RSS
 

Arquivo para abril, 2016

Dos caras pintadas às manifestações de 13 de junho

16 abr

O patético e melancólico governo do General Figueiredo (1979-1985)DiretasJá marcou o fim do regime militar, com uma enorme crise econômica e o processo de reabertura política do país, foi marcado por uma enorme crise econômica e o processo de reabertura política do país, com a Lei da Anistia e a volta de muitos políticos, artistas e intelectuais ao país.

 

A oposição tentou através de uma emenda chamada reestabelecer a eleição presidencial direta para presidente, nas ruas no ano de 1984 praticamente todas as forças democrática do país saíram em defesa das eleições foi a campanha chamada “Diretas Já”, mas foi eleito indiretamente Tancredo Neves que não chega a tomar posse e falei em 21 de abril (dizem que foi “adiada” a morte para chegar esta data) e quem assume é José Sarney, e eleição elegeria Fernando Collor, até então pouco conhecido.

 

O governo Collor (1990-1992) apesar de eleito por ampla maioria, revela logo no dia seguinte das eleições a sua verdadeira face e confisca a poupança de milhares de brasileiros, fato que ainda hoje permanece esquecido, pois significou uma quebra na confiança da maioria das pessoas no uso público do dinheiro.

 

O confisco do dinheiro, a redução do apoio de Collor no congresso nacional e as manifestações de ruas, conhecidas como os “caras pintadas” porque pintava-se o rosto com faixas verde-amarelas, leva ao impeachment e assume seu vice Itamar Franco que governou até o final de 1994.

 

Tivemos o final de mandato de Itamar Franco, uma espécie de governo também, algo que o vice Temer do PMDB parece querer imitar, mas não é exatamente a mesma coisa o que acontece hoje, quando a maioria dos políticos está em descrédito, inclusive os de oposição.

 

Depois vieram dois governos Fernando Henrique Cardoso com a conquista da estabilidade da moeda, mas sob forte oposição do Partido dos Trabalhadores, cria uma forma de governar com uso de cargos e acordos de bastidores, chamado de “governo de colisão”.

 

Finalmente em 2002 luta é eleito e reeleito em 2006, usando uma lei que seu sucessor criou para fazer dois mandatos, em 2010 consegue fazer sua sucessora Dilma Roussef, o ano de 2008 foi um ano de relativa crise internacional, o governo driblou ela fortalecendo o mercado interno e com uso de commodities (soja, suco de laranja congelado, minerais, petróleo, etc.), mas o modelo se esgota.

 

Em junho de 2013, ainda sem a forte polarização ideológica que acontece hoje, o povo saiu as ruas, em pautas para os partidos um pouco claras, muito claras para o povo e alguma análise política bem feita, a pauta era: a redução dos transportes (estopim das manifestações), combate à corrupção (feito ainda de modo parcial), transparência nas decisões políticas, a volta da inflação (já naquele tempo), gastos com a Copa do mundo e muitos outros.

 

Incorretamente não se liga a instabilidade destes dias de hoje no Brasil a este período, a corrupção está aí.

 

A ditadura militar e a clandestinidade

15 abr

Os estudantes principais pontos de resistência ao golpe militar,Marcha100Mil teve a sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) invadida e incendiada e passou a clandestinidade, no Nordeste gente ligada às Ligas Camponesas foram perseguidos assim como a maioria dos sindicatos e federações de trabalhadores.

 

Foi organizado o Serviço Nacional de Informações (SNI) com objetivo de “coletar e analisar informações pertinentes à Segurança Nacional, à contrainformação e à informação sobre questões de subversão interna”, conforme citação textual do historiador Boris Fausto.

 

O AI-1 (primeiro Ato Institucional) estabeleceu a eleição de um novo presidente do Brasil, por votação pelo congresso Nacional, sendo eleito o general Humberto de Alencar Castelo Branco, que era favorável a uma “democracia restringida”, foi lançado um Plano de Ação do Governo pelos ministros Roberto Campos do Planejamento e Otávio Bulhões da Fazenda.

 

O AI-2 extinguiu os partidos e criou a Arena (Aliança Renovadora Nacional) controlada pelos militares e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) onde se refugiou quase toda oposição, pois uma parte dela partiu para a clandestinidade e a luta armada.

 

No exterior Carlos Lacerda, tradicional inimigo de Jango e Juscelino se aliaram formando uma Frente Ampla, no país alguns bispos da Igreja Católica, como dom Helder Câmara e outros, ergueram a voz contra a ausência de democracia e retirada dos direitos dos trabalhadores, como a estabilidade do emprego após 10 anos de trabalho.

