Arquivo para novembro, 2022
A árvore boa dá fruto bom
A ideia que é preciso desorganizar para obter uma nova ordem, não é revolucionário nem democrática é reflexo de má doutrina e más teorias, é preciso manter-se um caminho sereno e tranquilo para que se produzam frutos de uma sociedade saudável e equilibrada.
Estamos longe disto, porém a ruptura pode significar um mal ainda maior e sabemos que não se trata de valores apenas nacionais, mas internacionais, dá-se nomes diversos para isto: o grande reset, uma nova ordem mundial, crise do capitalismo ou do socialismo (ambos tem problemas) e no fundo é um processo de crise civilizatória.
Que crise é esta, aquela que diversos teóricos e políticos apontaram no passado, fruto das teorias totalitárias e perversas de poder, da fragmentação do conhecimento que não vê o homem como um todo, mas em aspectos específicos e [e claro de mentes poucos saudáveis que conduzem a sociedade para caminhos tortuosos.
Duas guerras, regimes totalitários (não esquecer as ditaduras de Franco na Espanha, De Gaule na França, Mussolini e Salazar), revoluções socialistas, crises do capital, sacrifícios das colônias africanas e radicalismo islâmico no mundo árabe.
O cenário pode preparar o maior dos engodos se não atentarmos para os frutos daqueles lideres que mesmo propondo a paz, a harmonia social e a defesa do meio ambiente preparam interesses escusos e inconfessáveis nos bastidores.
A parábola bíblica dos empregados que são deixados valores para administrar os bens do dono que viaja para longe serve para identificar os verdadeiros bons administradores através de seus frutos, diz a passagem depois do dono elogiar os bons administradores que deram bons frutos para da administração, diz ao que não fez nada com o que lhe foi dado para administrar (Lc 19,22-23):
“ ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros”, não é difícil identificar estes maus administradores.
Claro a passagem bíblica fala da vida espiritual, mas a lição dos bens materiais não deixa de ser importante, maus administradores levam ao empobrecimento e a perda dos ganhos sociais.
Entre corruptos, ladrões e cegos
A cegueira não é privilégio de alguns, porém uma cegueira de nascença seria algo quase incurável porque o aparato cognitivo não está preparado para enxergar, a corrupção é praticamente um vício uma compulsão e difícil de ser revertida como caráter e finalmente o roubo é uma compulsão não apenas movida pela fome, mas principalmente pelo desejo de usurpação e inveja de muitos.
Há na Bíblia três casos raros e pessoais nos quais há uma reversão completa destes valores, isto para mostrar o radicalismo e a força da fé sobre casos paradigmáticos, o rico e nanico Zaqueu que precisa subir numa árvore para ver Jesus tem uma mudança radical de vida, o cego de nascença é curado e o ladrão crucificado ao lado de Jesus, que a tradição chamou de Dimas, não só é redimido como é convidado a ir ao paraíso, dito da boca de Jesus: “ainda hoje estará comigo”.
Estes exemplos são para entender porque a vida e a sociedade exige mudança e conversão não apenas em grandes planos sociais, mas na atitude individual por menor que seja de cada pessoa, é necessária uma conversão moral e pessoal para reverter um quadro de obscuridade.
No Brasil é dia da República, e o espírito republicano quer dizer o trata com a “res” coisa pública, e a obra clássica de Platão trás alguns pensamentos importantes, que precisam ser atualizados, claro (foto praça da República, São Paulo, Brasil)
Um pensamento universal interessante na obra de Platão é: “e cada um de nós não procura conseguir um certo benefício particular e não comum a todos”, em outra passagem: “o mau que não é descoberto se torna pior ainda, ao passo que, quando descoberto e castigado, o elemento bestial se acalma e suaviza…”, enfim isto são normas republicanas que devem ser respeitadas.
Platão que acreditava que a alma era imortal, não no sentido cristão, afirma que ela é “capaz de suportar todos os males, assim como todos os bens, nos manteremos sempre na estrada ascendente e, de qualquer maneira, praticaremos a justiça e a sabedoria”, que são essenciais.
