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Arquivo para a ‘Recursos comuns’ Categoria

A pandemia resiliente e a futura possível

05 set

A Pandemia da Covid 19 segue em quedas seguidas de estabilidade, como no Brasil na última semana, média em torno de 120 mortes e 10 mil casos conhecidos de infecção do vírus.

Salientamos na semana passada o alerta de vários cientistas que a próxima pandemia poderá ser a de fungos, uma das maiores reportagens deste assunto, que coleta dados, casos e diversos pesquisadores em muitos países, foi a publicada em 6 de agosto pela National Geographic.

Começa contanto um caso de um fumante de 48 anos que procurou o hospital Johns Hopkins Medicine, em Maryland (EUA) onde o especialista em doenças infecciosas Shmauel Shoham ao investigar uma possibilidade de câncer detectou um fungo comum Aspergillus na infecção.

Depois cita na Índia, onde em certo momento da Covid 19 um grande número de infecções fúngicas invasivas e bastante mortais, com um mofo preto causou uma violenta onda de mortes, que foi noticiada no mundo todo, há também o caso da Candida auris, infecção fúngica virulenta que transmite pelo sangue e surgiu do nada, assim como são os fungos que dependem de outros organismos e infecções para se alimentarem.

Segundo a revista dos cinco milhões de espécies de fungos existentes, apenas 120 mil são conhecidas e estudadas, e destas só algumas centenas podem prejudicar os seres humanos.

Com os fungicidas usados na agricultura extensiva há uma estimativa que as taxas de mortalidade por infecções fúngicas invasivas cresçam em até 50%, o que se traduz, segundo a revista, em até 1,6 milhões de mortes e 7,2 milhões de dólares de custos médicos por ano, e devido o desafio de diagnósticos precisos certamente é um número subestimado.

O alerta dos especialistas é a capacidade dos fungos evoluírem em micróbios com aumento de pressões seletivas que os forçam a adaptar e uma população crescente de humanos suscetíveis.

Os fungos atacam principalmente a produção da agricultura, porém o uso liberal do equivalente medicinal para humanos também tem ameaças não intencionais, alertam os especialistas na reportagem.

A reportagem termina afirmando que a ameaça de patógenos fúngicos tem sido historicamente subestimada e faz uma alerta para um maior estudo e controle preventivo na área.

Referência:

Humanos não estão preparados para uma pandemia de infecções por fungos | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)

 

As bibliotecas e as guerras

31 ago

Na década de 50, logo depois da Segunda guerra Mundial, a revista brasileira de documentação traduziu e publicou um artigo de Carl Hastings Milan sobre as Guerras e as perdas de documentos e de bibliotecas.

Ele havia sido diretor da Biblioteca Pública de Birmingham, onde abriu o primeiro ramo de serviços para autores e leitores afro-americanos, o artigo está disponível online e mostra uma face da guerra para as bibliotecas em alusão ao post anterior que fizemos neste blog.

As transcrições para o português foram feitas por Sylvio do Valle Amaral e o artigo original é logo em sequência da guerra em setembro de 1944, publicado no The Annals of The American Academy of Political and Social Science da Filadelfia.

O artigo começa indicando a interrupção e descontinuidade de revistas e publicações em períodos de guerra, além da perda material e a falta de intercâmbio de muitos documentos.

O autor enfatiza esta perda onde: “os editores e  livreiros  de  Londres  perderam  milhões  de  volumes,  em  1940-41.  Várias famosas  bibliotecas  britânicas  de  erudição  e  dezenas das  públicas,  foram  danificadas  ou  destruídas.  Diversos  países  europeus,  a  Rússia,  a  China,  além das Filipinas,  sofreram ou estão agora experimentando destino semelhante, porém, o mais  triste está para  vir” (MILAN, 1950, p. 50).

Antecipadamente muitas obras foram tiradas ou escondidas das bibliotecas alemãs, mas a destruição e os saques representam um ataque cultural segundo o autor “infamante” que foi creditado a Hitler, é importante olhar isto para a história para que ela não se repita agora.

