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Arquivo para setembro 15th, 2016

O diálogo impossível

15 set

No campo político e no cenário que se apresenta no campo nacionaleticadooutro e internacional, lembremos aqui Trumph versus Hillary a beira de uma das maiores e mais impressionantes campanhas presenciadas na história americana, um vez que Donald Trumph parece ser um personagem saído de alguma republiqueta de ditadores e não de um grande país.

 

Falta sensatez, algum rigor de verdade e até mesmo de bom senso, mas olhemos por outro ângulo, o que acontece no conhecimento e no pensamento da humanidade.

 

Na beira da segunda guerra mundial muitos eram os sinais de decadência e de arrogância conservadora, porém olhando o pensamento podíamos ver: o círculo de Viena, mas esta vinha da Escola de Marburgo por onde passaram Ernest Cassirer, Paul Natorp (1854-1924) e Hermann Cohen (1841-1918) que havia publicado Theorie der Erfahrung (*), ponto de partida deste grupo. (*) experiência

 

Todos concordavam que a ênfase principal era a “teoria do conhecimento” e portanto vão estar dentro da corrente gnosiológica, enquanto que noutro ponto estava ressurgindo, mas com um novo matiz, a ontologia através da fenomenologia de Edmund Husserl (1859-1938), de onde vieram seu aluno Martin Heidegger (1889-1976) e depois Paul Ricoeur (1913-2005) e Emmauel Lévinas (1905-1995), além de muitos outros é claro.

 

O que estava em jogo entre o aparente debate entre gnosiologias e ontologias, Popper (1902-1994), Lakatos (1922-1974) e Thomas Khun (1922-1996) não são a mesma coisa questão sobre o pensamento do que é conhecimento e ciência, também estará em jogo entre as ontologias, pois desde Husserl, penso que seu professor Franz Brentano deve ser avaliado a parte, até Lévinas e  Ricoeur, pode ser pensado assim, de onde parte o conhecimento senão do Ser, e se não parte do Ser que é a verdade, ou seja, a questão é do conhecimento, da hermenêutica que é metafísica e científica, então está nos três campos, embora segmentadas.

 

Por algo impensado e totalmente novo, Schleiermacher considerando a Bíblia como um texto de natureza histórico-literária, propôs um método que passou a servir para a elucidação não só da Escritura, mas também de todos os textos que possuíssem essa natureza, sob esta influência Hans Georg Gadamer (1900-2002) faz uma releitura de Heidegger e propõe o círculo hermenêutico, que revê os pré-conceitos, propõe a fusão de horizontes e a leitura do autor, ressurge o campo da hermenêutica agora ligado a linguística e a ontologia, novo espaço de diálogo amplo.