Platão. A república. Trad. Carlos Alberto Nunes. 3ª. Belem, Ed. EDUFPA, 2006 (Pdf)
Novo Alerta da Covid 19 e a guerra
O crescimento repentino de casos de Covid 19, na nova variante que postamos aqui na semana passada BQ.1, fez as autoridades fazerem um novo alerta, e num primeiro momento completar a vacinação especialmente para aqueles que não tomaram a segunda dose de reforço, segundo dados das secretarias estaduais seriam de 68 milhões de pessoas.
Também o uso de máscaras em ambientes fechados volta a ser recomendado, assim como um bom distanciamento social, em especial nos idosos e imunossuprimidos.
A curva ainda aponta para um número baixo em todo país média móvel acima de 8 mil casos, entre pessoas públicas no Brasil o repórter Galvão Bueno e a cantora Joelma foram diagnosticados com a Covid 19, também há noticiais de casos de internação, embora os especialistas dizem que a subvariante é mais fraca que as anteriores.
De acordo com a Fiocruz os estados mais afetados pela nova onda são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas, porém já há casos e praticamente todos estados brasileiros, no exterior esta onda já estava noticiada desde outubro.
DE acordo com o coordenador da área na Friocruz: “Como os dados laboratoriais demoram mais para entrar no sistema, é esperado que o número de casos nas semanas recentes sejam maiores que o observado nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação”.
É recomendável retomar as medidas de proteção como higienização das mãos e uso de máscarsa.
Como sempre postamos um panorama da guerra no leste Europeu, cuja preocupação cresce com a chegada do inverno, a noticia importante da semana é a retirada das tropas russas em Kherson, porém as dificuldades de fontes energéticas na Ucrânia são crescentes, após os bombardeios estratégicos russos.
Cresce a ideia de algum tipo de acordo que possa ao menos dar uma trégua durante o inverno.
Apostasias, heresias e o futuro
Sempre que um poder terreno está em xeque é comum reivindicar um poder divino que estaria acima do humano para justificar atitudes heréticas ou apostatas.
As crenças humanas também não estão fora desta análise, acreditar que há formulas mágicas para resolver problemas históricos e culturais de um povo é uma forma de heresia, pois os estudos sociais e econômicos não se esgotam em torno deste tema, há sempre uma dose de empirismo.
Brinca-se até entre economistas, que a economia não é uma ciência exata, mas totalmente empírica é uma aventura que pode levar a grandes equívocos, não por acaso Karl Marx estudou Adam Smith e David Ricardo, os maiores economistas do seu tempo e que eram conservadores e assim o que não se submete a estudos não passam de crenças e heresias sociais e humanas.
A apostasia vai para o campo empírico das religiões, onde há dogmas e doutrinas pré-estabelecidas e com intuito de moderniza-las criam-se falsas religiões e que quase sempre, há casos raros, caem em valores sociais e humanos que nada ou pouco tem relação com a fé.
Apontamos em posts desta semana três apostasias, o poder humano que se confunde com o de Deus, os valores financeiros que se confundem com os valores aquela que quer domesticar Deus em um locus específico, um templo ou lugar, sem considerar sua presença entre os homens, em especial, aqueles que não estão em apostasias nem em heresias.
Há uma última relacionada ao poder, comum em nosso tempo que é das profecias, que é um tipo de apostasias, Jesus quando questionado afirmou: “Não sabeis a hora nem o dia” (Mt 24,36), e mais ainda num trecho logo a frente a parábola que diz que que se o dono da casa sobesse que horas viria o ladrão se prepararia (Mt 24:43-44).
É fato existem muitos falsos profetas, a sua grande maioria, e existem revelações raras e de fato autenticas porém só saberemos numa hora “inesperada”, também no tempo de Jesus muitos se diziam o profeta, e João Batista que é o último e maior dos profetas, dizia que não era ele.
São tempos sombrios e de grandes mudanças, oportunistas não faltam, mas há uma fé e uma esperança verdadeira naqueles que estão no verdadeiro “locus” a presença do Amor entre nós.
