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Museu mais antigo de fotografia compartilha na Web
Um dos descobridores da fotografia foi Louis Daguerre (1787-1851), por isto as primeiras fotografias eram feitas por daguerreotipistas como Jean Baptiste Sabatier-Blot que em 1844 fez a foto do próprio Louis Daguerre e a foto se encontra agora disponibilizada na Web, mas pertence ao Museu mais antigo de fotografia George Eastman House, em New Jersey, EUA.
A adesão da Eastman House à ferramenta do Google Art Project, disponibilizou 50 fotografias que também inclui outros fotógrafos pioneiros, tais como: Fox Talbot, Mathew Brady, Eadweard Muybridge, William Henry Jackson, Eugene Atget e Alfred Stieglitz.
O projeto usa uma ferramenta de zoom que “permite aos usuários a habilidade para descobrir detalhes nunca antes vistos”, informou a Eastman House, . que disponibiliza também todas as informações conhecidas sobre cada imagem além de localização de onde a foto foi tirada, o que auxilia trabalhos didáticos e de pesquisas via Web.
Antropologia, o Natal e as tecnologias
Antropologia como discute questões da natureza humana, sempre esteve ligado a parte criativa, religiosa ou “mágica” do homem, a publicação, de “As formas elementares da vida religiosa” (1912) por Durkheim, que discute o evolucionismo, antes ainda o Esboço de uma teoria geral da magia (1903) de Marcel Mauss e Henri Hubert, em 1903, que criam o conceito de mana (nome polinésio para troca), mais tarde nasce a Antropologia estrutural de Levy-Strauss.
Mas Martin Buber, na sua obra Quem é o Homem?, como antropólogos fenomenológicos e existenciais, afirmou que tão importante quando a resposta de quem é o homem ? é a pergunta: O que é que o homem pode ? daí a tecnologia surge como importante para novas possibilidades.
As grandes mudanças por que passava a antiguidade clássica, as escolas gregas já haviam se consumado, aristotélicos e platônicos agora eram estudados por estóicos e neoplatônicos, o início promissor da escrita e as dificuldades romanas de manter a dominação, entre elas a Judeia, onde despontavam inúmeros líderes, muitos “messias” este era o quadro sociocultural no qual nasceria um homem importante para a cultura ocidental.
Usou a cultura de comunicação que ainda era a de seu tempo, a tradição oral, mas seria o único fundador de uma nova mensagem “escrita”, poderíamos dizer o antecessor das revistas e jornal, mas que só seus discípulos escreveriam o “primeiro livro”, o “Biblos” ou Bíblia, mas como uma “Boa notícia”, ou “Boa Nova”, tradução da palavra Evangelho.
Esta versão tinha também uma nova tecnologia, além da palavra escrita, e ser uma extensão do Torah, as leis judaicas das quais era herdeiro.
Seus discípulos escreverão o “Evangelho” e a colocarão no formato do Códex (formato retangular, com algum tipo de costura prendendo as páginas), que no final da idade média será perpetuado no formato impresso, não por acaso, foi a Bíblia foi o primeiro “livro” nesta tecnologia.
Como afirma McLuhan “o meio é a mensagem”, ou seja, uma forma nova exige uma nova forma de comunicação e a tecnologia sempre acompanhou o homem.
Encontrado filme a cores de 1901
Embora o cinema a cores tenha despontado para o mundo na década de 1950, havia uma película de “Kinemacolor” de 1909, que seria a primeira com cores, conforme publicação no The Guardian.
Agora o National Media Museum, em Bradford na Inglaterra, revelou que foram encontradas, entre as relíquias do próprio museu, um filme produzido em 1901 que seria o primeiro a cores.
Segundo este museu foi em 1894 que o público britânico teria visto pela primeira vez, imagens em movimento, mas foi em 1899 que surgiram os filmes animados, mas dois anos após Edward Turner, um fotógrafo, e Frederick Marshall Lee, seu financiador, patentearam um primeiro processo de imagens coloridas e em movimento no país.
Esta patente, segundo a qual foi feito um filme de 1901, fotografava quadros sucessivos em preto e branco e passava-os por filtros de luz: azul, verde e vermelho, produzindo um efeito colorido na tela na medida que estes filtros giravam sobre os filtros.
Claro que para isto, além de o rolo do filme especial, precisavam também utilizar um projetor que podia combinar as fotografias, este processo seria o primeiro a produzir cores em filmes animados, os especialistas produziram um vídeo explicando isto.
Reflorescimeno de Alexandria e as Bibliotecas
Mais que uma primavera, o mundo árabe vive um reflorescimento e parece que a cultura e as bibliotecas terão um papel especial.
Conta-se que certa vez Ptolomeu I tomou de empréstimo aos atenienses alguns exmplares de Sófocles, Eurípides e Ésquilo, deixando-lhes como fiança 15 talentos de prata.
A partir daí milhares de rolos se acumularam rapidamente e depois foram distribuídos em gavetas instaladas no interior de armários murais, classificados por disciplinas (textos literários, filósofos, científicos e técnicos) e depois por autor. Ali estavam a obra inteira de Homero, 20 versões de Odisséia, os textos de Sófocles, de Eurípides, de Anaximandro, A esfera e o movimento de Autólico de Pitan, os Elementos de Hipócrates de Quios, toda a biblioteca de Aristótoteles, etc.
Ptolomeu, discípulo de Aristóteles, Alexandre cultivou o sonho de construir um império universal fundado na cultura grega, foi seu tutor Aristóteles quem le colocou o desejo do saber.
A Grande Biblioteca, fundada em 288 a.C. foi projetada pensando em reunir “todo o saber” e para alcançar a meta de 500 mil rolos de papiro, os “caçadores de livros” usaram até a força.
