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Arquivo para a ‘Economia’ Categoria

Davos e o futuro

21 jan

Economia e problemas imigratórios a parte, realmente o problema daDavos mudança nas bases de comunicação e produção podem agravar problemas sociais e acelerar o desemprego.

O fundador do encontro de Davos, Klaus Schwab do encontro mundial de economia (que é mais político que social), alerta: “Sem uma atuação urgente e focada a partir de agora para gerir esta transição a médio prazo e criar uma mão de obra com competências para o futuro, os governos vão enfrentar desemprego crescente constante e desigualdades”.

Um texto bastante citado de uma organização que participa de Davos diz que 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos em todo o mundo, a quarta revolução industrial provocará “grandes perturbações não só no modelo dos negócios, mas também no mercado de trabalho nos próximos cinco anos”, indica o referido texto.

Depois da primeira revolução (com o aparecimento da máquina a vapor, veio a segunda (eletricidade, cadeia de montagem) e da terceira (eletrônica, robótica), surge a quarta revolução industrial que combinará numerosos fatores como a internet das coisas e o “big data” capaz de transformar a economia, mas também de manipular mercados, mão de obra e o ambiente.

Especula-se que poderá haver reunião para debater frear crises como as atuais, entre a Turquia e a Rússia ou a do Irã com a maioria dos países do golfo Pérsico, depois da execução na Arábia Saudita de um líder religioso xiita, sendo que a abertura de diálogo com o Irã é bem vinda, mas acabamos de assistir um ataque radical contra uma universidade no Paquistão.

Davos não pode ser e não é a última palavra, é hora de ouvir as multidões e corrigir equívocos.

 

Começa em Davos o Fórum Mundial

20 jan

O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum, WEF) em DavosDavos evoluiu a partir de discussões um pequeno número de economistas e políticos na década de 1970, por iniciativa acadêmico Klaus Schwab, e que hoje já hospeda mais de 2.500 participantes, tendo mais de 40 líderes mundiais entre eles gente do governo brasileiro, milhares de gerentes ou presidentes de empresas, além de um certo número de Prêmios Nobel, a grande maioria da Economia.

 

Como já dissemos no blog o tema é a preconizada Quarta Revolução Industrial, da entrada de robôs e estruturas ciberizadas na produção, na vida cotidiana e familiar, alguns falam na perda de 5 milhões de empregos, mas ao mesmo tempo geraria cerca de 3 milhões o que ainda dá um déficit de 2 milhões, numa economia em marcha lenta, a estimativa é um crescimento mundial de 2,6 % este ano, que ainda é pouco.

 

Davos é uma cidade pequena e bastante alta da Suíça, com boa infraestrutura de turismo porque é uma tradicional está de esqui, e muito fria nesta época do ano.

 

Além da quarta revolução industrial, o tema da imigração crescente na europa, os problemas de segurança mundial, ecologia com o recente acordo da COP21, das guerras além da própria economia devem estar presentes nesta reunião, o clima geral não é de muito otimismo.

 

A delegação brasileira vai para lá chefiada pelo ministro da Fazenda Nelson Barbosa, com a missão de recuperar a confiabilidade de investidores no Brasil, entre os chefes de estado estão confirmados o primeiro-ministro da França Manuel Valls, o presidente da Alemanha Joachim Gauch, o primeiro-ministro da Suécia Stefan Lófven e o chefe de governo da Grécia Alexis Tsipras.

 

Os EUA, envoltos com as eleições primárias, escolhas de quais candidatos disputam por partidos, manda o vice-presidente Joe Biden, o secretário de Estado John Kerry e o de Defesa Ashton Cartes, Israel terá o primeiro ministro Benjamin Netanyahu.

 

Fizemos nossas análises nas postagens anteriores, agora é tentar entender o que dirão.

