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Arquivo para janeiro, 2012

VP8 e padrão H.264 se estranham

31 jan

Conforme nosso post, em maio do ano passado em maio foi lançado um codec (codificador e decodificar para diversos sistemas de vídeo e sinais) pelo Google que modificou todo o mercado de vídeo e a Web e principalmente o projeto intitulado Open Media Web, ou apenas na sigla Web-M, que significa vídeos abertos na Web (alguns fecham e outros abrem).

Explicamos ali que os codecs são sistemas essenciais para codificação e decodificação, que devido ao tamanho dos arquivos muitas vezes também fazem compressão, de imagens e sons na natureza ao traduzi-los para código binário (codificação) e na recepção do código binário (decodificação) para o sistema físico que o homem possa percebê-los.

VP8 e H.264 são codecs, tecnologias de compressão de vídeo para dar mais espaço de armazenamento compacto ou para uma transmissão mais eficiente através de uma rede. But the two come from very different backgrounds. Mas os dois vêm de origens muito diferentes e enquanto um é formato prático o outro é uma proposta de padrão.

Neste início de ano a briga esquentou para o grupo em prol das patentes MPEG afirmou que o VP8 viola patentes de 12 organizações, conforme notícia no CNet News.  

Um ano e meio desde VP8 foi lançado pela primeira vez, o codec não havia provocada até o momento qualquer litígio direto, mas a formação de um novo pool de patentes MPEG pode minar a aspiração da Google e da Web livre que os vídeos sejam totalmente royalty-free, quer dizer livre de pagamentos de royalties.

Mas a qualidade e desempenho em melhorias do VP8 são necessários para atrair aliados e para ganhar a competição, aí entram os trabalhadores do opensource. The outcome of that competition will be important to everyone from browser makers and Web developers to makers of mobile phones and cameras.

O resultado de que a competição será importante para todos, desde os fabricantes de browsers, desenvolvedores de Web até os fabricantes de telefones celulares e câmeras.

 

ACTA nova ameaça a liberdade na Web

30 jan

Com a entrada da EU (União Européia) além de Austrália, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Marrocos, Nova Zelândia, Cingapura e os EUA, que já faziam parte de um acordo internacional de censura a Web, agora: Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Látvia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, República Checa, Romênia, Slovênia, Espanha e Suécia passaram a fazer parte do acordo denominado ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement), pode ser o início de um confronto com a liberdade da Web .

Apenas cinco membros da EU, ainda não aderiram: Alemanha, Chipre, Eslováquia, Estônia e Holanda, mas a expectativa é que sigam o acordo.

Segundo o site Mushable, o deputado republicano Darrell Issa, afirmou que o ACTA é mais perigoso que a SOPA (projeto retirado de pauta nos EUA), declarando: “Como membro do Congresso, afirmo que é mais perigoso que o SOPA, porque eu não vou poder votar nisso. Defensores alegam que o ACTA não muda leis existentes, mas, quando implementado, esse acordo cria todo um novo sistema de fiscalização e execução que será praticamente impossível de ser desfeito pelo Congresso”, outro que se posicionou contra o tratado foi o francês Kader Arif, ex- relator do processo do ACTA no Parlamento Europeu, ele pediu demissão dizendo que o processo é uma “farsa”.

Entre os mecanismos propostos, denuncia o grupo ativista Electronic Frontier Foundation, está a adoção de medidas mais incisivas de compromisso dos provedores de internet com o tratado, tais como novos filtros de conteúdo chamados de “three strikes”, onde o provedor é forçado a cortar o acesso do internauta após três notificações, neste acordo mais claramente que o SOPA o interesse de grandes corporações são declarados.

 

Nova versão do Google Earth

27 jan

Uma nova versão 6.2. do Google Earth suaviza o efeito de recorte que aparece nas fotos aereas do locais do mundo, retirando os efeitos de clima e de incidência do sol nas imagens aéreas e de fotos de satélite.