Em tempos de grandes mudanças tudo isto é comum, e sempre há uma revelação divina clara.
Qual é o locus divino
Claro o locus divino é anti espacial e temporal, mesmo a física quântica moderna desenvolveu a teoria da dimensão espaço temporal como única dimensão e onde há dobras no tempo, mas é provável que a física ainda fará descobertas maiores que os caminhos de minhoca (wormholes), dimensões de viagem aceleradas no espaço e mudará nossa visão cósmica do espaço.
As últimas descobertas do James Webb, o telescópico que olha para a origem da criação, já enxerga naquilo que os astrônomos chamam de pilares da criação, as novas imagens (19/10) mostram formações que parecem rochas, mas que são nuvens de gás e poeira de dimensões astronômicas, onde se formas estrelas e corpos celestes, numa espécie de berçário.
A nova imagem, com uso do recurso do infravermelho do James Webb [e possível observar melhor a poeira nesta região de formação das estrelas (Imagem da NASA acima), melhorando a imagem a esquerda de 2014 do telescópio Hubble, sendo a da direita a imagem do James Webb.
No plano da cosmovisão escatológica, aquela que estuda o início e fim da humanidade, é possível imaginar que através de uma “dobra do tempo”, ainda estamos presos a física de Einstein, esta nuvem se forma e dá início a um desenvolvimento de estrelas, supernovas e galáxias no universo.
O plano divino é ainda mais amplo, desde o tempo de Jesus os homens queria sabem em que tempo o “reino de Deus” se formaria, uma dimensão terrena em que nossa condição humana seria elevada a um nível de felicidade e prosperidade que alcançasse a todos, “onde jorra leite e mel”, porém a resposta do mestre agradava pouco os que queriam algo mais palpável.
Diz a leitura em João 1,20-21 eles queriam saber o momento deste “reino” e Jesus respondeu: “o Reino de Deus não vem ostensivamente, Nem se poderá dizer ‘está aqui ou ´está ali, porque o Reino de Deus está entre vós”, quer dizer deve se realizar entre os homens, então ainda irá haver muitas mudanças na dimensão humana e terrena até este estágio.
E a passagem diz claramente que antes disto o filho do homem (Jesus que é uma presença de Deus entre nós dita acima), deverá ser rejeitado e sofrerá muito.
Assim é preciso encontrar espaços de solidariedade e fraternidade entre os homens onde estas sementes de vida plena se desenvolvam, os homens se entendam e olhem com amor para o seu semelhante, sem desprezo ou exclusão.
Assim este reino está próximo onde há Amor e fraternidade e longe onde há cobiça e exclusão.
Religiões e negócios
Uma sociedade incorpora valores em sua forma de organização, assim uma sociedade baseada no mercado pode imaginar que tudo é mercado, inclusive a religião e a política, mas não é.
A política deve cuidar do bem comum e a religião deve ressaltar os aspectos espirituais, não significa que os humanos não existam, mas transforma-la num comércio é mudar sua essência.
Não se trata de nenhuma religião ou crença específica, todas aquelas que se comercializam acabam confundindo seus verdadeiros valores com aqueles que a sociedade moderna incorporou, o negócio, a venda e a troca, enfim valores que não são aqueles que de fato fazem uma ascese.
Todas as religiões estão sujeitas a isto, todos podem se transformar em negócio, porém não há nada de divino nisto, sua essência é apenas o negócio e as formas para justifica-lo.
O cristianismo não é diferente, não havia sinais de riqueza em Jesus, também é verdade que não viveu uma vida austera, como foi por exemplo a de João Batista, seu precursor, diziam até que ele era comilão e beberrão, gostava de boa mesa e deixou seu memorial numa mesa (eucaristia).
Uma passagem bíblica lembra que Jesus se revoltou ao ver o comércio em um templo (2Cor 6,16) e fez um chicote de cordas para expulsar “junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas”, não por acaso são estes que se agarram ao poder terreno.
