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Arquivo para a ‘Redes Sociais’ Categoria

As pontes de Konigsberg e o paradoxo da guerra

05 jul

A cidade Königsberg (hoje Kaliningrado da Rússia) era uma cidade alemã da Prússia Oriental, depois da segunda guerra mundial perdeu a posse para a Rússia, que enviou colonos para lá, tinha antes da guerra 7 pontes e os habitantes se perguntavam se era possível fazer um passeio passando por todas pontes, passando uma única vez por todas elas.

O problema foi resolvido por Euler (que era suíço) construindo um modelo matemático que foi mais tarde chamado de grafo, onde nós e arestas se conectam, e que hoje é importante para pensar os modelos das Redes Sociais (que são as relações entre nós e que não são necessariamente feitos por mídias), e o fato de se voltar por um mesmo nó indica uma relação “social” de dupla direção, em certo sentido, de reciprocidade.

Euler provou que não era possível fazer o passeio sem passar duas vezes por uma mesma ponte, e no desenho do grafo você pode tentar fazer este exercício e perceber que de fato esta é a resposta.

A região hoje pertencente a Rússia é uma base militar fora da união soviética, já que Lituânia e Polônia estão no caminho, e a Bielorrússia embora seja aliada bélica da Rússia neste momento, embora muito próxima de Kaliningrado não tem uma passagem direta.

O problema da guerra se agravou quando a Rússia fez testes simulados com mísseis com capacidade nuclear em 4 de maio de 2022, e a Lituânia recentemente impediu que os trens que atravessam o país vindo da Rússia passem em seu território, confiscando os bens.

Assim as pontes que antes foram destruídas para passagem de armas militares na 2ª. Guerra mundial, agora se rompem num perigoso cenário onde relações sociais rompidas criam um novo paradoxo, pois Kaliningrado é na prática o ponto nuclear mais ao sul e próximo de países como a Alemanha, Reino Unido e França, e possui um arsenal nuclear considerável naquele “oblast” (espécie de estado, porém um exclave).

Recentemente, um ex-general e hoje deputado russo Andrey Gurulyov afirmou que o primeiro alvo numa provável 3ª. Guerra, seria Londres e que o conflito global surgiu a partir do bloqueio de Kaliningrado.

Faltam pontes e erguem-se muros, especialistas dizem que a guerra é improvável, tomara que seja, o maior paradoxo de uma guerra mundial hoje será a perda de uma perspectiva civilizatória

 

Covid aumenta, cuidados diminuem

04 jul

Embora os casos sejam menos graves, tanto a média móvel dos casos como do numero de mortes sobem, os cuidados diminuem embora as recomendações existam, é cada vez menos observada.

A 14 dias subindo, a média móvel chegou 59.717, enquanto a média móvel do número de ótimos chega a 206, e um número preocupante é o que fala de pelo menos duas mortes de crianças até 5 anos de idade por dia.

Os números são dados pelo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do Brasil e estes dados são consolidados as 20h, os números apresentados são até o dia 02/07.

Não há protocolos claros, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por exemplo, enquanto exclui qualquer possibilidade de suspender a aula, ainda ressalta em sua última recomendação que “consideram a necessidade de promover a continuidade das aulas presenciais, visando salvaguardar a aprendizagem, saúde mental, nutrição e proteção das crianças e adolescentes em um ambiente escolar seguro”, parece contraditória ao falar em “proteção”.

A necessidade de socializar as crianças e manter a escolaridade é indiscutível, porém é preciso orientar e manter os cuidados com os protocolos seguros e ambientes ventilados e higienizados.

As recomendações esclarecem que a taxa de vacinação garante a proteção, porém a alta indica que alguma medida adicional já deveria ser tomada, e não há qualquer observação neste sentido.

O uso de máscaras e álcool gel é usado opcionalmente pela população em diversos ambientes e dá a impressão que a Pandemia já estaria em estágio final, porém os números em maio e junho aumentaram.

 

Covid em Alta e protocolos ausentes

27 jun

Embora a retórica seja de uso de máscaras, distanciamento e higienização de álcool gel, o ideal seria uma politica séria de testagem, na prática, o número de casos aumenta e não há controle.

