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Arquivo para a ‘Redes Sociais’ Categoria

Das trevas para a Luz

24 jan

A relação entre tradição e mudança é maior que se pode pensar, até mesmo Marx foi estudar economistas ingleses, o idealismo alemão e a política francesa para pensar sua mudança, é fato que também este pensamento hoje já faz parte da tradição, então o que será o novo ?

Iniciamos a semana falando em Buzzwords, entretanto a grande mudança que acontece em nossos dias é no aspecto da produção e consumo a mudança digital, o mercado e os apressados já usam a palavra “transformação digital”, uma forte buzzword, entretanto não se trata de ignorá-la, mas compreender no contexto das mudanças que estão em curso.

Todos os tons da mudança concordam que deve-se pensar em formas coletivas de trabalho, de pensamento, entretanto o que é chamado de coletivo está em diversos nichos sociais, econômicos e até religiosos, é um “nós” fechado em grupos e correntes de pensamento.

A tradição procura o centro, onde está o poder e a riqueza, a mudança procura a periferia.

Porém é da crise que nasce a luz, é curioso que a profecia bíblica, assim como o texto de de Mateus (Mt 4,15): ”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos!” fala de um povo e uma terra distante da religião e para onde Jesus foi para colher seus primeiros discípulos, porque os “religiosos” eram fariseus.

E o diálogo com a tradição, sim Jesus vai dialogar o tempo todo com fariseus, que lição pode-se tomar para o mundo contemporâneo e sua crise cultural e espiritual.

O novo precisa de “odres novos”, assim vinho novo em barril novo, mas não se despreza a cultura do vinho e sim melhora sua apreciação e produção, não se trata de um processo novo, e sim de um plantio em solo novo, em terra fértil e onde os corações estejam abertos.

 

2020: quais previsões para TI

21 jan

São famosas e históricas as previsões na década de 70 pelos presidentes da Digital Equipments e IBM que os computadores pessoais não se tornariam realidade, mas no início de 80 já eram.

A conceituada revista Wired dizia naquela época que eles aconteceriam, mas seriam primeiro adotados nas empresas e depois nas famílias, aconteceu o inverso.

As previsões da revista para a tradução simultânea eram para 2015, elas aconteceram em 2017 mas ainda existem reclamações de sua eficácia, a aposta nos carros com hidrogênio eram para o ano 2010, o que está se tornando realidade são os carros elétricos, lentamente por causa do mercado é verdade, mas também a tecnologia das baterias e autonomia dos caros ainda evolui.

Cinco tecnologias poderão entretanto mudar o mercado em 2020: 5G poderá entrar definitivamente no mercado mudando os negócios das operadoras de smartphones, multiclouds como evolução do armazenamento em nuvem será uma evolução das nuvens atuais, AI, em especial, Machine Learning entrará nas empresas e nos negócios dando impulsos a TI atual, e, finalmente muitas possibilidades de mobilidade podem mudar, com a evolução da IoT.

 

#NãoAGuerra

06 jan

O general Qassem Soleimani morto em Bagdá no Iraque, era a segunda pessoa mais poderosa do Irã e pode romper o frágil equilíbrio entre forças internacionais, e o perigo de uma guerra de proporções mundiais torna-se uma possibilidade temerosa. 

O Irã tem países como a China e Rússia como aliados, além do mundo árabe e muçulmano, que hoje é uma religião presente mundialmente, e isto pode ter um contorno de escalada do terrorismo a nível mundial uma outra possibilidade.

Os órgãos de segurança dispararam seus alarmes, nas mídias de redes sociais foi o assunto mais comentado da semana, e quem imagina que isto não é grave, não conhece os horrores da guerra: morte de inocentes, escassez de alimentos, sabotagens de energia e de voos e intercambios internacionais interrompidos e principalmente aumento de um clima de ódio e intolerância em todos planos.

