Arquivo para outubro 1st, 2014
Redes Sociais e Mafiosas
A rede envolve aspectos de organização de grupo e de certa reciprocidade entre seus membros, é diferente de uma estrutura hierárquica porque seus membros tem alguma forma de comprometimento além do simples comando e das formas de poder, mas existem redes que fazem mal ao conjunto da sociedade com valores e práticas estranhas ao seu bom uso.
Manuel Castells, autor do livro “A sociedade em rede” e agora de “Comunicacion y poder” esclarece este outro tipo de rede: “os campos de cocaína, laboratórios clandestinos, pistas secretas de pouso, gangues de rua e instituições de lavagem de dinheiro na rede do tráfico de drogas que penetra em economias, sociedades e Estados no mundo inteiro” (Castells, 1996), esclarece que infelizmente também há estes tipos de redes, mas como a rede se expande em redes sem escala (free- scale é um aspecto da rede dado este nome por Albert L. Barabási) pode ser que algum ou alguns nós desta rede se expandam e ao sair da rede encontre as redes de solidariedade e de compromisso com a parte saudável do tecido social, e aos poucos minar estas redes mafiosas.
Esta descoberta se deve ao estudo liderado por Albert László Barabási feito na ‘Universidade de Notre Dame em 1998, que ao mapear a World Wide Web verificou que 80% das páginas web tinham apenas 4 hiperligações e que aproximadamente 0,001% das páginas tinha mais de 1000 hiperligações, assim nem só as maiorias influenciam as redes, mas uma “minoria potente” pode influenciar as redes, Barabási chamou isto de ligação preferencial, para explicar o aparecimento de redes livres de escala.
É fácil de explicar que estes grupos de pessoas na rede, que formam comunidades (pequenos grupos onde todos se conhecem), mas existem pessoas que tem ligações com pessoas que não pertencem à comunidade, e assim pessoas (figuras públicas, políticos,..) que tem ligações com várias comunidades dentro da rede social, podem funcionar como estes grupos “potentes”.