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Arquivo para maio, 2016

Asus mostra o Zenfone 3

31 mai

A feira de tecnologia Computex começará esta semana em Taiwan, mas antes de começar Zenfone3a Asus já mostrou seu novo smartphone Zenfone 3, com um designer arrojado, vidro protetor Gorilla Glass 4 na frente e alumínio como fundo, com uma memória de 6 GB, bem maior que os 2 GB da concorrente do iPhone.

 

O Zenfone 3 é mais ergonômico com uma tela de 5,5 polegadas, resolução Full HD, com sensor digital para desbloqueio, o processador Snapdragon 625, 4 GB de RAM e bateria de 3.000 mAh. é mais potente que a linha Intel dos seus produtos anteriores.

 

Tem duas outras versões, o Deluxe com 5,7 polegadas, Snapdragon 820, da Qualcomm também e maior resolução de câmeras 23 MP e 8 MP, enquanto o Zenfone Ultra tem a tela como diferencial: ela tem 6,8 polegadas, um processador  Snapdragon 652 mais eficiente, aliado a 4 GB de memória RAM e uma bateria de 4.600 mAh. .

 

Comentaremos outras novidades no início da Computex, que começa no dia de hoje em Taiwan, são esperadas novidades em Smartphones, laptops e ultrabooks.

 

 

Democracia, transparência e a crise

30 mai

A decisão do presidente do STF Ricardo Lewandoski de abrir os processos “ocultos”TransparenciaGov parece desagradar a todos, porque com certeza os famosos dois lados estão comprometidos e não tem interesse em transparência alguma, apenas em distorcer fatos: a corrupção campeia.

 

Bresser Pereira, que pode ser criticado como economista, afirmou sobre o estado uma ideia importante: “a transparência do Estado se efetiva por meio do acesso do cidadão à informação governamental, o que torna mais democrática a relação entre o Estado e a sociedade civil” (BRESSER-PEREIRA, 2004, p. 23).

 

A visibilidade pública de tudo que está acontecendo agrada a quem quer o fim do uso privado do estado e desagradam setores que gostam de distorcer fatos, sem exceção, a postura ética e transparente dos negócios públicos, deve ser feito além do controle parlamentar (que é comprometido) e pelo STF (por direito), com procedimentos que dê ao cidadão comum a possibilidade de um acesso direto, sem precisar de interpretes, vazamentos seletivos e outras manipulações.

 

O Portal Transparência Brasil, criado em 2004, serviu de referência aos demais portais, permitindo que este seja um instrumento a mais na prestação de contas da administração pública e, junto com ele vieram a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, e mais tarde a Lei Complementar n° 135/2010, chamada Lei da Ficha Limpa.

 

Agora o procedimento adotado por Lewandoski, a Resolução 579/2016, edita que fica “vedada a classificação de quaisquer pedidos e feitos novos ou já em tramitação no Tribunal como ‘ocultos'”, põe fim a chamada “judicialização” de que gostam alguns setores políticos, ainda há outras tentativas como: proibir a delação premiada para manter o pacto de silêncio entre os que roubam o erário público e outras operações de obstrução da justiça.

 

A sangria, para usar o jargão do momento, é dura, mas é o caminho de tentar mudar o rumo do assalto ao dinheiro público feito sistematicamente por uma máquina de estado incapaz de levar a sério o que querem a maioria dos cidadãos comuns: ética e moralidade no uso do dinheiro público, fim dos lobbies que atuam no senado e câmara federal, e compromisso de fato com as grandes questões sociais.

 

BRESSER-PEREIRA, Luis Carlos. “As formas de responsabilização na gestão pública”. In: BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos & GRAU, Nuria Cunill, 2004.

 

Como termina o Mercador de Veneza

28 mai

A obra de Shakespeare O Mercador de Veneza mostra porque este autoroMercador2 é grande, a sua capacidade de manipular a opinião do público, colocando personagens ardilosos e negulosos de propósito, na verdade Belmonte é uma cidade fictícia, mas talvez tenha pensado em Malta, já que dizem alguns de seus biógrafos que era inspirada em O Judeu de Malta, de seu contemporâneo Christopher Marlowe, e a ficção nos fez pensar no Brasil,

 

Antonio é um mercador com prestígio, na nossa parábola os bons empresários brasileiros, e Shylock, é um sórdido usurário que o leva ao tribunal, corruptos e políticos na parábola.

