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Arquivo para a ‘Linguagens’ Categoria

Ambivalência e o mal

14 jul

Um conceito muito desenvolvido em nossos dias, de modernidadeMalo tardia, é a ideia de ambivalência, versão moderna do maniqueísmo, e a ideia que estamos sempre entre dois polos, já falamos aqui das dicotomias infernais (objetivo X subjetivo; natureza X cultura) e agora bemXmal.

Creio, concordando com Agostinho de Hipona, que o mal é ausência de bem, e com o profundo livro de Paul Ricoeur A simbólica do mal, que é o segundo volume da obra Finitude e Culpabilidade, escrita em 1960 é fundadora o pensamento deste contemporâneo filósofo. Como toda filosofia parte de questões e não de resposta, o que o filósofo deseja responder, pode ser lido no prefácio do livro “De princípio do sentido, a consciência soberana, raiz da ciência e da plena autonomia do humano, converte-se doravante em problema a esclarecer já que a experiência da vontade má traz justamente a lume a sua opacidade e coloca ainda a pergunta sobre o significado do gênero humano”.

Será ele sapiens ou demens? Estará condenado ao trágico ou à salvação? Será dado à partida, ou surge primeiro perdido e disseminado, precisando de se apropriar?” são questões atuais no fim de uma época. É preciso em primeiro lugar entender, conforme afirma Alain Thiomasset (1995, p. 35), as obras de Ricoeur deve ser lidas “como diálogos com pensadores que ele cruza sobre seus caminhos”, e não como divagações metafísicas ou pressupostos filosóficos ou teológicos.

Assim como bom fenomenólogo, reconhece a importância da “coisa em si mesmo”, mas ele ve que ficou em faltando um mergulho de Husserl na intencionalidade, o epoché grego capaz de lançar a consciência para fora de si própria, diríamos um além da coisa em si pela intenção. Levando isto a fundo isto a fundo Ricoeur penetra no que considera ainda idealismo, que para além da crítica do idealismo husserliano, a fenomenologia permanece o inultrapassável pressuposto hermenêutico a ponto de não poder mais se constituir sem ela (cf. Ricoeur, 1989, pag. 64). Por isto o uso de Schleiermacher, pai da hermenêutica moderna, que viu a necessidade de uma hermenêutica que seja usada num âmbito mais geral, que corresponde hoje a uma ciência da compreensão (Cf. Ricoeur, 1869, pag. 86).

Assim o mundo, sem a polarização sujeito-objeto jamais se daria a compreensão no pensar da filosofia idealista, mas agora o mundo como processo hermenêutico (de busca da verdade), é o campo a partir do qual o ser acede à linguagem, entendendo-se por este acesso a possibilidade ontológica que as coisas fornecem ao homem, portanto longe da dicotomia idealista.

De modo análogo a Agostinho de Hipona, que diz que afirma que o mal é ausência do bem, Ricoeur atualiza isto na ontológica moderna: “O mal é o que não deveria ser, mas do qual não podemos dizer porque é que é. É o Não dever-ser” (Ricoeur, 1988, p. 62).

Ricoeur, P. O mal um desafio à filosofia e à teologia, SP: Papirus, 1998. Ricoeur, P. Finitud y Culpabilidad: el Hombre Labil y la Simbólica del Mal. Madrid: Taurus Ediciones, 1982.

 

Entre as técnicas e o humanismo

10 abr

Seria a técnica uma espécie de condição humana ou estaria ela separada do homem ? Heidegger e Sloterdijk abraçaram estaParqueHumano questão pirmeiro entendendo que a modernidade já cumpriu uma de suas promessas, abrindo novas possibilidades do estar-no-mundo (uma das traduções possíveis do dasein),mas passados milhares de anos o homem conseguiu uma promessa: distinguir-se radicalmente deste mundo, não como um sujeito autônomo e longe de suas circunstâncias mundanas, mas como ser junto a outros seres, animados ou só coisas.

O homem também conquistou aquilo que sonhavam os realistas não mais como tendo uma interioridade elevada que pudesse servir como abrigo, fugidio deste mundo, onde ele poderia eventualmente escolher aquilo que desejasse ser, ultrapassando o ser animal, o zoé.

