
O que é verificável na pós-verdade
O que os ingleses, através da Universidade de Oxford definiram como pós-verdade, pouco ou nada tem a ver com a hermenêutica filosófica, ou seja fatos objetivos e crenças pessoais, na lógica do círculo hermenêutico pós entrar em fusão e diálogo dando origem a novas verdades quando se trata da hermenêutica e assim, os discursos “individuais” fazem parte do todo.
O tipo de verdade que está em jogo é aquela da “autoridade” dos pseudo-donos da verdade, o estado está em cheque, principalmente nas últimas eleições pelo planeta, até Angela Merkel teve perdas nas eleições regionais da Alemanha, e a primeira-ministra da Coréia do Sul, pega com um “singelo” ato de corrupção perdeu totalmente a credibilidade, já no Brasil …
A lógica do cotidiano deverá mudar, os mandões e chefões já não tem espaço em empresas modernas, sabe-se que muitos deles eram manipuladores e autoritários, aliás quem não é, até entre religiosos a hierarquia é complicado, o papa dizem aos bispos que “não são príncipes”.
Os pais ficam apavorados com a contestação dos filhos, mas a verdade é que ninguém cresce se não contesta, não questiona, a verdade mais importante na filosofia é a pergunta, a resposta pode demorar séculos e fritar milhões de neurônios.
Sou da opinião que há um retrocesso que chamei de desglobalização, mas um novo ciclo de mudanças virá depois, uma mundialização planetária com a participação de todos e com uma verdade mais “mundializada”.
O que houve com 2016 ?
Manifestações, políticos presos, recorde de audiência em sessões do senado e do congresso, lembre-se que no ano passado foi o mensalão, este ano foi muita coisa, quase um fato por dia, e ainda teve as olimpíadas, a prisão de Cunha e a falência do Rio de Janeiro, quase me esquecia do principal: as manifestações, algumas superando a casa dos milhões.
Minha síntese é que os três poderes resolveram “trabalhar”, às vezes em benefício próprio (como sempre foi) e as vezes em benefício da população, mas na maioria das vezes em confrontos e isto é a novidade, pois existiria um tal equilíbrio “dos três poderes”.
Lembremos, nas primeiras decisões polêmicas do ano a Corte resolve pela validade e o “rito” do processo de impeachment da agora ex-presidente Dilma Roussef, foi em março, 9 a 2.
As investigações da lava-jato se aproximam de Lula e Gilmar Mendes decide que Lula não poderia virar ministro chefe da Casa Civil de Dilma, disputa Judiciário x Executivo.
Em maio o ministro Teori Zavaski decidiu suspender Cunha (o impeachment já havia ocorrido), pois o Supremo entendeu que Cunha usava o mandato para “promover interesses espúrios”, disputa Legislativo x Judiciário.
Em Setembro a ministra Carmem Lúcia assume a presidência do SFT e muda o tom “solene” da casa, e dirige-se aos cidadãos a quem deu “autoridade suprema sobre todos nós, servidores públicos”, mesmo que isto demore anos é um novo alento a uma casa tão “douta”.
Numa decisão aplaudida por muitos, mas nem tanto pelos “doutos” senhores, a Corte decidiu autorizar a prisão de condenados serem presos em segunda instância da Justiça, mas precisou ser votada duas vezes, até a OAB fez recursos, só sendo aprovada no início de outubro.
Em nova votação ouvindo o povo, a desaposentação foi considerada inconstitucional.
Mas a maior queda de braço ficou para o fim de ano, no dia 5 de dezembro, o ministro Marco Aurélio do STF decidiu, atendendo a pedido da Rede Sustentabilidade, que Renan Calheiros deveria ser afastado do cargo de presidência do Senado, uma vez que responde processo.
Deu em nada, mas Renan passou sérios constrangimentos, como o de rejeitar uma ordem judicial, numa cena patética, mas que mostrou o poder que tem, apesar dos processos.