 

A heroína da trama, a rica dama italiana a procura de marido Pórcia, é o povo em busca de governantes sérios para um Brasil com moral baixo, agora com possibilidade de perder as olimpíadas, mas mais que isto quase falido, com uma crise política que continua.

 

Quando tudo parecia perdido, é o caso atual do Brasil em que corruptos aparecem do lado do governo e do povo, aparece um jovem doutor em direito Baltasar, que na verdade é Pórcia disfarçada, com um jovem aprendiz Estéfano, que é Nerissa (dama de companhia de Pórcia) também disfarçada, elas que com um artifício capcioso, conseguem mostrar que retirar uma libra de carne de Antonio escorreria sangue que não estava previsto no acordo, e então seria o judeu a pagar com a vida, pelo sangue escorrido.

 

A abertura dos dados de processos sigilosos no supremo, mais do que novos vazamentos “seletivos”, é o desmascaramento dos políticos corruptos e seus planos ardilosos.

 

O mercador de Veneza e o Brasil

27 mai

O Mercador de Veneza, é uma obra mais polêmica e comentada de Shakespeare feita no final dos anosOMercadorVeneza 1500, período das descobertas e a nosso ver da decadência da renascença e início do projeto idealista da modernidade, também é o período que judeus estão expulsos da Inglaterra (1290-1655), quer dizer havia uma dose de anti-semitismo lá, mas aqui é uma parábola.

 

O mercador é, portanto uma típica caricatura da época, o que gerou polêmica e deu um grande destaque a obra de Shakespeare, trata de um vilão, um judeu chamado Shylock, um tipo um tanto desprezível, que tem como vítima o cristão Antônio, cidadão bem sucedido de Veneza, que empresta dinheiro a um nobre falido chamado Bassânio, que deseja casar-se com Pórcia, uma bela e rica herdeira que vive no continente em Belmonte.

 

Antônio, entretanto deve pegar o empréstimo com Shylock, detentor de uma frota de navios, que lhe faz colocar como garantia uma libra da própria carne.

 

Seu amigo Antonio concorda em lhe emprestar o capital necessário para que ele viaje até Belmonte, no continente, onde vive Pórcia. Antonio é um mercador, toda a sua fortuna está investida numa frota de navios mercantes que navegam em águas estrangeiras. Então ele faz um empréstimo com Shylock, um mercenário judeu que concorda em emprestar o dinheiro desde que Antonio empenhe uma libra de sua própria carne como garantia. Bassânio chega a Belmonte e descobre que para ganhar a mão de Pórcia terá que se submeter a um teste envolvendo três arcas deixadas pelo pai da moça antes de morrer.

 

Graças a um truque de Pórcia ele se dá bem, mas logo após o casamento chega a noticia que os barcos de Antonio naufragaram e ele perdeu toda sua fortuna, estando sua vida, agora, nas mãos de Shylock. Bassânio volta então para Veneza enquanto Pórcia arquiteta um plano para salvar Antonio e testar o amor de Bassânio por ela.

 

A rica moça Pórcia são as riquezas nacionais, Antônio e seu amigo Bassânio são os políticos que estar no poder parar viver da herança da bela moça, Shylock são empresários e lobistas corruptos que comprometeram o sistema político nacional prestando “serviços”.

 

Na parábola brasileira Pórcia, pode significar o povo e a justiça, trata um plano para testar Bassânio, se seu amor por ela é verdadeiro, significar dar poder que “amam” seu povo.

 

Substância e transubstanciação

26 mai

A separação do homem da natureza, transfigurada no idealismoCorpus Christi na redução entre sujeito e objeto, separados e segmentados, é um conceito chave para unir metafísica e ontologia.

