ser uma saída altamente sustentável, porque o nível do mar está aumentando, elas vão reduzir o consumo de energia em 50% ou até mais.
Os carros elétricos chegaram, o problema ainda é a autonomia de abastecimento, mas carros sem fio e com maior autonomia já estão sendo pensados, a idéia é abastecer em movimento a partir de um campo eletromagnético instalados nas estradas, pois o problema são viagens longas, já há testes deste tipo em Seul, na Coréia do Sul.
Técnicas modernas poderiam acabar com a desnutrição em milhões de pessoas no mundo, usando proteínas naturais essenciais ao ser humano, a biotecnologia promete levar a alimentação ao nível molecular, no entanto, fundamentalistas podem se opor como sempre.
Cientistas trabalham a muitos anos para colocar circuitos “orgânicos” dentro do corpo humano, eles poderiam produzir medicamentos na dosagem certa dentro do próprio corpo, agindo de modo localizado em torno da célula doente.
A tecnologia está aí para ajudar ao homem, mas muita mentalidade atrasada perdura.
Ranciére: imagem e tecnologia
Jacques Rancière afirma que a imagem já encontrou seu destino (The Future of the Image , 2007) e não se trata de fetichismo, para ele o poder contínuo delas afetam diretamente o homem e ao mesmo tempo são registros e marcas na história para educar e transformar.
Mas é importante e possível coloca-las em uma relação ao ser, se lembramos da categoria da diferença e repetição (Heidegger, Deleuze e outros), as operações temporais da imagem e a imagem-tempo, prefiro a categoria imagem dinâmica, pode-se pensar que esta imagem pertence ao futuro que emana dela.
Não se trata mais do quadro do pintor ou da fotografia, embora elas persistam e continuem tendo uma importância ontológica do registro, mas agora pode-se falar em combinações e interrupções do visível e do dizível ad infinitum, como pensa Rancière.
O que no fundo Rancière afirma, claro é apenas um visão de um interprete, é que política não é apenas a luta pelo poder, mas deve ter sempre uma certa partilha do sensível, uma redefinição das formas de ver e organizar o real, e isto também são as redes e o virtual.
Esta certa forma de agenciamento do sensível que dá visibilidade às coisas de um modo que anteriormente elas não tinham, e abre na pessoa que se apropria das novas ferramentas em boas formas para trabalhar em as potência para falar e atuar em alianças sociais, não apenas partidárias ou em grupos setorizados.
Nas leitura de Ranciére observa-se a preocupação com a possibilidade dos atos estéticos propiciarem sempre novos modos de sentir comum às novas formas de subjetividade política (Rancière, 2000) e penso que as tecnologias possibilitam e empoderam esta possibilidade.
RANCIÈRE, Jacques (2000), Estética e Política. A Partilha do Sensível, com entrevista e glossário por G. Rockhill, trad. V. Brito. Porto: Dafne, 2010.
Teatro independente em risco
A forma de manifestação cultural mais popular, mais avançada continua sendo o teatro, e o teatro independente exerce um papel fundamental nisto, emerge da cultura nacional e paulista de forma mais livre e democrática.
Devido a especulação imobiliária, aconteceu ontem no Centro Cultural paulista o primeiro protesto que mostra a situação de fragilidade dos grupos teatrais paulistas independente, que podem perder seus espaços ou serem deslocados para lugares de menor visibilidade.
O fato já aconteceu em novembro passado com o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, que é uma mistura de teatro épico e hip-hop, com 15 anos de estrada e mesmo com o aluguel em dia, o grupo teve que entregar o espaço de um galpão na Pompéia (zona oeste de São Paulo), veja a foto do despejo acima.
Um Manifesto intitulado manifesto “Em Defesa dos Territórios Culturais Ameaçados” quer o reconhecimento público que os 22 grupos teatrais são Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade de São Paulo, um trecho do documento afirma “Não é possível que o direito aos bens de mercado privado de poucos seja mais importante que o patrimônio cultural de muitos”.
As redes sociais ajudaram o grupo Brincante a permanecer no local, Vila Madalena (zona oeste) com a campanha #ficabrincante, por decisão da justiça o instituto permanecerá lá em 2015.
Acesso a internet deve ser direito humano
É o que indica uma pesquisa divulgada no Canadá e feita em 24 países, com 23.376 entrevistados que indicaram que o acesso a internet é chave para um futuro econômico, importante para a liberdade de expressão política, por isto deveria ser um direito humano.
A pesquisa foi feita, pelo Instituto Ipsos, para o GCIG (Global Commission on Internet Governance), e apresentada no início de uma reunião de dois dias, em Ottawa, sobre a governança na internet.
A Comissão Mundial sobre Governança na Internet, a principal anfitriã da conferência de Ottawa, revelou que o mundo está num caminho de disputa pelo poder e muitos grupos e governos tem interesse em manter influência sobre todos os aspectos da internet.
Mas o estudo desta comissão defende que a maioria das pessoas não quer nenhuma nação ou organização com controle da rede mundial de computadores, sendo, portanto uma questão de cidadania planetária, e o problema é quem deveria regulamentar o acesso e uso da internet.
A ideia é que um grupo formado por uma combinação de especialistas, engenheiros e grupos não governamentais, seja os escolhidos por 57% daqueles que seriam encarregados desta tarefa, mas 50% consideraram que as Nações Unidas poderiam realizar estes trabalhos e há ainda 36% que defendem que os Estados Unidos deva assumir a liderança neste tema.
A pesquisa foi feita de 7 de outubro a 12 de novembro nos países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Egito, França, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Nigéria, Paquistão, Polônia, Quênia, Reino Unido, Suíça, Tunísia e Turquia.
A CGIG que é presidida pelo diplomata e ex-político suíço Carl Bildt, deverá apresentar seu relatório final para futuro da governança na internet em 2016.