Acabou? Não, nova batalha agora sobre as 10 medidas contra a corrupção, que rendeu uma ida de Sérgio Moro e Gilmar Mendes ao Senado, agora o ministro Luiz Fux mandou que o projeto de natureza “popular” retorne a Congresso Nacional, uma vez que foi completamente alterado, fugindo ao seu escopo inicial.
Não vou concluir apenas constatar um fato: os três poderes trabalharam, bem ou mal.
Livros para ler em 2017
Já tenho 2 na minha pilha: Esferas I: Bolhas de Peter Sloterdijk e Verdade e Método (Wahrheit und Methode), a obra de Otto-Hans Gadamer de maior impacto, onde tenta responder a pergunta de Heidegger: “Onde estamos quando dizemos que estamos no mundo?”.
Em Bolhas, o primeiro da trilogia Esferas, Peter Sloterdijk, recém publicado no Brasil, oferece uma investigação filosófico-existencial a questão questão de Heidegger, mas também diz sobre o homem e sua relação com seus semelhantes e o seu entorno, a partir da noção de “espaços íntimos” como “bolhas”, estamos presos em “bolhas” que são nossos círculos “fechados” ?
Motivado pela conjuntura econômica, a autoajuda deve ceder a livros mais “psicológicos” e sobre questões alternativas de saúde, talvez leia dois que vejo na lista de mais vendidos: o trabalho da psicóloga Angela Duckworth, que vale para educadores, atletas e até negócios, onde indica que talento, é preciso paixão e perseverança para conquista: Garra – o Poder da Paixão e da Perseverança, já é bem vendido e pode bombar em 2016.
Na linha de cuidar da saúde, o já conhecido Drauzio Varella dá sinais que vai bombar agora nos livros: Palavra De Médico – Ciência, Saúde E Estilo De Vida, onde dá dicas de descobertas bem recentes de medicina e diz como cuidar bem da saúde, sem “modismos”.
Claro sempre pode haver surpresas, alguém que explique melhor a confusa situação mundial de guinada para o conservadorismo patriótico e populista, novas questões sobre a ecologia e alguém que aponte com otimismo perspectiva para o futuro.
Ah para quem aprecia a arte clássica, o livro de Martin Gayford: Michelangelo – Uma Vida Épica, lançada pela editora Cosac Naify. vale a pena, mas as 754 páginas em tom compilador pode desanimar.
O que foi bom ler em 2016
Falei muito de livros sobre a Hermeneutica, o Outro e questões de política e ética que bombaram em 2016, mas há livros menos “densos” e igualmente bons, são leituras fáceis e que podem ajudar muita gente, o primeiro deles é de Mario Sérgio Cortella: Porque fazemos o que fazemos ? curtinho, barato e muito interessante.
O que nos tira o prazer do dia a dia ? falta de tempo para tudo ? você tem um propósito para a vida ? parece auto ajuda, mas não é, é um livro de filosofia muito prática, sem “teorias”.
Baratinho e muito simples também é o Ansiedade e Autocontrole, do já conhecido e famoso Augusto Cury, dá dicas importantes sobre o estresse de nossas vidas e como é gerada a ansiedade, gostei principalmente porque desmistifica o fato que seria muito ou muita informação, o problema é “autocontrole”, passamos a fazer muita coisa no impulso.
Meu terceiro lugar está na ordem invertida, porque preciso sempre de livros mais profundos foi a garota do trem: audacioso e muito inteligente, conta a história de Rachel que todos dias anda de trem até Londres, certo dia ela segue um casal e descobre que a jovem está desaparecida, vai até a política e conta tudo, ah virou filme sim, é o que esteve em cartaz, mas não vi, a autora é Paula Hawkings, ela mudou como vejo o meu dia a dia e as pessoas ao lado.
Meu segundo lugar é Peter Kreeft, foi uma descoberta quase ao acaso, mas me fez muito bem, ele faz filosofia a moda socrática, isto é dialogando, li as Melhores Coisas da Vida, vejam meu post e seguintes, e Sócrates encontra Hume, mas há outros para ler.