 

Em 1968 mobilizações ganharam ímpeto, com a morte de um estudante, chegando a fazer uma passeata chamada dos 100 mil, mas repressão era violenta com mortes, torturas e em 13 de dezembro de 1968, Costa e Silva que sucedeu a Castelo Branco, decreta o AI-5, fecha o Congresso Nacional e inicia um ciclo de cassação de mandatos dos oposicionistas mais duros.

 

Em agosto de 1969, Costa e Silva sofre um derrame e o substituto que seria Pedro Aleixo, um vice civil, é pelo general Emilio Garrastazu Medici, tendo como vice o ministro da Marinha, Augusto Redemaker, foram anos de “banimento do território nacional”, de execuções e torturas em órgãos da Marinha e do DOI-CODI, enquanto o país crescia em taxas de 11,2% e 10% do PIB chegando a ser chamado “milagre brasileiro”, ganhou mais uma copa do Mundo em 1970.

 

Mas o aspecto oculto do milagre foi o arrocho dos trabalhadores, o salário mínimo caiu quase 60% e indicadores de saúde, educação e habitação eram muito baixos.

 

Em 1973 o general Ernesto Geisel, que havia sido presidente da Petrobrás, inicia o que chamava de “abertura política lenta e gradual”, uma emenda a constituição permitiu sua escolha através de delegados das Assembleias Legislativas dos Estados, a repressão e a tortura estavam desgastando os governos militares e a morte do jornalista Vladimir Herzog e do estudante Alexandre Vannuchi Leme desencadeiam lutas pela redemocratização.

 

Da eleição de Jânio ao golpe

14 abr

A eleição de Jânio Quadros para presidente e João Goulart para vice, queVarreVassoura eram eleições independentes e não por chapas, significou para diversas análises políticas, uma ruptura com o processo iniciado em 1945 com Getúlio, apesar de grande instabilidade foi democrática, pois havia uma evolução na cultura e na prática democrática no Brasil.

 

A eleição de Jânio Quadros (PTN mas como apoio da UDN), em 1960, significou certa alteração de rumos da política brasileira com relação ao período iniciado em 1945, porque perdeu uma orquestração quase sempre presente do PTB getulista e do PSD, a vitória da UDN (União Democrática Nacional) com um slogan de combate a corrupção famoso: “slogan “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”, mas é claro a corrupção continuou até hoje.

 

Jânio Quadros resolve renunciar em 25 de agosto e constitucionalmente deveria assumir João Goulart, conhecido popularmente como Jango, mas estando em visita na China, o presidente da Câmara Ranieri Mazzilli (do PSD derrotado) assumiu o governo provisoriamente, mas forma um gabinete em uma atitude de pouco respeito a Jango que deveria assumir.

 

Em um processo de negociação polarizado, parecido aos dias de hoje, o Congresso Nacional encontra uma solução com um governo do regime parlamentarista de governo, que vigorou por dois anos (1961-1962), reduzindo os poderes constitucionais de Jango em 7 de setembro, data simbólica, quase sempre preservada nestas manobras (agora seria o dia 21 de abril).

 

Jango não dispunha de base de apoio parlamentar no Congresso Nacional para aprovar com facilidade seus projetos políticos, econômicos e sociais e fez, por exemplo, um plano trienal com o economista Celso Furtado, foi aprovado o 13º. Salário.

 

Com um plebiscito Jango volta a recuperar seus poderes (votação de 80% para manter o regime presidencialista), embora mantenha-se sem grande apoio no congresso nacional.

 

Há um grande comício no Rio de Janeiro, na estação Central do Brasil, com cerca de 300 mil pessoas, para época um número extraordinário, em resposta a direita fez uma marcha “da família com Deus pela liberdade”, estimada entre 500 e 800 mil pessoas.

 

Em 31 de março de 1964 há o golpe militar, Jango se exila no Uruguai.

 

Democracia e desenvolvimento nos anos 50

13 abr

 

Foi no período curto de democracia plena, que o país desenvolveu, JuscelinoJuscelino Kubischek foi eleito tendo Jango Goulart como vice, em 1955, com um plano de metas com o bordão “fazer 50 anos em 5” e fez.

 

Café Filho que havia substituído Getúlio Vargas se afastou do governo e assumiu o presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz, que foi acusado de tramar um golpe, algo parecido novamente com hoje.

