Arquivo para março 10th, 2015
Governança mundial: entre a proteção e a opressão
Enquanto o velho debate sobre liberdade do liberalismo e concentração de poder de estados autoritários, privatismo x estatismo cresce, é crescente a ansiedade por uma nova via que poderia dar uma guinada na crise social, econômica e moral que atravessa o planeta.
Um exemplo disto é o discurso do presidente tcheco Vaclav Klaus que criticou em 2010 as Nações Unidas por aumentar a “governança global” da economia mundial, dizendo que o organismo mundial deve deixar esse papel para governos nacionais.
Por outro lado pensadores eminentes como Peter Sloterdijk, Edgar Morin, Michel Rocard, Bernard Miyet, Michel Rocard e outros fazem um apelo por uma “governança mundial responsável e solidária”, quem tem razão, em minha opinião ambos, explico.
Os movimentos mundiais “Ocupa”, ocuparam Wall-Street nos EUA, Ocupa Madrid, Ocupa Barcelona, Ocupa São Paulo e muitos outros revelam o desejo de multidões de pessoas que as heranças sociais e históricas não sejam trocadas por investimentos capitalistas que nada mais são do que lucro fácil e desocupação e desvitalização das cidades, estados e nações, portanto a ideia de manter heranças étnicas, históricas e sociais de cidades, estados em nada se opõe ao desenvolvimento de uma governança mundial solidária, ao contrário ela poderia auxiliar de modo mais amplo esta “ocupação” de populações locais por seus devidos interesses.
Um exemplo disto está no Brasil, no “Ocupa Estelita”, uma marca registrada entre a dissociação histórica do Cais José Estelita no centro da capital pernambucana Recife no Brasil, para ser feito um empreendimento de R$ 800 milhões, com a construção de 12 tores com até 40 andares, entre as construtoras, está a Queiroz Galvão, aquela do Swiss Leaks.
O Movimento #OcupeEstelita e o grupo Direitos Urbanos (DU), tiveram uma suspensão do alvará e então uma vitória parcial, mas tivemos recentemente a destruição de monumentos históricos no Paquistão.
Em termos jurídicos responsabilidade solidária, significa assumir a responsabilidade por um terceiro credor, em termos mundiais significa garantir a segurança étnica, social e econômica de estados frágeis como Haiti, muitos países da África e Ásia, não apenas quando há interesse econômico, o contrário do que fez o colonialismo imperialista.