O primeiro e último nesta lista foi o livro de Edgar Morin: Para onde vai o Mundo ? o livro é antigo, mas esta virada de 2016 para o nacionalismo e o pensamento conservador me pareceu oportuna, segundo o prefácio de de François L´Yvonnet, Morin “resiste a qualquer reconciliação ou otimismo beato” e propõe um “humanismo planetário, que comporta uma conscientização da ´Terra-Pátria´como comunidade de destino de origem de perdição” (seja meu post e os seguintes).
Minha pilha para 2017 está pronta, mas sempre os acontecimentos desviam minha leitura.
Deus entrou na história ?
São tantos os sinais que podemos confiar que sim, o antigo testamento, em que o povo caminha pelo deserto, pelo exílio e neste processo vai fazendo uma experiência de sofrimento, como fazem hoje os milhões de exilados do mundo todo, mas da Síria em particular, embora na África em muitos países a guerra é sangrenta.
Os sinais eram: “eis que a vida conceberá” (Isaías), “ele virá da tribo de Judá”, “será descendente de David”, “rasgarão suas vestes”, mas “nenhum de seus ossos será quebrado”, e muitos outros, mas a singeleza e a humildade não estavam na “conta” dos religiosos.
São valorizados os que sentam na primeira fileira, vestem roupas de “linho”,
Será que podemos observar esta presença na história ? será que a promessa de Isaias se cumprirá (Is 52:9) Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. o que dizem os exegetas disto ?
Jerusalém arde em guerras e divisões, outros dirão mas é a Jerusalém celeste, é uma forma de escapismo, o importante sinal é a guerra e os exilados estão aí, o que faremos ?
A resposta está em João 1:10-11: “A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.”, então quem são os seus, entendem estas palavras ? e o que fazem.
Tinha que vir depois da dureza da lei, uma pessoa em sua plenitude de SER, diz o mesmo texto de João 1-17-18: “Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer”.
Cabe a nós promover a paz, a acolhida a todos homens, não ao nosso ambiente apenas, mas a todos, procurando um mundo mais unido e fraterno, com o nosso empenho, testemunho e vida, “ele no-lo deu a conhecer” e aí esta a verdade e a vida.
Inocência e política
De Platão e Aristóteles, passando por Hobbes, Locke, Rousseau, Hegel e Marx, chegando até Habermas, John Rawls, Charles Taylor, Edgar Morin e Manuel Castelss, uma questão política é fundamental e subjaz a todo elaborado discurso político: como faremos para viver juntos em sociedade ?
Pouco conhecido e completando seu ano sabático no Brasil, o Italiano Antônio Baggio escreveu sobre o lema esquecido da Revolução Francesa: a fraternidade, com boa tradução brasileira.
O que uma criança inocente nascida em uma colônia do poderoso império romano pode ter a ver com tudo isto, não teria nada se não fosse este “lema esquecido” da última grande revolução civilizatória, já que a socialista não completou seu ciclo, e talvez não complete, mas os problemas sociais: concentração de renda, ecologia e agora desglobalização estão ai.
Retomo Edgar Morin em seu Pátria-Terra e Manuel Castells com a Sociedade da Informação, um mundo que se vê está aí, mas este mundo poderá elaborar formas de convivência pacíficas ?
Neste momento parece um retrocesso, mas é preciso certa dose de ingenuidade, de amor a humanidade e de respeito à diversidade, e esta criança inocente, este menino-Deus tem algo a dizer, o olhar puro e até de certa forma ingênuo ao Outro, ao diferente pode nos ajudar.
É possível, mais que isto é necessário criar a ideia de um mundo onde todos possam conviver, e não há outra forma senão respeitar diferenças, conviver e alargar o coração a todos.