A média móvel de casos já é a mais alta desde 11 de março quando registrava 46.895, agora está em 46.137 com um total diário de 69.231, e com o número de mortes de 347, dados do dia 23 porque os dados do final de semana costumam ser incompletos, e também já postamos que o número provável deve ser mais alto devido a testes feitos em farmácias e assintomáticos.

Já o número de mortes com variação de 8% em relação a 14 dias atrás, indica uma tendência de estabilidade, no total isto indica que apesar do número de casos aumentar a letalidade está em queda percentualmente, assim não há assim um aumento de letalidade da cepa ativa atual.

A perspectiva é de um tempo mais ameno até o meio de julho quando volta uma onda de frio, pode indicar um período menos infeccioso, se a tendência se mantém no final do mês de julho poderá haver uma nova alta na atual onda, esperando que as novas cepas não sejam mais letais.

De acordo com o boletim da Rede Genômica Fiocruz a variante BA.2 da ômicron é a dominante com 63,3% das amostras entre 3 e 16 de junho no Brasil, enquanto a variável XQ (XAG*) apareceu em 79 amostras o que indica já uma mutação em andamento.

A variante XQ passou a ser renomeada por XAG segundo as revisões do sistema de classificação de linhagens Pangolim, no mundo há cerca de 100 linhagens do tipo BA da ômicron.

Segundo os pesquisadores os casos de reinfecção pelo Sars CoV-2 ocorrem com frequência, devido a circulação das variantes de preocupação (VOCs) e assim os cuidados e protocolos devem ser mantidos, não apenas na retórica ou no papel.

 

A paz também tem protagonistas

21 jun

Se a guerra faz seus “heróis”, a paz também faz os seus, três casos foram noticiados na semana passada: o jornalista russo e ganhador do prêmio Nobel da Paz Dmitry Muratov que está leiloando sua medalha em prol dos refugiados ucranianos, o ex-capitão da seleção russa de futebol  Igor Demisov, meio campista disse que envio um vídeo ao presidente Vladimir Putin em março pedindo que não continuasse com o conflito e o último e mais tocante foi a libertação da enfermeira Yuliia “Taira” Pavievska (foto1), conhecida como Taira, heroína da Ucrânia em Mariupol onde cuidou também de soldados russos.

Taira havia divulgado um vídeo com imagens dos “horrores” em Mariupol, e trabalhava em condições precárias de remédios e equipamentos, mesmo assim atendia também os russos.

Já o prêmio Nobel Dmitry Muratov, disse que há cada vez menos imprensa independente em seu país, mas que ele observa já um descrédito da população crescente em torno da guerra, Dimitry recebeu o Nobel da Paz junto com a jornalista filipino-americana Maria Ressa (foto 2).

Já o futebolista Igor Demisov (foto 3) disse que temia por sua vida após tornar público seu pedido de paz, declarou “Não sei. Pode ser que me prendam ou me matem por essas palavras, mas digo as coisas como são. Eu até disse a ele: estou disposto a me ajoelhar diante de você”, mesmo se dizendo orgulhoso.

A quarta foto é um quadro de Maria Prymachenko (foto 4), cerca de 25 obras podem estar destruídas no antigo e pequeno museu de Ivankiv, nos arredores de Kiev, ela fazia desenhos, pintava quadros (foto 4) e fazia bordados, Pablo Picasso a considerava “brilhante” depois de ver suas obras em Paris.

A lamentável declaração do ex-presidente da Rússia Dmitry Medvedev, que espera que os Estados Unidos implorem por uma discussão de armas nucleares, e não menos lamentável a declaração da OTAN Jens Stoltenberg, que a guerra será longa, nenhum alento para a paz, nenhuma palavra de esperança ou de diálogo.

Os pacíficos não se cansam de pedir a paz, o apelo a razão e ao diálogo, ainda que tardio.

 

A alta da Covid 19 permanece

20 jun

Não há grande consenso entre os especialistas sobre o atual aumento do número de internações, assim como alguns apontam que as estatísticas podem ser mais altas do que aquelas que aparecem nas pesquisas, quer pela omissão de dados em alguns estados quer por casos assintomáticos que não entram nas estatísticas ou são tratados em casa, sem estatísticas.

As diversas ondas tiveram acertos e falhas, se espera agora uma cautela maior das autoridades.

