Arquivo para dezembro, 2016
Detector de notícias falsas
As recentes eleições americanas, mas também muitas outras revelaram uma forma terrível de fazer campanha política, “plantando” notícias falsas em pontos frágeis de certo político.
Infelizmente as mídias sociais, não confundir com as redes de pessoas, mas apenas mídias, há um grande número de notícias falsas, já há sites especializados em denuncia-las não apenas pelo mal que fazer a determinada pessoa, mas principalmente para desmascarar um mal grosseiramente intencional.
Chegaram a um ponto de preocupar empresas como o Google, Facebook e Twitter que tentam criar medidas que combatam estas mentiras intencionais, isto é, visam apenas confundir.
Agora o tecnólogo Daniel Sieradski desenvolveu um plug-in conhecido como BS Detector que indica sites “questionáveis” que são usados no Facebook e no Twitter.
No Brasil existe o site boatos.org revela, por exemplo, boatos como “vídeo no interior do avião da chapecoense”, “fábrica clandestina da coca-cola em Bangu”, “Nasa confirma terra terá 6 dias de escuridão em dezembro de 2016”, etc. etc.
Mas podemos tomar 3 medidas simples para evitar que sejamos propagadores destas noticias falsas: 1) mesmo que favoreça nossa posição investigar se é verdade o que estamos lendo e NUNCA divulgá-la por impulso; 2) noticias bombásticas geralmente serão confirmadas na imprensa e esperar se órgãos públicos as confirmar, CONSULTAR OS SITES PÚBLICO, e, 3) ainda que a notícia seja verdadeira nunca divulga-la de forma a causar PÂNICO.
O dispositivo criado por Sieradski, conforme notícia do BBC News, coloca uma tarja vermelha onde se lê: “Este site é considerado uma fonte questionável”, e desmente Mark Zuckerberg do Facebook, que este “seria incapaz de abordar substantivamente a proliferação de notícias falsas em sua plataforma”, o plug-in já tem mais de 25.000 instalações desde o lançamento.
BS Detector de Sieradski afirma que evoluirá: “Eu e outros colaboradores da fonte aberta passamos muitas mais horas melhorando sua funcionalidade”, disse à BBC.
O profeta João Batista e mudança cultural
João Batista foi para o deserto, onde vivia e pregava uma vida ascética, e falava sobre a mudança radical de vida como forma de conversão, isto implica uma mudança cultural, uma nova rota para a vida, eis uma boa proposta para o Brasil atual: mudança cultural.
A primeira vai se realizar pela força, precisamos de uma vida mais austera porque o dinheiro encurtou exceto para alguns marajás, e depois uma mudança cultural de menos facilidades, ou seja, empréstimos fáceis e a juros baixos, gastança generalizada e dívidas sem fim.
Claro a conversão que o profeta João Batista pregava uma mudança de vida “religiosa” porém ela não está separada de uma mudança cultural, ou seja, hábitos, costumes e também valores.
O que queriam os saduceus e fariseus da época, a libertação dos pesados impostos do império romano, e a garantia de ir para o reino de Deus pelo cumprimento de regras e “ritos”, os judeus deste tempo defendiam uma certeza pureza ritual em questões como lavar as mãos, não realizar trabalhos aos sábados e outros ritos mais sociais que religiosos.
Os fariseus eram mais populares e defendiam uma “Torah oral”, isto é, aquela transmitida pela tradição oral, enquanto os saduceus eram mais aristocráticos, membros da alta sociedade, defendiam uma interpretação mais sóbria da Torah, sem cair em ritualismos e rigor, mas ambos se aproximavam de João Batista mais por medo do que por real mudança do coração.
O que acontece hoje em relação a lisura pública, o medo da lei que promete endurecer com os corruptos, faz com que muitos mudem o discurso, mas sem mudar a atitude, defendem a punição mas dos “outros”, como se fosse possível fazer uma lei casual, para alguns apenas.
É tempo de mudar, gostem ou não fariseus “populares” ou saduceus “aristocráticos”, isto poderá significar uma mudança cultural no país, cada vez mais necessária para um país em crise.
Ainda há espírito de Natal ?
Já explicamos em anos anteriores (veja o post), que a figura de Noel apareceu na década de 1920 num jogo de marketing da Coca-Cola® relacionando a figura de Santa Claus (o Papai Noel americano) com impressões em revistas como o Saturday Evening Post, mas é claro que o nascimento de Jesus é bem mais antigo, aliás data nos anos, pois estamos em 2016 d.C. (depois de Cristo), ainda que a medida dos anos seja imprecisa devido ao calendário Gregoriano.
Mas este ano, eleição de Trump, crise no país com vários nuances: impeachment, lava a jato, crise no Rio e com outros estados mostrando esgotamento das finanças, agora a tragédia com o time da cidade de Chapecó, haveria ainda clima para o verdadeiro espirito de Natal, a paz e a justiça, solidariedade com as periferias (agora também existenciais), ou estamos em “deprê”?
Lembremos que o ano que nasce Jesus é o ano do recenseamento feito pelo Império Romano, e na época as pessoas deveriam se dirigir a cidade Natal, por isto Maria e José vão a Belém, onde acaba nascendo num estábulo, por falta de hospedagem, o menino chamado Jesus.
Sim de fato pode haver uma confusão histórica, Lucas (Lc 2,2) narrou que o censo foi realizado quando Quirino era governador da Síria, por onde do imperador Cesar Augusto, mas a ordem de Cesar Augusto é de 5 a.C., enquanto Quirino (ou Cyreno) se tornou governador em 6 d.C.
O importante é que o fato histórico ocorreu, e Jesus entrou na história “foi contato entre os homens” não apenas por um capricho da história, mas por uma coincidência divina, e há outras dizia a Profecia de Isaías: “O Senhor dará a vocês um sinal, a virgem ficará grávida …” (Isaías, 7:14).
Então é preciso lembrar o nascimento humilde de Jesus, os anos difíceis que se seguirão que obrigará seus pais fugirem para o Egito, evitando a perseguição de Herodes que promoveu a matança de todos os recém-nascidos querem matar o “futuro rei” dos judeus, mas este governou até 4 a.C., nova confusão.
Sim é preciso lembrar que a perseguição, a humildade e as crises acompanham sempre este nascimento, mas que ele traz esperança, confiança no futuro e paz interior, sim o espírito do Natal permanece, até entre os que não creem, é preciso parar e respirar, senão não dá.