Uma criança nascida foi contada entre os homens (era o período do recenseamento), depois fugiu para o Egito, pois Herodes manda matar todos recém-nascidos, e mais tarde porque “amou os seus até o fim” será morto, mas deixou ao mundo sua mensagem, seu mandamento NOVO: “amai-vos COMO eu vos ameis”, isto é até o fim, até a morte.
Mas não se confunda há um só Jesus, e sua política não se confundem com estruturas, poderes e paixões humanas demais, só se entende a fraternidade, se nos vemos com irmãos IGUAIS.
Machado e o cânone literário
Sempre achei insuficiente a maioria das análises de Machado de Assis, faltava olhar um Machado culto e como todo bom intelectual capaz de sofrer influências, sem perder a sua brasilidade de mulato, carioca e político, tendo assumido diversos cargos públicos.
Muito já se escreveu e falou das influências de Shakespeare e Eça de Queiroz num dos maiores autores nacionais, também já se falou de sua brasilidade, mas Sonia Salomão revela uma face ainda pouco vista e por isso pouco explorada.
A autora Sonia Netto Salomão, escreveu o livro lançado este ano Machado e o cânone literário (Eduerj, 434 pp.; R$ 60), ela é brasileira, porém é professora na Universidade de Roma La Sapienza, e aprofundou os estudos no contexto italiano do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX, com forte influencia de Dante, Machiavel, Leopardi e o destacou sua condição de frequente espectador das operas e de teatro dramático no Rio de Janeiro, e a forte influencia italiana no livro Dom Casmurro.
Esta análise vai passar despercebida por certo tempo, porque oscilamos em boa parte da mentalidade nacional ora por um xenofobismo europeu (o americano é pior), sem perceber nossas fortes influencias europeia, ora por uma adesão acrítica de leituras estrangeiras sendo incapazes de ver as nuances da adesão na cultura nacional do pensamento ocidental.
O livro custa em torno de R$ 60,00 e foi publicado pela Eduerj.
Desglobalização: definindo 2016
Há várias possíveis definições para 2016, que ainda não terminou, porém sabemos que há uma mudança de rota, foi o ano do BREXIT (a saída da Grão-Bretanha da zona do Euro), a vitória mais que surpreende de Donald Trump nos EUA, a direita e extrema direita disputando eleições na França e Angela Merkel perdendo espaços na Alemanha.
A Universidade de Oxford usou a palavra pós-verdade para definir este ano, palavra que embora conhecida desde 1992, cunhada por Steve Tesich, teve um crescimento de mais de 2.000% no ano de 2016.
Segundo o dicionário Oxford, define-se pós-verdade como: “que se relaciona ou denota circunstância nas quais fatos objetivos tem menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e as crenças pessoais”, ou seja, também o cenário da America Latina poderia estar contemplado desta forma.
Os Alemãos da Sociedade da Língua Alemã (GfdS), usou uma fala de Angela Merkel quando seu partido foi derrotado em eleições regionais: “vivemos em tempos pós-factuais”, para definir 2016 assim: pós-factual.
Prefiro o que há de base comum em todos estes fatos, num retrocesso a tendência de mundialização, um certo reavivamente dos conceitos de “nações”, “culturas” e “povos”, o que não há nada de ruim, se não houvesse a rejeição do que é diferente, é a necessidade de tolerância e diálogo.
Chamo este processo o reverso da globalização, de desglobalização, tendência oposta ao que pedem livros como “terra-Pátria” de Edgar Morin, e o “O mundo não tem tempo a perder” de diversos pensadores importantes, entre eles o próprio Morin, Peter Sloterdijk e muitos outros, que pedem uma “governança mundial” para enfrentar problemas emergenciais: concentração de renda, desiquilíbrio ecológico, corrupção, etc. que precisam de uma agenda mundial.
Lembro que a história da humanidade também teve retrocessos, como a Restauração na França, os reinados no meio de um incipiente avanço da modernidade e tantos outros, mas o vetor da “mundialização” é positivo, é preciso compreendemos dentro de vários parâmetros.