Entre as denúncias do autor está que também na derrota: “Os jornais,  recentemente, noticiaram  a  queima  de  livros  em  Nápoles,  antes  da  retirada  do  exército  nazista” (idem, p. 50), e assim uma parte da história é apagada, independente do que aqueles documentos representam, eles são importante testemunho cultural de um tempo, que por ser ultrapassado está sujeito a crítica, mas não há o direito de apagá-lo, são documentos culturais.

Restabelece o papel das bibliotecas, agora também em crise em função de uma visão deformada da tecnologia digital que aqui também postamos, porém diz o autor para aquela época: “Básica  ao  restabelecimento  da  atividade  intelectual  em  todo  o  universo,  é  a  reorganização das bibliotecas” e ignorar isto é um crime contra a preservação cultural e da memória dos povos.

Depois de enfatizar a cooperação e apoio às bibliotecas da américa latina e de outros, países discorre sobre a formação de bibliotecários:

“A despeito  de  comum  reconhecimento,-  nos Estados  Unidos  e  no  exterior,  das  imperfeições  de nossos  métodos  no  preparo  de  rapazes  e  moças para  o  trabalho  nas  bibliotecas,  número  surpreendentemente  grande  de  estudantes  do  exterior  vem a  êste  país  em  épocas  normais  a  fim  de  obter  o que  as-escolas  dessa  especialidade  podem  oferece” (MILAN, 1950, p. 53)

 

MILAN, C. H. As bibliotecas, os intelectuais e a Guerra, trad. Sylvio do Valle Amaral. Rio de Janeiro:  REVISTA  DO  SERVIÇO  PÚBLICO, AGOSTO  DE 1950.

 

Covid residual e ausência de protocolos

15 ago

A Covid permanece baixa porém estável com média móvel de mortes acima de 200, e registrando nos últimos dias próximo a 300 mortes diárias, o número de casos decresce lentamente, em torno dos 30 mil casos conhecidos diário.

Os protocolos seguem tratando como uma doença comum, com pouquíssimos cuidados, em alguns ambientes, sendo a maioria dos ambientes, mesmo pouco arejados, pouco fiscalizados.

Divulgam-se relatórios e protocolos apenas como um dever burocrático, na prática pouco são observados, fica a critério pessoal ou de algum funcionário sanitário ou administrativo zeloso.

A Media Mundial de casos estava na semana passada em 899.983 em 770.230, mostrando que também a nível mundial há uma certa “estababilidade”, porém considerar os números baixos é desconsiderar a possibilidade de novos casos e variantes aparecerem.

O número de casos e mortes mundiais, pode ser observado como uma quinta onda mais fraca e com tendência a queda, mas olhando os números de média móvel de mortes em torno de 200 mil é preocupante e deveria ainda estar sob fortes cuidados protocolares.

O comité de emergência da OMS para a Pandemia, tem emitido notas desde o início do mês de julho mantendo o estado de Emergência de Saúde Publica de Interesse  Internal, fazendo notar o crescimento de taxas de infecção em alguns países e alertando para a manutenção da vacinação.

Em nota de julho o Comité expressava: “preocupação com reduções acentuadas nos testes, resultando em cobertura e qualidade de vigilância reduzidas, além de menos sequências genômicas sendo submetidas a plataformas de acesso aberto. Isso impede as avaliações das variantes atuais e emergentes do vírus e está se traduzindo em menor capacidade de interpretar tendências na transmissão e de ajustes em medidas de saúde pública”.

Os governos locais entretanto parecem não estar alerta ao nível que pede a OMS.

 

Covid 19 do ponto de vista das redes

08 ago

As redes sociais implicam em relação com seus vizinhos mais próximos que são considerados como vértices das redes, e a propagação do vírus é vista como a possibilidade de um nó da rede transmitir ao outro, como a teoria dos pequenos mundos (small words) afirma que cada pessoa (cada nò) está separado do outro, por apenas seis passos de separação, fica evidente a transmissão.

Seja qual for a estratégia, a testagem sempre deveria estar presente, mas o custo faz muitos não adotarem este protocolo, sem saber quem está infectado não como prevenir e isolar o vírus.

A estratégia de isolar ambientes não é eficiente, embora manter ambientes abertos e arejados seja um bom protocolo, em ambientes fechados não significa que os vírus estejam mais em determinados ambientes, claro exceto os ambientes de tratamento de contaminados onde é evidente que o vírus está presente, a estratégia japonesa é internar somente os casos graves.

