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Entre corruptos, ladrões e cegos
A cegueira não é privilégio de alguns, porém uma cegueira de nascença seria algo quase incurável porque o aparato cognitivo não está preparado para enxergar, a corrupção é praticamente um vício uma compulsão e difícil de ser revertida como caráter e finalmente o roubo é uma compulsão não apenas movida pela fome, mas principalmente pelo desejo de usurpação e inveja de muitos.
Há na Bíblia três casos raros e pessoais nos quais há uma reversão completa destes valores, isto para mostrar o radicalismo e a força da fé sobre casos paradigmáticos, o rico e nanico Zaqueu que precisa subir numa árvore para ver Jesus tem uma mudança radical de vida, o cego de nascença é curado e o ladrão crucificado ao lado de Jesus, que a tradição chamou de Dimas, não só é redimido como é convidado a ir ao paraíso, dito da boca de Jesus: “ainda hoje estará comigo”.
Estes exemplos são para entender porque a vida e a sociedade exige mudança e conversão não apenas em grandes planos sociais, mas na atitude individual por menor que seja de cada pessoa, é necessária uma conversão moral e pessoal para reverter um quadro de obscuridade.
No Brasil é dia da República, e o espírito republicano quer dizer o trata com a “res” coisa pública, e a obra clássica de Platão trás alguns pensamentos importantes, que precisam ser atualizados, claro (foto praça da República, São Paulo, Brasil)
Um pensamento universal interessante na obra de Platão é: “e cada um de nós não procura conseguir um certo benefício particular e não comum a todos”, em outra passagem: “o mau que não é descoberto se torna pior ainda, ao passo que, quando descoberto e castigado, o elemento bestial se acalma e suaviza…”, enfim isto são normas republicanas que devem ser respeitadas.
Platão que acreditava que a alma era imortal, não no sentido cristão, afirma que ela é “capaz de suportar todos os males, assim como todos os bens, nos manteremos sempre na estrada ascendente e, de qualquer maneira, praticaremos a justiça e a sabedoria”, que são essenciais.
Platão. A república. Trad. Carlos Alberto Nunes. 3ª. Belem, Ed. EDUFPA, 2006 (Pdf)
Viva como se fosse o último dia
Dias de angustia e euforia em que se remoe o passado e divaga-se sobre o futuro, porém o dia de finados é para pensar que temos um fim na vida terrena e devemos viver cada dia como o ultimo, e ao mesmo tempo que devemos pensar o que existe do outro lado, mesmo que não haja nada, qual herança deixamos, os bens só servirão para disputas, os gestos e atitudes que ficarão.
O homem prudente pensa sempre que pode ocorrer um momento de partida e procura deixar a casa em ordem, pesar menos aos próximos e as pessoas por quem passou pelo seu lado deixou uma mensagem de amor e de esperança.
O que fazemos as escondidas será revelado a luz do dia, assim procura por justiça não poderia estar distante de procurar pela luz, não poderia estar longe de valores morais e culturais que promovam a paz e o bem da humanidade.
Há um valor pouco pensado que é a capacidade de perdoar e recomeçar, muitas injustiças que ocorrem são pessoais, porém devemos dar um passo avante e pedir e desejar o bem também a estas pessoas, enfim perdoar aqueles que jamais serão capazes de pedir perdão, veja o post anterior, há uma soberba nestas pessoas e isto a induzirá sempre ao erro.
Também temos defeitos e erros e devemos ser capazes de reconhecer e ir por caminhos diferentes e se lesamos alguém ter coragem de sanar e reparar aquele erro, um simples pedido de perdão sincero é um balsamo na vida de muitas pessoas “ressentidas”.
Embora tenha abandonado sua origem luterana, Nietzsche escreveu sobre uma ótima cristão, ao opor ressentimento a esquecimento, no seu livro Genealogia da Moral, via o tipo ressentido como aquele que não canaliza seu ódio para fora, mas para si mesmo, construindo uma espécie de vingança imaginária, ou seja, autodestrutiva.