A paz deve ser desejada, e a ONU, OEA e organismos de diálogo internacionais precisam agir.

 

O activismo e a condição humana

18 jul

Parte do “cansaço” humano de nosso tempo é que resolvemos levar ao extremo aquilo que os filósofos e místicos chamam de “vida activa”, Hanah Arendt em “A condição humana” abordou o tema, mais recentemente Byung Chul-Han mais recentemente em “A sociedade do cansaço” também aborda a questão.
É colocado ao lado da “vida contemplativa”, as vezes como oposta e outras vezes como complementar, o Místico São Gregório Nazianzo meditou e escreveu sobre o tema, Chul-Han recuperou alguns destes conceitos.
Na sua obra A Condição Humana (2007), Arendt designa com a expressão vita activa, três atividades humanas essenciais : labor, work, action, citados em inglês porque no alemão assim como no inglês há diferenciação dos termos, “work” é o trabalho que corresponde ao artificialismo da existência humana, por exemplo, ao usar máquinas, enquanto Labor corresponde ao processo biológico do corpo humano como condição para produzir vida.
Mas e a ação, ela é para Arendt é a condição humana da pluralidade, é mediada pelas coisas para colocam os homens em contato uns com os outros, por isto a autora vê como uma pluralidade que está liada ao fato que são os homens, e não o homem a habitar a Terra.
A autora enfatiza que o mundo no qual transcorre a vida activa é constituído por coisas feitas pelas atividades humanas, entretanto, essas coisas só podem existir por causa dos homens, e por isto também as condicionam, os homens entram em contato, e com isto tornam-se de imediato, uma condição de sua existência, vivemos por que agimos.
Entretanto o mundo contemporâneo levou as pessoas ao stress, a depressão e agora a síndrome de Burnout, tema da sociedade do cansaço, de Byung Chul-Han.
Byung Chul-Han chama a atenção para a ausência de contemplação, vida contemplativa, como parte da necessidade humana para ter equilíbrio, energia e forças para a ação.
Diz a leitura bíblica “vinte a mim todos vós que estais cansados” (Mt 11,28) e diz o mesmo trecho “e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29).
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 10ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

 

Angústias do entre épocas

17 jul

A passagem de um tempo histórico para outro é sempre trágica e sujeita a muitas angústias, reviravoltas e que causam em toda a sociedade uma grande angústia: o novo ainda não existe e o velho tarda a sair.
Entretanto é possível analisar na literatura e nas várias teorias sociais como se dá esta passagem, por vezes violenta e sanguinária como na revolução francesa e por vezes uma explosão de cultura e de saberes como o renascentismo.
Nicolau Sevcenko, que analisou também o período renascentista, analisa o momento atual como uma montanha russa, e a etapa que estamos agora seria o “loop” de uma montanha russa, descreve-a assim: “é o clímax da aceleração precipitada, sob cuja intensidade extrema relaxamos nossos impulso de reagir, entregando os pontos entorpecidos, aceitando resignadamente ser conduzidos até o fim pelo maquinismo titânico” (SEVCENKO, 2001, p. 16).
Este autor é particularmente importante porque tem um olhar nas crises de mudança de época anteriores, dizia sobre o renascentismo italiano:
“A história da cultura renascentista nos ilustra com clareza todo o processo de construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nele se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de comportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo”. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1987.)
Isto quer dizer que já há na cultura de nosso tempo, num paralelo com o renascentismo, elementos de uma cultura nova, destaco entre estes: a visão do planeta como um todo, as diversas culturas étnicas e religiosas, o fim do individualismo com respostas coletivas, mas há ainda coisas velhas.
A angústia social provocada por estas mudanças, quando tocam em particular pessoas muito sensíveis e com pouca imunidade aos diversos tipos de manifestação social que advém das crises provocadas, podem se tornar uma doença social, uma psicose política e sem uma ataraxia para responder aos impulsos provocados por grupos de pressão.
Os gregos chamavam de ataraxia um estado de “quietude da alma”, o filósofo pré-socrático Demócrito (460-370 a.C.) que introduziu este termo na filosofia, foi adotado por epicuristas e estóicos, mas tem também um estado doentio que seria a indiferença ou apatia.
É preciso sobretudo calma e diálogo, que deve ser feito também entre a tradição e as novas culturas que emergem.

SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

 

America do Sul e Agenda pós-2015

11 jul

Quando a ONU organizou a sua Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, parecia que as organizações da sociedade civil caminhavam para uma concentração maior em assuntos da pobreza e da fome, nos aspectos urbanísticos e na educação, no desarmamento nuclear e no empoderamento da mulher, outros assuntos relacionados com a pessoa, a luta por maiores regalias e poderes, a volta do nacionalismo caminhou em sentido contrário.
Afirmava o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em setembro de 2014> “nosso mundo precisa de mais energia eólica e solar. Mas creio em uma fonte de energia ainda mais forte, o poder das pessoas”, o caminho parecia seguro e não era, pode-se agora avaliar o erro.
Os números anteriores a reviravolta conservadora eram na América Latina ainda “muito desiguais”, afirmava Eduardo Frei que o Chile que governou de 1994-2000, com várias iniciativas que promoveram a democracia e a justiça social, tinha reduzido a pobreza de 38,6% para 7,8% da população, e a pobreza extrema de 13% para 2,5%, mas em 2015 a América Latina tinha outro perfil, apesar do crescimento do PIB de 2015 a 2018 (foto acima).
Era ainda uma região “mais desigual” do que outra, dos seus 600 milhões de habitantes ainda 167 milhões viviam na pobreza e 71 milhões na extrema pobreza, este contraste revela um fosso social perigoso e profundo, segundo afirmou o próprio Frei em 2015.
Com vistas ao futuro, Frei afirma que a luta contra a pobreza e as desigualdades exigiam junto ao esforço de sustentabilidade outro esforço de fundamento ético, e nessa encruzilhada, seria hora dos governos darem um maior impulso ao “movimento moral” que não aconteceu.
Juan Somavía, ex-diretor da Organização Internacional do Trabalho, disse na elaboração da agenda pós-2015 que uma boa base para negociações seria: “o documento reflete uma visão extremamente ambiciosa, com suas 17 metas e 69 indicadores centrados no conceito de desenvolvimento sustentável focado nas pessoas e na erradicação da pobreza”, afirmando que o apoio político da ONU era fundamental.
No 20º. aniversário da CMDS (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável), Oh Joon, o vice-presidente do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), afirmou que o problema da erradicação da pobreza foi incorporado aos objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), adotados em 2000, mas os outros dois: o emprego produtivo e a integração social, foram excluídos, e não é mera coincidência.
E integração social é um conceito mais amplo quando pensamos em uma cidadania global.

 