Mas se Heidegger parou nas suas reflexões sobre a modernidade técnica, uma das diversas liquidez de Bauman, que lançaria o homem a beira do abismo aberto pelo desocultamento técnico desenfreado, Sloterdijk tenta alcançar o outro lado, sem medo de ver a técnica como feita para “melhorar o homem” de suas condições imunológicas.

Assim surge o seu antropotécnico, ou ainda o complemento deste que seria o onto-antropotécnico, não de seres ciborgues e do técnico avançando sobre a privacidade e o olho-no-olho de humanos, utilizando para isto um conceito de “espuma” ., o que quer dizer que a “sociedade” não pode mais ser entendida “de fora”, seguindo assim uma conceituação hierárquica e geral, mas vista “de dentro” como um conjunto de subculturas, comunidades e redes, formando um conjunto de unidades isoladas, mas conectadas midiaticamente, o que significa técnica desde sempre.

E se ela precisa ser interpretada “de dentro” como conjunto de subculturas, comunidades e redes, um conjunto de unidades isoladas, elas já não podem ser pensadas fora do que é a técnica desde o início, envolta de humanidade e “de dentro” da questão atual, numa linguagem menos filosófica próxima dos jovens: não há um mundo B.

É pela noção heideggeriana de linguagem como casa do ser que o homem pode passar a existir por ser a linguagem (a fala, em Ser e tempo) guardadora da verdade do ser. O processo de cuidado do homem com sua formação (Bildung) na saída em direção à clareira gera, em Sloterdijk, uma antropotécnica, a qual constitui uma onto-antropologia, ou se preferirmos, uma antropotécnica, no sentido antrópico.

O jovem filósofo argentino Fabian Ludueña, aproxima a visão antropotécnica da biopolítica e também da condição humana de Hannah Arendt, define ele: “técnicas mediante as quais as comunidades da espécie humana e os indivíduos que a compõem atuam sobre sua própria natureza com o fim de guiar, expandir, modificar ou domesticar seu substrato biológico com vistas à produção daquilo que, primeiro, a filosofia e logo as ciências biológicas e humanas costumam denominar ‘homem’ ”.

Ludueña, Fabian.  O (des)governo biopolítico da vida humana, XI Simpósio Internacional IHU, 2010.

Sloterdijk, P. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

 

Inteligência múltipla: filosofia e virtual

09 mar

A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner, InteligenciaMultiplapor volta da década de 1980.

Ele é uma alternativa a ideia de capacidade inata, nascida da filosofia idealista e que perpassa a maioria das correntes psicológicas de hoje, contesta a ideia de QI (Quociente de Inteligencia) e também aquelas ideias que focalizam tudo nas habilidades escolares.

Introduz o conceito que diferentes profissionais devem ter diversas culturas, um repertório de habilidades humanas para ajuda-los em soluções, culturalmente apropriadas, para resolver seus problemas pessoais, familiares e sociais.

Gardner trabalhou no sentido inverso a ideia de desenvolvimento, pensando mais em que habilidades deram origem a realizações humanas, e afirmou que:

“a) o desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e crianças superdotadas; (b) adultos com lesões cerebrais e como estas não perdem a intensidade de sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidades sejam sequer atingidas; (c ) populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, e como os primeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo bastante incapazes nas demais funções cerebrais, enquanto as crianças autistas apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais; (d) como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios” (Gardner, 1985).

Idiot-savants ou savantismo (do francês savant, “sábio”) é considerado um distúrbio psíquico no qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência.

A Inteligência  linguística são os componentes da sensibilidade para sons, ritmos e significados das palavras, já a inteligência musical embora associada a primeira manifesta a habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical,  a lógico-matemática é a sensibilidade aos padrões, ordem e sistematização, a espacial a capacidade de perceber o mundo visual ou espacial, quebra-cabeças e jogos que necessitam de habilidades visuais, a cinestésica é a capacidade de criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo é como se pode produzir graça e expressões a partir de estímulos verbais ou musicais usando alguma músculo coordenado ou habilidade atlética, a interpessoal habilidade para entender e responder adequadamente a humores, temperamentos e motivações de outras pessoas e finalmente, e finalmente a intrapessoal é a inteligência que organiza os próprios sentimentos, sonhos e ideias e pode lançar mão deste recurso para solução de problemas pessoais ou sociais.

