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Neutralidade nos EUA

19 nov

Enquanto no Brasil já temos uma lei que garante a neutralidade naNeutralidadeEUA rede (o Marco Civil), nos EUA o debate ainda esquenta, e os internautas pressionam o congresso americano para que não faça o que está sendo chamado de “segmentação da rede”, velocidades diferentes conforme os conteúdos e planos das operadoras.

 

Desde que o presidente da FCC (Federal Communications Commission) Tom Wheller, revelou em abril que comissão que regula as comunicações nos EUA, estariam mudando as regras que regulam como os provedores de internet administram o tráfego de dados, os internautas começaram a protestar, este mês chegou a 3 milhões de e-mails recebidos na FCC.

O presidente americano Barak Obama defende a neutralidade da rede, em documento deixou claro que “não podemos permitir que os provedores de internet restringissem o melhor acesso ou escolham vencedores e perdedores no mercado online de serviços e ideias”.

As 36 principais empresas de internet que incluem a Google, Netflix e Amazon, defendem a neutralidade, mas os provedores e as operadoras pressionam no sentido contrário.

Os e-mails e comentários foram de consumidores, advogados, companhias e congressistas sobre as regras propostas para a chamada neutralidade de rede, na medida em que se aproxima o prazo final para análise do tema e o debate no congresso americano esquenta.

Embora não exista prazo formal, e a FCC já tenha realizado uma série de workshops sobre aspectos tecnológicos, legais e econômicos das novas regras, a pressão aumenta e é pouco provável que a matéria seja aprovada ainda em novembro.

 

Código do Android 5 é liberado

05 nov

LollipopNa prática isto significa que não só os fabricantes mas também desenvolvedores podem  baixar a imagem do sistema e seguir as instruções do link para instalar a versão que está sendo chamada de Lollipop, e já está anunciada esta versão para o Nexus 4, 5 6 (versões até 2012) e 7 (versão de 2013) para os dispositivos Google Play Edition.

Estas versões estarão disponíveis nas próximas semanas, por enquanto está disponível apenas a versão l para o tablet Nexus 9, lançado esta semana nos EUA.

E os outros fabricantes Motorola, Asus, HTC, Sony e OnePlus, também há atualização  para estes dispositivos que estão disponíveis neste link.

Quanto CyanogenMod conforme havia avisado deve ter agora começado no Lollipop pois havia dito que assim que o código-fonte da versão atual fosse liberado começaria esta atualização.

É possível que o Android 5.0 chegue em breve, nos mais variados dispositivos já nas memórias ROMs (já previamente gravados no próprio hardware).

 

Compartilhando recursos comuns

12 ago

SharingA incompreensão das vantagens e de uma nova ação política coletiva, leva a muitas instituições e ações humanitárias coletivas a um cooperativismo pouco fértil e ao assistencialismo puro e simples, sem compreender de fato os ganhos que uma ação coletiva pode obter, sendo sustentável, em escala e podendo trazer benefícios sociais muito promissores.

 

A tese básica da “ação coletiva” foi lançada no livro de Mancur Olson  ( A Lógica da Ação Coletiva. São Paulo: EDUSP, 1999), cuja tese central é   “mesmo que todos os indivíduos de um grupo grande sejam racionais e centrados em seus próprios interesses, e que saiam ganhando se, como grupo, agirem para atingir seus objetivos comuns, ainda assim eles não agirão voluntariamente para promover esses interesses comuns e grupais” (Olson, 1999, p. 14).

 

Tese parecida é a de Elinor Ostrom, primeira mulher prêmio Nobel de Economia (2009), no livro (Governing  the  Commons, Cambridge Univ. Press, 1990) onde desmente o raciocínio da Tragedy of Commons (HARDIN, Garrett, Science, v. 162, p. 1243-1248 , 1968), que indica que a propriedade privada é o único meio de proteger os recursos comuns (água, ar, florestas, etc.) da ruína e do esgotamento. Ostrom desmentiu em sua teoria econômica isto, e desenvolveu a teoria  como as comunidades cooperam para compartilhar unidades de recursos para compartilhamento e o uso, o que significa na esfera pública e para o futuro do planeta.

Ostrom demonstrou a eficácia com dados documentados em diversos exemplos eficazes semelhantes de “governar os comuns” em sua pesquisa no Quênia, Guatemala, Nepal, Turquia e Los Angeles.

 

Começa o NETmundial

24 abr

Com destaques para os discursos de Tim-Berners-Lee que elogiou a aprovação do NetMundial2Marco Civil feito pela Câmara e Senado brasileiro e sancionado exatamente no dia que se iniciou o evento, que contou ainda com as presenças e discursos de Vint Cerf, criador dos protocolos TCP para internet e representante da Google, e também da presidenta do Brasil Dilma Roussef que tentou capitalizar o Marco Civil, que é uma conquista de muitas entidades e militantes digitais.

