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Davos: do Leviathan à Cibercultura
O debate sobre a possibilidade do vácuo foi feito no século XVII entre o meu contratualista Thomas Hobbes (1588-1679) e o experimentalista Robert Boyle (1627-1691), o primeiro livro Leviatã além de discutir a estrutura da sociedade, onde o homem só poderia ser “controlado” por um estado forte e discute também a estrutura da matéria, mas os experimentos de Boyle na década de 1660 mostraram que o vácuo era possível, e este debate está no livro de Shapin e Sheaffer: Leviathan, or The Matter, Forme and Power of a Common Wealth Ecclesiasticall and Civil (publicado 1985), que foi premiado com o prêmio Erasmus em 2005.
O problema teórico ali é a produção por métodos aceitáveis de produção de conhecimento e mostra como os fatores sociais estão relacionados a formas diferentes de produzi-los, não trata disto, mas na verdade, o experimento de Boyle foi importante para a revolução industrial pois tratava-se isto influenciou o surgimento das caldeiras movidas ao vapor de água, mais tarde os motores de propulsão, enquanto Hobbes mais tarde modificado reformula a ideia do “contrato social” que deu origem a república moderna, e depois reformulado por John Locke (1632-1704) sofrendo influencias de Boyle, e, finalmente Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
A reunião de Davos este ano fala de 4ª. revolução industrial, um livro americano publicado em 2014 de John Micklethwait e Adrian Wooldridge fala da quarta revolução e o estado: The fourth Revolution – The Global Race to Reinvent the State (Penguin Press, 2014), não é o que Davoz discutirá, mas é uma pauta subentendida: a democracia republicana vive uma crise, retornam a Hobbes, mas desconhecem o problema debatido com Boyle.
O que está na pauta é a crise econômica, embora ajam sinais de recuperação, o que deve ser debatido é como as revoluções industriais: a primeira de 1784 (produção de equipamentos mecânicos movidos a aço, água e propulsão), a segunda de 1870: divisão do trabalho, eletricidade e produção em massa que mais tarde daria origem ao fordismo, a terceira de 1969 com a produção da eletrônica, equipamento de TI (Tecnologia da Informação) e automação, agora haveria uma quarta com a produção de equipamentos ciber-físicos, mas qual é esta ?
No texto base da conferencia World Economic Forum, são apontados três fatores que levam a pensar numa quarta revolução e não um prolongamento da terceira: a velocidade, o alcance e os impactos sistêmicos.
A velocidade que os avanços acontecem não teriam precedentes históricos, será ? a explosão de informação é analisada desde a década de 40, mas agora o ritmo é exponencial é verdade.
O alcance também é verdadeiro, pois está interrompendo quase todos os setores em todos os países, até a China vive uma pequena retração, mas será que devemos crescer assim ?
E por último a amplitude e profundidade dessas mudanças anunciam as transformações dos sistemas inteiros de produção, gestão e governança, e aqui nos interessam os textos de Micklethwait e Wooldridge, assim como o debate do prêmio de Economia de 2015 Angus Deamon, em sua análise de “consumo, pobreza e bem-estar”, como criar regras tributárias para isto, mas numa análise de microeconomia e não de macros como é usual para isto.
Adolescente cria software anti cyberbullying
Trisha Prabh de 15 anos é finalista de um concurso de software em uma Feira de Ciências dos Estados Unidos, seu software Rething (Repense) ajuda evitar o cyberbullying.
O conceito por trás do programa é criar um alerta, em especial para os adolescentes sobre o conteúdo ofensivo das mensagens que eles ainda estão digitando para postar, o ambiente é ajudado pela descoberta científica que uma parte do cérebro controla as decisões e ajuda a pensar antes de agir quando ainda não temos a mente totalmente formada, que seria aos 15 anos.
Assim, o Rething é uma espécie de “anjo bom”, que diz na mente do adolescente para postar aquela mensagem deve saber que ela pode ser ruim para algumas pessoas.
O conceito é interessante: o programa alerta os adolescentes sobre o conteúdo ofensivo Assim, o Rethink funciona como um “anjinho bom” que sussurra nos ouvidos dos jovens que postar aquela mensagem pode não ser boa ideia.
Ela desenvolveu de modo bem interessante, trabalhando com dois softwares, um mostra as mensagens ofensivas já postadas e outro aos que respondiam sim exibia uma mensagem de alerta com os dizeres: “essa mensagem pode ser ofensiva aos outros, você gostaria de parar, revisar e repensar antes de postar?”.
Entre os usuários do Rethink, 93% desistiram de postar as mensagens quando receberam o alerta para repensar
Rethink (Repense) é um dos 15 projetos finalistas da Feira de Ciências e o vencedor deverá ser anunciado em setembro, Trisha é forte concorrente.
Photobomb a mania no fim de ano
De repente umas porções de fotos curiosas aparecem na Web, pode ser algo curioso numa foto, mas para fazer sucesso deve ter algo que possa parecer uma piada, talvez seja o clima de Natal em tempos tecnológicos, ou seja, um clima de alegria provocado fotos.
No dicionário Oxford (online claro) já aparece três definições:
Photobomb (nome): estragar uma fotografia de (pessoa ou coisa) por que aparecem inesperadamente no campo de visão da câmera, quando a foto é tirada, algo que a torna uma brincadeira ou uma piada.
Há também definições para verbo (photobombing) ou verbo seguido de um objeto, mas ambos derivam da definição.
O gênero é o mais novo Meme da Web, este termo foi criado para explicar a teoria de informações culturais criada por Richard Dawkins em 1976 no livro The Selfish Gene (O Gene Egoísta).
Na verdade podem queria explicar ideias que são espalhadas nos meios de comunicação através de frases, o rádio, a TV e o cinema fizeram muitos coisas deste tipo, criando tipos e até mesmo verdadeiras modas culturais.
Agora com a Web, isto pode assumir a forma de um hiperlink, vídeo, imagem, website, hashtag, ou mesmo apenas uma palavra ou frase.
O meme ao espalhar de pessoa para pessoa através das redes sociais, blogs, ou-e-mails, estará espalhando uma ideia que pode tornar-se algo cultural.