O efeito foi conseguido, segundo o gerente de produto Peter Birch, por uma técnica de renderização, que compõe os pedaços encaixados ao lado retirando cantos e suavizando os tons das imagens, dando a sensação de continuidade e de suavidade nos tons.

O produto foi lançado ontem (26/01) e já está disponivel na visualização com a opção de visão por imagem de satélite do google maps.

Serão melhoradas também as técnicas de pesquisa, garante o gerente de produto, e pode ser compartilhado no Google+.

Agora tem design mais simples, passa oferecer o recurso de preenchimento automáticodisponível no Google Maps e foram implementadas camadas de pesquisa, mostrando os resultados relevantes.

Um recurso também interessante de pesquisa mais sustentável, foi adicionado: as opções de visualizar as rotas à pé ou de bicicleta, que dá ao ambiente possibilidades de buscar novos caminhos em seu trajeto diário ou para explorar algum lugar desconhecido.

 

Apple ultrapassou Microsoft, e este ano ?

26 jan

No ano passado Apple lucrou mais do que a Microsoft, já no primeiro semestre de 2011, a empresa da maçã havia sido  avaliada em US$ 200 bilhões, e a concorrente em US$ 197.

O ano se inicia e a perspectiva de competição se amplia, o mercado espera nova versão do Windows 8, com a primeira versão disponível deste setembro de 2011.

No ano passado a Apple lucrou US$ 5,99 bilhões com o crescimento de 83% em receitas e 95% em ganhos, sendo metade dos lucros da empresa proveniente das vendas do iPhone, o que totalizou 18,7 milhões de iPhones vendidos, isto representou um crescimento de 113% em comparação ao ano de 2010.

Mas esta virada de mesa conseguida pela Apple tem sido resumida em uma simples palavra: inovação, segundo o site  Administradores.com Henrique Bilbao, sócio da empresa HiSoluções, especializada em produtos e serviços da Apple, em Blumenau/SC para ele: “Há alguns anos a Apple já obtém o título de empresa com maior gasto em pesquisas no planeta, com valores superiores a 100 milhões de dólares por ano. Ou seja, Jobs está sempre inovando, levando aos apaixonados por Apple sempre uma novidade e incentivando usuários de outras plataformas a entrarem no mundo Apple”.

Mas nem tudo são flores, os usuários reclamam do maior problema da Apple: compatibilidade, segundo o site citado, uma usuária de Apple afirma:  “Já tive problemas com o iPod Touch.  Ele só suporta arquivos de vídeo em mp4 e não lê arquivos do Word ou PDF. Isso é bastante chato quando não se conhece o bastante de informática para encontrar caminhos que façam com que esses arquivos sejam lidos”, outro estudante reclama o custo: “Sobretudo de partes do equipamento, caso você as perca”, sobretudo custo e manutenção ainda são muito caros.

Na contramão disto tudo estão os softwares livres e equipamentos compatíveis com Linux e Android, apesar deste último ter serviços e software que são pagos.

 

Egito um ano depois: comemorar ou protestar ?

24 jan

Certamente amanha (que será madrugada no Brasil) deverão haver dois  tipos de manifestação no Egito, um que mostra a mudança que ainda não foi feita e outra que comemora uma mudança que apenas se iniciou. Faz um ano que o Egito iniciou sua “primavera árabe”.

No ano passado aconteceram 3 episódios emblemáticos: dia 29/6  um confronto entre policiais e manifestantes na agora famosa Praça Tahir deixou um saldo de 120 hospitalizados e 34 presos, a manifestação lembrava as 346 mortes durante o levante popular; o blogueiro Loai Nagati de 21 foi um dos detidos.

O segundo importante evento aconteceu no dia 4/6, quando 10 soldados acusados de matar pessoas em Suez foram libertados sob fiança que gerou muitos protestos no Cairo, e o terceiro aconteceu em 5/7, quando foram absolvidos os ex-ministro da Informação Anas El-Fiqi e o ex-ministro das Finanças Youssef BoutrosGhali, ambos acusados de desvio de recursos públicos para a propaganda do Partido Democrático Nacional, que tornou-se ilegal mas existe na prática e procura exercer influencia política no governo militar.

