Arquivo para dezembro 14th, 2011
Sinais da partícula de Higgs
O mundo aguardava ancioso a notícia sobre a existência de uma partícula, que “transmitiria” massa a outras partículas, a chamada partícula de Higgs ou partícula de Deus pesquisada no LHC (acelerador de partículas), em dois experimentos separados: o Atlas e o CMS, que deram os resultados sobre a existência ontem.
Desde o famoso E = Mc2, os cientistas passaram a medir a massa em energia de elétron-volt (ev), e a partícula procurada depois de muitas “colisões ” no LHC onde foram encontrados os quarks (pesados) e os léptons (leves), mas existem os bósons que são “transmissores” de força e varrendo o espectro de eletron volts, foram encontrados seis tipos de quarks, seis tipos de léptons e 4 tipos de bósons, encontrados entre acima de 170 GeV (giga eletron volt) e abaixo de 114 GeV, o LHC já vasculhou o espectro entre 141 e 500 GeV, faltava agora entre 114 e 141 GeV onde esperavam encontrar a partícula de Deus.
Alguns grandes avançados na física de partículas vieram na década de 1970 quando os físicos começaram a notar que haviam laços muito estreitos entre duas das quatro forças fundamentais da natureza: a força fraca e a força eletromagnética. Estas duas forças podendo ser descritas dentro de uma mesma teoria, constituíram a base do Modelo Padrão. Este “unificação” significa que a eletricidade, o magnetismo, a luz e alguns tipos de radioatividade seriam todas manifestações de uma única força subjacente chamada de força eletrofraca. Mas para que esta unificação fosse possível de ser trabalhada matematicamente, era necessário que as partículas portadoras de força não tivessem massa.
Sabia-se por experiências que isto não podia ser verdade, foi poristo que os físicos Peter Higgs, Robert e François Englert Brout surgiram com uma solução para resolver este enigma, estas partículas surgiriam apenas no momento inicial de criação do universo e seriam parte de toda matéria que conhecemos, assim ficou chamada de partícula de Deus (do instante inicial) ou de Higgs, seu propositor. Elas então surgiriam em todas as partículas não tinham massa logo após o Big Bang, a criação do universo. À medida que o Universo esfriou e que a temperatura caiu abaixo de um valor crítico, um campo de força invisível chamado de “campo de Higgs” foi formada em conjunto com os associados “bóson de Higgs”. O campo prevalece em todo o cosmos: todas as partículas que interagem com ele são dadas através de uma massa do bóson de Higgs. Quanto mais elas interagem, o mais pesado que se tornam, ao passo que as partículas que interagem nunca são deixadas sem massa em tudo.
O problema é que ninguem jamais havia observado esta partícula, mas no dia de ontem num seminário do CERN, os cientistas do LHC disseram ter encontrado “evidências” da existência da partícula de Higgs perto de 125 GeV, conforme o especulado, os físicos têm agora visto dicas da existência bóson de Higgs, embora estatísticamente ainda não hajam dados suficientes para reivindicar uma descoberta definitiva. Podem ser lidos os relatórios de Fabíola Gionotti do Atlas e a apresentação de Guido Tonneli do CMS, também um pdf em português (e outras linguas) pode ser lido.
A ciência comemora, na filosofia o monismo, teoria segundo a qual há uma substância inicial que deu origem a tudo, se revigora e o dualismo científico e filosófico fica contra uma evidência da natureza.
Na física o chamado “Modelo Padrão” está perto de sua consolidação definitiva.