Representando o setor privado Vint Cerf, vice-presidente da Google também fez elogios à promulgação da Constituição brasileira para a Internet, Cerf defendeu a “governância multissectorial” da web. “[…] os protocolos de Internet devem estar disponíveis livremente e abertamente a qualquer interessado, sem nenhuma barreira de adopção e uso”, mas a neutralidade não foi enfatizada, sendo um dos ganhos do Marco Civil.

 

Os progressos na legislação brasileira são contestados por setores com interesses privados, e o desejo de orgãos de inteligencia os quais retiveram dados de muitos países que foram alvo de espionagem pela NSA, com os Estados que controlam o acesso e o conteúdo da Internet.

 

A esperança é que o evento abra caminho para uma “governança aberta, participativa, multipartida, tecnologicamente neutra, sensível aos direitos humanos e fundada nos princípios de transparência e de responsabilidade” confirme afirma um dos documentos do evento.

 

Encontro de internet acontece em SP

23 abr

O encontro mundial Encontro Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet,NetMundial o NETmundial, sobre governança da internet, com contribuições elaboradas desde 7 de março deste ano, estará sendo realizado no Grand Hyatt Hotel de São Paulo com transmissões pela internet.

O NETmundial teve 188 contribuições de conteúdos, vindas de 46 países diferentes, e terá discussões em dois dias de encontro, com representantes da sociedade civil, do setor privado, da academia e da comunidade técnica global e foi elaborado um documento de referência do evento.

 

 

O NETmundial – Encontro Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet – totalizou 188 contribuições de conteúdo recebidas, de 46 países diferentes. Os documentos, que irão alimentar as discussões realizadas durante os dois dias do encontro, foram enviados por representantes da sociedade civil, do setor privado, da  academia e da comunidade técnica global,  contendo considerações sobre os dois tópicos que serão abordados: “Princípios de Governança da Internet” e “Roteiro para a Evolução Futura do Ecossistema de Governança da Internet”. As contribuições de conteúdo foram recebidas até o dia 7 de março.

 

O volume de participação por setores foram: entidades da sociedade civil organizada contribuíram com 31% do total, empresas privadas com 23%, instituições de governo com 15%, comunidade acadêmica com 11% e comunidade técnica com 8% e existem alguns princípios já elaborados, como aqueles feitos pelo CGI.

 

O encontro é organizado em uma parceria entre o CGI.br e /1Net. Mais informações: www.netmundial.org #netmundial2014.

 

Alemanha quer proteger os dados

17 fev

Em seu podcast (vídeo postado) semanal, a presidente da Alemanha, Angela Merkel, afirmou “Vamos falar com a FrançaSecurity sobre como poderemos ter um bom nível de proteção de dados”, e acrescentou: “sobretudo, vamos falar de fornecedores que deem segurança aos nossos cidadãos, para que não tenhamos de enviar emails e outra informação para o outro lado do Atlântico”, disse sobre a vigilância dos dados.

Merkel notou que empresas como  Google e Facebook têm suas operações não apenas em países com pouca proteção de dados, mas continuam ativos em outro, como a Alemanha, que tem um elevado grau de proteção de dados.

A Alemanha que já passou períodos de extrema vigilância, como no tempo do nazismo e também na ex-RDA, a parte comunista da Alemanha, há uma grande desconfiança sobre controle de dados e muita preocupação com a privacidade, e deve impor uma política de privacidade, fazendo que  Google e  Facebook respeitem a lei alemã.

Já na França, o gabinete de Hollande confirmou que a ideia já foi apresentada e que França concorda com ela. “É importante que tomemos juntos a iniciativa”, disse um responsável francês citado pela Deutsche Welle.

A medida tenderá a se expandir para a Europa, é melhor do que espalhar uma neurose sobre a privacidade dos dados, são os governos que devem tomar atitudes concretas de proteger seus cidadãos e não proibir ou criar desincentivos ao uso deste meio democrático.

 

Web 3.0: cunhar palavras e dar-lhes sentido

22 nov

Não é da Web só que estou falando, mas também e principalmente de pessoas, dar sentido, em especial humano, às coisasCunhouWeb30 a nossa volta requer reflexão e agimos mais e mais apenas por impulso.

Por isto falei no blog anterior da palavra Selfie, mas já falei do Instagram e das pessoas comuns e paisagens cotidianas que passam por nosso dia a dia “fotográfico”, assim também é o caso da Web 3.0, moda ou tendência ?