 

Havia rumores que Carlos Luz estaria tramando um golpe, por políticos e militares pertencentes a UDN que era contra a posse de Juscelino Kubitschek e isto fez com que o ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott, mobilizasse tropas militares ocupando prédios públicos, estações de rádio e jornais.

 

Kubischek tomou posse, foram instalados a Ford, Volkswagen, Willys e GM (General Motors) se desenvolveram principalmente o ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano)  com montadoras e filiais em várias partes, começou a que de Brasilia com uma plano audacioso e moderno (Brasília tem o formato de um avião e por isto Asas), o país se abriu para o capital internacional, e atraiu muitos investimentos para o país.

 

O sentimento popular era forte em relação ao país, e até ganhamos a primeira Copa do Mundo, sonho frustrado no ano 50 quando a primeira Copa disputada no Brasil, que perdeu para o Uruguai na final.

 

A população urbana cresceu e na região do ABC em especial, atraindo trabalhadores de todo Brasil, o que aumento o êxodo rural (saída do homem do campo para as cidades) e a migração de nordestinos e nortistas para as grandes cidades do Sudeste.

 

Houve um aspecto negativo, pois a migração rural desordenada fez o campo, importante para o país ainda nos dias de hoje, ficasse a margem e também a migração trouxe violência e pobreza as grandes cidades.

 

Depois seria eleito o populista Jânio Quadros, com a ideia de varrer a corrupção do país, faz tempo não é, usava inclusive uma vassoura como símbolo de sua campanha, e depois veio a Ditadura.

 

Alguns elementos do golpe de 1930

12 abr

No Brasil golpe é chamado de revolução e revolução de golpe, alémGetulio de outras confusões, mas este é o caso do Golpe (dito Revolução) de 1930.

 

O fato de se mencionar as leis não é necessariamente a legalidade, porém o golpe de 30 (ou no mínimo a revoluta como gostaria que fosse chamado) fez com que a população urbana do Estado de São Paulo (e não apenas a burguesia) se rebelasse em 1932, então chamada Constitucionalista.

 

Eles saem em defesa do combate à corrupção, coronelismo (continua até hoje) e fraude, não é por acaso, este elemento parece “interno” a cultura nacional.

Embora São Paulo tenha um interior cafeeiro bastante grande, já despontava uma a necessidade de uma política industrial forte, e apesar do surgimento de Vargas Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) naquele período e, depois a Petrobras (1953), a industrialização estava atrasada, há algo parecido hoje ?.

Mas reclamações trabalhistas foram tratadas como “caso de polícia”, e toda a política populista não era apenas um golpe para aliviar a luta da classe operária industrial nascente, no período de 1921-1930, já havia um movimento oficial de “tenentes”, porém a luta de fato política, surge com a coluna Prestes e ela é um componente invisível desta luta, começa em 1925 e termina em 1927 invicta.

Getúlio Vargas governou o Brasil de 1930 a 1945, deposto não tinha revogado direitos e foi senador por dois Estados (novas semelhanças com alguns) e retornou ao poder 1951-1954, desta vez democraticamente ignorância histórica ou a falta de liderança? novos semelhanças com o momento atual ?

Todo mundo conhece a famosa frase (no Brasil) antes do suicídio “sair da vida para entrar na história”, mas a precede: “O ódio, as infâmias, a calúnia não varreu o meu espírito. Eu vos dei a minha vida. Agora eu lhe ofereço a minha morte”, é uma frase messiânica de um ditador e muita gente chorou por ele, mas para o país foi um atraso.

 

 

 

Crise, getulismo e golpe

11 abr

Após um primeiro período chamado de república da “espada”, pelaEstadoNovo proclamada e não conquistada, República do Brasil, que tiveram vários presidentes eleitos: Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Bras, Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, seguiu-se no final da década de 20 como o governo de Washington Luis, depois Júlio Prestes que não assumiu devo ao golpe de 1930.

 

O republicanismo oligárquico e a política do “café-com-leite” que se revezou no poder político das oligarquias cafeicultoras entrara em crise, enquanto a crise da Bolsa de Valores com a quebra de 29 acelerava este processo, Washington Luís é deposto quase no final de seu governo.

 

O candidato escolhido da oligarquia paulista era Júlio Prestes, mas a oligarquia mineira queria que fosse Antônio Carlos de Andrada, que abre mão e apoia a candidatura de Getúlio Vargas, tendo como vice-presidente o paraibano João Pessoa formando a Aliança Liberal, era o fim da política “café-com-leite”, expressão usada até hoje para indicar um jogo de cartas marcadas.