Ali foi educada Cleópatra, ela governou a cidade no séc. V a.C num novo ciclo de florescimento.
Parte da grande biblioteca perdeu-se ou em um incêndio está Júlio Cesar de 48 a.C. ou o califa Omar em 642 d.C., quando tomada pelos árabes diz a lenda que o califa autorizou o general Amru Ibn Al a usar os papiros para aquecer as termas da cidade.
Também Alexandria foi importante por um Farol famoso para embarcações até um grande maremoto de 1303 que arrasou a cidade e destruiu o farol, e até este período era um nó importante de uma rede densa de trocas que unia Alexandria a todo o Mediterrâneo.
Com o terremoto muito da cultura antiga foi para debaixo d’água, como o Farol e muitas outras obras. Agora com o trabalho de arqueólogo e bibliotecários isto renasce.
A partir de 2002 com a inauguração de uma nova biblioteca futurista na qual está sendo construído um Museu de Arqueologia Submarina que deverá ficar pronto em 2013 (veja no site arqueologia digital).
O complexo ocupara uma área de 22 mil m2, construída a 7 metros de profundidade. Foi concebida pelo arquiteto francês Jacques Rougerie e pode ser ícone da nova primavera árabe que nasce com um fluxo calculado de 3 milhões de visitantes, segundo algumas estatísticas atuais.
A comunicação entre pessoas e objetos: pancomunicação
Deu no New York Times, uma amostra no Museu de Arte Moderna de New York (MoMA), organizada pela curadora sênior, Paola Antonelli e pela assistente curatorial Kate Carmody foi chamada de “pancommunication” onde tudo é transmitido a todos incluindo conteúdos e significados em várias combinações possíveis, como disse Antonelli ao NYT: “E, como anunciado, é um conjunto de variações de interatividades. Seus quase 200 projetos incluem não apenas jogos de vídeo que são populares, robôs ou objetos que conversam, mas também algumas interfaces surpreendemente sedutores, gráficos e Sistemas de Informação” garantiu a curadora.
Espalhadas a partir do terceiros andar em galerias de exposições especiais, foram equipadas com divisórias modulares de uma cor laranja bem alegre, onde você pode jogar com um amigo o game multiplayer “Tentacles”, um dispositivo chamado BakerTweet avisa em um letreiro eletrônico a chegada de croissants no café do Museu, também código especiais chamado QR que é uma versão atualizada dos códigos de barras são lidos por câmeras equipadas e interagem avisando atividades próximas ao visitante (há uma uma obra do artista alemão Bernard Hopfengärtner).
Uma das instalações chama-se “Talk to Me”, onde o visitante é convidado a falar com marina Abramovic ou falar num microfone com Yoko Ono.
Também pode-se digitalizar rótulos em sapatos robóticos, estilo Adi Maron, um calçado com tamanho e altura ajustáveis, contendo um link que permite ler, interagir e inserir comentário num Twitter (as pessoas que não tem celulares que permitam a interação podem acessar o conteúdo num excelente MoMA site para assistir uma demonstração).
Há coisas com aplicações práticas e que podem modificar ações da vida de muitas pessoas, como o projeto EyeWriter inspirado em artistas de graffiti que transforma movimentos oculares em desenhos, ou um tapete de oração muçulmana (feito por Soner Zenc) que acende quando você aponta na direção de Meca (o muçulmano deve orar em posição apontando para Meca).
E o show é certamente um empreendimento corajoso para um departamento de design que ainda está fortemente associada com o século modernismo do seculo 20. É um grande passo de uma cadeira de Corbusier para um iPhone , ou como a Sra. Antonelli coloca: “a partir da centralidade da função para a de significado.”
Tecnologia 3D substitui fogos em Santiago de Compostela
Apesar da crise financeira e das preocupações políticas que o governo da Espanha está imerso, foi feito um show 3D na Praça do Obradoiro em Santiago de Compostela, famosa pelo caminho místico de Santiago, e região de muitas peregrinações.
Ao contrário do que normalmente se faz, desta vez foi dispensada a queima tradicional de fogo na frente da catedral de Santiago de Compostela e os organizadores optaram por uma instalação multimídia 3D que proporcionou ao publico público uma viagem pela história da templo. O show 3D custou quase 400 mil euros.
Pela primeira vez na história os fogos foram substituídos por uma tecnologia tridimensional aplicada em projeção à catedral e momentos de entorno numa técnica denominada “mapping”, que permitiu ter a percepção de movimento de realismo e sensação de volume.
O território que atualmente está a catedral foi um povoado romano, que tem o nome romano de Asseconia,e existiu entre a segunda metade do século I e o século V, entre os anos 820 e 835 foram descobertos os restos mortais que acredita-se serem do apóstolo São Tiago Maior, que andou pela região pregando o Evangelho, de onde se tem a origem também do “caminho de Santiago”.
O show foi acompanhado ao vivo por milhares de pessoas no dia de ontem e abriu o dia 25 de julho, que marca o Dia da Galiza, região da qual Santiago de Compostella é capital.
Para os milhares de pessoas viram a cobertura do show ao vivo na Obradoiro junto a milhares de pessoas, tiveram uma vista privilegiada da fachada da catedral, e também do encosta Pedroso, um monumento ao lado.
No ano 1075 deu-se o início da construção da catedral de Santiago refletindo, o que refletiu de imediato um aumento da peregrinação à Compostela, definindo-a como um lugar de referência religiosa para cristãos da Europa.
Mas os fogos de artifício não foram totalmente abandonados, preparado para esta noite vai ser repetido em menor escala, por cerca de 15 minutos nesta segunda de manhã, entre os dias 25 até o sábado 30 de Julho, às 23:30 horas, na mesma praça Obradoiro.