O mundo virtual está relacionado a todas elas e não apenas a intrapessoal como pode-se pensar e este estudo não vale apenas para autista e pessoas superdotadas, mas para todos.

Gardner, H. Frames of mind. New York, Basic Books Inc., 1985.

 

Venceu a crítica no Oscar 2015

23 fev

LegoOscar“Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)” e “Boyhood: Da infância à juventude” eram os mais bem cotados para o prêmio principal, de melhor filme e levou mais três prêmios. Os sinais eram divididos em “Birdman” que ficou com os prêmios de sindicatos e “Boyhood” que levou o Bafta. Corriam por fora “Jogo da imitação” e “Sniper americano”, filmes que tiveram melhores bilheterias, mas nem tantos elogios da crítica.

Birdman levou melhor filme e melhor diretor, para o mexicano Alejandro González Iñárritu,

O outro vencedor foi “O grande hotel Budapeste”, que levou também quatro estatuetas, mas em categorias técnicas: melhor figurino, melhor cabelo e maquiagem, melhor design de produção e melhor trilha sonora.

Já “Boyhood: Da infância à juventude” acabou sendo o grande derrotado do 87º Oscar. Indicado em seis categorias, ficou apenas com a categoria de melhor atriz coadjuvante.

O documentário “O sal da terra” dirigido pelo reconhecido diretor alemão Win Wnders e pelo brasileiro Juliano Salgado, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado pai de Juliana, foi indicado para Oscar 2015, mas o vencedor foi CitizenFour”, sobre o vazamento de segredos dos EUA por Edward Snowden.

Esnobado em melhor animação, o diretor Phil Lord resolveu “construir” uma estatueta de lego do Oscar (foto), o filme concorreu apenas à estatueta de melhor canção original e não levou, que ficou para “Glory” do filme Selma.

 

Seis lições de sabedoria a partir da tecnologia

20 jan

TerraInternaNovas tecnologias (ou projetos) exigem nova maneira de pensar

O projeto Bloodhound SSC deverá ser o primeiro veículo terrestre a quebrar a barreira das 1.000 milhas por hora (1.609 km/h), seu maior problema foi reinventar as rodas, não é o invento mais antigo, mas como projetar as rodas mais rápidas do mundo, capazes de se manterem estáveis e seguras a uma velocidade supersônica e ainda com recursos financeiros limitados?

Segundo a BBC tecnologia, o engenheiro Mark Chapman, “após bater a cabeça por quatro meses”, entendeu que deveria usar as novas tecnologias de “maneira nova”, afirmou ele: “O que é inédito é a maneira como aplicamos as tecnologias”.

Formar a opinião a partir das provas e não das próprias ideias

O geofísico Steven Jacobsen, da Northwestern University, nos Estados Unidos, entre muitos outros geofísicos acreditavam que a água da Terra se originou em cometas.

Mas ao estudar profundamente as rochas, como forma que os cientistas usam para analisar a passagem do tempo, ele descobriu água dentro da ringwoodita, em resultados de janeiro de 2014 um mineral encontrado no manto terrestre, então entendeu que a água está dentro dos planetas.

É necessário mais transpiração que inspiração

Sim é preciso trabalhar duro isto entendeu a neurocientista Sheila Nirenberg, da Cornell University, em Nova York, que queria desenvolver uma nova prótese para curas auxiliares aos cegos, e pensava apenas nos orgãos e não na informação e o código delas no cérebro.

Então achou um elemento fundamental quando decifrou o projeto para decifrar o código que transmite informações entre os olhos e o cérebro, revela a neurocientista: “Quando me dei conta disso, não conseguia comer, não conseguia dormir. Tudo o que eu queria era trabalhar”, a transmissão da informação era importante mais que os mecanismos.

Amanhã continuamos, mas é preciso “não ter respostas prontas”, “contar com o acaso” que alguns chamam de conspiração do universo ou de Vontade de Deus, e por último, sabedoria é algo indefinível por isto, mesmo estas seis lições são questionáveis.