A função das redes e das mídias sociais na denuncia de discriminações, atrocidades e uso não coerente da máquina de estado, uma maior visibilidade de tudo que ocorre no planeta e no plano filosófico a redescoberta do “Outro”, do diferente e do homo sacer.
Star Wars vale a pena ver ?
Rogue One: uma história de Star Wars, o mais novo filme da série está estreando nos telões brasileiros, a história é bem simples: a Aliança se forma para tentar roubar os planos da Estrela da Morte e trazer nova esperança para a galáxia, bem aqui na Terra estamos precisando.
Fui ver, tinha a expectativa primeiro que não é um episódio isolado, a princesa Leia aquela da transmissão holográfica reaparece, a participação já antecipada no trailer de Darth Vader, mas há personagens novos como o robô imperial K-2SO: um cyborg reprogramado que fala tudo que vem a cabeça, lembra alguém do mundo da política ?
Há também Jyn Erso (Felicity Jones) que cresceu sob os cuidados do rebelde e filha do engenheiro-chefe da estrela da morte, ao seu lado lutarão Cassian (Diego Luna) um espião da Aliança, Chirrut (Donnie Yen), um guerreiro cego que acredita na Força com um fervor religioso (impressiona mesmo, embora não seja um Jedi); Baze (Wen Jiang), protetor e parceiro de Chirrut; e Bodhi (Riz Ahmed), um ex-piloto do Império.
Fui ver a versão 3D, os efeitos especiais realmente valem a pena, Roque One tem mais ação para os aficionados do gênero, Wars na verdade por enquanto não era exatamente guerra, tendo abordagens mais “terrestres”, sendo mais ousado e tecnicamente mais bem feito.
Se é que isto não era claro em filmes anteriores, o filme “mais terrestre” é porque há cenas que lembra o Dia D, a invasão de soldados nas praias europeias (claro, no filme é espacial), e também algumas cenas rementem aos conflitos do Oriente Médio, bem ao padrão de guerra global da visão belicista americana.
Talvez este elogio seja também uma crítica, mas só para os que não imaginam que sempre esteve por trás desta série e de outras o belicismo americano, mas ideologia a parte, o filme vale a pena, como prometiam o melhor da série.
Vai ter Oscar ? depois de Mad Max no ano passado, este até que merece mais.
Em Nome de Deus ?
Alguns para ganhar notoriedade e adesão pensam falar em nome de Deus, mas se lessem realmente atentos a Bíblia iria ler, por exemplo, o que Acaz afirmou no texto de Isaias 7,11-12:
“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: ´Não pedirei nem tentarei ao Senhor´ “.
Também no deserto, tema recorrente em períodos de dificuldades com os dias de hoje, Jesus ao ser tentado lembra Isaias e o repete em Mateus 4:6-7, como mais um sinal da revelação de que era o Messias esperado:
“Se tu és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: ‘Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e com as mãos eles te susterão, para que jamais tropeces em alguma pedra’”. Contestou-lhe Jesus: “Também está escrito: ‘Não tentarás o SENHOR teu Deus’”.
Aos que querem falar em nome de Deus, devem primeiro perguntar-se se de fato estão autorizados para isto, não falo apenas de fundamentalistas, mas principalmente daqueles que usam a sagrada escritura para promover seus interesses políticos de diversas espécies, a arrogância lhes dará um deserto ainda maior, a ausência e o silêncio de Deus.
Moisés, Acaz, Maria e tantos outros personagens bíblicos foram humildes, por outro lado quanta arrogância na boca daqueles que juram estar na companhia divina.
Quando o anjo aparece a Maria e diz que ela conceberá um filho ela se faz humilde e diz “seja feita a sua vontade” ainda que lhe fosse confusa, e o próprio José se afasta para não “desonrar Maria”, isto é, teria pela lei judaica direito de apedrejá-la.
Hoje quanta arrogância em nome de Deus, serão estes os homens de Deus ?