 

Davos: do Leviathan à Cibercultura

18 jan

O debate sobre a possibilidade do vácuo foi feito no século XVII FourtRevolutionentre o meu contratualista Thomas Hobbes (1588-1679) e o experimentalista Robert Boyle (1627-1691), o primeiro livro Leviatã além de discutir a estrutura da sociedade, onde o homem só poderia ser “controlado” por um estado forte e discute também a estrutura da matéria, mas os experimentos de Boyle na década de 1660 mostraram que o vácuo era possível, e este debate está no livro de Shapin e Sheaffer: Leviathan, or The Matter, Forme and Power of a Common Wealth Ecclesiasticall and Civil (publicado 1985), que foi premiado com o prêmio Erasmus em 2005.

 

O problema teórico ali é a produção por métodos aceitáveis de produção de conhecimento e mostra como os fatores sociais estão relacionados a formas diferentes de produzi-los, não trata disto, mas na verdade, o experimento de Boyle foi importante para a revolução industrial pois tratava-se isto influenciou o surgimento das caldeiras movidas ao vapor de água, mais tarde os motores de propulsão, enquanto Hobbes mais tarde modificado reformula a ideia do “contrato social” que deu origem a república moderna, e depois reformulado por John Locke (1632-1704) sofrendo influencias de Boyle, e, finalmente Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).

 

A reunião de Davos este ano fala de 4ª. revolução industrial, um livro americano publicado em 2014 de John Micklethwait e Adrian Wooldridge fala da quarta revolução e o estado: The fourth Revolution – The Global Race to Reinvent the State (Penguin Press, 2014), não é o que Davoz discutirá, mas é uma pauta subentendida: a democracia republicana vive uma crise, retornam a Hobbes, mas desconhecem o problema debatido com Boyle.

 

O que está na pauta é a crise econômica, embora ajam sinais de recuperação, o que deve ser debatido é como as revoluções industriais: a primeira de 1784 (produção de equipamentos mecânicos movidos a aço, água e propulsão), a segunda de 1870: divisão do trabalho, eletricidade e produção em massa que mais tarde daria origem ao fordismo, a terceira de 1969 com a produção da eletrônica, equipamento de TI (Tecnologia da Informação) e automação, agora haveria uma quarta com a produção de equipamentos ciber-físicos, mas qual é esta ?

 

No texto base da conferencia World Economic Forum, são apontados três fatores que levam a pensar numa quarta revolução e não um prolongamento da terceira: a velocidade, o alcance e os impactos sistêmicos.

 

A velocidade que os avanços acontecem não teriam precedentes históricos, será ? a explosão de informação é analisada desde a década de 40, mas agora o ritmo é exponencial é verdade.

 

O alcance também é verdadeiro, pois está interrompendo quase todos os setores em todos os países, até a China vive uma pequena retração, mas será que devemos crescer assim ?

E por último a amplitude e profundidade dessas mudanças anunciam as transformações dos sistemas inteiros de produção, gestão e governança, e aqui nos interessam os textos de Micklethwait e Wooldridge, assim como o debate do prêmio de Economia de 2015 Angus Deamon, em sua análise de “consumo, pobreza e bem-estar”, como criar regras tributárias para isto, mas numa análise de microeconomia e não de macros como é usual para isto.

 

Retrospectiva mundial em 5 fotos

30 dez

Seria difícil num blog colocar todos os fatos importantes no mundo: aInocentes2015 guerra civil na Síria e o avanço do Estado Islâmico (agora com alguns recuos), o início do reatamento de Cuba e os EUA com uma discreta, mas efetiva participação do papa, os refugiados e a fome no mundo e outros.

 

Tudo é importante, mas resolvi ter um olhar com o dos inocentes destas guerras, eles não sabem da má gestão dos recursos e dinheiro público, as incompreensões com credos de refugiados ou a violência gratuita dos preconceitos.

 

A menina Hudea, de apenas 4 anos, no campo de refugiados Atmeh na Siria , confundiu a câmara fotográfica com uma arma e levantou as mãos para o alto, e levantou os braços rendida para o fotógrafo turco Osman Sağırlı, autor do clique.

 

O corpo do menino Alan Kurdi, de 3 anos, apareceu afogado numa praia da Turquia, a imagem de um policial turco carregando seu corpo, viralizou nas redes no início de setembro, chamando a atenção mundial para mortes de migrantes que tentam fugir das guerras.

