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Arquivo para a ‘Jornalismo’ Categoria

A nova normalidade

05 mai

Quando temos dificuldade de mudar uma rotina que é fundamental para fugir de perigos as consequências são piores que aquelas se aceitamos que uma nova rotina se impôs.

Claro isto implica um tipo de cultura que por alguma razão histórica ou disciplina já adquirida por anos de tradição ajuda algum momento, que mesmo sendo traumático, é possível ser socialmente incorporado como “nova normalidade”.

Não por acaso o termo surgiu em países lusófonos, onde durante a crise pandêmica se ouvia com frequência, atestam os noticiários e brasileiros viajando por países hispânicos ouvem a exclamação “¡No es normal!”, mas a tradução para o português vem da expressão inglesa (da Inglaterra e não da America): “new normality”, expressão que atestam a sua incorporação como nova expressão no Reino Unido.

Nos países orientais, se observamos em aeroportos e em reportagens, mesmo anteriores a pandemia, o uso de máscaras e um certo comportamento tranquilo em situações difíceis mostram que a disciplina oriental já é normal, não sei que expressão usam, mas o comportamento social é facilmente observável no ocidente.

Em pleno pico da pandemia preferimos dizer, tudo voltará ao normal, que seria o mesmo que dizer só admitimos a “normalidade antiga”, não quero justificar a atitude irresponsável de líderes e até de governos que preferem não admitir a crise sanitária.

Agora o que teremos que adotar em alguns estados e cidades do Brasil, será uma nova normalidade que admita o esgotamento do sistema de saúde e o pico da pandemia, a notícia boa é que tudo indica que estamos perto do patamar superior e a curva já achatada poderá recuar em número de mortos.

Precisamos reagir culturalmente incorporando uma nova normalidade, o filósofo Byung Chul Han chama de excesso de positividade, embora indicasse o fato que a sociedade caminha sempre não direção da aceleração, a expressão agora pode parecer mais apropriada, pois o contrário não é a negatividade, mas a realidade pandêmica.

Os países que conseguiram frear a aceleração do dia a dia, já colhem resultados, alguns como a Nova Zelândia (que adotou um #lockdown extremo e a presidente se tornou um ídolo nacional) colheram o fruto mais cedo, agora já sem a pandemia.

 

As primárias americanas

05 fev

Depois de um fiasco tecnológico, curioso que isto aconteça nos EUA e aqui duvidem das urnas, sai os primeiros resultados com 62%, mais curioso ainda é o sistema de contagem pois embora Bernie Sanders lidere, de fato um candidato a esquerda, os resultados até a noite de ontem eram:
Pete Buttigieg lidera com 26,9% dos delegados do estado para indicarem o candidato, enquanto Sanders logo atrás em 25,1% dos valores, seguem a senadora Elizabeth Warren com 18,3%, Joe Biden com 15,6% e Amy Klobuchar com 12,6%, um deles irá disputar com Trump que ganhou lá.
Pode-se especular sobre os verdadeiros motivos do atraso, suspeitas a parte, o crescimento de Bernie Sanders pode significar uma polarização futura nas eleições uma direita radical contra uma esquerda (nos moldes americanos) também radical, é quase uma tendência mundial.
O importante é entender por que isto ocorre, e claro se espalha por toda a sociedade, primeiro a dificuldade em situações extremas de pensar sobre situações políticas quando os discursos foram para extremos e segundo porque a imposição de um presidente radicalizado desperta reação.
É possível retomar a serenidade e voltar a refletir sobre os urgentes e dramáticos problemas mundiais, da ecologia a distribuição de renda, seria saudável para a democracia, para os cidadãos e para a cultura conforme refletimos ontem sobre os indicados para o Oscar que tem o dedo de dois diretores brasileiros, porém o cenário americano e mundial preocupa.
Radicalização favorecem a ditadores, nunca a democracia, creio que quando Alexis Tocqueville escreveu “Democracy in America” (1832) não poderia supor uma radicalização deste tipo.