A cidadania-mundo e a auto-identidade

10 jul

Em geral poucos autores estão fora da idolatria do Estado Moderno, mesmo que a maioria deles, em especial os hegelianos, o considerem abstrato, ou como Habermas fora do “mundo da vida”, mas este conceito é diferente do Lebenswelf de Husserl, que é fora do “estado”, pois é mundo-da-vida de modo mais amplo possível.
Um dos poucos autores que irá falar da “constituição da sociedade” é inviável no conceito de modernidade tardia, porém Giddens irá demonstrar em “Além da direita e da esquerda”, que o componente central das sociedades da chamada “modernidade tardia”, não é mais algum tipo de elemento interativo ou coletivo, ao processo é de formação da auto-identidade.
Citando Giddens em sua visão de auto-identidade: “o self é reflexivamente [entendido como auto-identidade] pela própria pessoa nos termos da sua biografia. A identidade, nesse caso, assume continuidade ao longo do tempo e do espaço: mas a auto-identidade é essa continuidade interpretada reflexivamente pelo agente.” (GIDDENS, 1991, p. 53).
Pode parecer um argumento excessivamente individualista, ou por causa do self pensar em algo apressado das novas mídias, Giddens não disse neste contexto, mas da expressão da cidadania de diversos grupos com identidades específicas, as minorias culturais, sociais ou religiosas.
Por desencaixe e sem superar a ideia abstrata de Estado, Giddens entende que o processo de elevação e deslocamento (lifting out) das relações sociais dos contextos locais, e assim a rearticulação em uma outra
Por desencaixe Giddens entende o processo de elevação e deslocamento (lifting out) das relações sociais dos contextos locais e sua rearticulação em uma outra dimensão espaço-temporal (Giddens, 1991, p. 18-21), note-se que o espaço-temporal não é tempo e espaço vistos em movimento absolutos.
Assim apesar do avanço de Giddens, ele não consegue demonstrar que self reflexivo pode gerar instituições internacionais mais democráticas e defender formas multiculturais de cidadania, ainda há um buraco nestes conceitos, que em absoluto se trata de anarquismo.
GIDDENS, A. Modernity and Self-identity : Self and Society in the Late Modern Age . Stanford, Stanford University Press, 1991.

 

Fraternidade, cosmovisão e religião

05 jul

Não sei qual a religião da capitã do Sea Watch, porém a cosmovisão fraterna da capitã Carola Rackete, presa injustamente e levada aos tribunais e só solta estes dias, é sem dúvida a única e verdadeira manifestação de mundialidade no mundo contemporâneo recente.
A imprensa pouco noticiou, as autoridades italianas esbravejaram contra a “rebeldia” da capitã de socorrer náufragos e atracar em Lampedusa na Itália, contra a determinação da polícia marítima local, porém esta é a verdadeira fraternidade e religião de ver todos povos como merecedores da mesma fraternidade e respeito.
A capitã Rackete foi acusada dos crimes de resistência ou violência contra a embarcação de guerra italiana e de tentativa de naufrágio por ter se chocado contra uma patrulha da Guarda de Finanças (polícia marítima das fronteiras italianas), e os jornais europeus que sempre fazem alarde de qualquer atitude na américa latina ou na África pouco noticiaram a prisão de Rackete.
Ainda a velha visão colonialista de olhar com desdém para o resto do mundo, que não é só a americana, permanece e pouco olham para seus crimes e barbaridades, em especial contra os outros povos e nações que tem uma cosmovisão diferente da europeia.
Não reconhecem a penumbra e a cegueira que vivem, nem mesmo a própria cosmovisão é muito clara, além dos interesses políticos e econômicos, pouco ou nada sobra de um respeito por outros povos e culturas, e pouco reconhece a própria decadência e crise de pensamento.
A arrogância de uma cosmovisão limitada, apesar de sua origem do cristianismo, vale para boa parte do pensamento europeu, é fato que existem resistência e grupos que protestam, vale para a cosmovisão aparentemente fraterna da Europa aquele dito bíblico sobre o farisaísmo no tempo de Jesus, Lc 10: 12: “eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que esta cidade”, referindo a povos que rejeitavam a mensagem fraterna cristã.
É claro que só se pode falar de um cristianismo com uma cosmovisão de respeito e verdadeira fraternidade com todos os povos e culturas, pois o restante é farisaísmo e orgulho cultural.
O olhar com desdém aos povos sofridos, explorados e colonizados ainda é estigma de nosso tempo, ainda é fruto de uma cultura de dominação e exploração dos povos e da natureza.
No video abaixo a capitã do Sea-Watch, Rackete, fala após o lançamento da prisão domiciliar (pode-se ativar legendas):

 