 

Porém Júlio Prestes vence as eleições, e os candidatos derrotadas recorrem a denúncia de fraude eleitoral, o processo se acirra tendo como conspiradores os gaúchos Osvaldo Aranha e João Neves da Fontoura, o mineiro Virgílio de Melo Franco e os líderes tenentistas Juarez Távora e João Alberto.

 

João Pessoa é assassinado, e uma revolta armada é iniciada sob o comando de Góes Monteiro, em 3 de outubro de 1930 e no dia seguinte, foram as forças do Nordeste que se seguiram em adesão a revolta e Washington Luis é deposto no dia 24 de outubro de 1930, pelos generais Tasso Fragoso e Menna Barreto e pelo almirante Isaías Noronha, em seguida o governo é transferido para Getúlio.

 

Washington Luís era oligárquico e legalista, construiu muitas estradas, é famosa sua frase: “Não prender sem motivo, não prender sem processar!”, mas acabou deposto dando origem a era Vargas que vai até 1954, como democracia foi um atraso.

 

O governo “provisório” de Getúlio Vargas não convocou eleições, em 1932 São Paulo tenta reagir com um “movimento constitucionalista” que é sufocado, e apesar de medidas “democráticas” governará com diversos tenentes em cargos chaves, de 1934 a 1937, num golpe de mestre convoca uma “constituinte” chamada de “poloca” por sua tendência fascista.

 

A tradição autoritária do Brasil é grande, quase se confunde com a história, precisamos de exercício democrático, sejam qual for o resultado final desta semana fatídica.

 

Podemos controlar fluxos de dinheiro “sujo”

08 abr

Casos como Swiss Leaks, os escândalos brasileiros e de muitos países, agoraDinheiroSujo o Panamá Papers poderão ajudar a ideia de controlar o fluxo deste dinheiro “sujo” que roubam riquezas dos povos e contribuem para a concentração do dinheiro nas mãos de poucos.

 

Segundo especialistas entrevistados pela BBC, p Panama Papers deverão ajudar a ideia de controlar o fluxo de dinheiro e crescer os instrumentos para implementação de técnicas e tecnologias legais e tecnologias que, ser utilizados tanto para o bem quanto para o mal, mas agora poderia beneficiar o controle deste dinheiro.

 

As contas offshore, é importante lembrar por si só não são ilegais, o problema é que são usadas para fugir do Fisco e do recolhimento de tributos, por isto é uma forma de roubo de divisas das nações, e principalmente ocultar dinheiro e luta suja nas campanhas políticas nacionais.

Segundo o diretor de criminologia da Universidade da Basileia e diretor do Basel Institute of Governance Mark Pieth: “O caso (dos Panama Papers) vai ajudar a controlar o fluxo de dinheiro ilícito”.

 

Um mutirão foi formado pelo enorme volume de documentos (mais de 2 Tera em 11 milhões de folhas de papel), serão um total de 107 veículos de comunicação do mundo se mobilizaram para revisar os dados.

 

O professor Pieth estará auxiliando estes profissionais no núcleo investigativo que já estabeleceu uma conexão, por exemplo, entre o líder russo Vladimir Putin e o seu amigo músico Sergei Roldugin, suposto laranja para o político, algo negado por Putin.

 

É uma cara nova ao mundo e um tremor para corruptos e políticos do jogo sujo na base do uso do poderio financeiro para fraudar e ganhar eleições.

 

 

Tolerância, diferenças e paz

07 abr

Quando discutimos tolerância e associamos a fundamentalismo religioso,GuerrasCoréia raramente associamos ao fundamentalismo ideológico e político, a razão é simples que na história dos tratados sobre a tolerância, a discussão era religiosa, como a de John Locke sobre a “tolerância” (ver post).

 

Curiosamente foi justamente quando este pacto se firmava, com o Édito de Tolerância de Catarina de Médici, que procurava afastar o fanatismo de luteranos e católicos que já haviam causado muitas guerras e crises, o Édito de Tolerância é de 1562 depois a paz de Amboise é de 1563, foi precedida por uma série de guerra religiosas, comerciais e territoriais, chamadas de Guerra dos 30 anos (1618-1648).