 

Cinco amigos comemoravam o primeiro salário quando uma rajada de 111 tiros disparados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro atingiu o carro e matou todos, é mais um número em 3.256 homicídios ocorridos de janeiro de 2010 a agosto de 2015 no Rio de Janeiro.

 

Ano que aconteceu a Conferencia de Paris que traz algum além sobre a grave problemática do clima mundial, o maior desastre ecológico ocorrido não Brasil não pode ser esquecido, a morte do rio doce que atinge economicamente toda a região, mas um povo de modo especial.

 

São os índios Krenak (ou Borun) que eram chamados pelos portugueses e por nossos livros de história de “Botucudos” no Leste de Minas, até o final do século 17 eles usavam botoques auriculares e labiais, são ao todo 128 famílias desamparadas, que dependem fundamentalmente do rio.

 

Ali descreve assim Geovani Krenak ““O rio é algo que a gente amava, agora é algo que nos causa medo e dor.” É uma “entidade que sempre cuidou do povo e que agora nos assombra por causa da lama.”

 

O olhar desolador do índio Kresnak para o peixe morto mostra a tragédia ecológica ali.

O terremoto acontecido em 25 de abril no Nepal desencadeou uma rede de auxílio internacional, mas também revelou uma rede de tráfico de crianças e diversas fotos e apelos falsos de ajuda foram feitos em todo mundo, quase um milhão de crianças ficaram a mercê da própria sorte, o país ainda está em reconstrução.

 

Os inocentes continuam a pagar pelos insensíveis, maus gestores e gananciosos mundiais.

 

Os bancos e as crises

26 dez

No Brasil sai um funcionário de segundo escalão dos bancos e sobe umCeasa negociador com o dinheiro dos bancos, afinal ele é o inventor das “pedaladas”, dinheiro tomado de empréstimo dos bancos e pago a juros de agiotas.

 

Em 2013, curiosamente a Fundação Gates, da esposa de um dos milionários do mundo, fez um estudo informando como a fome convém aos bancos, e como eles as produzem (publicado no The Guardian).

 

O estudo explica como o controle dos preços de alimentos pelos bancos é feito por meio de fundos especulativos (hedge), quase da mesma forma que no mercado das “primes” faz com o mercado imobiliário, com o controle de estoques de alimentos, o estudo tem o título sugestivo de People die from hunger while banks make a killing on food (as pessoas morrem de fome, enquanto os bancos se enriquecem de repente), especulando com os alimentos.

 

O HSBC mundial, nas manches pelas corrupções do Brasil, teve a compra do Bamenrindus facilitada no governo FHC o Banco Bamerindus, pagou perto de 2 bilhões de dólares de multa, num acordo com governo norte-americano, por ter, comprovadamente, lavado dinheiro do tráfico de drogas.

O HSBC que tem no Brasil o seu terceiro mercado mais lucrativo do mundo, por que será ?

 

Os juros vão subir, o preço dos alimentos vai junto, mas a JBS espera uma venda recorde para 2016 para os norte-americanos, falam apenas um tramite burocrático, aqui o pobre vai comer “arroz sem carne” como disse um ex-presidente, só não explicou porque.

 

Quem controlará os bancos ? até ricaços do mundo reclamam.

 

Um Natal mais pobre e santo

21 dez

Se o Natal foi confundido com festas, luzes e o Papai Noel de umaLocusSacer empresa de refrigerantes, podendo até ter urso polar e neves, este Natal é diferente, primeiro por que as finanças estão curtas, e mesmo família abastadas e pessoas com possibilidade de gastar, vão economizar.

O quadro vem do clima em todo o país, lojas de departamentos fechando e um comércio em crise a olhos vistos, aqueles que não acreditavam que há de fato uma crise, agora basta sair nas ruas para comprar, mesmo que seja o necessário, vão perceber preços subindo e o consumidor cada vez comprando mesmo, pela falta de dinheiro ou de confiança.