Assim diversas estratégias adotadas podem ser mais ou menos eficazes, a chinesa é a mais óbvia, que é a tolerância zero, o lockdown, se todos estão isolados não há transmissão, mas a japonesa é uma das mais inteligentes, e os números comprovam, que é identificar os nós mais suscetíveis ao contágio de casos graves, assim os grupos de riscos são ali os mais vigiados e testados.

Segundo o infectologista japonês Sachio Miura, da Faculdade de Medicina da Universidade de Nagasaki, os que apresentam sintomas leves são orientados a tratar em casa, assim evita uma corrida aos hospitais, onde a superlotação de pacientes se torna um criadouro, o que na teoria das redes seria chamado de hubs, da onde as redes se proliferam e transmitem em menores passos.

Os diversos órgãos de saúde sempre têm especialistas em doenças, porém a estratégia dos protocolos deve ser pensada globalmente (em rede), o número de casos e de óbitos tem caído somente pelo fato que o vírus está menos letal, porém a letalidade podia ser evitada com estratégias inteligentes.

 

Dia Internacional da Amizade

30 jul

A data do Dia Internacional da Amizade, foi instituída pela ONU para lembrar a solidariedade entre os povos, o respeito a diversidade e faço uma repostagem especial de um conteúdo deste blog a este respeito:

O filósofo Platão definiu a amizade como “a predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro”, Agostinho de Hipona afirmava que “o ser amigo nos funde na amizade do ser; os amigos são uma só alma” e Aristóteles parece fundir os dois pensamentos: “a amizade é uma alma com dois corpos”.

Foi Aristóteles em Ética a Nicómaco dedicou dois livros ao estudo da philia e da amizade, que definiu a amizade em três tipos: por interesse, aquela por prazer, por interesse e a amizade verdadeira, a primeira é fácil de identificar por é a busca do prazer recíproco, a segunda por que são úteis entre si, e a terceira, é possível entre homens bons porque desejam o bem por si mesmo e não colocam o prazer nem o interesse acima da amizade.

No capítulo IXI o filosofo peripatético afirma:

“Talvez possamos dizer que nada há de estranho em romper uma amizade baseada no interesse ou no prazer quando nossos amigos já não possuem os atributos de serem úteis e agradáveis; na realidade éramos amigos desses atributos, e quando eles desparecem é razoável não continuar amando.” (ARISTÓTELES, IX, 3, 1165b)    .       

No capítulo “O sócio e o próximo” do livro “História e Verdade” de Paul Ricoeur ele vai discorrer sobre a diferença entre estas relações, discorre sobre a caridade: “A caridade não precisa estar onde aparece; também está escondida na humilde e abstrata agência dos correios, a previdência social; muitas vezes é a parte oculta do social ”, Paul Ricoeur, Le socius et le Prochain (1954).

Somos lembrados pelo filósofo que assim como as instituições podem ter apenas relações de societárias, pode-se passar por elas também relações interpessoais, de afeto e de solidariedade e que tornam elas menos frias e menos burocráticas, onde se vê não um cliente ou um serviço a mais, mas um próximo pelo qual pode-se interessar.  

Não por acaso é um capítulo de História e Verdade, porque a verdade só é estabelecida entre amigos verdadeiros e que são próximos, e se são sócios serão apenas para estarem mais próximos.

O site Twinkl fez referência a este post em função deste dia e agradeço a lembrança. 

 