Com a saída de Mubarak formou-se um governo interino composto por militares, mas aumenta a insatisfação e desconfiança, enquanto um esboço de nova Constituição começou a ser redigido e deverá ser aprovado por referendo, mas com pouco debate.

Em outros países também haverão protestos pedindo que as mudanças avancem.

 

Rede vence primeiro round

23 jan

Uma mensagem no perfil do Facebook comentou o fato afirmando: “Estamos aliviados que o Congresso tenha reconhecido os graves danos que o Protect IP Act (Pipa) e o Stop Online Piracy Act (Sopa) poderiam causar à internet e estamos satisfeitos que os líderes tenham decidido não avançar com essas leis”, e o deputado federal republicano Lamar Smith, que preside o Comitê Judiciário da Câmara Federal norte-americana, e autor da SOPA anunciou que adiou a tramitação do texto no congresso até que surja uma mais consistente.

No perfil do Facebook, há um agradecimento aos “milhões de usuários” que compartilharam suas opiniões, influenciando o Congresso através da rede e de  amigos, que influenciou para “mudar a direção dessa legislação prejudicial”.

O lider democrata no Senado americano Harry Reid, adiou a votação pelo Senado do projeto Protect Intellectual Property Act (PIPA), que estava marcada para amanhã, 24 de janeiro.

Mas na história muitas coisas se repetem como tragédia ou comédia, fiquemos atentos.

 

Números do protesto anti-SOPA

21 jan

Funcionou, sim e continua, vejam os números:

75000: aproximadamente foi o número de sites que participaram do apagão, de acordo com SOPAStrike.com, que ajudou a organizar o protesto.

25.000: Número de blogs WordPress que apaguaram completamente seus sites para protestar contra o SOPA.

A articulaòao tambem foi grande e rodou o mundo inteiro.

12.500: Número de blogs WordPress, que colocaram a tarja "Stop Censura" em seus blogs

162 milhões: Número de pessoas que viram a página blackout do Wikipedia

4500000: Número de pessoas que assinaram na quarta-feira a petição do Google anti-SOPA
1458000: Número de pessoas que assinaram petições anti-SOPA/PIPA outras semelhantes, de acordo com os sites ativistas Avaaz.org sites e Fight for the Future (FFTF)

35.000: Número aproximado de pessoas que enviaram cartas aos seus senadores e deputados, como resultado do apagão.

2000000: Número de e-mails enviados através do Electronic Frontier Foundation, FFTF e Demand Progress.

2400000: Número de tweets enviados na quarta-feira, 12:00-04:00 anti SOPA / PIPA , de acordo com o Twitter

25: Número de senadores que se opuseram publicamente a PIPA, depois do apagão entrou em vigor

13: Número de senadores adicionais que são "inclinando-se para a oposição", segundo OpenCongress

33: Número total de senadores que atualmente suportam PIPA

36: Número total de senadores que se opõem, ou estão inclinando-se à oposição ao PIPA

16: Número de senadores que permanecem indecisos

O site

 

Redes sociais, recrutamento e perfil de operadores

20 jan

O terceiro capitulo do novo livro de Breno Fontes trata das redes sociais no terceiro setor, especialmente nas ONGs procurando investigar onde sao recrutados e qual o perfil dos operadores quanto a filiação institucional. Ele apresenta um conceito parecido aos elos de ligações nas redes sociais chamados broker, mas com uma diferenciação pois são chamados "relés".

A expressao "relé social" é emprestada de Olhemacher, utilizada na Alemanha para fundamentar o estudo sobre açoes coletivas, em sua obra "Struktur und System. Eine Empiriebasierte Annäherung von Strukturaler Analyse und Systemtheorie”. Habilitationsschrift ander Universität Hamburg, 1999.