O infectologista Júlio Croda da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que um fator foi a flexibilização em relação às medidas de proteção e outro foi o efeito sazonal de outono e inverno, que agora apenas estamos ingressando, assim concluímos deve-se prolongar até agosto.

Sobre a subnotificação, a infectologista Rosana Richtmann do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, afirmou que o autoteste em farmácias ajudou em termos de facilidade de detectar-se o Covid, mas aumentou a subnotificação, com isso o número de casos, que é importante para o controle da pandemia, fica limitado e pode levar a medidas pouco satisfatórias de contenção do contágio.

Mesmo se considerando tudo isto, a 4ª. onda segue avançando e pelo nono dia consecutivo registra alta, entretanto as internações e mortes devem ser claramente notificadas e muitos órgãos de saúde as omitem, em especial os órgãos públicos que tem responsabilidade de divulgar.

Uma nova cepa XQ vem sendo monitorada no país desde março, casos isolados já foram detectados em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, no Rio Grande do Sul já foram identificados a transmissão local em diferentes cidades, até o início de junho eram 25 casos lá.

Também no exterior já existem casos no Reino Unido, Alemanha e Itália, a cepa XQ é uma combinação das variantes BA.1 e BA.2 é mais infecciosa (cerca de 10%), mas não há resultados conclusivos de sua letalidade.

Não é preciso ser especialista para saber que enquanto não houver medidas preventivas sérias e aplicadas com rigor, o vírus continua a circular e tanto o contágio como novas variantes continuarão, espera-se atitudes mais incisivas dos órgãos de controle sanitário.

 

Novo polo de tensão: Taiwan

14 jun

Em meio a guerra na Ucrânia, a batalha de Severodonesk segue com avanço russo, que promete maior proteção a república separatista do Donbass, sem perspectivas de acordo, um novo polo de tensão mundial envolvendo o Ocidente e as republicas socialista se encaminha para a Taiwan.

Cada vez está mais próximo a tentativa de tensão entre a República Popular da China, que é Continental e a Taiwan que está na Ilha de Formosa, que se separou da China desde a derrota de Chiang Kai Shek pelos partidários socialistas de Moa Tse Tung.

Entendamos a história, fundada em 1912, a República da China agrangia grande parte da China Continental e da Mongólia, no fim da segunda guerra mundial com a rendição do Japão, o país anexou as ilhas de Formosa e Penghu (pescadores) a sua jurisdição, quando o Kuomintang (KMT) perdeu a guerra para o partido comunista liderado por Mao Tsé Rung em 1948, o governo de Chiang Kai-Shek se refugiou em Taipé, capital da Ilha Formosa e fundou a República em Taiwan.

A china nunca aceitou esta separação, mas os partidos políticos e políticos de Taiwan, como os ex-presidentes Lee Teng-hui e Chen Shui-bian consideraram que não havia necessidade de uma declaração formal de independência, entretanto isto ficou polêmico diante de países da ONU.

A resolução da ONU 2758  de 1971 expulsou a República da China (Taiwan) e deu o assento para a República Popular da China que perdeu sua participação em todas organizações intergovernamentais relacionadas às Nações Unidas, como como o Tribunal Internacional de Justiça, onde direitos internacionais são discutidos.

Mas a votação da resolução não foi unânime (foto) e muitos países querem reconhecer a República da China, que mantém sua independência, sendo um dos quatro tigres asiáticos com uma econômica forte em especial, na parte de componentes da microeletrônica.

A tensão é enorme e a ideia que a Republica Popular da China vai atacar Taiwan é quase certa.

 

‎Covid 19: the fourth wave has arrived‎

13 jun

Alertamos aqui em várias postagens o risco da ausência ou fragilidade de protocolos, e que isto induzia a população a acreditar que a Covid 19 estaria no fim, mesmo a vacinação estando alta e a variante ser menos letal, o risco era claro e poucas atitudes sanitárias foram tomadas.

O número de da média de casos conhecidos no Brasil volta a se aproximar da casa dos 50 mil e número da média de mortes voltou a ultrapassar as 100 mortes pela Covid, deve se levar em conta que muitos casos são diagnosticados na rede privada e em farmácias, e alguns são assintomáticos.

Agora a quarta onda chegou, retomar o uso de máscaras e cuidados em ambientes como ventilação e distanciamento s]ao pouco observados porque os hábitos sanitários são seguidos só por uma pequena parcela consciente da população.