O melhor exemplo de discípulo de Jesus e que é venerado em muitas religiões foi Francisco de Assis, filho de um milionário de tecidos, decide por uma vida humilde e cheia de sacrifícios, e ainda Francisco era amante da natureza e também é lembrado por isto.
Uma canção deste grande personagem do cristianismo diz ainda que ele era homem de paz, e na canção há um trecho que diz: “onde houver ódio que eu leve o amor”, o mundo precisa de Amor.
Nos aproximamos do final de ano, estranho porque é um ano de Copa do Mundo para os que gostam de futebol, mas também das festas de final de ano, que reencontremos Amor e Paz.
Teocídio II: o que é cristianismo
Um levante contra forças cristãs mais conservadoras faz parte desde o início da Modernidade, não pela reforma que foi uma disputa entre concepções cristãs de aliarem-se ao poder e aos valores terrenos e o esquecimento da palavra.
Teocídio é a ideia que matamos Deus, e não que Deus morreu, e levante é essa tentativa inútil.
O primeiro grande levante foi considerar as coisas divinas entre as humanas, e entre elas o poder, já no tempo bíblico do antigo testamento os homens queriam ter reis (como os outros povos diziam) e não juízes que eram os responsáveis pelas comunidades hebraicas, e Deus
No início do novo testamento, cuja palavra máxima é “Eu vou dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,34), é anunciada a boa nova a todos povos, e todos povos são chamados a ela.
Na modernidade, no campo do liberalismo, a doutrina cristã também foi minada muitos foram os movimentos anticlericais, hoje são lembrados os “iluminati”, que nada mais é que o iluminismo em face aos cristianismos “supersticiosos”, a ideia de criar uma religião racional e terrena, que aos poucos tomou conta da civilização ocidental.
Os valores cristãos assim ficaram mais ligados ao conservadorismo, a concepção de moralidade, família e nacionalidade que sobreviviam aos valores cristãos sufocados pelo racionalismo e pela concepção de “contrato social” do estado: John Locke, Adam Smith e Robespierre representam a doutrina da modernidade em campos distintos.
O levante atual consiste em destruir isto que restou, um resto de conservadorismo que resistiu ao ataque aos valores cristãos originais: o amor, a solidariedade e a paz, também é parte do levante os que se aliam de modo oportunista a determinadas formas de poder.
O que resulta disto é uma casa de pernas pro ar, porém ela é também parte de uma arrumação da casa, os apocalípticos veem apenas o “final dos tempos”, porém a verdadeira fé cristã vê em tudo a ação de Deus e o seu poder, desconhecido pela humanidade e parte do cristianismo, o seu poder acima dos percalços humanos e terrestres, os valores e poderes humanos são temporais e não eternos.
Os levantes, que são ações no campo espiritual dos valores, sacodem a humanidade, porém também ele está submisso a vontade divina, no final ela prevalece.
Nova variante e a guerra na Europa
Uma nova variante chamada de BQ.1 circula no país, segundo a infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Intectologia, ela é uma variante da ômicron, e é “a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como a Alemanha e França”.
Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam tendo, para a maioria dos pacientes, os mesmos sintomas das anteriores: doeres de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.
Uma variante já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, segundo a unidade da Fiocruz no estado, o que fortalece que ela já circula no país.
A guerra na Europa segue, a Rússia completou o alistamento de 300 mil soldados para a guerra, mantem a cidade de Kherson em seu domínio com a retirada de habitantes e sabe que o inverno atuará a seu favor.
O clima na Europa vai esfriando, mesmo sendo outono, dezembro já é muito frio e as vésperas do natal começa oficialmente o inverno, o aquecimento depende de gás e principalmente a Ucrânia já enfrenta problema de energia devido a guerra.
Os Estados Unidos começam a pressionar a Ucrânia para voltar a sentar-se a mesa por um acordo de paz, representará na verdade uma trégua, mas permitirá um inverno menos sombrio para a Europa e para a economia que já está em crise.
Quem poderia funcionar como mediador é um problema também, nesta altura o papa não é uma boa resposta, já que será preciso uso da força para manter algum tipo de acordo, a Turquia que havia se prontificado ou a própria ONU podem ser mais adequado para o grave momento do conflito.