Segundo o autor o termo relé social "grosso modo, pode ser descrito como o mecanismo que produz e divulga a mobilização dos indivíduos para novas redes", e diferencia do termo usado em redes sociais "broker" onde os relés  estao em "redes que funcionam como contexto para relações face a face".

O autor explica ainda algumas caracteristicas dos relés: 1) "Eles têm de estar abertos a uma variedade de valores, experiências e a várias conjunturas sócio-estruturais", 2) Em algumas sub-redes "no contexto de diferentes contatos face a face, podem erar novas redes, como por exemplo, um grupo de protesto. Esta subrede deve apresentar um elevado grau de homogeneidade em relação ao conjunto do relé", 3) "A fim de poder ligar a heterogeneidade do relé com a homogeneidade da subrede, é necessário uma variedade de relações fracas (“weak ties”)", mas diferentemente da Analise de Redes Sociais convencional "analisar os relés sociais, o nível microestrutural (as relações entre contatos privados) não é o principal, mas sim o nível mesoestrutural" introduzindo uma diferença agora sim significativa neste tipo de analise.

Mesmo nao sendo o principal aspecto do capitulo 3, que é o de analisar como "as pessoas estruturam suas práticas, construindo suas redes, também explica suas trajetórias de sociabilidade" o proprio autor reconhece que "a contribuição mais importante deste artigo é o de mostrar a possibilidade de instrumentalizar empiricamente um conceito, o de relé social" para neste caso analisar as ONGs, mas penso que também seria util para outros organizaçoes civis.

 

 

Redes Sociais e o terceiro setor

19 jan

Os estudos de redes sociais implicam muitas vezes numa tensão em relação aos poderes verticais estabelecidos, assim como aproximam de poderes locais mais claramente horizontais por que permitem a “conexão” entre pessoais e atores sociais “in loco”, sendo neste ponto que a comunicação (anteriormente apenas de massa) digital pode fazer alguma diferença, permitindo a relação um-a-um mesmo a distância.

O livro de Breno Fontes: “Redes sociais e práticas associativas e poder local” faz no capítulo 2 uma revisão da literatura em relação ao poder local em especial no que diz respeito às ONGs, e análise dos dados por um método estatístico conhecido para redes sociais chamado “snow bow” (bola de neve).

    Ao analisar as “redes sociais e capital social” ele aponta a crise do “estado de bem estar social” (wellfare state) na década de 70 e a crescente importância que vem assumindo num mundo globalizado e desterritorializado as organizações  do terceiro setor, onde enfatiza “o revigoramento das redes sociais de solidariedade social, baseadas na sociedade civil” e assim a consequente discussão de uma economia civil, “agindo independentemente ou em direta cooperação com o estado”, mas cujas ações devem ter uma participação ativa dos atores sociais, e neste ponto o aspecto das redes tornam-se mais importantes.

    O Estado de Bem estar social é o estado-providência, em crise apesar de persistente na América Latina (devido evidentemente a pobreza) é um tipo de visão que torna o estado provedor e defensor social da economia, o que vemos na prática é uma ação quase total e exclusiva dos bancos e de grupos lobistas, como o que tem acontecido na crise européia.

   Uma importante constatação no livro de Breno Fontes é que base destas ações se “orienta recentemente para um padrão de ação mais profissionalizante, abandonando em parte os ideais filantrópicos e de caridade cristã”, lembro apenas que há práticas religiosas também solidárias ao terceiro setor,  como parte evidente também deste terceiro setor.

    Cito o exemplo da Economia de Comunhão (nosso post), grupo de empresas com esta prática.

 

Dia de liberdade na Web

18 jan

Todos tem direito a livre opinião.

A grande imprensa muitas vezes manipula fatos e opiniões.

A nova democracia exige mecanismos de opinião do cidadão comum.

A lei americana SOPA não favorece a democracia real, apenas os grupos de interesse economico.