Há uma frase atribuída a Shakespeare: “guardar ressentimento é como tomar um veneno e esperar que o outro morra”, e é um tipo de sentimento que nos impede de viver o momento presente de modo pleno.
A diversidade e a adversidade
Uma sociedade que vive em equilíbrio e serenidade é aquela queadmite a diversidade, veja que adversidade é justamente a negação da diversidade, onde diferenças podem conviver.
Não é possível o processo civilizatório e a esfera pública se desenvolver sem que a diversidade seja aceita, harmonizada em que todas diferenças sejam respeitadas, diz Byung Chul Han: “O respeito é o alicerce da esfera pública. Onde ele desaparece ela desmorona. A decadência da esfera pública e a crescente ausência de respeito se condicionam” (Han, No exame, 2018, p. 12), que aliás é uma crítica fundamentada e equilibrada sobre as mídias digitais.
Assim a escola da a-diversidade é a escolha do conflito, do ódio, da disputa e da morte.
A adversidade é pior ainda quando parte dos poderes constituídos, porque tendo autoridade deveriam justamente se contrapor ao clima hostil e odioso entre as diferenças, isto não significa que exatamente devem coibir os exageros e os abusos que poderes não tem legitimidade para ter.
A esfera pública tem os espaços e foros corretos onde se devem recorrer aqueles que sentem que abusos podem estar cometendo, é verdade, há casos em que o desejo de reagir é violência podem entra-se no circulo vicioso do qual muitas vezes é possível não encontrar a volta, eis as guerras.
O maior desejo da religião sincera, não pode ser outro onde do que aquele espaço onde haja paz, justiça, harmonia e respeito as diferenças, a diferença é parte da natureza e nela está a natureza humana, um dos equívocos é não vê-la dentro do ecossistema, leia-se a Natureza da Natureza, de Edgar Morij, já fizemos um post sobre isto.
A angustia de Jesus ao ver os religiosos divididos, era maior que ver seus conterrâneos divididos pelo império romano, maior que o roubo e a exploração dos humildes, voltamos amanhã sobre isto.
A diversidade é uma riqueza para a pluralidade, para o diálogo, o ódio e a vingança são a a-diversidade, a não aceitação do que não é espelho, a falta de respeito e de empatia.
O real perigo nuclear
Enquanto a Rússia ameaça a entrada da Ucrânia na OTAN levaria a uma terceira guerra, a retórica dos países do Ocidente é que o uso de armas nucleares “táticas” pela Rússia seria a guerra, assim a guerra entre estes dois países indica a possibilidade de um confronto mundial que seria catastrófico.
Difícil encontrar neste cenário brechas para algum acordo de paz, a escalada da guerra é ascendente e mesmo a opinião pública se encontra dividida, como o cenário antes da 2ª. Guerra.
A Coréia do Norte já testou seus misseis de cruzeiro, a China eis que na visão do Japão alcançariam seu território, a China censurou sua internet (lá há um controle da rede eletrônica nacionalizada) e a Índia apresentou seu submarino capaz de lançar mísseis nucleares, a Rússia já possui a tempo.
A ideia de um escudo na forma de um mosaico (vários países ajudariam a Ucrânia a defender seu espaço aéreo), é uma tentativa de resposta a demonstração da Russia sobre sua capacidade de atingir não só pontos estratégicos em território inimigo, como testou uma resposta a OTAN.
A Turquia quer mediar um acordo e o Iran continua enviando seus drones a Rússia que melhorou sua capacidade de ataque, também os poderosos mísseis Himars estão sendo agora alcançados pela bateria antiaérea russa.
É pouco lembrado na literatura mas temos mais de 400 usinas nucleares, que bombardeadas cada uma é uma bomba, e a maior usina da Europa, a Zaporizhia (foto antes da guerra) encontra-se em meio ao conflito, a presença de tropas ali é um possível cenário de uma catástrofe que atingiria toda a Europa.