 

Peter Sloterdijk e o imperativo absoluto

09 jan

PeterSloterdijkQuando alguns resmungam sobre o individualismo, o consumismo e outros ismos, na maioria das vezes desconheceram que é esta a filosofia ocidental, e nela também é baseada a nossa ética (leia o post sobre Martha Nussbaum) e há exemplos no dia a dia: dê o seu testemunho, faça a sua parte, são formas de individualismo muitas vezes disfarçadas em formas de grupos ou comunidades.

O que deveríamos fazer é buscar ações coletivas em conjunto com a humanidade, diria em rede.

Peter Sloterdijk chama a atenção para o imperativo categórico, criado pelo filósofo Emmanuel Kant no início da modernidade, esclarece Sloterdijk: “Kant queria reconciliar o egoísmo dos interesses privados e as exigências do bem comum, ao mesmo tempo possibilitando a coexistência de todas as criaturas racionais no contexto jurídico da sociedade burguesa” (pg. 53), no pequeno opúsculo “O mundo não tem mais tempo a perder” da editora Civilização Brasileira, em 2014.

Esse opúsculo, publicado na França em 2012 com o “Le monde n´s plus de temps à perdre” coordenado por Sacha Goldman, escrevem artigos Michel Rocard, Mireille Delmas-Marty, René Passet, Edgar Morin, Michael W. Doyle, Stéphane Hessel, Bernard Miyet além de Sloterdijk, que como diz o título, diz da urgência de uma governança mundial.

Sloterdijik conhecido pela polêmica com Heidegger em seu “Regras para o parque humano”, escreve sobre neste opúsculo, que o imperativo absoluto é de eliminar entre os homens “as situações nas quais ele fosse uma criatura pobre, miserável, desprezível, abandonada”.

Lembra o filósofo Hans Jonas, vendo a crise ecológica, que atualizou o imperativo categórico orientando-o para o futuro e a política de relação com a natureza, mas ele lembra dois fenômenos recentes: “um técnico e outro político, vieram transformar profundamente o seu alcance” (pag. 64), “o primeiro de natureza imaterial, “estamos saindo do neolítico”, e o, segundo de natureza política, “iniciado na década de 1980, não é outro senão a liberação dos movimentos de capitais no mundo, a qual, permitindo a concentração para além das fronteiras nacionais, leva à formação de um poder financeira planetário superior ao dos Estados” (pag. 66).

O que todos autores deste opúsculo pedem, é uma “governança mundial solidária e responsável”, vale a pena ler.

GOLDMAN, Sacha  (coord). O Mundo não tem mais tempo a perder – Apelo por uma governança solidária e responsável, São Paulo: Civilização Brasileira, 2014.

 

Linguística Computacional

03 dez

Na linha evolutiva de agentes inteligentes, que promete ser a próxima grande onda da Web, está a nascente linguística cLinguaNaturalomputacional (CL), quem esclarece que campo novo é este, é a professor Shalom Lappin, professor de linguística Computacional no King College of London.

Segundo reportagem do The Guardian, o professor afirma que é possível escrever modelos de software que analise automaticamente certos aspectos de uma língua e com isto criar e desenvolver modelos para trabalhar com as línguas naturais.l

No aspecto de engenharia, CL concentra-se em processamento de linguagem natural, com objetivo de desenvolver sistemas que facilitem a interação humano-computador, e para automatizar uma série de tarefas linguísticas práticas, como a tradução automática, sumarização texto, reconhecimento de fala e de geração de textos, extração e recuperação da informação e análise de sentimento contido em um texto.

Ao examinar o aspecto científico da CL, os pesquisadores buscam modelar línguas naturais como sistemas combinatórios formais, em um esforço para identificar os procedimentos através dos quais os seres humanos podem aprender e para representar esses sistemas.

O King College of London realizou o Festival de Línguas Naturais, para celebrar a diversidade de línguas, onde foram apresentados os desenvolvimento feitos pelo prof. Lappin.

 

Cinema: o que vem de novo

02 dez

O filme Adeus a linguagem de Jean-Luc Godard,  já é bastante comentado, o prestigioso Cahiers du Cinemá e a revista inglesaMinions Sight & Sound o colocam segundo lugar da lista dos preferidos  e outro que aparece muito cotado é Sob a Pele, de Jonathan Glazer, em terceiro lugar nas 2 listas.