 

Designa-se por substância aquilo que há de permanente nas coisas que podem ser modificadas, por exemplo um homem jovem e um homem velho, onde jovem e velho são acidentes da substância homem, que permanece, se admitimos a vida eterna: para sempre.

 

Os realistas da idade média, dizem que a substância existe fundamento do existente portanto, vejam o post anterior, enquanto os nominalistas diziam que tudo são nomes atribuídos pelo homem, do qual a essência pouco conhecemos ou mesmo conheceremos.

 

No início da modernidade haviam aqueles que reconheciam uma única substância inicial (os monistas), a mônada de Leibniz por exemplo mas também Espinosa, para ambos a substância iniciado é Deus ou o Ser.

 

Olhando para a natureza, de um modo geral sempre haverá uma separação entre homem e natureza, o princípio antropocêntrico surgido do final da idade média, se por um lado foi importante a valorização e identificação humana, por outro, sua separação da natureza foi de certa forma desastrosa, significou o surgimento de um dualismo, sempre presente hoje.

 

A ideia que a natureza e o homem possam ser uma coisa é que, afinal o homem também é natureza, complexa ou complexificada, como queria Teilhard Chardin, mas o homem ao deixar a natureza de lado, para apenas dominá-la e transformá-la deixou de entender e trabalhar aquilo que tem de “natural” no seu Ser, a substância é, o elo de ligação entre ser e estar.

 

Segundo a teoria do Big Bang de uma explosão inicial formou-se as radiações eletromagnéticas e destas as partículas primeiras partículas elementares, pela física atual, Férmions (quarks e leptons), bósons e uma lista de partículas (photino particular elementar do fótons, neutralino partícula elementar do neutrino, gravitino partícula elementar do gráviton, etc) de onde teriam surgido todas as substâncias materiais de todo universo.

 

Teilhard Chardin trabalhou o conceito de universo cristocêntrico, toda a substância do universo deificada por sua união ao corpus divino, e para marcar terrenamente este fenômeno universal, deixou uma forma de transubstanciação terrena, o corpus christi, que na ultima ceia de Jesus deixou como testamento de sua passagem no planeta, e que passou ser comemorada a partir do século XIII, na data de hoje em todo mundo se celebra isto, curiosamente o período que nasce a crise entre a questão da substância e do Ser, com Tomás de Aquino e Boaventura.

 

A natureza e o homem separados

25 mai

O final da idade média, o período pensado como renascença é umEgoEco período visto como um bloco, mas pode ser separados em dois: auge e decadência, para os que são críticos do idealismo a decadência tem início na renascença.

 

Na origem está o problema de realistas e nominalistas, ou dito de forma moderna, entre a physis e a meta-physis, autores modernos como Gilson e Edgar Morin entraram na questão.

 

No início da modernidade Espinosa e Leibni enfrentaram o problema de modo diferente., olhando para a humanidade integrada a natureza em todo da questão da substância, também não abandonaram totalmente a metafísica medieval, mas reformularam.

 

Para Espinosa, a existência de toda e qualquer coisa expressa apenas o poder de existir que pertence à sua natureza, dito por ele da seguinte forma “a existência de substância resulta apenas da sua natureza, porque isso implica existência” (ESPINOSA apud GILSON, 2002, p.75).

 

Tanto a natureza natural como a natureza humana (como complexificação do natural) podem assim ser entendida, a natureza e homem natural, como a própria existência, tal qual deriva a physis em Morin, onde na natureza podem encontrar a própria noção de existência.

 

Gilson nos diz ainda sobre a ideia de natureza em Espinosa que, “tal como o círculo quadrado não pode existir porque a sua essência é contraditória, Deus não pode não existir…” (ESPINOSA apud GILSON, 2002, p.75), pois Deus ou o ser absolutamente infinito existe absolutamente, entretanto, um Deus que “existe e age meramente a partir da necessidade de sua natureza” (ESPINOSA apud GILSON, 2002, p.75) pode ser entendido como a própria natureza.

 

Retornaremos ao assunto no próximo post, para falar da substância e do homem visto como substância, a própria “transubstanciação” de um Deus, como significado do Corpus divino.