Difícil falar de paz, porém ela deve ser pensada dentro de um processo civilizatório que seja capaz de reverter a tendência ao ódio, a intolerância e a convivência pacífica entre opiniões diferentes, o cenário social e mundial é cada vez mais polarizado e a ideia de submeter o outro pela força cresce.
Crime, castigo e arrependimento
O romance Crime e Castigo de Fiodor Dostoievsky é considerado um dos grandes romances da literatura universal, narra a história de um personagem que planeja a morte de uma velha agiota, e ao se deparar com a irmã dela, acaba por mata-la também, viverá um drama de consciência.
O personagem Raskólnikov, a polícia prende um inocente que acaba confessando pela pressão que sofreu, o personagem vai confessar o crime depois de sofrer uma enorme influência de Sônia, que compartilha com ele a descrição da ressurreição de Lázaro, contida no Novo Testamento.
O lançamento do livro foi em 1866, porém foi publicado em trechos antes numa revista literária, em onze capítulos do Mensageiro Russo, trata também de temas socialistas, porém de modo profundo e especial a questão da consciência.
A ideia que há justificativa para crimes em função da problemática social, e evidentemente uma agiota não é uma figura agradável, porém a morte e de modo mais amplo a guerra é deprorável.
A questão desta consciência individual não é apenas do período do autor, que viveu alguns anos inclusive na Sibéria no período dos czares,
Diversas histórias se desenvolvem em paralelo, entre elas o romance de Raskólnikov, entre elas o romance de Sônia com o protagonista, filha de um funcionário público, e a quem doou o dinheiro, a consciência individual e social estão amplamente discutidas neste romance.
O arrependimento é uma cura interior, a maior de todas que podemos ter em vida, ela sana e até “ressuscita” pessoas que morrem depois que cometeram atos graves e não apenas o homicídio, todo ato de ódio e desamor é uma tese um pequeno ato de “morte” do outro.
O romance de Dostoievsky é de grande importância para os dias atuais, quando a morte, o roubo e a as diversas mortes parecem justificáveis e não o são.
DOSTOIEVSKY, F. M. Crime e Castigo. Original 1866. Digitalizado 2004. (pdf)
Sabedoria e formação
A mais bela imagem que Platão fez de Sócrates sobre a filosofia não foi a ordenação do conhecimento, a epsiteme que também é necessária, através dela se combateu os sofistas, mas sim a imagem que existe no seu livro Banquete, aquela com a qual se tem acesso à filosofia e o conhecimento do Sumo Bem e nela “a” sabedoria.
Aquela que diz que um filósofo não é movido só por um “saber-fazer” como quer o mundo utilitário, a presença de Sócrates pelo “testemunho” de Alcebíades, com uma aparência sem nenhuma compatibilidade com o Belo da Grécia clássica, e que impunha a quem o interrogava uma mudança de atitude, não um receptor passivo de ideias.
As perguntas e o interrogatório não são menos importantes que o colocar-se ativamente diante de si mesmo e do mundo, há um desejo de protagonismo e de resposta a questões realmente importantes.
Conforme se lê em Teeteto, Sócrates é definido como àtopos, com “sem-lugar”, ou mesmo “esquisito”, como aquele que cria aporias, ou seja, não resolve as coisas apenas levanta questões, não ajuda então a harmonia da “pólis” ou do cosmos.
Que tipo de sabedoria é esta então, o “não saber” é para Sócrates de muita significação, ele é uma crítica contundente à pretensão dos sabidos, afinal o saber destes não é resultado da conversação, do diálogo, não toma consciência das questões contraditórias do seu saber.
Todo edifício Socrático-Platônico-Aristotélico não resistiu a força bruta do império romano, e entra em ruína diante do poderoso exército romano, como a guerra venceu a sabedoria grega, adquirindo-a e fazendo servir aos seus propósitos, os deuses romanos não eram outros senão os correspondentes aos deuses gregos, porém a filosofia decaiu.
Esta é o possível paralelo atual, há um sentimento quase generalizado que pesar não é mais útil nem razoável, e a filosofia não seria outra coisa além e mera especulação, diz Sloterdijk “não é um tempo favorável ao pensamento”, ou vamos para o pragmatismo da ação ou para o deletério.
