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Arquivo para outubro 14th, 2016

Visão de mundo: Weltanschauung

14 out

Visão de mundo (tradução de Weltanschauung em alemão), teve a origem,visaodemundo no pensamento ocidental, na filosofia alemão, mas o conceito foi consagrado por Heidegger e de certa forma pelo pensamento de Edgar Morin, se traduzido como cosmovisão.

A maioria dos povos não apenas tinha esta palavra, como tinham até um símbolo para representá-la como a chakana dos Incas, o Cilappatikaram (ou Silappadhikaram) dos povos sul indianos, a Epopeia de Gilgamesh da civilização mesopotâmicasuméria e da maioria da população do Crescente Fértil.

Segundo Apostel, podemos pensar esta visão de mundo a partir da uma ontologia com os seguintes seis elementos que podem descrevê-la: uma explicação de mundo, uma futurologia, que responde para “onde estamos indo”, uma praxeologia ou metodologia que significa “como devemos atingir os objetivos”, uma epistemologia ou teoria do conhecimento: “o que é verdadeiro e falso nesta visão, uma etiologia, ou seja, quais são seus elementos constitutivos”.

Falta a nosso ver uma noosfera, a epistemologia e a praxeologia estabelecem certa forma de “crença” que é delimitadora desta visão de mundo, por maior que seja, terá uma limitação.

Esta necessidade é apresentada por Edgar Morin em Ciência com consciência (1998), onde ele expõe que a atividade científica precisa ser acompanhada por uma capacidade de se questionar, verificando questões do espírito, ou uma noologia “capaz de conceber como e em que condições culturais as ideias se agrupam, se encadeiam, se ajustam, constituem sistema que se autorregulam, se

Morin, em seu livro Ciência com Consciência (1998), elabora sua preocupação com os meios de reflexividade científica, ou seja, a possibilidade da atividade científica ser acompanhada por uma capacidade de autointerrogação. Para ele, seria necessário existir uma ciência das coisas do espírito, ou noologia, “capaz de conceber como e em que condições culturais as ideias se agrupam, se encadeiam, se ajustam, constituem sistemas que se autorregulam, se autodefinem, se automultiplicam, se autopropagam” (MORIN, 1998, p. 25-26).

Assim a sétima dimensão que incluiria uma noologia, se vista em articulação com os seis pontos de visão do mundo tornam-se uma noosfera, parecida aquela de Teilhard Chardin, que a vê na cosmovisão cristã, mas que pode perfeitamente ser aceita dentro de uma noologia geral, como propunha o filósofo brasileiro Mario Ferreira dos Santos.