 

A crise 2º. Ato

24 mai

O governo interino Michel Temer, adotou a pragmática do poder dosPrimeiroEscalao primeiros ministros para garantir a governabilidade, e os técnicos no segundo escalão para tentar recompor as perdas da crise no plano econômico e estrutural do país.

O primeiro plano já revela problemas, uma vez que um ministro importante foi pego em gravação, é bom que se diga anterior ao impeachment, onde manifestava um interesse de barrar a operação lava-jato que investiga os crimes de corrupção no país.

O fato que é necessário manter determinados políticos no primeiro escalão de governo para passar propostas que são impopulares poderá levar o governo à ingovernabilidade, o que seria neste caso um paradoxo, para garantir a governabilidade chegou-se a ingovernabilidade.

Agora começam as medidas de técnicas de combate a crise, a saber o aperto nos gastos públicos e os cortes a médio e longo prazo (o caso da previdência) nas contas da governo, embora necessários poderão não ter a legitimidade de governo que daria crédito às medidas adotadas.

Hoje começa a segunda batalha, ou o 2º. ato do governo, considerando a nomeação dos ministros o primeiro ato, medidas duras são necessárias, mas há legitimidade e respeito popular para toma-las ? é uma preocupação, mas não há uma resposta certeira possível.

Vamos de crise em crise, qual é o fundo do posso, o que parece movê-las é o combustível da corrupção, neste caso este fogo da crise não se pode apaga-lo com mais gasolina, denuncias de pessoas de governo envolvidas em corrupção, neste caso o último ato possível é novas eleições, não consigo vislumbrar outro horizonte.

 

Internet das coisas vem ai

23 mai

 

Se temos 7 bilhões de pessoas no mundo, das quais perto de 5 bilhões BilhoesDispositivosestão conectadas, o número de dispositivos é de 50 bilhões e a conexão entre dispositivos poderá ser mudança ainda mais surpreendente que a que aconteceu com a internet: a internet das coisas (IoT).

 

Os protocolos até recentemente eram reduzidos, agora novos padrões começam a emergir além do conhecido BlueTooth, chega com força agora o ZBee ou ZigBee.

 

O BlueTooth também evoluiu para o BlueTooth Low-Energy (BLE) ou Smart Bluetooth, como protocolo antigo e conhecido para internet das coisas segue firme, uma vez que o consumo de energia é um item significativo para a aprovação das tecnologias IoT.

 

Mas ZigBee vem crescendo em número de aplicações e dispositivos, e começa a ganhar muito interesse em desenvolvedores, usado em automação de casas, edifícios e áreas industriais, usa um protocolo padronizado IEEE 802.15.4 que é uma tecnologia sem fio padrão industrial que opera para aplicações na faixa de 2,4 GHZ requerem pouca troca de dados e operam numa faixa de 100 m, portanto excelente para casas, edifícios ou industriais.

 

Uma evolução do ZBee é o padrão RF4CE que tem algumas vantagens para sistemas complexos com baixo consumo de energia, alta segurança, robustez e alta escalabilidade com adição de nós e pode ser inserida em redes de controle de sensores sem fio para aplicações M2M (Máquina para Máquina) na IoT.

 

A versão mais recente é o ZBee 3.0, que unifica todos padrões ZigBee em um único padrão.

 

Há outros padrões comentaremos nos próximos posts.

 

O justo e o direito

20 mai

Os assuntos anteriormente tratados sobre a paz quase nos remetemDiversidade inevitavelmente ao direito, isto nos lembra a obra de Norberto Bobbio: A era dos Direitos (publicado em português em 2014).

 

A hipótese de sua obra é: estamos na era dos direitos devido ao paradoxo do excesso de poder este que criou condições para guerra de extermínio nuclear, face ao excesso de impotência, que condena a grande massa humana à fome, mas poderíamos dizer por extensão à guerra e mais recentemente ao exílio ou ao êxodo, o exílio sem acolhida.