A nível mundial o número de casos está em queda, mas boa parte dos países da américa latina, os vizinhos do Brasil estão em alta, e a vigilância em aeroportos não é constante e rigorosa.

As atitudes tomadas até agora são titubeantes e pouco incisivas nos efetivos cuidados e protocolos, apenas a recomendação do uso de máscaras, não há uma politica de testagem, as empresas e as pessoas fazem por conta própria e não fiscalização de protocolos, quando existe.

Espera-se das autoridades atitudes mais responsáveis e o reconhecimento de que a crise sanitária é ainda grave e exige cuidados muito sérios e especiais por parte da população.

Os dados não mentem, uma quarta onda de Covid já está presente em todo país, e o número de internações e mortes volta a crescer.

 

Clareira, morada e Ser

09 jun

Para Heidegger o Ser tem morada e presença, e isto é o que potencializa a clareira enquanto destino, este vazio da modernidade é justamente o esvaziamento do Ser como Morada e Pré-sencia, necessário para que o Ser preencha este vazio, nele que o Ser de re-vela ou desvela, o conceito é confuso no português porque re-velar, seria velar de novo e desvelar seria presença.

Diz o texto heideggeriano: “O destino se apropria como a clareira do ser, que é enquanto clareira. É a clareira que outorga a proximidade do ser. Nessa proximidade, na clareira do “Dar lugar”, mora o homem como ex-sistente, sem que ele possa hoje experimentar e assumir esse Morar” (HEIDEGGER, 1987).

A morada pode-se dizer que a casa do ser como linguagem, nela se consuma a manifestação do ser, diria a filosofia antiga isto é uma volta ao nominalismo, mas a viragem linguística superou isto, pois dela se irradia e se transforma em ação, como algo a partir do pensar, pois só do ato de pensar podemos retirar o processo do fazer e operar, então por isto a linguagem é “habitação”.

Nesta habitação preserva-se o ex-tático, e nela se determina a clareira, ela nos retira do abismo de nossa essência ex-sistente, a clareira é o “mundo”, e a linguagem é o advento que clareira e revela o próprio ser, isto foi contestado por Peter Sloterdijk, em sua resposta no livro Regras para o Parque Humano, onde revela a falência do projeto do humanismo, sim, mas o Humanismo que Heidegger revela em “Cartas para o Humanismo”, que nada mais é que a da modernidade.

Isto é fácil de ser demonstrado uma vez que Sloterdijk considera o humanismo que critica (de Heidegger) como pastor do ser, que sua essência e sua tarefa se originam em saber guardar o ser e corresponde ao mesmo, assim guardar seu rebanho na clareira, que é o mundo aberto, mas qual

Toda a obra de Sloterdijk fica então no entorno deste dilema da modernidade, vez por outra evocando termos que vem da teologia, em suas obras posteriores Esferas I, II e III: “Matrix in grêmio” que lembra a figura religiosa de Maria, ou o In-sein In-Sein tem, segundo Sloterdijk, uma origem antropológica, que é a experiência do feto no útero da mãe, sem a perspectiva cristã.

Será um discípulo seu, Byung Chul Han que abordará mais amplamente a questão do Ser enquanto questionamento na modernidade, certamente por sua origem oriental, a leitura da clareira vai a fundo na modernidade: A sociedade do cansaço, O aroma do tempo e A agonia do Eros, desvelam o drama da modernidade, espero ansioso algo de Chul Han sobre o panorama da guerra.

Porém um quadro da pandemia Chul Han já traçou em seu A sociedade paliativa e a dor hoje, já fizemos um post, o quanto o Ser se afasta da dor ou daquilo que pode se aproximar dela, então criamos uma série de paliativos, que é o distanciamento da clareira (conclusão minha).

HAN, Byung-Chul. A sociedade paliativa: a dor hoje. Trad. Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2021.

HEIDEGGER, M. HEIDEGGER, M. Carta sobre o humanismo. Tradução Revista de PINHARANDA GOMES, LISBOA: Guimarães Editores, 1987. (pdf).

SLOTERDIJK, P. Regras para o parque humano. Tradução: José de Alencar A. Marques. São Paulo: Estação liberdade, 1999.