Foi John Markoff que cunhou a palavra Web 3.0, no New York Times, a Web 2.0 já acontecia, ela criou centenas ou milhares de aplicativos (se considerarmos os Apps dos celulares) e incluiu o usuário como produtor comum de informação, agora fotos, postagens, comentários e “hashtags” estão aí chamando nossa atenção, mas estas pessoas SEMPRE deveriam ser vistas e ouvidas, não eram.

O problema do nosso dia a dia, e também da Web que é um reflexo e não uma idealização do dia-a-dia como pensam alguns, é que a muita coisa que “carece” de sentido, e descobrimos ao olhar milhares de fotos, de palavras e de vídeos que precisamos significa-las ou ressignificá-las.

John Markoff sugeriu questões simples, tais como:  “Estou à procura de um local quente para passar as férias e disponho de US$ 3 mil. Ah, e tenho um filho de 11 anos”, mas na verdade pensava em negócios, como o próprio titulo e artigo sugerem, dando o exemplo empresa de Spivak, a Radar Networks, que trabalha na exploração do conteúdo de sites de computação social, que permitem aos usuários colaborarem na reunião e adição de seus pensamentos a uma grande quantidade de conteúdos, de viagem a filmes.

Mas a Web 3.0 parece agora estar encontrando seu caminho, projetos como DBpedia e VIAF (Virtual International Authorit File) estão indicando um caminho mais técnico que social, embora possa contribuir a isto, ainda há uma caminho nesta “construção”.

 

Mapa interativo mostra desmatamento

18 nov

O mapa desenvolvido por pesquisadores na Universidade de Maryland, EUA, mostra a evolução doAFloresta desmatamento global com dados desde 2000, o Global Forest Change.

O aplicativo está disponível on-line gratuitamente, e os dados no mapa do Brasil mostram claramente que o desmatamento avança no Centro-Oeste, Amazônia, Pará e Nordeste.

Os dados foram coletados a partir de 350 mil imagens coletadas pelo satélite Landsat 7, e os dados dos maiores desmatamentos incluem a Malásia, Indonésia, Paraguai e Angola.

Segundo Matthew Hansen, professor de Maryland que lidera o projeto: “Este é o primeiro mapa de mudanças florestais que é consistente em escala global e relevante também sob o aspecto local”, e esperamos que seja uma tomada de consciência global.

O mundo pode ver-se como um todo em diversos aspectos, é uma sociedade-mundo.

 

ONU pede normas de privacidade

10 set

A alta comissão de direitos humanos da ONU, apelou ontem (9/9) para que os países HumanRightsadotem normas de proteção a privacidade dos cidadãos, mas órgãos de imprensa e de mídia continuam, intencionalmente ou não, confundindo com a disputa de segurança de governos.

Pillay, entretanto é bem clara, a violação de comunicação envolvendo cidadãos do mundo são uma “uma dramática intrusão” dos sistemas nacionais de segurança, ou seja, ela é feita justamente em nome de uma “segurança” que serve aos interesses militaristas e imperiais.

O pedido foi feito na abertura da 24.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, onde Pillay mencionou uma série de violações dos direitos humanos registradas no mundo, principalmente no Oriente Médio.

Sobre a Síria, a comissária da ONU apelou que haja uma “negociação imediata”, opondo-se a uma intervenção militar externa e à continuação do fornecimento de armas às partes em conflito, lembro também o agravamento das crises no Iraque, Bahrein, Turquia e Palestina.

 

Berners-Lee defende compartilhamento em Davoz

26 jan

Lembrando a memória de Aaron Swartz, o programador e ativista, que se suicidou no início deste mês após enfrentar acusações criminais pelo download inúmeros trabalhos acadêmicos, Tim Berners-Lee afirmou em Davoz que os legisladores devem perceber que o acesso a informação não é necessariamente um crime.

“Parece haver uma profunda desconfiança de alguém acessar um sistema de computador”, afirmou. Deve haver um lugar para a legislação para lidar com os problemas de segurança cibernética, mas “o que pode acontecer é a legislação fica muito forte.” Para ele foi isso que levou ao exagero dos promotores americanos.

“Aaron era um hacker, no bom sentido. Ele usou a sua programação para tentar fazer um ponto”, disse ele. “Eles acabaram com a lei [que diz] que se você entrar em um sistema de computador em qualquer lugar, então você é culpado de um crime. Pouco importa se você estava tirando livros da biblioteca demais ou tentar destruir a infraestrutura de um país.”

O mundo compartilhado que Berners-Lee sonha, e todas pessoas de bem também, vai no sentido contrário das especulações financeiras e imobiliárias que estão levando o mundo a uma crise sem precedentes, milhões perdem emprego e o futuro parece incerto.

O Fórum Mundial Econômico em Davoz na Suiça começou dia 23 e se encerra amanhã.