 

As guerras dos dias de hoje são fundamentadas mais em diferenças culturais, com um fundo religioso, mas não deixam de ser comerciais e também territoriais, porém o fundamentalismo é outro, na maioria das vezes com raízes ideológicas e/ou religiosas, mas lembra que o Afeganistão foi dominado pela Rússia e foi onde os EUA travaram uma guerra, antes em 1968 a guerra do Vietnã, e antes ainda a guerra da Coréia entre os anos 1950 e 1953.

 

Estas guerras agora explodem em conflitos como o da Ucrânia-Rússia, os problemas internos em boa parte dos países da América Latina, e justamente a falta de compreensão das razões históricas comprometem a paz e tenta diluir as profundas diferenças sociais aqui existentes.

 

Mesmo o radicalismo do Estado Islâmico não pode ser compreendido ser as importantes diferenças culturais entre o mundo árabe e o ocidente, há outro fundamentalismo em curso.

 

Para além das ideologias, efervescendo na América Latina, há uma ignorância sobre as diferenças culturais, étnicas e também religiosas que podem criar abismo e suscitar novos fundamentalismo, na Europa a dificuldade em receber os árabes.

 

Jornalismo investigativo e as redes

06 abr

O Jornalismo Investigativo é um jornalismo independente, que tem levado aJornalismoInvestigativo sério questões de corrupção, problemas de violência em todo mundo e diversos outros tipos de opressão.

 

Casos como Swiss Leaks e agora o Panamá Letters estão relacionados ao jornalismo investigativo, mas a grande imprensa e boa parte de outros jornais também não entendem direito o que isto significa, em janeiro de 2013, num evento do o veterano jornalista investigativo David Kaplan ajudou a definição o que este tipo de jornalismo não é:

Notícia vazada, conseguir um documento vazado por um funcionário poderoso e escrevê-lo nesse dia não é jornalismo de investigação”, disse Kaplan, diretor da Rede Global de Jornalismo Investigativo e autor de Global Investigative Journalism: Strategies for Support.

Não é reportagem de editorias: “Alguns jornalistas pensam que todas as reportagens boas são reportagens investigativas”, disse Kaplan.

Não é reportagem crítica: “O jornalismo investigativo pode ter elementos críticos, mas só porque você está escrevendo algo que é duro e crítico não significa que tenha feito a escavação que envolve o jornalismo investigativo

Não é reportagem sobre crime e corrupção: “Só porque você está cobrindo crime e corrupção numa editoria não significa que esteja usando as ferramentas do jornalismo investigativo.”

 

No Brasil, no ano passado o Jornalista Investigativo Evany José Metzker, de 67 anos, foi encontrado morto decapitado numa zona rural de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, ele pesquisou diversos casos de violência, inclusive da polícia, e naquele período estava investigando uma quadrilha de prostituição de adolescentes que agia em Catuji. MG.

 

Panamá Papers: a corrupção mundial

05 abr

Revelações de 11 milhões de documentos envolvendo figuras internacionais, PanamáPapersnada menos que 140 políticos de 50 países, associados a empresas offshore (nome que cada vez mais está associado a empresas de lavagem de dinheiro em paraísos ficais), escandalizam o mundo.

 

São muitos paraísos fiscais, 21 ao todo onde estas empresas estão localizadas, muitos ligados a coroa britânica, razão pela qual já há pressões no país, inclusive envolvendo a coroa e o primeiro-ministro, até a Islândia, famosa por suas reformas, teve o primeiro-ministro envolvido, mas sob pressão popular este rapidamente pediu demissão.

 

A Islândia é um ícone neste processo, pois a reviravolta no país depois da crise de 2008 era um exemplo, políticos e banqueiros acusados foram presos, e quando o país parecia virar a página, uma empresa chamada Wintris, de propriedade de Gunnlaugsson e esposa até o ano de 2009 apareceu nos paraísos fiscais, a pressão popular foi imediata e ele renunciou.

 

Os Panama Papers lançam também dúvidas sobre dois dos principais ministros islandeses: Bjarni Benediktsson, ministro das Finanças e da Economia e Olof Nordal, ministra do Interior, apareciam ainda o novo presidente da Argentina Macri e o presidente de Angola e uma rede que não poderia existir sem a aprovação de Macri.

 

O Jornalismo Investigativo através do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, o mesmo do Swiss Leaks aponta a empresa Mega Star Enterprises, sediada no Panamá e criada pela Mossack Fonseca, como uma das fontes de investigação, mas há outras.

 

Para seguir um bordão conhecido no Brasil, diríamos: é preciso passar o mundo a limpo, fim dos paraísos fiscais e aberturas de processo internacionais, alguns talvez na corte de Haia.