Há pouco espaço para a parição do novo, para a Paidéia com seu efeito de educação e formação, tudo vai em direção ao imediato e ao mercado.
Até mesmo em ambientes onde a cultura está presente parece que os ideais da sabedoria estão sobe suspeita e a vulgaridade se promove até com certo “status”, a saída é chamar os homens a consciência e ao bom senso.
Platão. O Banquete (pdf)
O inverno e a guerra
A Ucrânia anunciou uma contraofensiva na região do Oskil onde conquistaram pontos importantes e começa uma contraofensiva em Kherson prometendo chega até mesmo a região ocupada da Criméia.
Como o Russia poderá reagir e qual a importância desta retomada da Ucrânia? Antes de qualquer análise é preciso reconhecer que o colapso das forças russas na frente de Kharkiv são séria derrota e é pouco provável que Putin não reaja, o problema é qual é a reação.
As notícias de diversas fontes são que as tropas ucranianas fizeram importantes incursões na frente de Kharkiv, por exemplo, o Institute for War, com sede nos EUA, alo em torno de 2.500 quilômetros quadrados foram recuperados das forças russas.
As forças ucranianas empurraram a linha de frente de Kharkiv cerca de 70 km para o leste até o rio Oskil, conquistando vários pontos estratégicos importantes, em especial na região de Izyum, onde os corpos estavam em falas comuns com marcas de torturas e na margem ocidental de Kupyansk.
O inverno está chegando, e a Rússia além de controlar fontes de energia, também a usinas nucleares que estão sobre seu domínio, pode cortar o gás e sufocar não só a Ucrânia, mas boa parte da Europa.
Porém o que preocupa mais é a reação da Rússia se as derrotas se prolongarem, o uso de armas nucleares estratégicas pode provocar uma reação em cadeia da OTAN e um cenário difícil pode se desenhar.
Entraremos no Outono da Europa, que corresponde ao nosso inverno no hemisfério sul, e as tensões tendem a se agravar.
É preciso que forças pacificadoras se mobilizem e evitem uma crise que possa levar a atitudes drásticas e a um horror ainda maior.
A idolatria da perfeição
Os mitos e ídolos foram criados justamente para desviar a compreensão da natureza humana, eles mudam de acordo com os contextos e com a evolução das linguagens, porém sempre estiveram presentes na história da humanidade e assim eles próprios devem ter considerações humanas.
Nietzsche nos alertou sobre os riscos de vivermos alimentados por ídolos (ou ideias, que para ele eram sinônimos), mostrou que ao dominar nossa mente e condicionar nosso pensar, sentir e agir no mundo nos tornamos rigorosos com a nossa vida e a dos outros, dizia ser uma força monstruosa, como mito pode-se dizer que sua expressão máxima é Narciso (imagem) e este conduziu a mesmice, a falta de originalidade e de diversidade, a exigência do igual.
Em nome de algum idealismo, e na modernidade ele próprio se tornou uma filosofia a partir de Kant, as pessoas são capazes de ferir e atingir o outro que está fora de seu modelo, e até não deixar construir na vida aquilo que se deixou conquistar por ela.
Também o modelo da eficiência, da produtividade e do rigor social é um modelo de perfeição.
Isso acontece porque o modelo idealista formula que há um modelo ideal a seguir e a realidade que é sempre imperfeita e assim preferem seguir a perfeição das ideias e chegam ao absurdo de submeter os outros a seu modelo de perfeição, acreditam que há um topo a ser atingido.
Então não é possível formular um modelo humano a ser seguido, é claro que sim se entendemos a imperfeição humana como parte de um processo de hominização e de civilização no qual todos os outros humanos devem ter igual possibilidade de viver e de compartilhar o ambiente comum.
Edgar Morin chamou isto de “cidadania planetária”, muitos modelos políticos e religiosos falam de solidariedade, de rejeição ao ódio, mas é preciso observar se não constroem algo que exclui.