A maioria e o identitário

02 jul

Poucos conhecem este nome, o contrário de transsexual é cis, também o cristianismo e o fato de ser branco pode ser uma dificuldade de diálogo com outros grupos, entretanto a democracia e os direitos exigem que estes diálogos também sejam feitos.
Não se trata apenas de uma posição ideológica ou partidária, porém é assim que se vê a maioria, no caso religioso há ainda uma coisa única no Brasil que poderia ser positiva e não o é, o chamado sincretismo religioso.
Diria mais no caso brasileiro, os negros se contados pardos e mulatos são maioria, o que seria então a guerra ideológica que boa parte da direita pensa, nada além da recusa do diálogo.
A dicotomia que se estabeleceu na sociedade brasileira é prejudicial ao conjunto dos brasileiros, e a chamada “guerra cultural” pode levar o país a extremos nunca pensados antes.
O identitário que no caso americano levou determinada direita ao poder, a oposição não é bem uma esquerda, no caso brasileiro pode abrir fendas profundas na nação, pensando em povo e não em símbolos pátrios apenas, sem que isto leve a uma perspectiva a curto prazo.
A longo prazo somente uma retomada do diálogo tornará possível novos avanços e novas formas de democratizar direitos e deveres aos seus cidadãos, construir uma nova cidadania identitária requer que vejamos o conjunto da sociedade como ela: uma miscigenação de povos, raças e religiões.
Os estudos feitos por Mario de Andrade para Macunaíma pode ser um bom início para este diálogo, embora é claro haverá quem o torne demoníaco também.
O processo de “estranhamento” da sociedade brasileira com sua própria identidade, que é sem dúvida uma miscigenação, pode ter dois caminhos negar uma metade da população com efeitos catastróficos, ou incluir as duas metades e levar o país a um exemplo de tolerância.
Eu torço e luto pelo segundo caso, embora neste momento pareça quase impossível.
Entre as várias resenhas que encontrei na internet, a de Luana Werb é boa introdução a leitura de Macunaíma, caso tenha interesse acesse o link abaixo:

 

Democracia ou política identitária

01 jul

Tão logo se popularizou o termo, inicialmente política identitária, aquela dos gêneros, raças e culturas que buscam algum respeito e direitos, não faltaram aqueles que apressadamente já se lançam sobre o tema e não aprofundam a questão
Entre os que aprofundam o tema, está o cientista política e pensador americano Mark Lilla, cuja especialidade é a história da intelectualidade, já que falar em filosofia não é mais comum, professor da Universidade de Nova York, tem um dos artigos mais lidos sobre o tema, e tem um vídeo de sua participação no Fronteiras do Pensamento.
Faz três perguntas essenciais: o que é democracia hoje? Como os jovens encaram seus ideais? Como a solidariedade se tornou uma defesa radical da individualidade?
Esta última parece estranha, mas não é, postamos inúmeros comentários sobre o idealismo e a sua profunda influência na cultura contemporânea, a história intelectual de Mark Lilla vai num outro caminho, mas não deixa de tocar esta questão essencial: o individualismo.
luta pela igualdade conquistou direitos e transformou a sociedade de forma louvável e inquestionável. Até que algo mudou. A busca por um mundo melhor passou a ser a luta para que o mundo me reconhecesse.
Mark Lilla explica as mudanças geradas por este novo paradigma. O que é democracia atualmente? Como os jovens encaram seus ideais? Como a solidariedade se tornou uma defesa radical da individualidade?
Seu artigo mais lido no ano passado no New York Times, enfatiza que as identidades e as bandeiras de grupos minoritários, a chamada política identitária abraçada pelo Partido Demorata, é a principal responsável pelas seguidas derrotas da esquerda nos Estados Unidos, estaria certo ? se olharmos as eleições brasileiras creio que está certo.
Antes de mais nada não se trata de abandonar estas justíssimas bandeiras, mas repensá- las para tornar o progresso da humanidade de novo possível e evitar um retrocesso.
Segue o vídeo de Mark Lilla, lembrando que as legendas podem ser ativadas: