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O ciclo de ouro do Bitcoin acabou ?
Há um ano o bit havia anunciado um controle repentino de todas suas transações, havia suspendido saques sob a justificativa de que era necessário corrigir uma falha que, entre outras possibilidades, permitia a alguém com conhecimentos avançados alterar transferências concluídas para que estas constassem como em aberto, fazendo com que valores de uma mesma transação fossem enviados várias vezes.
A suspensão dos saques seria breve, mas se seguiu por meses a fio, tanto que, ainda no ano passado houve um acontecimento mais inesperado ainda, Mark Karpeles, CEO da MtGox, principal operadora do Bitcoin, anunciou a saída do conselho administrativo da Bitcoin Foundation, mas sem dar detalhes. Para alguns a notícia era um sinal positivo: saindo do conselho, talvez Karpeles pudesse se concentrar em resolver os problemas da MtGox, mas passado um ano agora o caso começa a ir para a justiça segundo o jornal The Japan Times.
Karpeles está com o pedido de prisão decretado desde ontem, por ter manipulado e desviado para sua própria conta dezenas de milhões de dólares, muito mais do que os US $ 1 milhão por isto seu mandado de prisão, segundo informaram fontes policiais nesta segunda-feira (03/08). <\p>
Para que o fechamento da MtGox empresa afete o menos possível o ecossistema do Bitcoin, os CEOs dos serviços de câmbio Bitstamp, Blockchain, BTC China, Circle, Kraken e Coinbase emitiram um comunicado em conjunto onde explicam que o mercado continua sendo confiável e o que fechamento da MtGox se deve exclusivamente à sua má gestão, as ações nas bolsas revelam pequena recuperação.
Uma grande rede que não é digital
Você pode pensar que não há nada mais complexo do que as redes mundiais de computadores, ou mesmo a rede mundial que controla taxas de câmbios, ações e mais uma infinidade de produtos que sobem e descem de preço todo dia, mas isto não é verdade, e alguns diriam que não podemos conseguir construir maiores; há redes muito complexas que você nem imagina por aí.
Uma delas foi indicada na revista The Verge, que são navios que transportam porta-containers por todo o mundo, numa cadeia global de abastecimento que transporta desde comprimidos até telefones, de roupas a comida, brinquedos e lembranças,etc. E é de um país que não produz nada disso, apenas transporta: a Maersk da Dinamarca
. Veja na foto (original da BBC) de um navio da Maersk num mega-porto na Coréia, para isto é necessária uma grande solução de engenharia, sem precedentes a um problema de logística verdadeiramente astronômico que é criar esta rede por todo o mundo, entregar produtos de diferentes procedências, validades e naturezas e fazer que tudo isto funcione.
A empresa tua em 125 países, tem 25.000 empregados, 345 escritórios e mais de 600 navios ativos, com mais de 2 milhões de containers movidos por ano, e ela sozinha é responsável por 20% do PIB da Dinamarca.
O clima e mudanças urgentes
A conferência de Paris do final do ano deverá avançar para um novo patamar civilizatório, e muitas forças sociais se mobilizam para isto, estaremos indicando uma sério de reportagens marcantes nos recentes estudos sobre questões climáticas.
Uma reportagem impactante foi a da “Saúde e Mudanças Climáticas: respostas políticas para proteger a saúde pública” feita por um grupo de acadêmicos europeus e chineses que ficaram registradas um relatório de 2009 na revista The Lancet, mostrando os impactos esperados de saúde pública das alterações climáticas (veja o vídeo).
O estudo aponta para as doenças transmitidas por vetores, assim como os desafios de desnutrição, chegando até a afetar a saúde mental. Os autores discutem como que países que estão se afastando de tecnologias de energias intensivas em carbono podem melhorar a saúde pública hoje através da redução de outros tipos de poluição do ar, incluindo material particulado (MP) e óxidos de azoto (NO x).
O núcleo da discussão reside, mais forte reside no uso de tecnologias energéticas que produzem gases de efeito estufa também muitas vezes produzir esses outros poluentes do ar simultaneamente, casos dos veículos à diesel e gasolina, uso de usinas de carvão, biomassa (por exemplo, madeira e carvão) usadas em processos industriais (por exemplo, mineração, fabricação de cimento e fundição) todos produzem tanto dióxido de carbono e material particulado.
O estudo mostra também os valores econômicos, que são algumas vezes os únicos sensíveis a muitos governos e agentes financeiros.
Devemos limitar a inteligência artificial
Agora é séria a discussão, a proximidade de situações em que máquinas possam ir além da capacidade humana foi abertamente discutida em Washington D.C., num evento promovido pela Fundação Information Technology and Innovation (ITIF), e foi discutido se ultrapassando a inteligência humana, as máquinas colocam em cheque a existência da humanidade.
O assunto foi relatado na Computer World e é preocupação filosófica de filósofos como Peter Sloterdijk, Hannah Arendt e Ernest Heidegger, mas também é curiosamente esperado como ponto de singularidade que Raymond Kurzweil é um cientista conhecido por se prepara para o momento da singularidade, mas apesar de suas excentricidades é muito respeitado pela comunidade científica.
O pesquisador Stuart Russel, professor de Engenharia Elétrica e Ciências Computação na U.C . Berkerley disse : “Estamos todos trabalhando em partes da questão …. Se formos bem sucedidos, vamos conduzir a raça humana fora do penhasco, mas nós meio que espero que nós vamos ficar sem gás antes de chegar ao penhasco.
Isso não parece ser um plano muito bom …. Talvez nós precisamos para dirigir em uma direção diferente “. Russell foi um dos cinco oradores no painel, hoje, que assumiu perguntas sobre AI e teme que a tecnologia pode um dia se tornar mais esperto do que os seres humanos e executar tarefas complexas.
Também o físico Hawking, que escreveu Uma Breve História do Tempo, disse em maio que os robôs com inteligência artificial poderiam superar os seres humanos dentro dos próximos 100 anos.
No ano passado, ele foi ainda mais contundente: “O desenvolvimento da inteligência artificial completa pode significar o fim da raça humana.” Discutir o futuro da humanidade tornou-se imperativo agora também tecnológico.
Lançado Streaming de musica da Apple
Foi oficialmente lançada ontem (30/06) o serviço de streaming de músicas da Apple no Brasil, segundo Ian Rogers, diretor do Apple Music. , a primeira transmissão entretanto foi agendada para esta terça-feira as 13 hs. O programa foi dirigido pelo DJ Zane Lowe, que entrevistou simplesmente o rapper ENINEM, mas Pharrell Williams, Elton John, Drake e outros músicos marcaram presença na rápido online Apple Music.
Segundo o vice-presidente sênior da Apple, usuários do iTunes Match poderão utilizar o aplicativo junto do Apple Music, isto significa que as bibliotecas já feitas não serão perdidas. Inicialmente o Apple Music será gratuito durante os três primeiros meses de uso, vencido o período de testes, a mensalidade deve girar em US$ 9,99 mas parece que para brasileiros será metade US$ 4,99 que deverá ser o preço do serviço. Nada contra nem a favor do serviço PAGO de músicas da Apple, apenas que há uma mudança.
A questão climática esquenta
As diversas mobilizações em torno do encontro mundial sobre questões climáticas em Paris, no final do ano, agora tiveram a entrada oficial do Papa Francisco com uma encíclica específica tocando no problema da água.
Tomás Insua, um dos co-fundadores do MCGC( Movimento Católico Global para o Clima), da Argentina disse ao receber a encíclica das mãos do papa “Francisco até brincou, dizendo que estamos competindo com a sua encíclica. O endosso dele ao nosso trabalho é muito importante para incentivar a conscientização nos círculos católicos globalmente, assim como para conseguirmos mais assinaturas.”
A Conferência do Clima tem aval da respeitada UNFCCC (Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), e pelo caminho que está percorrendo e a divulgação que vem acontecendo, será a cúpula climática com maior participação oficial, desde Copenhague, em 2009.
Um dos objetivos de organizadores e organizadores de entidades em defesa da ecologia, é limitar a elevação do aquecimento global em até 2ºC, isto é, níveis pré-indústrial, pois diversos cientistas alertas que os níveis atuais são problemáticos.
A realização da Conferência do Clima será entre 30 de novembro e 11 de dezembro de 2015 e promete.
Algoritmo para pintar criativas
As pinturas podem ser consideradas criativas em função da influencia de correntes de artistas ou de pintores anteriores, para definir pinturas criativas ou que são apenas derivadas de uma determinada corrente, os pesquisadores Ahmed Elgammal e Babak Salek da Universidade de Rutger desenvolveram um algoritmo de visão cibernética que classifica imagens.
Eles usaram conceitos que podem ser chamados classemas (classemes) desenvolvidos em uma lista de 2559 tipos diferentes com um vetor (uma lista de parâmetros) que os classifica, o que está descrito no artigo recente do MIT Technology Review, nos EUA.
O algoritmo consulta um baco de dados de arte que contém imagens e anotações sobre cerca de 62 mil obras de arte e pode ser percebido a aproximação da classifica da história da arte, mas mostrando também como pinturas contemporâneas usam características antigas.
A história das pinturas tem um grande número de exemplos de forma parecidas que tem já traços anteriores de grande influencia naqueles que seguiram, por exemplo, a Madonna de Leonardo da Vinci de 1469 e uma criança com uma romã, de Goya 1780, até mesmo o Cristo crucificado ou Monet de 1865 e assim por diante.
Outras pinturas são mais derivadas, mostrando muitas semelhanças com aquelas que vieram antes e por isso são consideradas como menos criativas.
Dicotomias Infernais e tecnologia
O pensamento moderno vive sobre a égide das dicotomias infernais (objetivo X subjetivo; natureza X cultura), termo cunhado por Bruno Latour para explicar o pensamento e as ciências de hoje, nada mais propício.
Toda a teoria do estado moderno, como Thomas Hobbes, que dizia que o homem é o lobo do homem, passando pelo empirista John Locke, até chegar a Jean Jacques Rousseau, que dizia que o homem por natureza é bom, o bom selvagem, que inspirou a Revolução Francesa, mas o que se seguiu a ela foi uma matança sanguinaria e depois houve duas restaurações da monarquia.
Nada mais propício estamos hora projetados nos objetos, nossos fetiches modernos e hora projetados nos sujeitos, nossas paixões e affairs do cotidiano, mas a questão do ser, ou seja, da essência de nossa existência permanece despercebida.
Claro o fetiche de todos os fetiches é o dinheiro, para alguns pelo que ele pode proporcionar, mas para a maioria da população simplesmente conseguir pagar as contas do dia a dia, e a pilha de prestações que se avolumaram nos últimos anos, chamados por alguns de avanço da classe média, parece que o fetiche se desfez.
Aqui se questiona os fetiches tecnológicos, até que ponto fazer parte de uma necessidade contemporânea, até que ponto são meros fetiches, é questionável comunicar é necessário, mas o iPhone de último tipo está na mão muitas vezes dos críticos do “consumismo”.
Como sempre além do sujeito e objeto, que esquecer o Ser existencial, há uma confusão entre cultura e natureza, é natural o homem se comunicar e é cultural usar o dispositivo que facilite esta comunicação, dizia o filósofo contemporâneo Heidegger o homem se faz pela linguagem.
Temos que ter uma linguagem contemporânea ou estamos falando para o século passado.
