Arquivo para setembro 5th, 2016
Diálogo, filosofia e o Outro
Vivemos duas guerras mundiais, várias revoluções, uma crise da razão tão profunda que leva a humanidade a uma certa perda de sentido e de valores, quais sãos os valores que nos unem ao Outro ? como sabemos se temos algo comum que nos une ?
Elaborado este contexto, os filósofos Husserl, Heidegger e Rosenzweig, Lévinas abrem-se ao diálogo com a tradição filosófica ocidental, notadamente, em Heidegger, para propor um humanismo ao Outro homem, aberto ao infinito e junto ao Outro.
Elabora-se uma nova dimensão do humano que visa se vê-lo livre de um egoísmo, onde a filosofia tradicional objetivista chega ao poder tal como Lévinas a questiona.
Foi capaz de obter a resposta acerca da busca radical do sentido do humano, nosso autor analisa a forma reflexiva da natureza, eis que o homem é naturalmente humano, isto é, no caminho da ontologia; não na totalidade/história, mas sim voltando-se para sua questão central: a relação humana com o infinito.
Quando se consideram os valores do Outro, para Lévinas este homem não deve ser visto como totalidade, pois assim se vê no todo (de seus preconceitos) e despreza o rosto do outro, que é o objeto ético supremo, a ética moral idealista de nosso tempo.
Nossa intenção é considerar o que este Outro de Lévinas agrega para a reflexão sobre não apenas a ética de certa cultura, ou determinada religião, mas apenas o Outro: é preciso ouvi-lo, compreende-lo com o profundo de nosso ser, é preciso “Di-álogo”.