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Arquivo para abril, 2016

Morre Zaha Hadid

04 abr

Morreu no penultimo sábado passado a britânico-iraquiana Zaha Hadid, tinha 65 anosZahaHadid e estava sendo tratada de bronquite em um hospital em Miami (EUA).

Hadid criou o famoso Parque Aquático da Olimpíada de Londres 2012 que era móvel e podia ser totalmente remodelado, como foi feito numa das arquibancadas da Arena Corinthians e seus projetos estão espalhados por países como Alemanha, Hong Kong e Azerbaijão.

 

No Brasil, a arquiteta criou apenas uma sandália da frife Melissa, em 2008.

 

Em 2004, ela foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Pritzker, o mais importante da área, considerado o “Nobel da arquitetura”.

 

Foi também laureada com a Medalha de Ouro do Instituto Real de Arquitetos Britânicos, em reconhecimento por sua obra, ocasião em que declarou:”Hoje em dia vemos o tempo todo mais arquitetas estabelecidas. Mas isto não significa que seja fácil. Às vezes os desafios são imensos. Houve uma mudança tremenda nos últimos anos e vamos continuar com este progresso”, sobre a participação feminina.

 

O seu primeiro grande projeto foi a Estação de Bombeiros Vitra em Weila am Rhein, na Alemanha, Riba Stirling Prize foi conquistado duas vezes, em 2010 pelo projeto do Museu Maxxi em Roma, em 2011 pelo projeto da Evelyn Grace Academy em Brixton, Londres.

 

O seu projeto mais futurista nunca foi construído, o The Peak Leisure Club de Hong Kong, feito em 1983, era baseado em uma montanha de granito para ser construído acima do transito sempre congestionado de Hong Kong (foto).

 

Estética imposta e ser no Brasil

01 abr

A análise de Martim Vasques da Cunha é importante até que resolveAPoeiraDaGloria abrir um discurso Kierkegaardiano em torno de três princípios, que não é exatamente o discurso do pensador dinamarquês, mas faz sentido: o belo, o bom e o verdadeiro.

Kierkegaard junto a Niestzche e Schopenhauer são sem dúvida uma ruptura com o discurso do “monismo da razão” termo usado por Cunha, mas que provavelmente de propósito quer colocar Espinoza e Leibniz de quem se pode falar de monismo, com Descartes e Kant estes sim elaboradores do racionalismo.

O importante é que Cunha ao afirmar que “no Brasil, a vida por meio de um ponto de vista meramente estético é o que caracteriza o comportamento de seu cidadão” (Cunha, 2015, p. 96) e mais a frente vai indicar “que o Belo não precisa do Bom nem muito menos do verdadeiro, e lhe interessa é a aparência, o disfarce, a dissimulação …” (idem).

Retoma um discurso de Viera de Mello, este sim correto: “na verdade é a compreensão do mundo como um palco que leva o brasileiro a uma exteriorização excessiva dos seus sentimentos, exteriorização que, muitas vezes, não é possível levar a efeito sem uma certa insinceridade. ” (apud Cunha, 2015, p. 77).

É verdade, mas devemos reconhecer que tomamos isto de certa forma “emprestado” dos negros e não dos europeus que vieram aqui, portanto o restante do discurso de Kieerkegaard vale para o europeu, próprio do discurso de Cunha e não da mistura brasileira.

A mistura de raças que fazem a mistura do brasileiro somada aos índios, contribuíram para uma dificuldade de identidade que exige do brasileiro esta exposição de exterioridade, desejo de dialogia, ao mesmo tempo em que mergulha na busca do bom e do justo (no sentido social mais amplo que se possa pensar), algo que fez Policarpo Quaresma escrever um requerimento “à Câmara dos Deputados do Governo Federal ao pedir que a língua oficial da nação fosse o tupi-guarani e não o português  …” (apud Cunha, 2015, p. 85).

É preciso espaço e diálogo para que a expressão da brasilidade se desenvolva, ainda não sabemos quem somos, quando soubermos veremos que é uma bela e boa diversidade, cada qual com suas verdades culturais.