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Arquivo para fevereiro 14th, 2025
Partículas, sons e linguagem
A matéria foi sendo estudada em partículas cada vez menores, os átomos idealizados por Demócrito (460-370 a.C.) ainda na antiguidade, porém para ele seriam indivisíveis, eternos e imutáveis, mas a ciência moderna começou a enxerga-los em subpartículas cada vez menores.
Inicialmente prótons, elétrons e nêutrons, na década de 30 o físico austríaco Wolfgang Pauli previu o neutrino, mas sua detecção foi feita somente em 1956 por Clyde Cowan e Frederick Reine, na década de 60 George Zweig e Murray Gell-Mann previram os quarks, a descoberta aconteceu em 1968 no Centro de Aceleração Linear de Stanford.
Depois vieram os Gluons, Leptons, Mesons e Hadrons vieram complementar o Modelo da Física Padrão, nome dado a teoria unificada da física na década de 1970, em 2012 o Grande Colisor de Hadrons (LHC de Genegra) detectou o bóson de Higgs, que era uma subpartícula prevista para unificar a teoria, mas restam perguntas: o que é a matéria escura, o que ocorre num buraco negro, o que provoca a força gravitacional, haveriam partículas grávitons
Uma teoria elaborada para responder estas questões foi a teoria das cordas, que vem desde 1919 quando foi elaborada por Theodor Kaluza, depois Yoichiro Nambu, Holger Bech Nielsen, Leonard Susskind, John H. Schwartz e Michael B. Green, só para citar alguns nomes de físicos importantes que trabalharam nesta teoria.
Os quarks up e down que compõe prótons e nêutrons, unidos a força de glúons formariam diferentes vibrações que se comporiam formando as partículas elementares, assim todo o universo poderia ser resultante de formas primitivas de vibrações, sons que poderiam estar fora das faixas audíveis.
Ela tenta unificar a mecânica quântica e a teoria da relatividade, e pode ser um modelo mais unificador que o da Física Padrão.
Assim podemos dizer que os sons são a “linguagem” primordial do universo e tudo poderia ser composto a partir dele, as observações de formação de galáxias e comportamentos em buracos negros feitos pelo James Webb podem chegar a confirmação ou negação desta teoria.
Assim também o universo seria um ser de “linguagem” na forma de vibrações formadas pela teoria das cordas, e nossa palavra seria algo muito mais importante do que nós imaginamos, não apenas porque tem certa potência, mas principalmente porque faz parte do universo primitivo e se desenvolve com ele em suas formas mais complexas das nebulosas que formam estrelas gigantes e pequenas, gigantes vermelhas, anãs brancas, novas e supernovas, estrelas de nêutrons e buracos negros.
O universo complexo seria em sua forma mais elementar através de quarks up e down, diversas formas de cordas que compostas formariam o que chamamos de matéria.
Um artigo do diretor do Instituto Kavli para a Física e Matemática do Universo (Kavli IPMU), Ooguri Hirosi, e do investigador do projeto, Matthew Dodelson, sobre os efeitos teóricos das cordas fora da esfera de fótons do buraco negro, foi publicado na revista Physical Review de 24 de março de 2021.