A guerra e a fome

26 jul

A guerra não é apenas a disputa de mercados e “ideais” medindo, ela é antes de tudo uma atrocidade em escala, se um assassinato é condenável porque não seria uma guerra ? durante a guerra da Sérvia/Bósnia perguntei a uma ativista sérvia porque queria dizimar a Bósnia, ela me disse que eram fatores históricos que seriam difíceis de explicar, porém dizia que o país dela era “vítima” de bombardeios que não tinham nenhuma justificativa.
Assim é o ódio, a intolerância e a ausência de diálogo, muitas vezes escamoteados com palavras dóceis para ganhar a opinião pública, mas toda guerra tem como princípio alguma atrocidade, algum ódio injustificável e alguma intolerância cultural (pode ser de muitos tipos), não há outro caminho de retrocesso a não ser o arrependimento (de ambas partes é claro) e o reconhecimento que escolheram o pior caminho, claro e depois sentar-se a mesa.
Umas das consequências, já inevitáveis, ainda que haja um acordo para as exportações de grãos da Ucrânia, será a falta de grãos no mercado mundial, conforme o gráfico acima, o país em guerra é responsável por 42% do óleo de girassol nas exportações globais, 16% do milho, 10% da cevada e 9% do trigo (dados de 2019, veja o gráfico) assim como a Russia exporta fertilizantes e o gás para a Europa.
Houve um acordo mediado pela Turquia, porém em função da guerra é fato que parte da produção se perdeu e o preço dos alimentos já subiram no mundo todo, a safra atual será exportada, mas pouco ou nada pode-se dizer das safras futuras, boa parte da população deixou a Ucrânia, inclusive na área rural.
É difícil um processo de retrocesso, aparentemente em todo mundo o confronto e o ódio cultural e social se expandiu, até mesmo entre aqueles que deveriam proclamar a paz.

Explicamos na semana passada (em post) a importância da amizade e empatia entre os homens para uma verdadeira espiritualidade, que pode ajudar a civilização neste processo difícil.

Só há um caminho, modificar o clima de empatia, de paz e de solidariedade entre as pessoas, assim os políticos e líderes que crescem em torno do ódio poderão perder espaço.

 

Covid em queda e OMS muda o foco

25 jul

Com o número de mortes acima de 200 no Brasil a Covid 19 ainda é uma preocupação, já o número de casos caiu abaixo dos 50 mil ‘o que demonstra uma tendência de queda, porém ainda são necessários os protocolos de cuidado e os cuidados com os protocolos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) em documento divulgado nesta sexta-feira (22/07) comunicou que uma nova estragégia global para aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19, principalmente entre as populações mais vulneráveis com comorbidades e idade avançada, onde tem como meta atingir os 100% de vacinados.
A estratégia é correta porque enquanto o vírus circula novas variantes podem aparecer, e como é muito difícil atingir 100% da população ou fazer lockdown, é uma estratégia eficaz.
Já a variola do macaco representa uma nova preocupação, o número de casos cresce no mundo todo, e no Brasil já são mais de 600 casos, agora com transmissão interna, porém o número de casos aumenta no mundo todo.
A transmissão pode ocorrer tanto pelo contato próximo com lesões como por fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados tais como roupas pessoais e de cama, e segundo os orgãos de saúde, , entre seres humanos no contato físico entre pessoas próximas que estão sintomáticas.
As precauções portanto devem ser de evitar o contato com materiais contaminados e pessoas próximas que apresentem sintomas.

 

Covid em Alta e protocolos ausentes

27 jun

Embora a retórica seja de uso de máscaras, distanciamento e higienização de álcool gel, o ideal seria uma politica séria de testagem, na prática, o número de casos aumenta e não há controle.

A média móvel de casos já é a mais alta desde 11 de março quando registrava 46.895, agora está em 46.137 com um total diário de 69.231, e com o número de mortes de 347, dados do dia 23 porque os dados do final de semana costumam ser incompletos, e também já postamos que o número provável deve ser mais alto devido a testes feitos em farmácias e assintomáticos.

Já o número de mortes com variação de 8% em relação a 14 dias atrás, indica uma tendência de estabilidade, no total isto indica que apesar do número de casos aumentar a letalidade está em queda percentualmente, assim não há assim um aumento de letalidade da cepa ativa atual.

A perspectiva é de um tempo mais ameno até o meio de julho quando volta uma onda de frio, pode indicar um período menos infeccioso, se a tendência se mantém no final do mês de julho poderá haver uma nova alta na atual onda, esperando que as novas cepas não sejam mais letais.

De acordo com o boletim da Rede Genômica Fiocruz a variante BA.2 da ômicron é a dominante com 63,3% das amostras entre 3 e 16 de junho no Brasil, enquanto a variável XQ (XAG*) apareceu em 79 amostras o que indica já uma mutação em andamento.