 

O desafio colocando em termos da ética do Outro é não fundamentar o direito para isto, ou uma das alternativas que propomos é criar uma ontoética, mas como poderíamos garanti-los ?

 

Nisto está a preocupação de muitos políticos, pensadores e agentes da paz, qual o modo mais seguro em garanti-los, pois de nada adianta fazer declarações solenes e depois violá-las.

 

Bobbio critica em sua obra a ineficácia: “dogmas abstratos, definições metafísicas, axiomas mais ou menos literários, ou seja, mais ou menos falsos, ora vagos, ora contraditórios” (Bobbio, 2014)

 

Diante desta ineficácia, qual o real problema em relação aos direitos fundamentais, ou seja, juridicamente se o instrumento processual seria prático para seu fim ao qual foi criado.

 

Em termos jurídicos seria necessária uma hermenêutica acerca do direito material? Fica a questão para os juristas, mas gostaria de responder de modo prático, usando a ontoética.

 

Seriam necessários organismos internacionais, independentes de pressões econômicas, políticas e ideológicas que garantissem o direito de manifestações das “singularidades”, por que a classificação de minorias, subjetividades, crenças e nações parecem insuficientes.

 

O que determinados povos precisam para subsistir, o que consideram ideais e de que modo se podem estabelecer a convivência pacífica das intersubjetividades ? Ficam estas questões.

 

A paz e a autonomia

19 mai

 

Os textos do filósofo Emmanuel Lévinas Autonomia(1906-1995), desde seu texto de 1953, passando por Liberdade e comando, ele apresenta sua tese que tem as próprias raízes em uma sofrida paixão civil que desembocou em duas guerras e diversas faces da violência, que embora amadurecida pela experiência novecentista do totalitarismo, não é sua essência.

 

Tal tese pode concentrar-se toda na crítica a uma cultura, a Ocidental, cuja nobre aspiração à verdade acabou por traduzir-se, contra a sua vontade, em uma filosofia da potência geradora de violência e de tirania.

 

Em Liberdade e comando, Levinas analisa a nossa longa tradição filosófica, passando pela moderna referência a Kant, mas desde o idealismo de Platão, nos ensinou que a liberdade deva ser entendida como recusa da imposição alheia, como autonomia, inclusive quando devemos ser eventualmente comandados: “A vontade pode receber a ordem de uma outra vontade somente porque encontra essa ordem em si mesma” (Levinas, 1953, p. 16)

 

Mas é na modernidade que aparece um especial conceito de liberdade,”O que permanece, todavia, livre”, conforme vê Levinas “é o poder de prever a própria renúncia e de “instituir fora de si uma ordem da razão”: por meio de leis e instituições impedir que surja a tirania. (Levinas,1953, p. 18.) Não o imperativo categórico [de Kant] visto que a ‘pura’ razão kantiana revelou-se uma abstração “sem defesas contra a tirania” (Idem),  mas uma lei externa, ou melhor, o direito (LÉVINAS,1953, p.19)

 

Este último, porém, embora nascido da livre vontade, não é por este reconhecido: “as garantias tomadas contra a própria renúncia, a vontade as vive como uma outra tirania”. (LEVINAS, 1953,p.20)

 

Esta vontade hegeliana embora possa ser vista como a racionalidade do querer, apresenta-se, uma vez escrito e sedimentado, como coerção, como lei estranha à “vontade viva que se renova a cada instante”(Ibidem, p. 19).

 

Somente a moralidade pode satisfazer a distância e preencher o comando impessoal com a riqueza da intencionalidade, e é assim que Hegel, unindo direito e moralidade no conceito de ética, considerou poder superar, com o direito, a abstração do imperativo categórico, conservando, porém, da moralidade kantiana, o comportamento interior, ou seja, a autoconsciência do bem intimamente e livremente assumido.

Já esclarecemos a independência da ontoética  da autonomia de consciência pela exigência  da presença do outro, pois no caso da autonomia hegeliana ela se torna-se, assim, anulada a heteronomia inicial e no seu lugar encontra-se, enfim, uma mais ‘concreta’ e mais ‘real’ autonomia.