Adeus a linguagem conta o relacionamento de um marido e sua mulher, marcado pela falta de comunicação, pela razão que os dois não falam a mesma língua. Então o cachorro deles resolve intervir na relação e conversar. O elenco conta com Héloise Godet, Zoe Bruneau, Kamel Abdelli, Richard Chevalier e Jessica Erickson e terá versão em 3D.

Sob a Pele, conta a história de um alienígena (Scarlett Johansson) desembarca na Terra e vai percorrer estradas desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas usando como arma sua sexualidade voraz, pode parecer um clichê mas o que acontece ao longo do processo é a descoberta de uma humanização da alienígena, num diálogo interessante sobre a sexualidade.

Precedidos por Meu Malvado Favorito 1 e 2, os Minions, seres amarelos e unicelulares ganham agora um filme só para eles, sua missão servir os malfeitores do planeta vão a uma convenção de vilões e lá encontram Scarlet Overkill (Sandra Bullock), que ambiciona ser a primeira mulher a dominar o mundo, mas a estreia é só para junho.

Jurassic World – o mundo dos dinossauros e Star Wars – o despertar da força, prometem estreias já antes do Natal, também O Hobbit – a Batalha dos cinco exércitos também deve estrear já em dezembro, bom mesmo só para os jovens, fico na espera.

 

Mais um brasileiro campeão

13 ago

È um jovem de 35 anos, carioca, que ontem foi anunciado como ganhador da prestigiada MedalhaAvila Fields, considera o prêmio Nobel da matemática, chama-se Atur Avila, e a láurea máxima da União Internacional de Matemática (IMU, em inglês) foi anunciada ontem no Congreso Internacional de matemáticos, nesta terça-feira, quarta da manhã em Seul, capital da Coréia do Sul, parabéns muitos brasileiros se orgulham de vocês.

 

A medalha é dada a cada 4 anos para dois ou no máximo quatro profissionais com menos de 40 anos e cujos trabalhos são julgados por um comitê secreto, que avaliam aqueles trabalhos que são considerados os maiores avanços para a matemática, junto ao brasileiro, recebem o prêmio este ano o canadense Manjul Bhargava, o austríaco Martin Haier e a iraniana Maryam Mirzachani.

 

Ele foi aluno de duas escolas tradicionais do Rio os colégios Santo Agostinho e São Bento, e já teve outras medalhas desde os 13 anos, quando a Olimpíada Brasileira de Matemática, uma competição antiga e tradicional no país, mas que tem pouco destaque.

 

Avila mais duas vezes outras edições destaa olimpíada e fez seu doutorado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) com apenas 21 anos.

 

Hoje trabalha tanto no Impa, onde é pesquisador e também é diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, em Paris.

 

Veja a física do século 20

21 mai

QuanticaAinda há que use a lei da ação e reação, o espaço e o tempo absolutos e a pior de todas as ideias que é a neutralidade científica, que esta independeria do observador e então do ser.

 

No início do século 20 foi criada a Física Quântica: Heisenberg, Einstein, Planck e Bohr entre outros trabalharam no modelo de partículas subatômicas, e um dos estranhos efeitos é que partículas podem se comportar como ondas (não matérias apenas) e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo.

 

Em 1927 o alemão Werner Heisenberg propôs o princípio da incerteza, resultado do fato que ao medir interferimos na medição (portanto é impossível a neutralidade) e sendo as medições probabilísticas no mundo quântico, isto dificulta a medição do estado de uma partícula.

 

Um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica, no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma se move, a outra se move na mesma direção. Einstein chamou isto de “assombrosa ação a distancia” (ou EPR – Einstein, Poldoski e Rosen), com este tipo de “emaranhamento” são feitos experimentos para criar computadores “quânticos” que serão supervelozes.

 

Para compatibilizar estes efeitos foi feito a Teoria das Cordas, criada para conciliar a física quântica e a teoria da relatividade geral,  ela sugere que partículas não são pequenos pontos, mas alguma coisa parecida a dobras em objetos unidimensionais, por isto são similares a cordas, capaz de unir todos os conceitos físicos (fóton, elétron, magnetismo e gravidade) e explicar o universo.