Arquivo para janeiro 30th, 2015
Por uma governança mundial
Este é o grito de muitos pensadores, economistas e cientistas políticos, ressalto dois livros já citados aqui Terra-Pátria (Instituto Piaget, 2001) de Edgar Morin e Anne B. Kern, que apontam que ao mesmo tempo em que o mundo caminha para uma maior unidade, também a diversidade reage e procura dar subsistência às culturas, e este respeito é o mais difícil.
O outro livro recentemente apontado é o livro organizado por Sacha Goldman “Le monde n´s plus de temps à perdre” (2012) e publicado no ano passado no Brasil , escreveram nele Michel Rocard, Mireille Delmas-Marty, René Passet, Edgar Morin, Michael W. Doyle, Stéphane Hessel, Bernard Miyet além de Sloterdijk, apela no próprio título, afirmando a urgência de uma governança mundial.
O livro de Morin e Anne Kern, aponta dois aspectos antagônicos: “1) homogeneização, degradação, perda das diversidades; 2) encontros, novas sínteses e novas diversidades” (pag. 36), mas havendo a compreensão neste multiculturalismo a longo prazo significa que será possível harmonizarem-se numa “unidade na diversidade”.
Peter Sloterdijck lembrando Hans Jonas e a crise ecológica, critica o imperativo categórico de Kant e orienta-o para o futuro e a política de relação com a natureza, mas ele lembra dois fenômenos recentes: “um técnico e outro político, vieram transformar profundamente o seu alcance” (pag. 64), “o primeiro de natureza imaterial, “estamos saindo do neolítico”, e o, segundo de natureza política, “iniciado na década de 1980, não é outro senão a liberação dos movimentos de capitais no mundo, a qual, permitindo a concentração para além das fronteiras nacionais, leva à formação de um poder financeiro planetário superior ao dos Estados” (pag. 66).
A nova relação com a tecnologia que é uma saída do neolítico, afirma Sloterdijck, é uma emancipação do outrora espectador, do cidadão apático controlado pelo estado.