5 tecnologias que mudarão o mundo
Os especialistas do Fórum Econômico Mundial reuniu 18 especialistas e listou 10 inovações, destaco cinco e comento outras 5 preocupantes.
Carros movidos a hidrogênio era uma promessa, os especialistas agora avisam “só agora a tecnologia parece ter chegado ao ponto no qual montadoras planejam incorporá-la em lançamentos para consumidores”.
Apenas presentes em fábricas e para simples tarefas (como coletar pó), agora os milhares de sensores melhores e mais baratos permitirão que “robôs sejam capazes de compreender e responder ao ambiente em torno dele. Seus ‘corpos’ estão se tornando mais adaptáveis e flexíveis”, afirmaram os especialistas.
Os plásticos “thermoset” fazem a reciclagem passando por um processo uma única vez, o que dá ao mesmo tempo durabilidade e facilidade de reciclagem, seu uso em celulares, computadores e aeronaves, mudarão sua reciclagem.
A inteligência artificial com smartphones reconhecendo a voz de seu dono, carros que dirigem a si mesmos ou drones já estão presente, no entanto os especialistas haviam que estão “dando um passo à frente com máquinas capazes de aprender autonomamente ao assimilar grandes volumes de informação”, informam os especialistas.
A ideia de manufatura descentralizada cresceu, agora é possível pensar em “fábricas menores e locais recebem instruções de como fazer suas peças, que podem ser montadas pelo próprio consumidor ou em oficinas”, esclarece o fórum.
As cinco previsões possíveis mais contestáveis é o “novas técnicas permitem ‘editar’ o código genético de plantas para torná-las mais nutritivas ou resistentes às mudanças climáticas”, a manufatura aditiva 3D onde “produtos fabricados assim podem ser altamente personalizados para cada usuário, ao contrário de produtos feitos com processos de fabricação em massa”, a tecnologia neuromórfica que poderá fazer uma “transferência de dados entre uma memória e um processador central é que isso usa grandes quantidades de energia e gera muito calor” e drones autônomos inteligentes.
Cada uma destas 5 últimas tem um período eminente que é o descontrole social.
Curva de Gartner e tecnologias
A fundação de pesquisas Gartner publicou seu Hipo ciclo em 2014, e entre as suas previsões (tidas discutíveis é claro, por exemplo, HTML5 já é realidade) parece que dentro de dois anos teremos assistentes para voz utilizáveis, scanners 3D em movimento rápido, a realidade em camadas virtuais no “vale da desilusão”, o NFC ainda está preso naquele vale, o que me faz lembrar de que vamos ver se o iPhone 6 ressuscitar com um tradução automática de voz, por enquanto ainda muito lenta, mas no final da curva de maturidade (speech recognition) e no início da curva de produtividade.
A Internet das Coisas está no pico das expectativas, mas depois entra no vale da desilusão, e os veículos autônomos já estão chegando um pouco atrás neste pico, enquanto gamificação e realidade aumentada (os óculos virtuais fazem parte disto) estão em pleno mergulho no vale da desilusão, mas depois devem pegar a rampa da maturidade.
Entre as grandes expectativas do futuro, uma que destaco é a visualização volumétrica de hologramas, a computação quântica e a bioimpressão tridimensional capaz de criar compostos orgânicos e talvez até tecidos em formato tridimensional, por enquanto apenas próteses e moldes tridimensionais.
Por outro lado, escaners e impressoras em escala industrial tridimensionais já estão na curva de maturação e devem alcançar grandes faixas de mercado num futuro muito próximo.
Devem estar maduros nos próximos 2 anos a computação em núvem e os dispositivos de comunicação por proximidade (Near Field Communication), enquanto nos próximos 5 anos estarão no mercado a Comunicação Máquina-a-Máquina e o monitoramento da saúde a distância, claro isto em parte já é feito, mas ainda falta maturação.
Claro são apenas previsões, há outras procure na curva.