Hoje é dia da nação brasileira, tão diversa e rica em raças e etnias, qualquer modelo que não suporte o outro é o tipo de idolatria da perfeição que deve-se rejeitar, não conduz a solidariedade.
A Ética spinoziana, um forte contraponto a ética idealista, formulava que a realidade é sempre igual a perfeição, pois a perfeição só tem sentido quando é realidade não coisa imaginada ou pensada, assim perfeição é realidade na mesma medida que a realidade é perfeita.
Sem o amor e o respeito ao Outro, à diversidade e a tolerância, todo modelo ideal é imperfeito.
Crise energética e tensão no oriente
A retaliação de Moscou às sanções impostas após a invasão da Ucrânia, começam a causar impacto na economia europeia e no Reino Unido causou a renuncia do primeiro ministro Boris Johnson, embora o problema seja mais amplo de inflação que em 2023 pode ir até acima dos 20%, o principal impulso é a alta do gás natural em toda Europa, a Rússia acusa a Alemanha pela crise.
Os países da União Europeia procuram estocar gás natural para o período de inverno que virá.
Tomou posse a primeira ministra Liz (Elizabeth) Truss, em eleição interna do partido Conservador contra o ex-ministro do Tesouro, Rishi Sunak, ela é conhecida por ser camaleão, adotar discurso conforme o contexto, na verdade parecida a muitos líderes da atualidade.
Foi contrária, por exemplo, ao Brexit e depois de ter sido adotado tornou-se a favor.
A população de Taiwan observando a guerra da Ucrânia sempre citada em noticiários locais, atentam para uma possível guerra com a China, e preparam-se para eventuais crises com exercícios, treinamentos de primeiros socorros e logística para fugir de bombardeios.
Na semana passada um drone foi derrubado viajando em território Taiwanês, segundo notícias da Deustche Welle, reproduzida no portal G1, desde março uma ONG chamada Forward Alliance além de oferecer treinamentos de defesa civil procura melhorar a resiliência nacional.
Segundo Enoch Wu, fundador da Forward Alliance: “O objetivo é manter as comunidades funcionando, e os treinamentos ajudam a preparar os cidadãos contra crises naturais ou provocadas pelo homem”, mas o pano de fundo é uma possível guerra com a China.
A tensão sobe entre China e EUA devido o anuncio da venda de 1,3 bilhão de dólares de armamentos para Taiwan, a China promete resposta ao que considera “destruição da paz”.
Pode ser um despiste, mas os principais treinamentos que a primeira-ministra de Taiwan participa estão na ilha de Penghu (Pescadores), ela é pequena e embora possua uma estrutura de defesa é isolada e distante da Ilha Formosa que é de fato o território de Taiwan.
A aflição e a salvação
Ao contrário do que pensa o senso comum, os aflitos não estão entre os desgraçados, mas entre os injustiçados, é preciso então pensar na vida do justo e na sua salvação.
Conforme escrevemos anteriormente: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados, bem aventurados os mansos porque possuirão a terra”, e, versículo 9: “bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” e estes são os justos e sofrem afliação.
Mas a ajuda fundamental de Kierkegaard é sobre a questão da identidade, definições enquanto ser-em-si e ser-no-mundo, e, o conceito de eterno que é um lançar-se no “infinito” que é onde está a salvação, ainda que o filósofo não o declare exatamente assim.
Assim é preciso ser que o cálculo que fazemos quando enfrentamos injustiças está entre uma conta que só diante do infinito e das consequencias ela pode ser definida, e como postamos ao contrário a queda se poderia colocar os trechos bíblicos do novo testamento as bem aventuranças em Mt 5,1-12, do versículo 5:“bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
Assim é preciso entender este cálculo quando feito ao se referir ao cálculo da salvação feito em Lc 14,28-30: “Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’”.
Esta paz é diferente da “paz perpétua” proposta por Kant e pelo idealismo (veja nosso post), ela resultou em duas guerras e na crença que o estado poderia resolver todos conflitos.