Mas há o lado positivo disto tudo, talvez a festa religiosa seja lembrada, mesmo para aqueles que só pensam na política (a desonesta, porque a honesta está em falta), é tempo de silêncio.

É difícil silenciar uma sociedade ruidosa, há os que culpam o mundo digital por isto, mas isto já era assunto muito antes da internet nascer, filósofos e místicos falavam do “mundo ruidoso”.

Ruído é aquilo que inibe o sinal limpo e verdadeiro num sistema de comunicação, e na vida diária é tudo aquilo que não deveria ser confundido com religião, com sabedoria e até mesmo com a política, pois pólis é o local de todos e que foi indevidamente apropriado.

A partir do século VIII a.C., com o florescimento do comércio entre as nações, a paz torna-se importante para acabar com o isolamento das vilas e aldeias.

Aos poucos as cidades sofreram uma mudança radical passando a ser uma ágora, a praça pública, onde o comércio se desenvolve e as discussões sobre a vida e a sociedade acontecem e como diz Bakhtin: o homem moderno está a procura da praça pública, da sua ágora.

É Natal e o locus de sua celebração são as reuniões comunitárias, mas a necessidade de silêncio e respeito remete as igrejas, aqueles que entenderam isto serão ágora e as que não entenderam e ficam no discurso vazio dos problemas humanos insolúveis, se esvaziam.

Se Jesus é o homo sacer nascido num estábulo e colocado numa manjedoura, o locus sacer é aquele que consegue atrair esta presença sobrenatural de um Deus frágil e pobre.

 

Cinismo e escárnio, justiça unilateral

16 dez

A única possibilidade de justiça é aquela que contempla a todos, e trata aNaFormaDaLei todos iguais, é neste sentido que devemos entender o pronunciamento na declaração de voto da ministra do supremo Carmem Lucia que afirmou começando pela “esperança que venceu o medo”, frase na primeira eleição de Lula e terminou no em “o escárnio venceu o cinismo”.

 

Entendamos as duas palavras, o cinismo é aquele que a pessoa apesar de toda a roubalheira, desmandos e mentiras que acontecem na vida pública, afirma que não houve delito algum.

Já o escárnio merece uma explicação mais profunda, podemos ver em um dos dicionários: “o que é feito ou dito com intenção de provocar riso ou hilariedade acerca de alguém ou algo; caçoada, troça, zombaria”, mas de quem zombam não uns dos outros, mas de nós do povo.

 

Quando diversas pessoas ligadas a cúpula de um partido, pessoas que foram tesoureiro, chefes de gabinetes, tesoureiros de campanha e até mesmo pessoas com ligações íntimas com os presidentes estão presos, e continuam afirmar que nada tem a ver com isto, este é o cinismo.

 

O escárnio, que foi a propósito da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, em atitude de “zombaria” dizer que tinha ministros do supremo no bolso, e que poderia negociar com eles.

 

A maior ironia disto tudo é quem aceitou a denúncia, com quem o governo teria tentado um acordo, é o presidente da Câmara Federal , de quem pode-se afirmar o cinismo e o escárnio.

 

Pretender fazer uma opção neste caso, é decidir entre dois delitos, neste caso, não há delito menor, os dois afetaram, afetam e afetarão profundamente a nação, espera-se punição.

 

Como viver em tempo de crise

27 nov

Não se trata da crise econômica, ela é só a parte mais sensível deComoViverNaCrise toda uma crise sistêmica que envolve a cultura, os processos civilizatórios, a compreensão correta do uso da tecnologia, e sobretudo e principalmente que é o Ser que somos.
O livro escrito por Edgar Morin e Patrick Viveret, filósofo e que foi conselheiro do Tribunal de Contas do governo Jospin numa missão importante que era a de redefinir o que são de fato os indicadores de riqueza.
Viveret é autoridade nisto porque escreveu Réconsidérer la Richesse (Éditions de l’Aube) e de Pourquoi ça ne vas pas plus mal? (Fayard), mas a parceria com Morin torna este discurso de fato apreciável para o momento que vivemos no planeta.
Justamente no momento que tudo parece concorrer a catástrofe, talvez esta seja apenas uma visão superficial de um mundo em mudança e com muitas oportunidades interessantes.
Devemos estar prontos para acolher o improvável, e isto só pode acontecer com aqueles que estão atentos à utilização positiva desta crise, como uma nova oportunidade para uma nova relação com o poder democrático, com a riqueza monetária, mas principalmente com o que pode dar sentido à tudo o que estamos vivendo e presenciando.
Uma Europa também árabe e negra, uma América que acolha e modifique a vida dos pobres, sem corrupção, ditaduras e polarizações ideológicas, tudo isto parece improvável, mas …
O que Morin e Viveret negam são os modelos convencionais, as polarizações já vencidas e os raciocínios simplistas … o improvável poderá acontecer: um novo tempo.