 

Óbidos, a cidade medieval Portuguesa

22 jul

A cidade de Óbidos, considerada uma das 7 maravilhas de Portugal, ali pequenas cidades são vilas, embora tenham câmara municipal, são vinculadas a um distrito e esta cidade é vinculada ao distrito de Leiria, na província de Estremadura, o centro tem 2200 habitantes, mas a região toda tem quase 12 mil.
A cidade possui um castelo com Muralhas, considerada uma das 7 maravilhas de Portugal, onde pode-se conviver com aspectos medieval, esta semana por exemplo, tem o festival medieval, mas o projeto “Vila Literária” transformou Óbidos em Cidade Literária pela UNESCO.
Fica a 80 quilômetros de Lisboa, tem três ruas transversais, a rua Direita, a do Facho e de Josefa d´Óbidos, homenagem a principal artista barroca da cidade, post de amanhã.
Há vestígios que Óbidos seja habitado desde povos primitivos, sua logística próxima ao mar, o clima e a fortificação de defesas estiveram nesta região também os romanos, os muçulmanos e no ano 1148, após a conquista de Santarém e Lisboa por D. Afonso Henriques, também foi tomada dos árabes.
Há ali perto a Lagoa d´Óbidos, pode-se pela estrada real, sendo como lagoa mais fácil de defesa e também com saídas para o mar em vários pontos, indo da Praia de Bom Sucesso até a Praia da Foz do Arelho Mar, contornando a Lagoa.
Quanto ao nome, a palavra vem do latim Oppidus, que significa “cidade fortificada”, há sinais que o imperador Cesar Augusto tenha erigido a cidade no final do século I a.C.
Esta semana Óbidos realiza o Festival Medieval, e haverá um encontro doutoral de Arte Digital da Universidade Aberta.
O vídeo abaixo mostra o Festival Medieval do ano passado:

 

Buracos negros e cosmovisão

16 jul

Até recentemente o mundo material compreendia apenas a chamada matéria bariônica que é 4% do único, que é a matéria que a maioria das pessoas conhece, com a energia e massa escura apareceram os “buracos negros” que na verdade são corpos negros.
Os cientistas ainda acreditam pela teoria de Einstein que os buracos negros sugam objetos e tudo que está a sua volta, inclusive a própria luz, agora um fenômeno novo pode mudar isto.
Este processo de sugar é chamado acreção, assim existe um plasma quente que orbita em torno do buraco negro e que é sugado por acreção, mas isto também podem ocorrer em corpos, e agora foi avistado um corpo que resiste a esta acreção, por isto chamado de corpo de acreção, pela junção de material a sua volta no processo de formação de protoplanetas.
O objeto GRS1915+105 na verdade são dois astros um buraco negro (o corpo cuja gravidade impede que qualquer coisa escape, por isto está sendo chamado de faminto), e uma estrela bem modesta para a proporção do buraco negro, similar ao sol.
Se comparado aos 13 bilhões de anos-luz do universo observável, ela está próxima da Terra, pois está a 40 mil anos-luz de distância, o que intriga é que o astro negro (o nome parece melhor que buraco) é que o astro-estrela não é sugada, embora chamado de acreção.
Junto a um laboratório americana, o astro foi observado usando um telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês), formando um trio da Alemanha e do Chile que capturou a luz da estrela companheira do buraco negro e determinada a “ficha técnica”:
Conforme artigo publicado na Nature, o astrofísico Charles Bailyn da Universidade Yale, EUA, afirmou que ainda os cálculos não são bem precisos quanto ao tamanho, massa e energia: “Ela é computada usando observações bem simples e cálculos baseados apenas nas leis de movimento orbital de Kepler, que já são conhecidas e têm se mostrado confiáveis há séculos”.
A massa é um dos pontos problemáticos, além do aspecto da acresção, conforme afirma Jochen Greiner, do Instituto Astrofísico de Potsdam, Alemanha, um dos autores do artigo: “ficaria muito surpreso se a massa estivesse tão errada que as teorias se aplicassem. Com isso quero dizer que estou convencido que as teorias erraram o alvo”.
De fato já se desconfia que o que pensamos sobre massa é algo bem diferente, pela teoria da relatividade atual, até a partícula de Highs e a existência dos buracos negros elas pareciam se confirmar, já que o universo copernicano e newtoniano estavam superadas.
Agora se a massa for a que é medida, e o buraco não a suga, significa que haverá uma nova cosmovisão, onde massa e matéria precisam ser reconceituadas.