A variante XQ passou a ser renomeada por XAG segundo as revisões do sistema de classificação de linhagens Pangolim, no mundo há cerca de 100 linhagens do tipo BA da ômicron.

Segundo os pesquisadores os casos de reinfecção pelo Sars CoV-2 ocorrem com frequência, devido a circulação das variantes de preocupação (VOCs) e assim os cuidados e protocolos devem ser mantidos, não apenas na retórica ou no papel.

 

Entre a clareira e a escuridão

07 jun

É preciso que hajam forças eficazes lutando pela paz, infelizmente boa parte da mídia ocidental está polarizada e é incapaz de fazer uma reflexão sensata sobre os horrores e insensatez da guerra, não por desconhecimento dos seus efeitos, as duas guerras já mostraram, mas por causa de um comportamento infantil e fanático em ambos os polos.

A ameaça de fechar embaixadas na Rússia, os mísseis já disparados na Coréia do Norte, a guerra que é cada dia mais sangrenta na Ucrânia, com armamento mais pesado e letal, é engrossada pela mídia que chega a distorcer os fatos para polarizar ainda mais a guerra, já quase sem trégua.

Sobre as embaixadas o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken fez uma brincadeira (de mal gosto ao meu ver) de dedicar a Putin a música “We are Never Ever Getting Back Together”, de Taylor Swift, querendo dizer que nunca se separarão completamente.

É claro que a Rússia se voltou para o leste Europeu e sonha com uma federação russa ampliada, já a China nunca deixou de sonhar com a recuperação de Taiwan, e a Coréia do Norte pode ser mais uma peça nessa guerra que avança com “cuidados”, mas parece ter um objetivo sombrio.

A clareira, no contexto em que foi desenvolvida por Heidegger significa uma abertura em meio a floresta, em meio a escuridão, onde deve emergir o ser, e isto que é apropriado para a modernidade é também apropriado para um momento de uma guerra mundial avistada num horizonte, porque é oposto ao ente, as materialidades econômicas, sociais e até mesmo políticas, assim aparece o Ser, a vida e sua lógica, seu “lebenswelt” como diria Husserl.

Há uma sombra, ou uma escuridão que percorre as mentes da humanidade, a guerra parece não ser o que é: um grave perigo civilizatório, o fim das argumentações e dos diálogos, a negação do Outro como Ser, da sua cultura e de suas opções e convicções, e esta é a escuridão.

Diz a leitura bíblica: se o sal se torna insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens (Mt 5,13), é preciso que haja luz e sensatez.

A paz é sempre possível e desejável se tivermos tolerância e compreensão com o Outro.

 

Covid em queda mundial e nova doença

23 mai

A OMS anunciou uma queda mundial de 21% das infecções mundiais, no Brasil permanece em leve alta e já preocupa, mas a maior preocupação sanitária é o aparecimento da varíola do macaco.

No caso da Covid 19 no Brasil ainda são necessários cuidados higiênicos e protocolos da doença.

A endemia começou na República Democrática do Congo, em 2016, também ocorreram casos em Serra Leoa, Libéria, República Centro Africana e Nigéria, que sofreu o maior surto recente, os dados indicam que um aumento recente na incidência foi a interrupção da vacinação contra a varíola em 1980, e agora apareceram casos na Europa, já com infecções locais e os primeiros casos nos EUA.

Um brasileiro de 26 anos que passou por Portugal e Espanha, países que já tem vários casos de infecções, foi diagnosticado na Alemanha, está isolado numa clínica e tem sintomas leves.

A diferenciação clínica entre a varíola do macaco e a varíola e varicela (um hepervírus e não um vírus pox) é difícil conforme relatos médicos, o exame PCR (polymerase chainreaction) ou uma microscopia eletrônica são necessárias para detectar a infecção, não há tratamento seguro, porém, a doença não é letal, a rápida expansão na Europa já é preocupação sanitária mundial.

O tratamento indicado é o da varíola símia, de suporte, dados dos casos na África indicam que a vacina contra a varíola é eficaz em 85% dos casos já que a doença é ligada ao vírus da varíola.

A imagem publicada acima é cortesia da Public Healt Image Library of the Centers for Disease Controle and Prevention (PHIL), Biblioteca de Imagens do Centro de Prevenções Americano.