 

A ética e a estética

19 nov

Nesta quinta feira (19) o Conselho de Ética da Câmara que poderia decidirBrasiliaNegra o impeachment de Cunha, não deve chegar a lugar nenhum, porque três deputados do PT não aparecerão, e apesar de Fausto Pinato (PRB-SP) encaminhar o processo, um “acordo” protelará o processo.

A mentira pública, de que os corruptos serão punidos, aliás há mais de 100 além de Cunha, não se cumprirá, talvez em alguns casos “selecionados” politicamente, mas tudo vai cair num grande imbróglio, e isto não é apenas um problema ético, é estético: é muito feio.

Feio porque o “vazamento seletivo” e isto é uma pequena parte da verdade, porque outros foram escondidos, dos dados escandaliza a opinião pública e ofende a estética do cidadão.

A defesa do peemedebista está protocolada, os advogados de Cunha chamam de “factoide político” e para surpresa geral da nação, este será o início da farta pizzada nacional.

Os outrora defensores da ética pública cometem os maiores descalabros políticos, tudo em nome da governabilidade, mas o essencial que é resolver o problema econômico, metem mais e mais a mão no bolso do contribuinte acelerando o processo de inflação.

É tudo feio, bizarro, confunde o senso comum que fica com a impressão de uma grande obra de péssimo gosto sendo elaborada, se Victor Hugo disse que o belo salvaria o mundo, podemos dizer que o feio destrói parte da alma política brasileira, mas não a do bom cidadão.

 

A bolha brasileira das “casas Bahia”

18 nov

As casas Bahia são conhecidas por ser a loja de eletrodomésticos mais BolhaBahiaprocurada pelas classes C e D, e junto com o Ponto Frio representam grande boa destas vendas no Brasil, hoje além da redução das vendas também contabiliza um grande número de inadimplentes, e estas empresas anunciaram a redução de seu número de lojas.

O governo e setores de apoio pedem otimismo, mas os números contestam isto, há uma clara recessão que ameaça ser mais profunda ainda se o governo se mantiver imobilizado.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), foi um índice criado poelo governo e calculado pelo Banco Central para tentar fazer uma “prévia” do PIB, e o calculo para o terceiro trimestre do ano é de queda 1,41% o, em comparação com os três meses anteriores.

O cálculo é inferior a queda de mais de 2,0 no trimestre anterior, mas é preciso que saiba que o calculo é feito após ajuste sazonal (desconto das variações típicas de cada época do ano), e o terceiro semestre é sempre mais aquecido pelas vendas de natal, parece que este ano não.

A bolha americana foi a dos imóveis, um grande número de pessoas saiu comprando casas médias e de luxo num sistema de hipotecas, mas o calote grande criou uma bolha que botou a economia americana numa forte crise.

No Brasil esta bolha parece estar se deslocando para as compras de eletrodomésticos e carros, pessoas estão endividadas e não conseguem saldar seus compromissos, estimuladas que foram por crédito fácil, quem não se lembra do “gastem, gastem mesmo” de certo governo.

Os números do serviço de proteção ao crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Lojistas dão contam que já são 55,3 milhões de pessoas inadimplentes, é quase metade dos consumidores, o que é evidentemente uma “bolha” que vai ter efeito na economia.

Ser otimista numa realidade destas é uma inconsequência ainda maior, é hora de economizar.