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A pax romana e seus perigos

24 fev

Alertamos que a pax romana, aquela que Roma decretou após o fim de conflitos em seus territórios conquistados, esconde o ódio e a indignação que não elimina as guerras, nenhum povo dominado vai ficar confortável em ver seus bens, culturas e valores sendo negados.

É esta pax proposta por Trump tanto na Ucrânia como na faixa de Gaza, talvez provoque um desarme momentâneo, mas esconde futuros confrontes que libertariam povos do jugo, e mais crítico é que este clima hoje está disseminado por outros povos e nações.

O grupo palestino Hamas entregou a Israel seis reféns na manhã de sábado (22/2), os primeiros da lista foram Tal Shoham, 40 anos e Aversa Mengisto, 39, entregues no sul de Gaza, em Rafah à Cruz Vermelha e depois levados a Israel, e depois mais 3, até a tarde deviam ser entregues mais um que era muçulmano e não foi entregue a Cruz Vermelha.

No acordo Israel deve libertar 602 prisioneiros, assim completa a primeira fase do acordo, mas a ideia de manter Gaza sob controle proposta por Trump e aceita por Israel será um empecilho para a prorrogação do acordo de cessar fogo.

Na Ucrânia, a proposta de Trump é que entregue os territórios conquistados na guerra, e Trump chegou a chamar Zelensky de ditador, que a União Europeia negou dizendo que ele foi eleito numa eleição legítima, enquanto Putin frauda as eleições e não dá liberdade á oposição.

A Alemanha realizou eleições parlamentares, que de acordo com o número de cadeiras nomeará o novo chanceler, a centro esquerda SPD (Social Democrata) de Olaf Scholz perdeu para a CDU (União Democrata Cristã) de Fredrich Merz, que deverá ser o novo chanceler, mas depende de um acordo que terá que ser negociado com a extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha) que cresceu ao ponto de ser segundo colocada (quadro acima, antes do final da apuração no domingo).

O que chama a atenção na Alemanha, e isto acontece em muitos pontos da Europa e das Americas é o crescimento do discurso nacionalista de rejeição aos imigrantes e á perde de valores cujo discurso, inclusive na Alemanha, cresce entre os jovens, os Grüne são os verdes.

Sem enfrentar com clareza as ideias e pensamentos que se encontram por trás de atitudes aparentemente elogiáveis, não conseguiremos separar o joio do trigo e dizer de que lado está a capacidade civilizatória de fazer uma humanidade menos conflituosa e com respeito a todos.

Entre as vozes que defendem uma paz sem fronteiras, sem ódios e polarizações está o papa, agora fortemente debilitado de sua saúde e em um estado considerado critico, com 88 anos, ele colocou a igreja e as preocupações com a humanidade acima de sua saúde.

É preciso mais do que nunca homens públicos de paz, acima dos ódios e polarizações, que falem e pratiquem os valores que dizem defender.

 

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