Arquivo para maio 9th, 2018
A singularidade e os tecnoprofetas
Antes de Jean-Gabriel Ganascia falar sobre o Mito da Singularidade, a ideia que as máquinas iriam ultrapassar o homem em capacidade humana, já havia sido analisada por Hans Moracev em seu trabalho: Homens e Robots – o futuro das interfaces humanas e robótica, o cuidadoso e ético Ganascia não deixou de citá-lo.
Existem grupos que estudam as questões éticas que isto envolve como o Centro para o estudo do risco existencial na Universidade Cambridge, mas também grupos empenhados neste projeto com a Universidade de Singularidade, com patrocinadores de peso como o Google, a Cisco, a Nokia, a Autodesk e muitos outros, mas também há estudos éticos como o Instituo para a Ética e as Tecnologias Emergentes que Ganascia participa, e o Instituto da Extropia.
Na conta dos tecnoprofetas, a palavra foi cunhada por Ganascia, um gênio preconceito Kurzweil é um dos mais extravagantes, injetava drogas no corpo se preparando para receber a “mente computacional”, porém com previsão para 2024 já falou e agora é para 2045 a 2049, algo que é incrível para alguém que se diz não ter crenças, pois este fato é muito longínquo, se ocorrer.
Ganascia pensa que isto é uma falsa profecia e Moracev analisa as difíceis possibilidades reais.
O instituto Gartner que trabalha com previsões razões prevê computação neuronal ainda engatinhando com previsões para daqui a 20 anos, interfaces como Alexa da Amazon e Sophia da Hanson, são máquinas de interação com humanos que aprendem coisas da linguagem cotidiana, mas estão longe das chamadas máquinas de uma inteligência artificial geral, isto porque o raciocínio humano não é um conjunto de cálculos proposicionais como pensam.
Alguém poderá argumentar mais isto é porque as pessoas são ilógicas, mas isto segundo qual lógica, o que sabemos é que homens não são máquinas e o que perguntamos se máquinas são homens, é a pergunta essencial que inspirou a série Blade Runner, o livro de Philip K. Dick “Andróides sonham com ovelhas elétricas” de 1968, que inspirou Blade Runner.
Penso que sonhos, imaginação e virtualidade são faces da alma humana, robôs não tem alma.