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Arquivo para maio 1st, 2015

Idealismo, Fenomenologia e política

01 mai

Grande parte da esquizofrenia política que vivemos está nos fundamentos do pensamento, afirmamos uma
coisa e o que está acontecendo é outra, colocamos gente ultraconservadora para concertar uma economia pretensamente avançada, e chega-se ao absurdo de vermos coronéis políticos desfilando de revolucionários, nada mais fragmentado (pelo idealismo).

Nada mais idealista e de certa forma “fundamentalista” ideológico do que defender que todos problemas foram criados pela mídia reacionária, pela distorção dos fatos, enquanto os fenômenos a nossa volta (o valor das coisas, o custo de qualquer empréstimo, enfim a vida) dá para ver que não se trata de propaganda e sim de fatos, mesmo que fosse lido por um idealismo, mas objetivo.

A definição de idealismo é simples e complexa, o sujeito pensa sobre as coisas (objetos), mas tudo não passa da percepçãoIdealismo e da forma que o sujeito (a pessoa que o pensa) percebe as coisas, isto nasceu de uma ideologia, mas ela percorreu um longo caminho desde a elaboração de Immanuel Kant até o seu questionamento e síntese em Hegel, que é um idealismo absoluto que reduz o ser a consciência.

O idealismo transcendental de Kant é a doutrina que sendo os homens incapazes de compreenderem exatamente como são as coisas-em-si, criam representações subjetivas construídas pela cognição humana, ou seja tudo é apenas uma representação da realidade e não como ela é.

Há um idealismo objetivo, ou um Hegel de ponta cabeça: o materialismo.

Foi Edmund Husserl que questionou esta visão dos fenômenos, tinha na cabeça duas questões: Como pode ocorrer a verdade objetiva sobre o que está fora da própria consciência? Como o ser humano pode ser capaz de ter conhecimento confiável sobre o que não é imanente aos seus próprios sentidos? Os idealismo responde não as duas questões e responderia também na política, porém alguém com consciência política não dogmática responderia sim corrupções, educação e saúde muito comprometidas e preços cada vez mais altos no dia a dia.

O pensamento de Husserl passou por muitas reviravoltas, lendo sua obra apesar dos termos alternativos conceitos iguais, em diferentes momentos, é visível três períodos identificáveis ​​em sua obra começar com um matemático período inicial, Brentano de influência de 1887-1901, e um período de meio idealista dura de cerca de 1905-1927, e alguém que retorna ao Ser e a ontologia no final de sua vida, em uma obra de sua maturidade Meditações Cartesianas (feitas na Sorbonne de Paris, em fevereiro de 1929) ele indaga o sujeito transcendental: Qual o caminho da imanência do Eu para a transcendência do Outro? E reconfigura a psicologia através da fenomenologia, é o início da retomada ontológica.