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Arquivo para fevereiro 4th, 2025
O nacionalismo, o medo e a guerra
Não é a primeira vez na história que o medo toma conta da sociedade, aparecem as diversas doenças psíquicas, como a depressão e a síndrome do pânico, e as sociedades parecem se fechar, para surpresa geral, a Alemanha sempre tão a frente, tem o avanço da AfD (Alternativa para a Alemanha) que é a volta da ultradireita.
O problema da imigração agora na Alemanha aparece, sob protesto no bordão “somos o cordão sanitário”, quando ocorreu uma moção anti-fluxo imigratória e uma votação apertada da Lei do Fluxo Migratório, a crítica se dirige ao candidato a chanceler federal alemão Friedrich Merz, da União Democrata Cristã (CDU), e manifestações em todo país aconteceram.
O candidato é o líder das intenções de voto para assumir o governo alemão na eleição de 23 de fevereiro, embora conservador se distancia das pretensões ultraconservadoras da AfD.
O significado destes movimentos, leis e crescimento de posições cada vez mais conservadoras é uma reação à sensação de desmoronamento das raízes civilizatórias das diversas sociedades e um crescente movimento de deterioração moral e político das instituições sociais.
Não se trata de uma zona de conforte e sim uma “zona de segurança” diante de uma ameaça cada vez mais presente de uma crise civilizatória sem precedentes, e sem um elemento de paz e esperança que possa amenizar estes processos de mudanças sem limites dos costumes.
O medo é quando as reservas morais de esperança e fé no futuro se contraem, tanto no nível pessoal quanto no social, os jovens que preferem se fechar e ficar “escondidos” em casa são um reflexo desta “zona de segurança” enquanto que os que saem abandonam qualquer limite.
As forças pacificadoras, além de combaterem os extremismos devem também semear a paz e a esperança e diminuir os ataques frontais aos extremismos que apenas os fortalecem.
Não ter medo é também um importante ingrediente destas “batalhas”, mostrar serenidade e tranquilidade diante de situações adversas ajudam a minimizar os efeitos da intimidação e do assédio que caracterizam as forças extremistas, elas se alimentam do medo e da violência.
Os verdadeiras núcleos de esperanças são inclusivos, não se motivam por provocações ou narrativas que defendam suas posições como únicas verdadeiras, não se trata de relativismo, mas de iluminação e desativação do medo que caracterizam as sociedades mais fechadas.
Somente a paz entre os povos pode garantir a esperança de um mundo mais saudável e fraterno para todos, sem exclusões.