 

America do Sul e Agenda pós-2015

11 jul

Quando a ONU organizou a sua Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, parecia que as organizações da sociedade civil caminhavam para uma concentração maior em assuntos da pobreza e da fome, nos aspectos urbanísticos e na educação, no desarmamento nuclear e no empoderamento da mulher, outros assuntos relacionados com a pessoa, a luta por maiores regalias e poderes, a volta do nacionalismo caminhou em sentido contrário.
Afirmava o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em setembro de 2014> “nosso mundo precisa de mais energia eólica e solar. Mas creio em uma fonte de energia ainda mais forte, o poder das pessoas”, o caminho parecia seguro e não era, pode-se agora avaliar o erro.
Os números anteriores a reviravolta conservadora eram na América Latina ainda “muito desiguais”, afirmava Eduardo Frei que o Chile que governou de 1994-2000, com várias iniciativas que promoveram a democracia e a justiça social, tinha reduzido a pobreza de 38,6% para 7,8% da população, e a pobreza extrema de 13% para 2,5%, mas em 2015 a América Latina tinha outro perfil, apesar do crescimento do PIB de 2015 a 2018 (foto acima).
Era ainda uma região “mais desigual” do que outra, dos seus 600 milhões de habitantes ainda 167 milhões viviam na pobreza e 71 milhões na extrema pobreza, este contraste revela um fosso social perigoso e profundo, segundo afirmou o próprio Frei em 2015.
Com vistas ao futuro, Frei afirma que a luta contra a pobreza e as desigualdades exigiam junto ao esforço de sustentabilidade outro esforço de fundamento ético, e nessa encruzilhada, seria hora dos governos darem um maior impulso ao “movimento moral” que não aconteceu.
Juan Somavía, ex-diretor da Organização Internacional do Trabalho, disse na elaboração da agenda pós-2015 que uma boa base para negociações seria: “o documento reflete uma visão extremamente ambiciosa, com suas 17 metas e 69 indicadores centrados no conceito de desenvolvimento sustentável focado nas pessoas e na erradicação da pobreza”, afirmando que o apoio político da ONU era fundamental.
No 20º. aniversário da CMDS (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável), Oh Joon, o vice-presidente do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), afirmou que o problema da erradicação da pobreza foi incorporado aos objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), adotados em 2000, mas os outros dois: o emprego produtivo e a integração social, foram excluídos, e não é mera coincidência.
E integração social é um conceito mais amplo quando pensamos em uma cidadania global.

 

Fraternidade, cosmovisão e religião

05 jul

Não sei qual a religião da capitã do Sea Watch, porém a cosmovisão fraterna da capitã Carola Rackete, presa injustamente e levada aos tribunais e só solta estes dias, é sem dúvida a única e verdadeira manifestação de mundialidade no mundo contemporâneo recente.
A imprensa pouco noticiou, as autoridades italianas esbravejaram contra a “rebeldia” da capitã de socorrer náufragos e atracar em Lampedusa na Itália, contra a determinação da polícia marítima local, porém esta é a verdadeira fraternidade e religião de ver todos povos como merecedores da mesma fraternidade e respeito.
A capitã Rackete foi acusada dos crimes de resistência ou violência contra a embarcação de guerra italiana e de tentativa de naufrágio por ter se chocado contra uma patrulha da Guarda de Finanças (polícia marítima das fronteiras italianas), e os jornais europeus que sempre fazem alarde de qualquer atitude na américa latina ou na África pouco noticiaram a prisão de Rackete.
Ainda a velha visão colonialista de olhar com desdém para o resto do mundo, que não é só a americana, permanece e pouco olham para seus crimes e barbaridades, em especial contra os outros povos e nações que tem uma cosmovisão diferente da europeia.
Não reconhecem a penumbra e a cegueira que vivem, nem mesmo a própria cosmovisão é muito clara, além dos interesses políticos e econômicos, pouco ou nada sobra de um respeito por outros povos e culturas, e pouco reconhece a própria decadência e crise de pensamento.
A arrogância de uma cosmovisão limitada, apesar de sua origem do cristianismo, vale para boa parte do pensamento europeu, é fato que existem resistência e grupos que protestam, vale para a cosmovisão aparentemente fraterna da Europa aquele dito bíblico sobre o farisaísmo no tempo de Jesus, Lc 10: 12: “eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que esta cidade”, referindo a povos que rejeitavam a mensagem fraterna cristã.
É claro que só se pode falar de um cristianismo com uma cosmovisão de respeito e verdadeira fraternidade com todos os povos e culturas, pois o restante é farisaísmo e orgulho cultural.
O olhar com desdém aos povos sofridos, explorados e colonizados ainda é estigma de nosso tempo, ainda é fruto de uma cultura de dominação e exploração dos povos e da natureza.
No video abaixo a capitã do Sea-Watch, Rackete, fala após o lançamento da prisão domiciliar (pode-se ativar legendas):

 

Aporia e esperança

06 dez

O que podemos ter além da aporia, uma paralisação diante do impensável, retorno aos extremismos ?