Diferente de outros finais de ano, teremos um fim de ano sombrio, será difícil falar de paz, de amor e de harmonia, por todo o globo há dificuldade, no oriente por exemplo, a Coreia do Norte ameaça e colocou Japão e Coreia do Sul em alerta.
Felicidade e valores
O humanismo na modernidade baseou-se na separação entre o sujeito e os objetos, assim toda subjetividade humana (nela se incluem os valores como humildade, compaixão e tolerância, entre outros) fica relegada a um plano sentimental e a objetividade refere-se apenas ao que é material.
Postamos sobre a humildade, o humus de onde brota a vida, a tolerância ao erro de onde brota o perdão e a mudança de rota e de onde brota a vivência de cada momento coo se fosse o último.
A felicidade não depende só de cosias materiais e não só os psicólogos que dizem isto, também os médicos e alguns sociólogos defendem a alegria de viver, neles há sabedoria real da vida, coisas aparentemente contraditórias como felicidade dos humildes, dos que sofrem, dos que tem fome e sede de justiça e daqueles que são perseguidos por suas crenças e valores.
No texto bíblico, explicando que religião é uma prática de valores que “religa” céu e terra, assim não é da terra para o céu (uma sublimação de valores) nem do céu para a terra (como querem os espiritualistas), mas dos que conhecem e vivem os ensinamentos religiosos, o maior deles, o Amor.
Assim diz o trecho bíblico das chamadas “bem-aventuranças” (Mt 5,4-6): felizes os “aflitos, porque serão consolados, … os mansos, porque possuirão a terra.d os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” entre outros valores como: felizes os que são perseguidos os que desejam a paz porque serão chamados filhos de Deus.
Não há contradição entre céu e terra, ela existe entre os que estão apegados só ao céu (tudo fica no plano subjetivo) ou só a terra (tudo fica no plano da materialidade), e o complemento dos dois depende de amor, mas também de esperança e fé.
O Anuncio da ultima felicidade é de fato uma bem aventurança, porque poucos realmente tem fé, diz o trecho (Mt 5,11-12) “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim, alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
O erro e o caminho novo
Nem tudo que parece perdido o está de fato, é sempre possível a retomada do caminho, um novo alento, a aprendizagem com os erros do passado, e todos nós erramos, porém poucos estão disposto a retomar um caminho e seguir em frente.
Aqueles que não estão dispostos também não devem ser considerados perdidos, com paciência e sem preconceitos é possível mostrar que existe um caminho da serenidade, da solidariedade e da vida feliz, é preciso para isto empatia e paciência.
Por outro lado convicção de que se está no caminho certo pode levar a dogmatismos equivocados (o dogma da fé por exemplo, deve ser dogma dos misericordiosos e não dos acusadores), e também os que se julgam certos podem estar indo por carinhosos tortuosos, é preciso diálogo.
Para quem tem fé ter o caminho certo requer a presença do Espírito Santo e depende de não pecar.
Se estivermos certos e convictos que nossa retidão e clareza pode auxiliar a encontrar o que está perdido então devemos ter uma atitude empática, paciente e resiliente, em tempos sombrios a radicalização é má conselheira e pode levar a maiores perdas do que aquelas que se julga perdida.
Há uma parábola bíblica no Evangelho de Lucas (Lc 15:4) que fala da ovelha perdida, que há mais alegria de encontra-la do que o rebanho que caminha unido, assim lançar a busca aos distantes, aos diferentes é antes de tudo sabedoria e caminho.
A parábola bíblica diz que há mais alegria no céu por uma ovelha perdida que foi encontrada, que outras cem que já est]ao no rebanho.
Também em outro trecho diz-se que ao encontra-la vai cuidar das feridas, tratar com alimento e dar condições de recuperação, assim a paciência e a empatia devem continuar presentes.
Um ambiente hostil e violento não favorece ao encontro, mas ao desencontro, ao ódio e isto só leva ao erro e a mais caminhos perdidos.