 

Entre a clareira e a escuridão

07 jun

É preciso que hajam forças eficazes lutando pela paz, infelizmente boa parte da mídia ocidental está polarizada e é incapaz de fazer uma reflexão sensata sobre os horrores e insensatez da guerra, não por desconhecimento dos seus efeitos, as duas guerras já mostraram, mas por causa de um comportamento infantil e fanático em ambos os polos.

A ameaça de fechar embaixadas na Rússia, os mísseis já disparados na Coréia do Norte, a guerra que é cada dia mais sangrenta na Ucrânia, com armamento mais pesado e letal, é engrossada pela mídia que chega a distorcer os fatos para polarizar ainda mais a guerra, já quase sem trégua.

Sobre as embaixadas o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken fez uma brincadeira (de mal gosto ao meu ver) de dedicar a Putin a música “We are Never Ever Getting Back Together”, de Taylor Swift, querendo dizer que nunca se separarão completamente.

É claro que a Rússia se voltou para o leste Europeu e sonha com uma federação russa ampliada, já a China nunca deixou de sonhar com a recuperação de Taiwan, e a Coréia do Norte pode ser mais uma peça nessa guerra que avança com “cuidados”, mas parece ter um objetivo sombrio.

A clareira, no contexto em que foi desenvolvida por Heidegger significa uma abertura em meio a floresta, em meio a escuridão, onde deve emergir o ser, e isto que é apropriado para a modernidade é também apropriado para um momento de uma guerra mundial avistada num horizonte, porque é oposto ao ente, as materialidades econômicas, sociais e até mesmo políticas, assim aparece o Ser, a vida e sua lógica, seu “lebenswelt” como diria Husserl.

Há uma sombra, ou uma escuridão que percorre as mentes da humanidade, a guerra parece não ser o que é: um grave perigo civilizatório, o fim das argumentações e dos diálogos, a negação do Outro como Ser, da sua cultura e de suas opções e convicções, e esta é a escuridão.

Diz a leitura bíblica: se o sal se torna insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens (Mt 5,13), é preciso que haja luz e sensatez.

A paz é sempre possível e desejável se tivermos tolerância e compreensão com o Outro.

 

Covid 19: responsabilidade e riscos

06 jun

Não é fácil dar notícias ruins, entretanto se tratando de doenças graves e problemas sanitários não se pode omitir nem deixar de dar diagnósticos e dados precisos das doenças e problemas sociais.

Há uma relativa tolerância aos dados da Covid 19, porém a observação de amigos e parentes em nossa volta não é difícil notar já um novo aumento de casos da Covid-19, a cepa atual, uma variante da ômicron é menos letal então o número de mortes (no Brasil) se mantém em torno de uma centena.

Os dados desta última semana, que vinha num crescente, revelam uma pequena queda, porém é preocupante que em 8 estados os dados não foram fornecidos, dois deles populosos que são os Estados de São Paulo e Bahia, segundo eles foram problemas nos dados do Ministério da Saúde.

O pico nestes dias de 29 a 31, se recuarmos os 10 dias da infecção do vírus cai justamente no Carnaval fora de época realizado, como defendemos no post, o monitoramento e os protocolos de saúde não poderiam baixar a guarda, o que foi dito por alguns infectologistas responsáveis.

Os órgãos públicos que controlam grandes aglomerações querem uma volta a normalidade, claro que todos queremos, em tempos de ameaça de guerra os esforços para manter a sociedade com uma economia e um abastecimento saudável torna-se imperativo, mas não pode custar vidas.

Uma aposta que não haverão novas variantes letais e que a Covid 19 está cedendo não tem dados reais para confirmar isto, se ouvirem os infectologistas e sanitaristas sérios, a precaução é certa.

Olhando os dados de nossos vizinhos, o Chile registros nos últimos dois meses um maior número de novos casos, chegando na última quinta-feira (26/05) a 7.550 novas infecções, no Uruguai há um aumento de 50% dos diagnósticos positivos (dados da rádio Jovem Pan) e as autoridades sanitárias do Paraguai já admitem a chegada da quarta onda da doença.

O fato que a variante é menos letal é confortante, mas não pode ser motivo para despreocupação.

Cabe às autoridades sanitárias serem responsáveis e indicarem os riscos e protocolos para a situação atual.