Já postamos aqui sobe a phronesis, a sabedoria prática, que junto a techné e a práxis forma uma forma mais elaborada de entender a relação dualista e idealista de teoria e prática, mas foi Martha Nussbaum que colocou isto em novos patamares, apesar de desconfiança da crítica.

Martha Nussbaum foi a primeira ao desfilar em seu livro The Monarchy of Fear (A Monarquia do medo, poderá haver outras traduções pois o livro é de 2018), a obra que era uma visão clara do medo nos EUA, é agora também aplicada ao Brasil e ao crescimento dos fundamentalismos no mundo de hoje.

O nome pode parecer estranho, mas vai na linha de Rousseau o democrata “contratualista” mais lúcido e menos autoritário, onde a autora argumenta que numa monarquia a criança nasceu para “escravizar” as pessoas, mas ela evolui e vira um ser humano maduro quando consegue ver seus pais como uma extensão de si mesmo e passa a respeitá-los e a retribuir a vida que recebeu.

Partindo da teoria política, psicanálise, estudos psicológicos e clássicos, a filósofa argumenta que algumas emoções estão sabotando a democracia: o medo, a repulsa e a inveja, se antes não a levaram a sério, agora é hora de levar ao menos em conta.

Ela se contrapõe a esta teoria a escolha da esperança como um hábito prático, que significa colocarmos em contato com aquilo que a priori repelimos: a religião, as artes, a educação e o que parece mais fundamental: o estudo em detalhe das teorias da Justiça.

É um dos caminhos da transdisciplinaridade, mas antes devemos considerar o que está além do senso comum, pois também nestas áreas um certo nível de aprofundamento é necessário, além do autoritário e liberal, do justo e injusto social, da arte e das belas artes, há algo além e não é nem inter nem multi, mas trans, ou seja, além e nisto há algo de metafísico.

A esperança prática é também uma boa receita porque além de colocar algum luz no quadro atual de crise do pensamento, da cultura e até da religião, coloca-nos em movimento não na vida activa, mas em atividades que podem ser inseridas no dia a dia e alteram a vida e os resultados (incorporam assim phronesis e techné, embora a autora não a chame assim), ela trás para a conversa o tema das emoções, diz sobre si mesma: “não se tinha aprofundado o bastante”, disse em entrevista a Fronteiras do Pensamento.

Martha Nussbaum além de ser reconhecida estudiosa da cultura clássica, recebeu em 2016 o prêmio Kyoto, o equivalente japonês ao Nobel, que receberam também Karl Popper e Jürgen Habermas.

Não li o livro só esta entrevista e comentários em jornais, mas estou compondo minha lista de leitura para 2019, ele está nesta lista e que o espírito de paz e de fraternidade nos traga esperança.

 

Crise civilizatória e tecnologia

23 ago

Não são raros os discursos de apelo ao estado forte, a líderes messiânicos e técnicas políticas já ultrapassadas, porque existem as Mídias de redes sociais na qual rapidamente um discurso pode ser dissecado, ainda que estas próprias Mídias possam ser causa de outras verdades que não aquelas que os poderes centrais desejam, chegando ao fake e ao ódio político.

Os manuais antigos de gerência politica estão sendo reabertos pelos donos do poder, de Locke, Hobbes até Maquiavel, não faltam discursos de apelo ao “soberano” prudente e habilidoso, mas a pergunta importante é: onde estão eles, ou melhor quem são eles ?

Estas receitas estão tendo eficácia, a direita ou à esquerda, justamente pelo uso ou mal uso de mecanismos de Mídias sociais, novamente como modelo de “controle das massas”, o que foi feito com Trump e tentativas na França, mas o que chama a atenção é o discurso do ódio.

Também neste campo não faltam discursos dizendo que foram as redes que potencializaram isto, porém elas não existiam no tempo de Hitler, Mussolini e nas versões da Americana Latina: Perón, Getúlio Vargas e outros, alguém poderá dizer o rádio potencializou isto, talvez, mas o essencial foi o apelo ao nacionalismo e racismo que inflamou as massas, e ele está de novo ai.

Ao desprezar, ou utilizar mal as novas mídias fazendo o mesmo discurso que estes grupos de correntes de odio e de apelos emocionais fazem, não estamos fazendo outra coisa senão dar crédito a uma visão de ódio, de intolerância e de xenofobia presente também nas Mídias convencionais: radio, TV e cinema estão ai potencializando a violência verbal e material.

A reversão disto depende de discursos que desnudem a verdade, entramos no campo que exploramos de que são tempo de encobrimento da verdade, conforme afirma Sloterdijk, e colocar luz, ir para a clareira significa desmontar a cultura esta cultura de encobrimentos.

Há corrupção, sexismo e psicologismo em abundância, discordar disto não é “politicamente correto”, não falo aqui de intolerância é obvio, que também desvelamos ao falar esta semana de Locke, Voltaire e agora também Maquiavel, cujo discurso afirma que o mesmo não pode ser:  “volúvel,  superficial,  efeminado, pusilânime, indeciso” (MAQUIAVEL, 1996, p.109).

Há conselho n´O Princípe como fugir do ódio, manter-se firme nas adversidades, etc. o que o torna bom para leitura, mas a comunicação e as Mídias evoluíram, é preciso no mínimo atualizá-lo.

 

Monetarização do Whatsapp

02 ago

Segundo informações do Facebook dona do Whatsapp desde 2014, o chat mais popular do mundo vai se monetarizar e vender anúncios, havendo coisas curiosas a respeito, como comprar anúncios dentro do Facebook e eles circularem no WhatsApp.

Para comprar anúncios dentro do próprio Facebook será colocado um botão embutido dn WhatsApp embutido, quando os usuários clicarem nesse elemento, eles imediatamente iniciarão uma conversa pelo mensageiro da empresa que faz o anúncio, não se sabe se haverá inteligência detectando a conversa, por exemplo, estar falando de viagens e ao mesmo tempo surgirem ofertas de voo, no Facebook isto já acontece. 

Curiosamente, se a pessoa for respondida em até 24 horas, não haverá nenhuma cobrança para o negócio feito ao conversar com os usuários do WhatsApp, caso supere as 24 horas serão cobradas as respostas e os diálogos  das “mensagens vencidas”.

Um novo recurso que poderá explorar bastante os usuários terá a possibilidade de receber informações de empresas diretamente no WhatsApp.

O exemplo novamente é o de uma empresa área, que poderá lhe enviar cartões de embarque algumas horas antes do seu voo, e a Netflix já envia avisos sobre novas temporadas e episódios das séries que você tem assistido no serviço de streaming.

A rigor o WhatsApp Business existe desde janeiro deste ano, mas não gerou um centavo para a empresa, a empresa lançou nesta quarta-feira uma API do serviço

Resta saber qual será a reação dos usuários, uma vez que isto colocará um “ruído” em conversas que deveriam ser privativas, e o uso de informações pessoais é um tanto questionável. 

 

A saída educacional

18 abr

Apesar de grandes melhorias nos últimos anos, o progresso em direção à educação para todos estagnou a nível mundial, poucas iniciativas existem no sentido de darem saltos mais altos, Educação Aberta para Todos em Cursos Massivos Online pode ser a solução?

No total, 263 milhões de crianças, adolescentes e jovens tão fora da escola para o ano letivo que terminou em 2016, as estatísticas para 2017 não foram nada otimistas.

Isto significa que um progresso mais equitativo se tornará cada vez mais difícil se enormes barreiras são construídas já na educação juvenil estará fadada a recursos emergências e não a uma melhoria equitativa e sustentável da distribuição de bens em todo o planeta.

O porquê deste processo não ser equitativo tem algumas evidências: as crianças enfrentam as barreiras mais severas quanto à educação terão menores chances de desenvolvimento profissional e pessoal, isto se torna dramático quando elas estão associadas a gênero, pobreza, deslocamento, nomadismo, deficiência e / ou etnia, e ainda quando são deixadas para trás em deslocamentos devido às guerras.

Há um número desproporcional de crianças fora da escola vivendo em países caracterizados por instabilidade e conflito e/ou pobreza extrema, pouco se fala da África, mas a cada dia há um novo conflito.

Muitos dos países com maior número de crianças fora da escola não tem ajuda ou financiamento externo adequado para atender às suas necessidades, e as ONGs e ações de alguns países são localizadas e deficitárias.